A Garota Imperfeita | Conto 4
Olá! Eu sou Elisa Harper, e aqui eu vou contar a maior aventura da minhavida.
Tenho 15 anos e quando tinha 6 meses de vida fui diagnosticada comOsteogênese Imperfeita mais conhecida como ossos de vidro, isso me faz terliteralmente ossos frágeis como vidro, por isso tenho muitas limitações,apesar do meu grau não ser o mais forte e mais frágil. Mas mesmo assimmeu pai é cuidadoso e cauteloso, até já tive e ainda posso ter muitas fraturas.
Por isso raramente saio de casa, não vou a escola como uma pessoa normal,meus pais tinham medo de as outras "crianças" me machucarem, mas issoera quando eu tinha 5 anos, agora as coisas são diferentes, mas mesmo assimele prefere que minha tia, que é professora, me dê aulas aqui em casa. Àsvezes eu saio com minha irmã mais velha, Kate, mas só pra ir ao cinema oucomer alguma coisa.
Hoje é sábado e graças a Deus minha tia não vem me dar aulas, o que ébom, já que quero tirar o dia pra ler ou assistir uma série com minha irmã.Acordo e como todos os dias faço meu ritual matinal, levanto com a ajudado meu andador e vou fazer minhas higienes e logo em seguida tomar café.
Pareço ser normal mas todos os dias quando acordo vou ver as redes sociaise consultar meu horoscopo da semana e as previsões para aquele dia dosigno de Áries, o meu. Logo em seguida vou ver as últimas fofocas do dia no Instagram.
Já passava das 10:00 da manhã quando minha irmã entra no meu quarto.
— Vou sair hoje à noite, preciso que me ajude a escolher uma roupa. — elaanuncia entrando pela porta.
— Onde você vai? — pergunto largando o livro que lia.
— Uma festa da faculdade. — diz.
— Tudo bem! Eu te ajudo! — me levanto com a ajuda do andador e a sigo atéseu quarto.
Minha irmã tem 19 anos e faz faculdade de medicina na universidadepública da cidade, eu diria que ela é quase um gênio. A julgar pelo papel demotorista que ela não desempenha muito bem, reprovou na prova dedireção 4 vezes e só passou na quinta vez.
— Papai deixou você sair no carro? — pergunto quando estava sentada emsua cama e ela vasculhava o armário atrás de algo.
— Não! Mas eu vou mesmo assim, ele tem confiar em mim, se eu passei éporque já estou boa. — ela diz jogando umas peças de roupa na cama.
— Nem tanto. — falo e sorrio.— Engraçadinha. — ela joga uma blusa em mim.
— Se a mamãe estivesse aquiela confiaria. — diz e parece um pouco triste. Nossa mãe morreu há doisanos de um acidente no trabalho, ela era engenheira de construção eaconteceu um acidente na obra que ela estava inspecionando.
— É, eu sei. — concordo também triste.
— Mas então, o que eu visto? — ela pergunta mudando de assunto.
— Esse vestido é bem bonito. — falo pegando o vestido preto todo colado aocorpo e de costas nuas, de cima da cama e o entregando.
— Pode ser. — ela vai pra frente do espelho colocando o vestido sobre ocorpo pra ver como fica.
Depois de a ajudar volto para o quarto e vejo uma solicitação em uma redesocial. Como não saio muito e raramente viajo, só as vezes para a casa daminha avó no fim do ano, ou pra o sítio da minha tia, eu gosto de usar essetipo de rede para conhecer pessoas de outros lugares e imaginar que um diaposso visitar qualquer um desses lugares.
Era a solicitação de uma menina chamada Quinn Carter, sua foto era bembonita, é uma menina de longos cabelos pretos e cacheados e uma pelebronzeada, ela mora no litoral há alguns quilômetros daqui. Aceito o pedidoe logo recebo uma mensagem dela.
"Oi!"
"Oi! Tudo bem?"
"Tudo bem! Como está a vida?"
Seguimos horas de conversa, ela é muito legal e tem uma irmã gêmeaidêntica a ela, vi algumas fotos que ela me mandou, sua irmã se chamaHanna. Elas tem 17 anos e estão no último ano da escola. Me acharamatravés de algumas marcações com minha irmã e queriam me conhecer parasaber mais da universidade onde minha irmã estuda, que tem um ótimocurso de Psicologia que elas pretendiam ingressar.
