Capítulo 22 - Lírios-de-um-dia
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Jimin e Taehyung consertaram o rombo feito no pier durante o piquenique de outrora na manhã da segunda-feira, embora Seung Lee dissesse que iria refazer a construção quando tivesse material o suficiente, os meninos tiveram a idéia de reparar o buraco com duas tábuas do quarto de materiais enquanto isso não acontecia.
Depois foi a vez de plantarem os girassóis ao lado do lago, levando em conta que as sementes que compraram já haviam começado a germinar, Jimin estava com um chapéu de palha na cabeça, uma camisa de mangas largas e um macacão jeans por cima, enquanto Taehyung trajava a mesma roupa do dia em que se conheceram, exceto pela ausência do casaco branco. E Peludo estava com eles, como era costume.
– É uma pena que o verão esteja se acabando – dizia Taehyung, depositando uma semente em uma das covas. –, porque mesmo que cresçam, vai ser difícil florescerem em épocas mais frias.
– Pelo menos quando eu voltar no próximo verão eles estarão florescidos e lindos pra nós dois – disse Jimin com um sorriso.
Embora lhe tivesse sido dada a escolha de poder ficar na fazenda e estivesse em dúvida se voltaria mesmo para Nova York, no momento ele preferia guardar para si mesmo, pois caso decidisse ficar, anunciaria a Taehyung logo quando fizesse a conclusão, surpreendê-lo lhe parecia uma ótima idéia, mas caso decidisse apenas voltar para Nova York e continuar sua vida por lá, não precisaria dizer nada.
– Peludo! Não é pra comer as sementes! Você é um cachorro ou um pássaro por acaso? – ele repreendeu o canino, retirando as sementes de perto.
Peludo se sentou e se pôs a olhar para ele com olhos grandes e melancólicos em uma nítida expressão de culpa enquanto abanava o rabo, mas Jimin não ligou, na verdade, nem notou, pois por sua vez estava com o olhar fixo em Taehyung, que parecia um pouco desolado, embora tentasse disfarçar.
Intrigado e curioso, o loiro resolveu chegar mais perto para descobrir o motivo da tristeza do namorado, sutilmente ele se aproximou, encostou-se no mesmo e repousou uma mão em seus cabelos, perguntando em seguida:
– O que houve, meu bebê?
Taehyung olhou de imediato para ele, ruborizando-se ao ouvir o novo apelido que recebera, em seguida correu a mão pelo cabelo e respondeu:
– Não aconteceu nada, eu só estou um pouco cansado.
– Mesmo? – indagou Jimin. – Você me parece mais... triste, eu diria. Aconteceu alguma coisa na sua casa?
Taehyung negou com a cabeça.
– Está tudo bem por lá, mamãe até voltou a falar comigo.
– Yeri contou pro seu pai sobre você ser gay? Ou bateu em você de novo?
– Não, ela ainda não contou, pelo menos não que eu saiba e garanto que ela não encostou nem um dedo em mim desde aquele dia, acho que ela acredita que homossexualidade deve ser um vírus altamente contagioso que ela pode contrair caso me toque – ele riu logo depois de falar isso, e Jimin também.
– Vai que seja mesmo – brincou o loiro. – Eu só namorava garotas, mas depois que te conheci descobri que gosto de garotos, sendo que eu já andava com vários outros durante o meu dia a dia, já até vi os meus amigos sem camisa e nunca sentia nada. Mas, bem, deve ser porque eu nunca reparava.
– Agora creio que vai reparar, não é? – questionou Taehyung em tom desconfiado.
– Nada disso, não preciso reparar em ninguém quando eu já tenho você.
– Tem certeza? É que... sabe, Nova York é cheia de garotos bonitos, sexys e interessantes – o mais alto dizia, cabisbaixo, tornando a recolher as sementes para por nas covas.
– Mas nenhum deles é o Taehyung, nenhum deles é o meu Taehyung – Jimin disse com convicção – Eu não tô nem aí pros outros garotos, nenhum é mais bonito, mais sexy e mais interessante pra mim do que você.
– Certo, certo, eu já entendi – Taehyung se absteve do assunto.
