Capítulo 38
— Sam!
Casey enfia a cabeça pela porta aberta da minha sala de aula, com os alunos passando por ele. Eu tinha acabado de supervisionar uma das muitos provas que aconteceriam entre agora e as férias de inverno, e sua aparição previsível é bem cronometrada. Eu não me rotularia de prolífico, não sou nenhum crítico literário, mas ainda me envolvo com meus colegas e alunos discutindo dissertações, declarações de tese e minha análise pessoal de qualquer material que estejamos percorrendo.
É o caso agora. Uma das minhas colegas de doutorado me encurralou atrás da mesa, minha mochila já meio pronta. Em vez de uma discussão bidirecional, ela está falando comigo, claramente exausta pela falta de pesquisa confiável sobre o tópico que ela apresentou para sua dissertação. Ela é dois anos mais nova que eu, mas milhas à minha frente no programa. Não parei nem um pouco para pensar na minha própria dissertação, e prefiro não me estressar com a miopia dos outros enquanto isso.
— Ah, desculpe, você está ocupado? — ele diz, já que sua interrupção foi o suficiente para fazê-la parar para respirar.
— Não, você foi pontual. Sinto muito, Melissa, tenho um compromisso marcado.
É um pouco frio, mas não consigo pensar em nenhuma palavra de consolo para oferecer. Embora não seja impossível, revisar o tópico dela seria um grande retrocesso. "Continue procurando!" também parece banal. Talvez ela não estivesse esperando nenhuma resposta, ela só precisava de alguém para desabafar.
Ela balança a cabeça, sorrindo fracamente.
— Não, não, obrigada por ouvir. Desculpe por ter falado assim.
Pontos para sua autoconsciência.
Ela se despede enquanto termino de recolher minhas coisas, acenando educadamente para Casey ao passar por ele.
É só o fim da manhã, então ainda tem uma quantidade tediosa do dia para passar. Nossa próxima aula é uma que dividimos, mas há muito tempo até ela, quase duas horas. Faz parte da rotina nos encontrarmos se não houver nada nem ninguém nos segurando. Pegamos bebidas e colocamos o trabalho em dia, geralmente no átrio do prédio onde nossa próxima aula será realizada. É um espaço confortável e aberto com mais janelas do que paredes. Sofás e mesas redondas em abundância.
Ele boceja enquanto seguimos nosso caminho, uma caminhada de quinze minutos.
— Cristo, mal posso esperar pelo feriado.
— Acabamos de ter um. — Embora eu concorde totalmente. Todo mundo fica tenso durante a temporada de provas, e parece que há uma montanha intransponível de trabalho que estou tendo que escalar livremente antes de ver o cume. Dependendo da situação de cada um, o feriado que se aproxima pode ser outra fonte de estresse, mas não é o caso para mim. Será nosso primeiro Natal juntos, Dean e eu.
Estou muito animado para isso.
— Oh, por favor — ele zomba. — Eu sei que você também está ansioso. Essas crianças estão no seu pé, cara. Como se você não tivesse sua própria merda para fazer.
— É, estou ansioso. — Admito através do meu próprio bocejo, já que é sempre contagiante e tão rápido de se espalhar. — Você vai voltar para casa, certo?
Casey é do interior, da cidade costeira de Eureka. Ele tem uma ligação de sangue com ela, já que a maioria de sua família segue morando naquele lugar, até mesmo seus irmãos crescidos. Ele tem avós vivos de ambos os lados da árvore genealógica. Até onde eu sei, ele se dá bem com seus parentes. Não consigo imaginar nenhuma razão para ele não voltar, embora não tenhamos discutido nossos planos até agora.
— Sim, vou dirigir para lá na quarta-feira. Ainda tenho muitas compras para fazer antes disso. — Ele resmunga.
— Eu também, embora não tenha tantas pessoas para quem comprar presentes.