Na hora do jantar meu pai vem me chamar no meu quarto. Depois dealguns minutos que estávamos sentados à mesa eu menciono.
— E se a gente viajasse pro litoral algum dia desses, quero tanto conhecer omar. — falo em meio a uma garfada e outra do macarrão preparado pelomeu pai.
— Meu anjo, você sabe que é perigoso pra você, as ondas são muito fortes evocê é muito frágil, sem falar que você não conseguiria andar na areia. — elenega carinhosamente como todas as vezes que menciono conhecermoslugares diferentes.
— Eu acho que podemos dar um jeito, podemos ter cuidado. — minha irmãtanta argumentar.
— Não quero que sua irmã se machuque eu não me perdoaria se issoacontecer. — ele diz.
— Eu já me machuquei, inúmeras vezes, e você sabe disso, mas eu nuncamorri. Eu estou viva e só quero aproveitar a vida, conhecer lugares novos. —falo quase implorando.
— Não vamos discutir no jantar, depois falamos sobre isso. — ele encerra oassunto.
Depois de um tempo minha irmã volta a falar.
— Pai! Vou sair hoje, tenho uma festa da faculdade, prometo não chegartarde. — ela avisa.
— Tudo bem! Vai com quem? — pergunta.
— No seu carro. — responde como se fosse uma pergunta óbvia.
— Que? Não, não! Você ainda não dirige muito bem, além do mais vaibeber e pode acontecer alguma coisa. Pegue um uber ou chama algumaamiga. — diz nervoso.
— Mas pai, eu já passei na prova, já tenho uma carteira de motorista. Vocêtem que confiar em mim. Você sabe que sou responsável, não vou fazernada. — ela fala parecendo irritada.
— Não sei. — fica pensativo.
— Por favor, paizinho! — ela se levanta e vai até ele dando alguns beijinhosem seu rosto.A chantagem emocional sempre funciona.
— Tudo bem! Mas não volte tarde e nem beba. — ele se rende e ela dápulinhos de alegria.
Quando terminamos o jantar eu vou para a sala assistir TV enquanto meupai e Kate arrumam a louça do jantar, logo depois que terminam minha irmãvai para o quarto se trocar e fico na sala com meu pai.Alguns minutos depois ela volta deslumbrante com o vestido queescolhemos mais cedo e uma botinha de cano baixo, maquiagem leve ebatom vermelho, e com os cabelos loiros perfeitamente lisos como elasempre faz questão de ter.
— Você está incrível! — eu elogio.
— Obrigada! Graças a você, tem um ótimo gosto, já pensou em estudarmoda? — ela fala ao se aproximar da sala e dar uma voltinha.
— Eu gosto de moda, quem sabe um dia. — falo.
— Só esse curso aí tiver online, você sabe que pode acontecer alguma coisa.E nem temos o curso na cidade. — responde meu pai.
— Ai pai! Você é chato, deixa a garota sonhar e fazer o que ela quiser, elanão é um cristal intocável e precioso. — responde Kate.
— Pra mim ela é. — ele sorri e dá um beijo no topo da minha cabeça. Euapenas forço um sorriso.
— Ok! Eu já vou, até amanhã. — ela sai na direção da porta.
— O que? — meu pai se assusta quando ela diz "até amanhã".
— Estou brincando. — ela grita quando saia pela porta e eu apenas sorrio.
— Qualquer dia desses, vocês me deixam maluco. — ele diz.
Um tempo depois de assistir TV volto pro meu quarto. Vejo que tinha maisuma mensagem de Quinn.
"Você podia vir pra cá qualquer dia desses, você vai amar."
"Quem sabe."
Ela faz o convite e eu passo a noite pensando em como seria bom conhecera praia e pessoas novas.Sinto alguém se sentar ao meu lado e me cutucar.
— Acorda! — ouço minha irmã falar e sinto cheiro do álcool e sua voz umpouco alterada.
— Papai disse pra você não beber. — eu falo quando abro os olhos.
— Quehoras são? Você chegou agora? — pergunto.