Quanto a Jimin, ele pôs seus braços envolta do pescoço dele e pôs-se a ficar na ponta dos pés para selar seus lábios delicadamente na testa dele.
– Você não precisa se preocupar com isso, meu amor, você sabe que não.
O Kim contornou a cintura dele com os braços e apertou com força, como se ele fosse fugir a qualquer momento.
– Me desculpe por tornar esse momento tão sentimental. É que... eu não quero que você vá embora.
– Eu também não quero ir. Mas, ei! Isso não importa agora, vamos só aproveitar enquanto temos tempo... guarde suas lágrimas de despedida para o dia em que eu realmente for embora – disse a última frase em tom zombeteiro, de uma forma que Taehyung entendesse que se tratava de uma brincadeira.
Não queria vê-lo daquela maneira por conta de sua partida, pensou até em contar sobre a questão que lhe fora entregue, mas sabia que não era sensato alimentar esperanças incertas no coração dele, e além do mais, se Jimin fosse mesmo de volta para Nova York, Taehyung teria de enfrentar aquilo com maturidade, mesmo sendo aquele um fato triste, não era algo para sofrer antecipadamente, certo?
– Se lembra daquela ponte naquele riacho que eu, você e os outros achamos quando fizemos aquele passeio a cavalo logo no início do mês? – perguntou o Park, retornando a plantar as sementes que restavam. – De novo Peludo? – repreendeu novamente o cachorro por pegar as sementes com a língua.
– Sim – respondeu Taehyung, também retomando o trabalho.
– Vamos até lá de novo hoje à tarde, a cavalo outra vez, você também não achou aquele lugar meio... mágico?
– Sim, achei sim – o mais alto o respondeu, deixando um sorriso desabrochar em seus lábios quando se lembrou dos ocorridos logo nas primeiras semanas, quando tudo começou, foi tão rápido, para se apaixonarem, se entregarem um ao outro, tudo em menos de um mês, em menos de um mísero mês.
Ao fim de tudo, Taehyung retornou à sua casa, naturalmente, pendurou o chapéu de palha e se dirigiu até o banheiro, todavia, parou na porta ao encontrar sua irmã mais velha ajoelhada na beira do vaso e pondo para fora o café da manhã e os pedaços de bolo da sobremesa.
O garoto não entrou, mas também não se afastou, apenas se encostou na entrada e perguntou:
– Passando mal outra vez?
Yeri limpou as lágrimas do rosto, depois se levantou um pouco fraca até a pia para lavar a face e a boca e só depois questionou, ríspida:
– E desde quando você se importa?
– Bom, desde que isso me deixe com uma leve suspeita de que eu possa ser tio.
A garota levantou o rosto, encarando ele através do espelho com indignação.
– O que você tá querendo dizer com isso?
– Falando diretamente, talvez você esteja grávida.
– Tá maluco? – exasperou ela virando-se pra ele. – O que você acha que eu sou por acaso?
– Hmm, uma mulher adulta, universitária e com uma vida sexualmente ativa como qualquer um dessa idade?
– Tá de brincadeira com a minha cara né? – a garota se aproximou dele. – Não, eu não tô grávida, pode ir tirando isso da sua cabecinha.
– Certo, já que tem tanta certeza, então por que não vai no médico? Porque uma coisa que nós dois temos certeza é que vomitar do nada não é normal – confrontou-a.
Mas algo dentro dos olhos azuis de Yeri o fez sentir um leve abalo em seu interior, tão azuis, vazios e sem brilho nenhum, se Taehyung conseguisse ler eles, encontraria não um verso, mas um pedido de socorro.
Um pedido que logo foi levado por ondas dentro de um mar azul e melancólico, ondas que depois transbordaram para a areia branca que era a pele da garota como em um dilúvio, as lágrimas grossas começaram a escorrer pelo rosto dela antes que esta cobrisse o mesmo com as mãos a andasse em direção à saída, mas o irmão a impediu de sair, segurando-a sem brutalidade pelo pulso.
– Yeri? O que tá acontecendo?
– Não interessa a você! – disse ela com arrogância.
– Você sabe o que tem? Qual é o problema? Por que não quer ajuda?
