Capítulo 24
"O jeitinho que a gente combina é diferente."
POV's Alice Ferreira
Cá estava eu me arrumando para sair com o Richard, mandei mensagem perguntando o que usar e ele falou que era um lugar chique, então optei por algo mais elegante.
- Tchau, já estou indo. - digo pegando minha chave que estava encima da mesa e Abel me olha.
- Que rapaz é esse que você vai sair? - ele pergunta com convicção.
- É um menino que conheci em uma badala. - ele me olha com um olhar de julgamento e eu seguro a risada.
- Ai, Alice, quando você vai tomar juízo?
- Deixa pra outro dia que agora eu tô atrasada, tá? - mando um beijo no ar para ele e coloco a chave em minha bolsa.
- Vai com Deus.
- Amém. - respondo assim que abro a porta para sair de casa.
Entro no elevador e fico batendo os meus pés até ele parar no andar em que eu desceria, talvez eu tivesse um pouco nervosa, eu não sou bem o tipo de menina de ir em muitos encontros e aparentemente isso é um, né?
- Nossa, tudo isso pra mim? - ele sorri largo antes mesmo de eu chegar em frente a ele.
- Isso tudo é pra mim mas valeu a tentativa. - digo de forma divertida e o abraço.
- Quer por algo para escutar durante a viagem? - ele diz colocando o cinto de segurança e eu estreio meus olhos.
- É tão longe assim?
- Um pouco.
- Coloca a sua playlist, então.
- A que você tanto fala mal? - pergunta rindo.
- Digamos que eu aprendi a gostar, até que não é tão ruim. - encosto a cabeça no banco e fico o observando enquanto ele conectava seu celular ao som do carro.
Eu adoro as luzes dos seus cabelos, a tonalidade cai tão bem com o seu tom de pele, o deixando ainda mais lindo.
- Pronto.
- Mas essa não é a sua playlist. - estranho pela primeira música ser uma das minhas músicas favoritas.
- Não é, é a playlist que você gosta do Spotify. - fico surpresa por ele lembrar mas não digo nada, apenas sorrio.
Fui cantando baixinho cada música, eu sabia todas as músicas daquela playlist sem exceção nenhuma, Richard me elogia falando que eu canto bem e de fato, é verdade, poucos sabem mas eu canto bem.
- Pelo amor de Deus, Richard! - olho em meu celular quando percebo que já se passavam de 1h30 de viagem - Para onde você está me levando?
- Relaxa, confia em mim pô. - ele dá um sorriso lindo e olha para mim - Você não confia em mim?
- Não. - respondo imediatamente, o fazendo soltar uma risada alta.
- Pois deveria.
- Estou achando que você está me levando pra Colômbia. - brinco.
- Não é uma má idéia... Por que você acha que eu respondi seu story falando que iria te roubar pra mim? - pergunta rindo.
- Não achei que fosse literalmente.
- Estamos chegamos, daqui a alguns minutos chegamos.
Fui observando as estradas e abro o vidro do carro para poder sentir o vento batendo em meus cabelos, eu adoro essa sensação.
- Chegamos! - Richard diz depois de alguns minutos e agora eu já sabia que estávamos em uma praia.
- Você me fez me arrumar toda pra vim para praia? Sério? - estreito o olhar para ele e ele solta uma risada gostosa.
- Calma princesa. - pisca para mim, saindo do carro e abrindo a porta do carro.
Olho para o céu e o pôr-do-sol estava lindo, aquela vista com certeza era uma das mais bonitas que já vi.
- Vem! - ele me oferece sua mão e eu intercalo o olhar entre ele e sua mão, mas a seguro mesmo assim, entrelaçando nossos dedos.
- Você é dura na queda, hein? - fala baixinho assim que começamos a andar de mãos dadas.
- Devo agradecer o elogio? - arqueio a sobrancelha, o fazendo rir.
- Olá, bem-vindos, vocês já tem reservas? - a atendente pergunta simpática e eu olho para Richard.
- Já sim. - Richard pega o celular, mostrando as reservas e nós a acompanhamos até nossa mesa, que por sinal ficava na área externa do restaurante.
- Que lugar lindo! - digo admirada, apreciando a vista do mar e do pôr-do-sol, sem contar que o restaurante é bem sofisticado.
- Falei que posso te surpreender. - diz sorrindo assim que nos sentamos à mesa.