— Shiii!! — ela faz sinal com o dedo na boca. — São 3:00 da manhã. — ela ri.— Eu só vim aqui te falar uma coisa. Não liga para o que o papai diz, vocêsabe que ele é protetor demais, ainda mais agora que somos só nós três. Masvocê pode ir aonde quiser e fazer o que quiser, se um dia quiser fugir e ir praqualquer um desses lugares que você quer ir, é só me chamar. — ela diz e meabraça.
— Tudo bem. Eu te amo! — falo quando nos abraçamos.
— Eu também te amo! — ela diz e depois nos soltamos.
— Você conseguiu chegar até aqui e não aconteceu nada? — perguntocuriosa.
— Sim! Não duvide de mim, eu sou... ótima. — demora um pouco para falaro "ótima" pela voz arrastada
— Tudo bem. — eu sorrio.
— Agora vá dormir, já está tarde. Aliás o que faz acordada às 3:00 da manhã?— ela pergunta parecendo não se lembrar que me acordou.
— Você me acordou. — falo.
— Ok! Vai dormir! Boa noite! — ela se levanta e quase cai ao chegar na porta.Me seguro pra não rir alto.No dia seguinte logo que acordo vou ao seu quarto.
— Hora de acordar! — falo abrindo a porta e me sentando ao seu lado.
— Não! — ela vira para outro lado.
— Vamos já são 10:00 da manhã. — eu começo a fazer cocegas nela.
— Não! Para! — ela rir sem parar.
— Tudo bem, eu levanto. — ela se rende ese senta na cama.
— Pensei que ia dormir o dia todo. — falo enquanto ela se recupera.
— Aposto que você acordou agora também. — ela diz.
— Sim! — eu respondo e nós rimos.
— Eu fui ao seu quarto ontem? — pergunta.
— Sim! Você não parecia nada bem. — falo.
— É, eu sei. — ela diz e passa aos mãos no rosto.
— Papai vai ficar uma fera se descobrir que você dirigiu o carro dele depoisde beber. — falo.
— Ele não vai, só eu e você sabemos, e você não vai falar, né? — pergunta.
— Não! Relaxa! — digo. — Mas me diz, como você chegou até aqui? —pergunto curiosa.
— Não sei! — rimos.
— Você me disse uma coisa ontem à noite... — começo a falar sobre ela terproposto de fugirmos.
— Eu sei, eu me lembro. — ela diz.
— Então... você estava mesmo falando sério? — pergunto.
— Sim! Eu quero que faça tudo que quiser, e se precisarmos fugir pra isso,eu fujo com você. — ela diz.
— Bom, acho que chegou a hora. — falo e começo a contar da menina queconheci e sobre ir visita-la.
— Beleza! Nós vamos. — ela diz.
— É sério? — pergunto esperançosa.
— Sim! — ela responde e pulo nela de alegria.
— Ei maluca, cuidado! — diz.
— Quando? — pergunto.
— Pode ser no próximo fim de semana. Nós podemos sair à noite logo que opapai dormir, e voltamos na segunda. — ela propõe.
— Mas você perderia um dia de aula. — lembro ela da faculdade, mesmo quesaíssemos cedo, não chegaríamos a tempo.
— Não importa, é só um dia. — ela diz.
— Tudo bem! Eu vou falar com a Quinn. Obrigada, de verdade, eu te amo!— a braço e vou ao meu quarto.
"Será que você pode me receber ai na próxima semana?"
Depois de alguns minutos recebo uma chamada de vídeo dela.
— O que? Como assim você vem na próxima semana? — ela pergunta comuma cara de surpresa engraçada.
— Fala baixo, meu pai não pode nem sonhar. Falei com minha irmã, nósvamos escondidas na próxima sexta, provavelmente vamos chegar ai nosábado cedo. — explico.
— Isso é demais! Estou me sentindo em um daqueles filmes adolescentesque elas fogem de casa pra viver uma aventura de verão. — ela diz e eusorrio.
— Hanna! Corre aqui! — ela chama a irmã que logo aparece. E asemelhança delas é gritante.
— Oi Hanna! — a comprimento.
— Oi Elisa! Minha irmã falou de você. — ela diz meiga e simpática.
— Ela também me falou de você. — falo.
— Elisa vai vir no próximo sábado com a irmã. — Quinn diz a irmã.