– Eu não preciso da ajuda de ninguém! Muito menos de um viadinho! – bradou.
E com isso saiu apressadamente do banheiro indo, em direção à escada enquanto lamuriava consigo mesma "Ninguém entende, nunca entende" antes de se trancar em seu quarto. Com sorte a anfitriã da casa não estava presente no momento para ver aquela cena.
E Taehyung, por seu lado, sem entender nada, deu de ombros, entrou novamente no cômodo e se olhou no espelho, dizendo consigo mesmo:
– Freud explica!
* * *
Exatamente três da tarde, no pasto de uma grama seca pelo verão, mas regado pela chuva do dia anterior, sobre a ponte do riacho de águas correntes e cintilantes, estavam Jimin e Taehyung, à beira do riacho estavam os cavalos Flecha e Zeus, atados e comendo o pouco capim verde que crescia na margem.
Os dois garotos estavam sentados na ponte, Jimin com a sua cabeça abaixada enquanto Taehyung prendia algumas margaridas em seus cabelos como uma pequena coroa de flores.
– Terminei – anunciou o Kim.
Jimin não levantou seu rosto, inclusive, estava distraído observando alguns lírios-de-um-dia vermelhos que cresciam à margem do riacho, algo incomum de se encontrar, portanto, levantou-se e se dirigiu até lá para pegá-los. Taehyung também se levantou e ficou assistindo-o e admirando o quão fascinante e encantador ele estava, logo que voltou, olhou nos olhos dele, em seus cabelos loiros, com a raiz começando a revelar resquícios do cabelo natural e preto que começava a crescer, estavam as margaridas, nas mãos estava um buquê de lírios, e nos olhos estava o reflexo de um Taehyung perdidamente apaixonado e um pouco consternado também.
Não estou pronto para vê-lo ir, foi o que pensou Taehyung.
– Você realmente parece uma fada – foi o que saiu de seus lábios.
– Digamos que eu seja a fada protetora desse riacho – Jimin falou, rodeando Taehyung e parando atrás do mesmo. – E você é...?
– Nada além de um mero humano, imperfeito e egoísta, diferente de você, tão mágico e cheio de esperança – disse Taehyung, como se estivesse acompanhando o script de uma peça de teatro, e foi assim que Jimin interpretou.
– Bobagem! – afirmou, no mesmo tom teatral. – Você quem me mostrou a magia que eu tinha, antes de você eu era como a Chapéuzinho Vermelho, me escondendo em uma capa e seguindo o mesmo caminho sem prestar atenção nos seus lindos detalhes, mas você, o lobo que eu acreditava ser mau, apareceu e se mostrou na verdade apenas um caipira meigo que eu apelidei de Chico Bento, que me falou das estrelas, me levou para observar os vagalumes, despertou meu lado mais poético e sonhador e fez com que eu notasse que tinha asas, mas eu sou tão humano quanto você, príncipe Taehyung.
– Ah, droga, você sempre consegue me deixar sem palavras – disse Taehyung, envergonhado e olhando para baixo.
– Não quero que diga nada, só aceite esses lírios, vermelhos como a paixão que brota de nós dois, príncipe. Sei que à noite elas morrem, mas suas raízes permanecem, aguardando uma nova manhã para que floresçam novos lírios, renovando a paixão, tão intensa e fervorosa como a do dia anterior.
– Temo que essa paixão não continue brotando da mesma maneira se estivermos tão longe um do outro – Taehyung abaixou a cabeça.
– Mas é claro que sim, já te falei, as flores podem desaparecer, mas raízes continuam por muito tempo, para que floresçam novamente. Mas você ainda não aceitou os lírios, príncipe.
– Oh, sim, claro – Taehyung pegou as flores e elevou até as narinas para inspirar seu perfume. – Mas... por que príncipe? Sei que isso é só um faz de conta, mas eu quero saber, por que príncipe?
– A sua mãe é a dona da propriedade onde vocês moram, é a rainha do reino e dona do castelo, ela pode ser severa, mas ela o ama e dará o reino a você.
– Você acha? Mesmo que eu não seja o príncipe que ela espera que eu seja?
