Capítulo 35
"Ele me envolveu em seus braços de uma forma tão acolhedora, que me fez sentir segura como já não me sentia há muito tempo..."
POV's Alice Ferreira
Richard sorri largo quando nos afastamos e eu retribuo o sorriso, estar com ele era uma sensação diferente, era algo novo para mim, eu nunca havia me sentido assim antes, o jeito que eu sentia um imenso frio na barriga e meu corpo inteiro se arrepiava era totalmente diferente.
- É sempre muito bom estar com você, você trás um lado meu que ninguém nunca teve acesso. - ele diz como se pudesse ler meus pensamentos - Mas eu preciso te perguntar, você sente algo por mim? Nem que seja um pouquinho? - ele pergunta, me deixando sem palavras, eu não estava esperando por aquilo, não naquele momento.
- Você sabe que sim. - digo olhando para ele e ele sorri largo, me puxando para um abraço, onde eu pude encostar minha cabeça em seu peito e me permitir sentir aquelas braços me envolverem de uma forma cativante, eu sentia um conforto que nunca senti antes em abraço nenhum.
Fecho os olhos aproveitando aquele momento e aproveito para puxar o ar pelo nariz, sentindo seu perfume forte que eu tanto amava e sinto ele beijar o topo de minha cabeça, logo em seguida, acariciando meus cabelos.
Sinto meu celular vibrar e me afasto de Richard, pegando o celular, vendo quem é e reviro os olhos quando vejo que é Abel.
- Que foi? - Richard pergunta rindo, vendo minha reação.
- Senhor Abel Ferreira está á procura da filha perdida. - digo de forma divertida e ele solta uma risada alta.
- Por que você chama ele de Abel? - perguntou curioso, se ajeitando no sofá.
- Longa história e história dramática... - Richard olha em seu relógio, vendo a hora.
- Eu tenho todo tempo do mundo. - ele diz tranquilo e eu respiro fundo, me ajeitando no sofá também.
- Vamos lá, por onde eu posso começar? - pergunto para mim mesmo, tentando organizar meus pensamentos - Como você sabe, eu sou filha do primeiro casamento do Abel com minha mãe...
- Qual o nome dela? - ele me interrompe.
- Suzana.
- Tenho que saber o nome da sogrinha, né?! - ele sorri e eu nego com a cabeça, rindo também - Desculpa, continua o que você estava falando.
- Então, eles ficaram juntos por alguns anos mas por "n" motivos não deu certo e quando eu tinha uns 4 anos eles se separaram, Abel jogava na época então ele não tinha muito tempo para me ver nunca, bom, isso era o que ele falava pelo menos. Alguns meses depois ele conheceu a atual esposa dele e construiu a família que tem hoje e basicamente esqueceu da primeira filha, eu cheguei a ficar muitos anos sem ver ele, então eu acabei me acostumando tanto com a ausência que teve uma hora que eu já não o tinha mais como uma figura paterna.
- Caramba. - Richard diz surpreso, tentando digerir tudo o que eu tinha dito - Ele mostra ser tão apegado na família, nunca achei que ele tivesse capacidade de fazer isso.
- Ele é muito apegado com a nova família mesmo.
- E como foram esses anos que você e sua mãe conviveram sozinhas?
- Minha mãe trabalhava muito então eu ficava na casa dos meus avós durante o dia todo, eu não a julgo, sei que ela quis me dar o melhor mas acho que ela acabou exagerando na dose também, mas era bem legal ficar com os meus avós, eu sou extremamente apegada neles, parece até que eles que são os meus pais. Hoje em dia eles estão morando na Itália, eles tem uma casa maravilhosa rodeada por um vinhedo, é bem legal lá. - sorrio largo lembrando de lá, já que é meu lugar favorito do mundo.
- Seus olhos até brilharam quando você falou deles. - ele diz e eu sinto um nó na garganta, a verdade é que eu estava morrendo de saudade deles.