— Uau! Que legal! — ela diz animada.
— Agora preciso ir, depois nos falamos. — nos despedimos e eu desligo.Vou assistir um filme enquanto não dava a hora do almoço. Algum tempodepois minha irmã vem me chamar para o almoço.
— Então como foi a festa ontem? — meu pai pergunta a minha irmã.
— Foi legal! — ela responde.
— Parece ter sido mesmo, pra você deixar o meu carro no meio da rua. — elediz.Ela se engasga com a comida.
— Eu fiz isso? — ela pergunta ainda tossindo.
— Você não se lembra? Será por que? — pergunta irritado.
— Desculpa! — diz.
— O que eu disse antes de você sair? — pergunta a olhando nos olhos.
— Não beber. — ela responde.
— E o que você fez? — pergunta novamente.
— Eu sei, desculpa! Eu achei que fosse ficar tudo bem, e ficou, nãoaconteceu nada. — fala.
— O problema não é esse Kate, você quebrou minha confiança. Eu confieiem você. — ele diz.
— Eu sei, desculpa! Já pedi desculpa, eu sempre fui a filha exemplar, semprefiz tudo que vocês queriam, eu errei pela primeira vez na vida, me desculpa.— ela diz irritada.
— Tudo bem! Mas não posso confiar em você de novo tão cedo pra sair nocarro. — ele diz.
— Eu nem queria mesmo. — fala baixinho.— O que você disse? — pergunta.
— Nada. — responde.A semana passa como uma lesma de tão lenta, deve ser por eu estar ansiosa.Mas finalmente sexta-feira chega. E com ela o dia da viagem, prefiro chamarassim, fuga soa muito perigoso.Minha tia acaba de sair daqui depois de me dar aulas e Kate acaba de chegarda faculdade.
— Ei você pode me ajudar numa coisa lá dentro? — pergunto a ela pradisfarçar.
— Claro! — ela me segue até o quarto.
— Acho que você esqueceu de um detalhe. Não temos dinheiro. — faloquando chegamos.
— Ai que você se engana. — ela diz.
— Como assim? — pergunto.
— Lembra da poupança que a mamãe fez quando a gente era criança? —pergunta.
— Você vai pegar aquele dinheiro? — pergunto assustada.
— Relaxa! Lá tem muita grana, a gente só vai pegar um pouco. — ela diz.
— Mas achei que só podíamos mexer com a autorização do papai. — falo.
— Sim! Até nós sermos maiores de idade, já passei e peguei o dinheiro, nãose preocupa. — ela diz e fico mais tranquila.
Durante o dia arrumo minhas coisas e passo o dia preocupada e ansiosa.Depois do jantar papai chama a gente pra assistir um filme, mas dizemos que estamos cansadas e vamos dormir mais cedo, assim ele também vaideitar mais cedo.
Já passava das 23:00 horas quando Kate vem me chamar no meu quartodizendo que é hora de ir. Ela pega as minhas coisas e as delas, vou com omaior cuidado do mundo, já que meu andador faz barulho quando passa nochão e qualquer pessoa sabe quando eu chego bem antes de eu realmentechegar.Saímos com cuidado e entramos no carro.
— Se a gente morrer por sua causa eu te mato. — falo por causa da sua faltade experiência ao volante.
— Calma, bebê, tá comigo tá com Deus. — ela diz a partimos.Depois de algumas horas acabo pegando no sono.
— Ei! Acorda! O dia já amanheceu. — Kate me acorda quando o sol jánascia.Era umas 06:00 da manhã, o sol já nascia e meu Deus, como o sol ali nascialindo.
— A gente já tá chegando? — pergunto.
— Mais uma hora mais ou menos e chegamos, segundo o GPS. — diz.
— Vouparar em um posto pra abastecer, comprar alguma coisa e ir ao banheiro,você quer alguma coisa? — pergunta.
— Quero ir ao banheiro, e talvez um café. — café é um dos meus vícios, meupai disse que pareço uma velha por isso.
— Ok!Chegamos a um posto e enquanto abastecem o carro vamos a conveniênciaali ao lado.
— Precisa de ajuda? — ela pergunta quando ia entrar no banheiro.
