Capítulo 1
Ps:. Não esqueçam que essa é uma estória de ficção, então alguns fatos aqui não condizem com a realidade.
Luke estava parado em um dos penhascos das lindas Falésias de Moher, ele amava aquele lugar, o visitava desde criança, ele crescera ali sob os olhares atentos do Pai que o criou sozinho depois de se divorciar da mãe, que simplesmente virou as costas e foi embora, deixando o único filho para trás.
Ela era uma estrangeira que cedeu ao calor do momento e casou-se abruptamente com o homem que conheceu ao vir em uma viagem para a Irlanda.
Ele não a julgava.
A mulher simplesmente não se adaptou a nova realidade, e quando teve o filho, o entregou para o ex-marido e foi embora sem olhar para trás.
Sabia que seu pai sofria até hoje, depois disso o homem fechou seu coração para o amor, o único amor que possuía era o que dedicava ao filho.
Ele tentou impregnar na cabeça de Luke que o amor entre um homem e uma mulher não existe, que é tóxico e só faz mal, mas contrariando todas as expectativas de seu pai, Luke transformou-se em um verdadeiro romântico.
Não negava para ninguém. Fora traído pela noiva, no entanto continuava acreditando piamente no amor.
Ela só não era para ele.
Seu pai mantinha uma propriedade perto das falésias, desde que ele se entendia por gente, e ele amava aquele lugar, ter o privilégio de presenciar o pôr do sol da janela de seu quarto era indescritível, ele tinha uma visão magnífica do lugar, mas amava se empoilerar ali e ficar horas contemplando aquela paisagem a sua frente.
A água batia contra as rochas com uma agressividade impressionante, aquilo sempre chamou a atenção do garoto curioso que ele fora. As rochas mudavam com a erosão sofrida pela água do mar, pela chuva e pelo vento forte, mais ele não tinha o que reclamar.
Se tornará um grande fotógrafo, era sua verdadeira paixão, não fotografava pessoas, nunca se sentiu a vontade para isso, mais as paisagens, ah! elas o conquistavam de maneira tão arrebatadora.
Viajou por quase todos os lugares do planeta, habitados, não habitados, movimentados, inóspitos. Ele amava sua vida, não tinha o que reclamar.
Seu pai tinha uma empresa de turismo, então para Luke, viajar nunca foi um problema. Seus trabalhos já alcançaram patamares que ele sequer imaginou conquistar.
Uma fotografia sua vale uma pequena fortuna, segundo seu Pai. Ele não ligava muito para isso, mas era o preço que se pagava ao ter seu trabalho reconhecido mundialmente.
Ele mantinha uma casa para crianças órfãs, e passava bastante tempo com os pequenos. Ele tinha muito dinheiro, adorava poder proporcionar alegrias para as crianças daquele lugar.
As pessoas ao seu redor não entendiam como alguém como ele preferia estar com crianças barulhentas ao invés de curtindo a vida, pois além de jovem, era bem sucedido e tinha dinheiro. O que não entendiam é que ele sabia muito bem como era não ter uma mãe, não que reclamasse, seu pai fizera um ótimo trabalho, ele nunca sentirá falta da Mãe. Johan esteve ao seu lado em todos os momentos, nunca perdeu uma reunião da escola, estava lá nas comemorações do dia das mães, nunca permitiu que ele sentisse falta de a mãe, ele foi uma para ele.
Um pai e uma mãe explêndidos, ele sentia um orgulho tão grande do homem que lhe dera tudo.
Ele o amava profundamente, seu pai era seu alicerce e seu tudo, nenhuma de suas conquistas fariam sentido se não tivesse seu velho ao seu lado.
Luke olhou para o horizonte e depois para o relógio, era hora de voltar seu pai já devia o estar esperando para o jantar. Era uma das melhores coisas morar no país do sol da meia noite. Já passava das sete da noite, mais o dia continuava claro.
Uma das coisas que ele mais ama em seu país é poder presenciar o espetáculo das auroras boreais. Um dos espetáculos mais lindos da natureza, é incrível acompanhar o show de luzes que acontece diante dos olhos.
Ele não sabe de onde surgiu toda essa paixão pela natureza, pelas paisagens, mas caralho! Era foda demais ser um expectador de tudo isso
Era real que ele amava tudo relacionado a isso. Sua vida se definia a amar essas coisas a tempos demais. Provavelmente foi sua criação longe das cidades abarrotadas de gente, e sua proximidade com a natureza que o fez seguir por esse caminho ou não, tantas pessoas moram no interior e detestam sua vida, ficam a maioria do tempo planejando como escapar de suas próprias vidas.
Ele não, Luke nunca fora assim. Ele amava sua vida, amava ser irlandês e amava profundamente suas terras.
O todo poderoso fora muito bom, quando escolheu este lugar para ser seu lar, uma verdade absoluta. Não importava quantas maravilhas ele presenciasse, não importava para quantos países ele conheceu, nada era melhor do quê chegar em casa, respirar o ar úmido que vinha da maresia, abraçar seu pai e passar horas relatando e mostrando suas fotos.
Hoje ele chegava de mais uma viagem e dessa a vez a mesma durou um mês, um mês longe da sua família, da sua casa e de tudo que ele ama. Apesar de tudo valeu a pena cada segundo.
Luke fora fazer um trabalho na Antártida para o National Geographic, eles estão produzindo um documentário sobre o derretimento das geleiras e sobre como as mudanças climáticas e a interferência do homem estão destruindo a vida marinha, como o lixo no oceano vem acarretando mortes entre os seres. Os krills em desaparecimento, as baleias sem sua principal fonte de alimentação na cadeia alimentar.
O oceano está cheio de microplastico, é triste ver como a ganância em crescer frente ao capitalismo, está matando tudo aos poucos, apesar de todos os esforços as pessoas ainda não vêem isso com a gravidade dos fatos. Não importa quantas reuniões as superpotências, os blocos econômicos sejam eles qual forem, se reúnam com o propósito de discutir mudanças, quando elas realmente não vem. Eles se comprometem e firmam compromissos que não cumprem, é deprimente, mas a realidade é:
Dura, cruel e implacável.
Caminha de volta para casa e ao entrar sinte o cheiro delicioso de carne assada. Seu Pai é um grande cozinheiro, um dos melhores e sua comida sempre será a favorita dele.
Luke o ama profundamente e é isso que demonstra quando para ao seu lado e o puxo para mais um dos muitos abraços que trocam desde que ele chegou de viagem.
- Eu te amo, meu velho. - Luke declara.
Seu pai abre um sorriso carinhoso e responde.
- Eu sei moleque, também te amo.
E assim, em meio às tantas trocas de carinho e demonstrações de sentimentos, eles encerram mais uma noite juntos.
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