- Eles são uma das poucas pessoas do mundo que me entende de verdade e me conhece bem. - sinto meus olhos encherem de lágrimas e rapidinho eu passa a mão pelos olhos, as secando - Desculpa, que droga, eu odeio chorar na frente das pessoas.
- Ei, você não tem que pedir desculpa. - ele diz passando a mão por meu rosto - Eu sou igual, sou muito apegado na minha família, é uma parada que mexe muito comigo também.
- Geralmente eu não sou sentimental mas quando envolve eles é sempre muito difícil. - forço um sorriso.
- Você é incrível Alice, sério, você é uma mulher extraordinária, e cada dia que passa isso fica mais claro para mim. - ele diz olhando em meus olhos e eu sorrio.
- Obrigada por me ouvir.
- Eu sei que você não é de desabafar mas eu sempre estarei disposto a te ouvir e conversar com você.
- Obrigada, sério, eu nem sei como agradecer.
Escutamos a campainha tocar e rapidamente ele se levanta para atender a porta, recebe os pedidos e volta, colocando a barca japonesa encima da mesinha.
Comemos conversando durante todo o tempo e quando acabamos nós nos encostamos no apoio do sofá, rindo por termos comido muito.
- Eu não lembro a última vez que comi tanto. - digo com a mão na barriga e ele ri.
- Eu também, o que adianta eu andar na linha, seguir a dieta certinho, se quando eu estou com você, eu sempre sou levado pro mal caminho?
- Olha que sonso, foi você que quis pedir comida japonesa!
- Eu sei pô, tô zuando. - ele vira a cabeça de lado pra me olhar - Vou pegar um cobertor pra gente assistir o filme.
- Eu não estou com frio.
- Pois deveria, com essas pernas aí de fora. - ele se levanta, batendo em minha coxa e corre, subindo as escadas, me fazendo rir.
Tiro minhas sandálias e coloco meus pés no sofá, me encolhendo um pouco, ok, talvez esteja um pouco frio e para variar eu estava de mini saia, o que eu posso fazer se são com essas roupas que eu me sinto bem?
- Voltei! Sentiu minha falta? - ele pergunta assim que volta a sala.
- Sonhou né? - digo de forma divertida.
- Você poderia pelo menos fingir, né? - ele diz se sentando no sofá e logo colocando os pés no sofá também, assim como eu.
- Não sou de fingir nada. - digo tranquilo.
- Tudo bem dona encrenca, eu já entendi. - ele diz rindo, enquanto abria o cobertor.
- Dona encrenca? - pergunto rindo.
- Gostou? Vou te chamar assim daqui pra frente.
- Eu odiei. - franzo o cenho e ele joga a coberta por cima de minhas pernas, logo se aproximando de mim, me abraçando pela cintura e apoiando a cabeça em meu ombro - Tá confortável? - pergunto debochando de sua folga.
- Já deitei a cabeça em lugares mais confortáveis. - ele diz sério e eu vou para frente, olhando para ele e semicerro os olhos - Eu tô brincando! - ele diz de uma vez, antes que eu pudesse falar qualquer coisa.
- Você é cheio das suas brincadeiras.
- Não precisa ficar com raiva, dona encrenca. - ele sorri, me olhando e distribui alguns beijos por meu rosto assim que eu volto a me encostar no sofá, me fazendo rir e logo olhar para ele, passando a mão por seus cabelos e o beijando em seguida, provavelmente o peguei de surpresa, mas isso é Alice Ferreira.
Ele finaliza o beijo com alguns selinhos e alguns beijos por meu rosto e eu pego o controle, colocando o filme e assim que começa, encosto minha cabeça em seu ombro e ele passa o braço por volta do meu pescoço, me envolvendo em seus braços.
Amaram??? Os dias de glória estão chegando! 🥳🥳
Comentem o que estão achando!!🥰
Galera, eu e alguns dos meus leitores nos reunimos para fazermos um grupo com os personagens da Fanfic no Instagram, se alguém tiver interesse me manda mensagem no meu Instagram de autora que eu explico melhor!🤌🏻
Instagram: @autora_nataly
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