– Você é exatamente tudo que ela merece e um pouco mais, um dia ela enxergará isso, você verá.
E Taehyung viu mais cedo que esperava, logo após o pôr do sol, quando chegaram na casa do mesmo e estavam a se despedir, Joohyun se aproximou calmamente e perguntou:
– Vocês lancharam? Eu percebi que passaram a tarde inteira fora, se estiverem com fome, tem alguns hotteoks na mesa da cozinha que eu acabei de fazer.
– Sério? Mamãe, o meus favoritos?
– Si-
Ela nem terminou de responder, e o garoto avançou para abraçá-la e beijar seu rosto repetitivas vezes.
– Eu amo você – dizia ele no meio deles.
– Está bem garoto, agora já pra dentro – ordenou tentando ser austera como sempre, mas falhando ao deixar um tom de risada escapar junto com um sorriso enquanto falava.
Taehyung e Jimin sentaram-se à mesa para comerem o lanche, ambos deliciando-se como se fosse a primeira vez que provavam hotteok, ao menos para Jimin era, de fato, a primeira vez que provava os doces coreanos da mãe de Taehyung. Essa inclusive permaneceu na sala assistindo TV enquanto os garotos comiam, e Yeri em nenhum momento se fez presente, Taehyung imaginava que a mesma estaria em seu quarto e por algum motivo, se via preocupado com a mesma desde a situação ocorrida mais cedo, mesmo que não tivesse tanto apreço por ela, ou pelo menos acreditasse que não.
E por último, o casal saiu para fora e se sentou no jardim para observar as primeiras estrelas que apareciam no anoitecer púrpura e azul indigo, a lua, até o momento, não havia aparecido.
– Acho que o que mais vai me fazer falta em Nova York vai ser esse céu todo estrelado.
– Hhmn, só isso vai te fazer mais falta? – questionou Taehyung, apenas para provocar.
– Você sabe muito bem que não, mocinho – respondeu o loiro dando um peteleco na testa dele.
Algumas breves risadas, e o silêncio tomou conta do ambiente, não era algo que incomodava a eles, pelo contrário, gostavam de ficar quietos e silenciosos, deixando que seus olhares e toques conversassem por seus lábios, porém, dessa vez, havia uma falha na comunicação tácita entre seus corpos.
Jimin olhou para Taehyung, que diferente das outras vezes não olhava de volta para ele, olhava para baixo, parecendo distante e distraído e mexendo na grama com os dedos, inquieto, certamente, algo de errado se passava.
– O que você tem, meu amor?
– Huh? – perguntou Taehyung, direcionando o olhar para ele.
– Eu sei que tem algo de errado, me conte, você sabe que pode.
– Sim, eu sei... – começou, porém logo se pôs em silêncio, simplesmente não sabia o que dizer a ele sobre o que sentia.
– Tudo bem se não quiser contar – disse Jimin, depois de um tempo. – Mas, se for algo comigo, eu gostaria que me falasse.
Mas Taehyung permaneceu sem falar nada, o que confirmava ainda mais ainda a suspeita de Jimin de que sim, era algo relacionado a ele.
– Eu sei que você está mal porque a gente vai ficar longe um do outro daqui a uns dias, eu sei, também fico triste com isso, mas...
– Eu não tô pronto pra te ver me deixando – Taehyung finalmente falou.
– E você acha que eu tô? – inquiriu Jimin, sem perder a calma. – Você não é o único que tá mal com isso. E quem disse que eu vou te deixar? Nós vamos estar longe, mas continuaremos namorados, você sabe disso.
– Você... tem certeza de que vai passar tanto tempo sem beijar uma boca? Sem tocar e sentir o calor de um corpo?
– Eu te garanto que a única boca que eu vou sentir vontade e saudade de beijar vai ser a sua e o único corpo que eu vou ficar louco pra tocar e sentir o calor é o seu, eu já te disse que não preciso e nem quero ninguém além de você, por que você insiste em achar que não?
– Quando estiver longe, talvez você pense diferente.
– Então você tá dizendo que eu vou ser infiel a você?
– Não, não foi isso que eu quis dizer...