Isso não torna tudo menos estressante. Tenho me angustiado pensando no que dar a Dean no Natal. É estranhamente difícil comprar algo para ele. Você pensaria em lembranças de futebol, certo? Errado, por alguns motivos. Por mais excepcional que ele seja no esporte, ele não é... um cara de futebol? Comparado a Casey, Dean não é fanático por assistir jogos ou programas de comentaristas. Ele mantém um olho no assunto, mas não acompanha obsessivamente as estatísticas nem torce por nenhum time em particular. Falamos sobre seus jogos e treinos porque é uma parte tão grande de sua vida, mas não é algo pelo qual ele seja excessivamente apaixonado.
Fiquei com as opções padrão, uma das quais você tomaria com base na personalidade do recebedor: algo sentimental ou prático.
Para Casey, decidi por uma caneta-tinteiro da Coleção Esterbrook x Ferritale. Não é nem um pouco do meu gosto, com seu design nebuloso colorido e espiralado e detalhes banhados a ouro, mas Casey adora excentricidade. Ele escreve um diário, lembra? Então, ele com certeza usaria. Prático e sentimental, ainda estou me dando tapinhas nas costas. Minha mãe vai ganhar um jardim vertical para seu deck, aquele que ela tem certeza que estará à venda a qualquer momento, de onde eles tiram esse preço por alguns vasos empilhados?
Acho que Dean apreciaria algum sentimentalismo. Pensei em comprar outro colar para ele, já que ele nunca, nunca fica sem o que eu dei de presente para ele na formatura. Mas comprar o mesmo presente duas vezes? Brega, sem imaginação, preguiçoso.
Eu sei que ele mais do que apreciaria qualquer coisa que eu desse a ele. Ele provavelmente ficaria contente se eu apenas colocasse um laço na minha bunda e me curvasse sobre qualquer superfície mais próxima. Estou pensando demais, mas é importante para mim. Quero presenteá-lo com algo que ele realmente goste, por mais do que ser um presente meu, e que tenha utilidade.
— E você? Vai voltar para Illinois?
— Deus, não. — Eu deixo escapar. — Não tem nada para mim lá.
— Você não tem outra família além da sua mãe?
— Parentes distantes, ninguém que eu tenha vontade de ver.
— E o Dean? Você disse que o pai dele estava em Illinois.
— Bem, sim, mas...
Perguntei a ele sobre isso, por cortesia. É o pai dele, a única família que ele manteve ao longo dos anos. Dean quase riu da minha cara. Ele olhou para mim como se eu tivesse perdido a cabeça por sugerir que ele estaria em qualquer lugar, que não fosse na minha bunda, durante as férias de inverno. Eu fui rápido em deixar para lá, devidamente lisonjeado.
Casey e eu continuamos a conversa descontraída até o início da nossa aula. Embora ele saiba um pouco do que aconteceu no feriado, foi uma versão muito condensada e fortemente redigida. Deveria ser estranho discutir sobre Dean em qualquer situação com... qualquer pessoa, mas não é. É muito, muito legal. Libertador. É libertador reconhecer a existência do meu relacionamento com um amigo, mesmo que eu esteja com vergonha de entrar em detalhes. Casey é o conspirador perfeito, porque quem melhor para falar sobre o atletismo sobrehumano de Dean?
Eu quero poder me gabar dele também, mesmo que seja só uma fração do que ele tem a dizer sobre mim. Ele é... uma pessoa louvável, muito mais do que eu, e é tão, tão bom poder expressar isso em voz alta.
O curto período em que ficamos separados, do Dia de Ação de Graças ao Natal, é difícil de descrever. Foi o momento mais despreocupado que já me senti em relação ao nosso relacionamento, quase animado. Com a aceitação tensa da minha mãe, foi um peso enorme tirado. Finalmente sinto que posso respirar no espaço ao lado de Dean. Como eu disse a ele, nem todo mundo vai ficar bem com isso, e isso é algo que tenho que aceitar tanto quanto ele. Certo ou errado, escolhi seguir em frente com ele. É uma decisão pela qual certamente enfrentarei muito julgamento, mas a opinião da minha mãe sempre importou mais que tudo.