— Não! Obrigada! — falo e entro no banheiro.Depois de usarmos o banheiro vamos a lanchonete. Eu peço um café e Kateum energético — Você vai tomar isso a essa hora? — pergunto.
— Eu não dormi, quer que eu fiquei o dia todo parecendo um zumbi? — elapergunta e eu sorrio.Terminamos e seguimos viagem. Passava das 07:00 da manhã quando chegamos ao endereço que as meninasmandaram.Era uma linda casa arejada e perto da praia.
— Oi! Vocês chegaram. — diz Quinn quando elas saem na porta quandopercebem o carro chegando.
— A gente já estava esperando vocês. — fala Hanna
— Oi gente! — falo ao sair do carro com a ajuda de Kate.
— E aí, meninas? — minha irmã fala.
— Venham! Entrem! — Hanna fala, elas ajudam a gente a entrar e nos guiaaté o quarto delas.
— Esse é nosso quarto. — diz Quinn quando entramos.
— Tem camasembaixo das nossas, é só puxar, vocês podem dormir nelas.
— Obrigada! — falo.
— Você pode dormir na minha cama, acho que fica melhor pra você selevantar, essas camas são muito baixas. — sugere Hanna.
— Não precisa se incomodar. — falo.
— Imagina, não é incomodo. — ela diz em um tom meigo e sorri pra mim.
— Tudo bem. — falo.
— Vocês querem tomar café? Devem estar com fome. — pergunta Quinn.
— Ah sim! Estamos! — responde minha irmã e elas riem.
— Então vamos. Ainda é cedo pra ir à praia. — diz Quinn e nós vamos pracozinha.
Chegando lá conhecemos seus pais, eles são muito legais e atenciosos. Mesurpreendo de eles não se incomodarem das filhas trazerem duas estranhaspra casa.Tomamos café e depois de um tempo nos arrumamos pra ir à praia.
— Papai já começou a ligar desesperado. — falo quando vejo as inúmerasligações perdidas dele.
— Eu já mandei uma mensagem pra ele dizendo que estamos bem e quevoltamos na segunda. Desliga seu celular antes que ele localize a gente. —minha irmã diz quando entramos no carro pra sair.
— Tudo bem. — desligo meu celular e seguimos pra praia.
— Vocês não se sentem culpadas de mentir e deixar o pai de vocêspreocupado? — pergunta Hanna quando já estamos no caminho.
— Sim! Mas não tinha outro jeito, por ele a Elisa ficaria o resto da vida emcasa. — explica Kate.
— Eu entendo! — fala.
Chegamos, e nossa! É o lugar mais lindo que eu já vi na vida.
— É lindo! — falo quando descemos do carro.
— Vem a gente te ajuda. — fala Quinn.Kate segura meu braço de um lado e Quinn do outro e Hanna leva meuandador e nossas coisas, até chegarmos à beira do mar.Hanna abre uma cadeira de praia e eu me sento. Kate ajuda Quinn a montaro guarda-sol.Fico ali alguns minutos admirando o mar até que minha irmã fala.
— Você não quer entrar? — pergunta.
— Não sei. Tenho medo, é muito forte. — falo me lembrando da fala de meupai.
— Você tá parecendo o papai. — diz.
— Relaxa a gente vai te ajudar. — diz Hanna.
— Tudo bem. — falo.
As meninas me ajudam me segurando e me ajudam a entrar no mar. É umasensação estranha e muito boa ao mesmo tempo. Realmente inesquecível!Ficamos o resto da manhã na praia e depois do almoço vamos conhecer acidade. Foi uma tarde divertida e muito legal, tem uns lugares bem legais ebonitos que conhecemos.No final da tarde voltamos pra casa das meninas e vamos descansar umpouco. Nunca fiz tanta coisa em um dia só.Estamos deitadas no quarto quando Quinn diz:
— Vai ter um luau hoje na praia, vamos? — pergunta olhando a tela docelular.
— Parece uma boa. — fala a irmã.
— Vamos! — falo.
— Tem certeza? Não está muito cansada? — pergunta minha irmã.
— Tenho! — digo.