– Por acaso você vai pensar diferente quando estivermos longe? Vai querer beijar outra boca na falta da minha ou sentir o calor de outro corpo?
– Não! Claro que não – exasperou Taehyung, com olhos espantados. – Eu só... tenho medo de que nosso amor se acabe por conta disso, você sabe, namoro à distância não é a mesma coisa de estar presente. É como... é como namorar uma foto! Certo, eu nunca namorei virtualmente, mas você sabe a minha experiência de ter alguém que eu amo distante de mim.
– Eu sei, o seu pai, eu sei que isso machuca e eu não tô dizendo que vai ser fácil, mas agora me responda, você... me ama o suficiente pra me deixar ir?
Taehyung apenas permaneceu olhando para ele, sem resposta.
– Eu não vou deixar de ser seu, eu só vou estar longe, mas vou continuar sendo seu, agora, você acha que terminar vai ser melhor? Vai doer menos saber que não me tem mais de maneira alguma? Me perder de vez? Você realmente acha que vai ser menos doloroso me ver sair da sua vida de verdade? Definitivamente de verdade?
E novamente, o silêncio.
– Me responda, Taehyung, vai mesmo me deixar tirar as minhas próprias conclusões?
– É... é que... – Taehyung pôs as mãos no rosto, para esconder sua vergonha e expressão de culpa. – E-Eu não sei Jimin... realmente não sei.
– Pois bem – disse Jimin se levantando, um pouco magoado. – Então não me resta outra escolha a não ser ir e deixar você pensar, me procure quando estiver decidido.
Ele caminhou até Zeus, que estava atado ali perto, desatou ele e o conduziu até a entrada da fazenda, porém, em poucos passos, ele olhou para trás e disse:
– Sabe, eu estava até pensando em... ficar aqui. Sim, eu tenho essa opção, eu me apaguei tanto a esse lugar, a vila, o campo, a cidade... e principalmente a você. Mas agora eu também não sei que decisão tomar, se você já estava pensando em desistir de nós dois tão rápido... – ele suspirou pesadamente. – Eu não sei se eu deveria me arriscar por alguém com tão pouca coragem pra enfrentar dificuldades.
– Jimin...
– Quando você conseguir tomar uma decisão venha até mim – ele o interrompeu. – Só... espero que caso mude de idéia, não faça isso tarde...
E assim ele deixou Kim's Rook, não subiu no cavalo pois estava a menos de trinta metros da outra fazenda. Seu coração estava apertado e seus olhos marejados, não havia sido uma briga, nem uma discussão, apenas uma conversa pesada e desagradável e, mesmo que tudo tivesse acontecido em apenas um mês, Jimin pôde sentir, ele amava Taehyung, caso contrário, não estaria tão abalado só com o pensamento de perdê-lo.
Em sua mente havia uma bagunça de questionamentos, Taehyung é quem havia começado tudo, se não suportava a idéia de namorar à distância, então por que se arriscou em conquistar seu coração? Será que ele não havia pensado sobre as consequências? E se na verdade ele só o enganou para usá-lo? E se tudo que queria era sexo? Não! Pensar nisso era doloroso demais, era simplesmente inaceitável pensar que Taehyung era capaz disso.
Ele elevou os olhos para cima, sua amiga, a lua, permanecia ausente, Jimin lamentou em silêncio, sim, ele tinha uma família compreensiva e uma mãe que facilmente o acolheria em seus braços para consolá-lo, mas para ele haviam certos sentimentos internos nos quais as palavras de outros seres humanos não eram exatamente o que precisava ou queria.
Com isso ele somente recorreu às estrelas, pediu a elas que seu amor não morresse ao fim do dia, junto com os lírios-de-um-dia vermelhos que enfeitavam a janela de Taehyung naquele momento.
– Ei, garoto...
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Oi brotinhos, muito obrigada pelos 1K de views, sei que isso pra outras/outros autores não é grande coisa, mas é importante pra mim pois é a primeira vez que uma história minha atinge essa marca.
E a história está na reta final, como já deve ser esperado, faltam só poucos capítulos para concluir, não sei quantos, mas já estou organizando.
E é isso, beijinhos, até o próximo!
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