Com essa paz de espírito recém-descoberta, tudo parece mais fácil. Iniciar uma troca de mensagens. Expressar afeição, saudade e solidão quando estamos separados. Estou me permitindo participar, e isso faz toda a diferença. Agora, não poder nos ver por quase um mês inteiro é um pouco devastador. Antes, eu usava o pessimismo e a culpa como uma barreira. Sentir falta dele parecia errado, então eu era capaz de moer esse sentimento sob meu calcanhar. É difícil sem a barreira, não importa o quão ocupado eu esteja.
Assim que há um segundo de inatividade, aquela dor no meu coração aumenta.
Por causa dessa paixão juvenil, estou mais interessado em me distrair quando surge uma oportunidade. Em vez de ficar deprimido pelo apartamento nos fins de semana, passo-os com minha mãe ou com os poucos amigos que consegui acumular. Casey, principalmente. Como ele corre em muito mais círculos sociais do que eu, raramente somos apenas nós dois. Fui agraciado por boas companhias na maior parte do tempo, apesar de não ter quase nenhuma intersecção com esses círculos. Casey é um cara ótimo, então ele geralmente mantém boa companhia. Acolhedor, acomodado, tranquilo. Ele não é um sujeito fácil de lidar e não tem medo de cortar alguém de sua vida se essa pessoa não atender aos seus padrões.
Dito isto...
Tem um cara fodido.
Matthew, Matt ou Mattie.
Ninguém realmente o chama de Matthew, então, por uma questão de etiqueta, eu fico na zona neutra de Matt. Ele é um dos amigos do Casey, e eu tive o desprazer de sua companhia algumas vezes desde setembro. Eu assisti a algumas de suas partidas, mas, na maioria das vezes, eu o vejo em qualquer bar em que o grupo deles decide se reunir. Ele é cinco anos mais velho que eu e, como Casey, um ex-jogador do Golden Bears. Ele trabalha com segurança cibernética agora, eu acho.
Inicialmente, eu o rotulei como um homofóbico direto e simples. Ele é sutil o suficiente para se safar, já que seus amigos levam a maioria do que ele diz como piadas. Todo mundo é um alvo, todo mundo é provocado, então é difícil distinguir seu desdém genuíno daquela atitude de "Estou só brincando com você, cara!". Pessoalmente, não tenho interesse em fazer amizade com alguém que está sempre atrás de uma piada, sempre dando socos para isso, mas também não é minha intenção ficar entre um grupo de amigos de longa data. Eu sou o estranho, o novato.
Eu aguento algumas piadas.
Francamente, se eu não tivesse oferecido a informação, Matt nunca saberia onde socar. Posso não ser a anomalia desconcertante que Dean é, mas passo despercebido o suficiente. Não atendo a nenhum dos estereótipos primários, exceto talvez meu estilo de vestir. Não sou extravagante nem excessivamente afeminado. Embora eu tenha sido chamado de bonito e mais do que bonito, "bonito" não é sinônimo de gay. Muitos homens se orgulham de suas práticas de higiene, e a falta de atletismo ou hobbies "masculinos" não é o suficiente para denotar homossexualidade nos dias de hoje.
Entre homens héteros, mulheres são um tópico padrão. Foi durante uma dessas conversas que me senti confortável em me expor para o grupo quando perguntado sobre meu próprio histórico de namoro, e eles levaram a notícia na esportiva. Não foi exatamente chocante. Olhando para trás, Matt parecia estranhamente abalado, pelo menos mais do que qualquer outra pessoa. Ele era quieto, no começo. Não demorou muito para que suas "piadas" se tornassem mais físicas por natureza.
Nas duas últimas vezes em que nos encontramos, ele estava desconfortavelmente manhoso.
No final de outubro, o grupo de Casey tinha planos de subir as montanhas em um fim de semana. O humilde cume oferece vistas memoráveis, tanto naturais quanto da cidade abaixo. Sem céu nublado, o céu se lava com cores vivas atrás de Berkeley à noite, e a cidade se torna uma paisagem negra salpicada de luz dourada. O plano era dirigir a maior parte do caminho e depois estacionar perto de uma das muitas trilhas que serpenteiam mais para cima. Dean estava ocupado com um jogo fora de casa, então não tive motivos para não aceitar seu convite.