Nos preparamos e saímos.Minha irmã vestia uma linda saia branca florida e uma parte de cima debiquíni branca. Vesti um macacão de renda azul turquesa todo soltinho e asmeninas vestem um vestido curto florido bem praiano, apenas com as coresdiferentes, Quinn usava um vermelho florido e Hanna um rosa.Chegamos e as meninas me ajudam a conseguir um lugar pra sentar. Logoelas encontram uns amigos e apresentam pra gente, e são tão legais quantoelas.Depois de um tempo Hanna avista seu namorado chegando e corre praencontra-lo.
— Segura aqui pra mim. — ela me entrega seu copo de caipirinha e corre.Fico olhando aquele copo e ele olha pra mim.
— Eu não conto pra ninguém. — diz Quinn chegando atrás de mim.
— Mas eu nem pensei nisso. — falo.
— Pensou sim que eu sei. — diz.
— Anda logo antes que sua irmã chegue.Olho para os lados e dou um grande gole da bebida. Tem um gosto forteestranho, ou pelo menos só achei porque nunca havia tomado.
— Não é tão ruim. — falo depois de fazer cara feia. Quinn sorri.
— Agora me dá aqui que qualquer coisa eu digo que fui eu. — ela pega ocopo.Logo a irmã volta com o namorado que se chama Mike e é muito bonito.Eles formam um lindo casal.
— Ei isso é meu. — diz ela e toma o copo da irmã.
— E ai, gente? — minha irmã que havia ido ao banheiro volta.Ficamos ali mais um tempo conversando e dançando. Um amigo dasmeninas vem falar comigo, seu nome é Liam, ele é bem legal e bonito.Conversamos sobre assuntos aleatórios e ele me fala um pouco sobre ele.Ele estuda na mesma escola que as meninas e também tem 17 anos, quer seradvogado como seu pai.Ainda estávamos conversando quando as meninas chamam pra ir embora.
— Então tchau, Liam. Qualquer dia a gente se ver de novo. — me despeço.
— Tchau! Foi um prazer te conhecer. — fala.
— Foi um prazer também. — falo. Ele vem me abraçar e me dar um beijo norosto, mas não é bem no rosto que sai esse beijo. Quando vou beijar seurosto ele se vira e me dá um selinho e vai embora.
— O que acabou de acontecer aqui? — pergunta Quinn.
— Não sei. — falo ainda em choque.As meninas me ajudam a levantar e vamos embora. No dia seguinteacordamos meio tarde e vamos tomar café.
— Você fez sucesso ontem, né? — menciona Quinn.
— Fiz? — pergunto confusa.
— Você ganhou um beijo do Liam, ele é tão fofo. — diz Hanna.
— É, parece que sim. Ele é um fofo mesmo. — falo e sorrio sem graça.
— Oh! Foi tão fofo. — diz minha irmã.
Depois do café fomos a praia novamente. Na parte da tarde Damos maisuma volta na cidade, e dessa vez vamos na companhia de Mike, namoradode Hanna.No dia seguinte voltamos pra casa bem cedo, chegamos em casa por voltadas 14:00 da tarde, e assim que passamos pela porta...
— Graças a Deus! Vocês voltaram! — meu pai fala aliviado nos abraçando.Estava a família toda lá em casa. Meus tios, e até minha avó paterna quemora na cidade.
— Tá tudo bem. Nós estamos bem. — fala Kate.
— A partir de hoje eu juro que não te proíbo de fazer nada. Vou te apoiar ete ajudar no que quiser. — diz emocionado olhando nos meus olhos.
Alguns meses se passam e as meninas já terminaram a escola e vão se mudarpra cá, pra estudar na universidade da minha irmã. Continuamos mantendocontato e ficamos mais amigas ainda. Durante esse tempo fomos algumasvezes visita-las, e dessa vez com meu pai ciente da viagem e aprovando tudo.Nossa relação mudou muito desde então. Agora eu estudo em escolacomum como as pessoas da minha idade, todos me acolheram muito bem esão atenciosos. Ele prometeu pensar em me deixar estudar moda em outracidade. Minha irmã está firme na faculdade e até arrumou um namorado.
Vi Liam das outras vezes que fomos lá, mas não aconteceu nada demais,somos bons amigos e trocamos mensagem de vez em quando. Embora asmeninas achem que ele é afim de mim.Bom, essa foi a maior aventura da minha vida, espero que tenham gostado.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top