- Estou percebendo... Ok, talvez eu tenha te julgado mal nas primeiras vezes que nos vimos.
- E só agora você percebeu? - ri, negando com a cabeça.
- Só agora que eu assumi. - o corrijo, confessando e ele me olha surpreso.
- Você quer que eu também mude de idéia sobre falar que você é marrenta, né? - pergunta brincalhão.
- Não, tá tudo bem, eu sei que eu sou. - digo arrumando o forro da mesa para que ficasse completamente alinhado.
- Vai querer o que para beber?
- O que você vai beber? - devolvo a pergunta.
- Eu não estou bebendo porque estou dirigindo.
- Como se você ligasse para isso, né?
- Como estamos longe de casa, eu ligo. - diz simpático e eu o olho surpresa.
- Ok, então eu vou te fazer companhia e vou pedir um bom suco de abacaxi.
- Você não precisa fazer isso...
- Mas eu não estou muito afim de beber hoje também. - dou de ombros.
Eu concordo com a cabeça enquanto ouço atentamente ele falando sobre sua infância na Colômbia, sempre achei o máximo pessoas que são apaixonadas pela família, porque eu mesma, cresci revoltada com os meus pais desde criança.
- Agora é a sua vez, como foi a sua infância em Portugal? - ele pergunta colocando os cotovelos sobre a mesa, para prestar atenção no que eu iria falar e eu sorrio.
- Eu nunca fui uma criança boazinha assim como você não, sempre fui meia revoltada por não ter crescido ao lado de um pai e com certeza ter a minha mãe se matando de trabalhar para dar o melhor para mim, não foi exatamente o que eu queria... Mas eu tenho boas recordações de quando eu e meu primo ia passar as férias na casa dos meus avós e toda tarde ela fazia pastelzinhos de belém para nós, consigo sentir o cheiro deles toda vez que lembro. - sorrio e dou um gole em meu suco.
Conversamos durante todo o jantar, não me pergunte como mas nós dois tínhamos assuntos que não acabava nunca, o tempo todo a conversa foi tão leve e descontraída que eu cheguei a esquecer que eu tenho um bloqueio em que eu não consigo me abrir para as pessoas e me permitir ser quem sou de verdade.
Assim que terminamos de comer, nós nos levantamos e fomos até o canto do restaurante, apreciando a vista.
- É lindo, né? - sorrio, olhando para ele e ele me abraça por atrás.
- É lindo mesmo! - coloco minhas mãos por cima das suas e permanecemos assim por alguns minutos em silencio, apenas olhando para o mar e sentindo a brisa do mar.
Me viro, ficando de frente para ele e sorrio fraco, olhando para seus olhos que agora pareciam mais claros do que o normal.
- Adoro seus olhos! - ele diz colocando meu cabelo atrás de minha orelha.
- Obrigada. - sorrio tímida.
- Meu Deus, você se ouviu? Pela primeira vez você agradeceu por um elogio sem se gabar. - ele diz de forma divertido e eu reviro os olhos.
- Também posso ser surpreendente às vezes. - digo com uma voz sedutora, sorrindo e ele me olha intensamente, me fazendo engolir seco.
Richard se aproxima lentamente de mim e junta nossos lábios em um beijo calmo, enquanto segura em meu rosto e eu permaneço com os braços ao redor de sua cintura, quase o abraçando.
Finalizamos o beijo com alguns selinhos e nos abraçamos, permanecendo assim por algum tempo, eu não sei o porquê, mas eu tinha a impressão de eu estava segura dentro daquele abraço.
Assim que saímos do restaurante decidimos andar pela beira do mar, tiramos nossos calçados e caminhamos um pouco por ali, logo após, nos sentamos em um banco, aonde podemos admirar o mar por mais alguns minutos.
Na volta para casa, nós fomos tão em paz que eu nem conseguia acreditar, não é nem pelo fato de não termos brigados e sim pela calmaria que estava reinando naquele carro.
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aliceferreira: Life's too short to have regrets.🍸
richardrios.m: ❤️
joacopiquerez: Linda😮💨
murilopaim: 👀🤌🏻
lara.carvalho: Dama de vermelho🗣️
endrick: Tá linda, loira!❤️
raphaelveiga: Queria ir pra praia também😞
suzanaalmeida1: Cada dia mais linda, a mãe te ama!❤️
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