Na época, Matt era pouco mais que um pensamento tardio irritante. Se ele estivesse lá, não estragaria o passeio para mim. Seria incômodo, mas facilmente ignorado. Parecia que ele estava determinado a me fazer lamentar esse pensamento, porque ele intencionalmente arruinou qualquer diversão que eu pudesse ter.
Existem três tipos de caminhantes:
1. O atleta. Seu ritmo nunca diminui, o mais rápido que uma caminhada pode ser antes de virar uma corrida. O ponto final é tudo o que importa, e seu sucesso pessoal depende daquele conjunto de dados piscando na tela do seu smartwatch.
2. Os simplórios, felizes apenas por estarem lá. Eles manterão o ritmo se for preciso, mas não estão tentando alcançar nada além de existir ao ar livre.
3. O que para e-cheira as rosas. Essa pessoa pode se interessar por botânica ou observação de pássaros.
Não sou botânico nem observador de pássaros, mas me encaixo mais nessa terceira categoria. Posso não saber distinguir um junco de olhos escuros de um gaio-do-mato, mas, porra, ainda sinto algo quando eles riem alto, garras minúsculas agarrando galhos finos. Ainda consigo parar, olhar para cima e pensar, "nossa, que pássaro lindo do caralho." Caramba, consigo até olhar para baixo! Porque há tanta coisa para ver! Pássaros e plantas são legais pra caralho, me processe.
Se houvesse um precedente legal para isso, Matt poderia ter feito isso.
Da lista acima, o grupo de Casey estaria em primeiro e segundo. Eles estão acelerando, mesmo que a trilha tenha menos de uma milha e o pôr do sol não seja por mais duas horas. Eu mantenho suas costas na minha linha de visão, mas não saio do meu caminho para igualar o ritmo. Ninguém se importa, pois sou um homem adulto e posso caminhar tão rápido ou devagar quanto eu quiser, exceto Matt. Tudo é uma competição com ele, então eu esperava que estivéssemos em extremidades opostas do grupo. Eu quase esperava que ele corresse a trilha inteira, marcando um tempo do qual ele pudesse se gabar mais tarde.
Em vez disso, ele ficou para trás para me atacar.
Quero dizer, insultos que você ouviria em um parquinho!
"Você quebrou o tornozelo aí atrás, cara?!"
"Mexa-se, cara, vamos lá!"
"Ser baixinho pra caramba significa que você tem que se esforçar mais!"
"Cristo, só porque você gosta de caras não significa que você precisa ficar enrolando como uma garota."
Quando eu disse a ele em termos inequívocos para "se foder", sua resposta foi aumentar a aposta. Estávamos longe o suficiente do grupo para que suas palhaçadas passassem despercebidas. Ele tentava me guiar para frente pelos ombros, batia forte no centro das minhas costas ou me mantinha no ritmo com um braço em volta da minha garganta. Eu não permiti que nenhum desses contatos persistisse por mais de um ou dois segundos depois que ele o iniciou, mas ele não foi dissuadido pelos meus tapas e cotoveladas.
— Você pode se foder?! Eu consigo andar sozinho.
— Tem certeza? Sério, cara, é como se você tivesse palitos de dente no lugar de ossos. Não tem como saber o que vai acontecer com você arrastando a bunda de volta aqui sozinho. — O jeito que ele disse isso, não foi de um lugar de preocupação. Foi quase ameaçador.
Se o objetivo era me colocar no ritmo do grupodele, funcionou. No mínimo, ele não vai me tocar onde os outros possam ver. Matt pode ser um homofóbico, ou apenas um babaca completo, mas é homofobia internalizada. O cara está tão perdido no maldito armário que está prestes a começar a aceitar missões de Aslan*. Gay, bissexual, quem sabe, mas isso equivale ao comportamento clássico de puxar rabo de cavalo. Eu deveria ter percebido antes que ele escalasse para toques injustificados, porque ele também olha muito. (*NT: personagem das crônicas de Narnia)
Às vezes com o canto do olho, às vezes diretamente. Especialmente quando em alguma piadoca depreciativa sobre "os gays", ele observa minha reação. Da qual nunca há uma, porque eu já ouvi tudo isso antes. Eu sou filho da minha mãe, e eu posso ser tão imperturbável quanto ela quando preciso ser. Já é uma batalha perdida se você alimenta reações para alguém que está procurando por elas, trabalhando duro para arrancá-las de você. Há algumas vezes em que Casey intervém, sua voz excessivamente severa: "Não seja um babaca, Mattie."
A resposta de sempre é:
"Estou só brincando, cara!"
Não contei isso a ninguém por alguns motivos. Um, raramente vejo esse cara. Duas vezes por mês, talvez. Nunca estamos sozinhos juntos, sempre em grupo. Dois, não é meu macaco, não é meu circo. Os amigos dele não desconhecem sua personalidade, e se quisessem se livrar dele, fariam. Não sou tão frágil a ponto de dedurar Casey sobre isso, não quando isso não tem quase nenhum impacto na minha vida diária. Seria uma história diferente se eu tivesse que me envolver com ele todos os dias.
Nem preciso dizer, mas não, eu não contei ao Dean.
Por que, em nome de Deus, eu contaria ao Dean?
Ele é louco.
Não sei se ele é capaz de algo como assassinato, mas ele é absolutamente louco e está disposto a espancar a alma de alguém por muito, muito menos do que o tratamento que Matt me deu. Esse som borbulhante é seu futuro indo pelo ralo. Nunca vi Dean ficar violento fora do que é exigido em campo, mas a disposição está lá. Disso, eu já vi muito. Ele não precisa de uma desculpa, e eu não serei aquele a fabricá-la. Eu posso lutar minhas próprias batalhas. Eu posso lidar com um babaca prático e reprimido, se a situação ficar complicada.
Essa era a ideia, pelo menos.
Atualmente é a primeira quinta-feira após o Dia de Ação de Graças, e o Fresno State tem uma partida contra Ann Arbor neste fim de semana. Não posso comparecer fisicamente a nenhum dos jogos de Dean este mês, mas não vou perder a cobertura ao vivo. Casey sabe disso, então, antes de arrumarmos nossas coisas de onde elas estão espalhadas na mesa entre nós, ele pergunta:
— você queria ir ao McNally's neste fim de semana?
É um pub irlandês popular que está sempre sintonizado na multidão de canais filiais da ESPN, não deixando espaço para reclamações dos clientes do tipo "ei, coloque o jogo xxxx!". Já estive lá várias vezes com Casey, às vezes ele e seus amigos. Eles são frequentadores estereotipados, que chamam pelo primeiro nome cada um dos barmans. Atrás do bar, há um retrato emoldurado do grupo após vencer um de seus torneios, sujos e com os braços amarrados nos ombros uns dos outros. Estou um pouco incomodado com a ideia da provável presença de Matt, mas é mais divertido com outras pessoas.
A excitação é contagiante, e eles levam seus esportes universitários muito, muito a sério. Mesmo que não sejam afiliados a Fresno, é impossível não ficar impressionado com o desempenho de Dean desde que se tornou titular. Os Bulldogs venceram todos os jogos em que jogaram com ele por margens muito saudáveis , e estão a caminho do Fiesta Bowl. Quando cercado por fãs gritando, eufóricos ou consternados, enquanto os pontos acumulam na pequena caixa vermelha na parte inferior da tela, fico cheio de bolhas. Mesmo através de uma tela granulada, ele brilha. Sua presença é avassaladora no gramado. Como um titã.
Durante as entrevistas, esse carisma inato é levado ao máximo. Quando ele responde à câmera, com um sorriso preguiçoso mostrando seus dentes brancos, é fácil acreditar que ele está me imaginando do outro lado do sinal. Tenho certeza de que seria fácil para qualquer um fingir isso. Olhando para a televisão, joelhos pressionados na parte inferior pegajosa de um bar, gritos de alegria sangrando juntos na minha cabeça, eu acho...
Acho que foi uma batalha perdida desde o início.
Acho que é impossível não se apaixonar por Dean.
— Sim, eu vou.
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