19
Olivia
Hoje o dia foi cheio de surpresas, que me deixaram um pouco cansada mas valeu a pena. Como não tivemos tempo, as coisas do Alex estão guardadas em um canto no quarto, consegui liberar um espaço no meu guarda-roupa, enquanto ele estava no banheiro.
A cama já está preparada, e confesso que eu estou um pouco nervosa, não é a primeira vez em que vou dormir ao lado dele, mas é porque na outra vez eu acabei pegando no sono sem querer. Fico me perguntando se ele não vai achar muito ruim se eu me mexer demais na cama, e seu acabar agarrando ele no meio da noite?
Ou pior, e seu eu acabar o empurrando?
Eu não me mexo muito na cama, mas às vezes o nosso corpo prega peças na gente. Eu já dividi cama algumas vezes com a Vi, mas eu sempre dormi bem quieta na cama…. acho melhor não se preocupar com isso demais.
— O que está te fazendo ficar tão pensativa assim? — pelo espelho, vejo Alex atrás de mim, já pronto para dormir com uma camiseta e um shorts de algodão.
— Não é nada.
— Tem certeza?
Suspiro. Acho melhor contar o que está preocupando, do que ele achar ruim depois.
— Olha, eu não sei como eu posso agir durante o sono. Eu costumo ser quieta, e não me mexo muito.
Ele ri.
— Por que está rindo?
— Não precisa se preocupar — ele segura minha mão me puxando para cama. — Eu não ligo para a maneira que você dormir. Não mesmo, e não ligo se você me agarrar no meio da noite. Sério,não precisa se preocupar com essas coisas, se eu vou gostar ou não, eu gosto de você do jeitinho que você é.
— Desculpa, as vezes eu posso ficar pensativa demais, eu não sei bem como funciona isso, eu nunca namorei antes. Então às vezes não sei como agir.
Suas mãos sobem para o meu rosto, e ele massageia minha bochecha,e eu me sinto calma com seus toques.
— Nem eu, nós podemos descobrir como tudo funciona juntos. E não precisa ficar se desculpando, não fez nada de errado. Agora vamos dormir porque já está tarde.
Bocejo sentindo o sono chegar, e eu deito no lado esquerdo da cama. Me cobrindo, e deixando o espaço para ele, que se levanta para apagar a luz, e volta deitando do meu lado. O cubro com a coberta e ficamos de frente um para o outro. Alex me puxa para perto dele, e sinto o cheiro do sabonete dele, que é tão bom. Sua mão vai para o meu cabelo, fazendo movimentos suaves, que me fazem cair no sono rapidamente.
°
É difícil respirar a cada segundo. A água entra por minha boca e nariz, enquanto tento manter meus olhos abertos, a procura dele, mas a cada segundo fica cada vez mais difícil. Mas eu preciso encontrá-lô, nem que eu morra. Escuto alguém gritar o meu nome, e me viro vendo Alex a alguns metros de mim tentando chegar até mim, nado até ele, mas a cada braçada, ele parece ficar cada vez mais longe, nado mais rápido e nada muda. Como isso é possível?
— Alex! — grito o seu nome, mas minha voz sai abafada pela água.
Como se tudo estivesse em câmera lenta, o vejo fechar os olhos e seu corpo afundar. Eu não consegui, eu não fui rápida o suficiente. Sinto a falta de ar em meus pulmões, e minha vista começa a escurecer, fecho os meus olhos aceitando o meu fim. Eu tentei, mas não consegui.
— Liv… Liv! — escuto a voz mais alta dele me chamando e abro os olhos, respirando fundo.
Eu pensei que chutar ele da cama, ou me mexer de mais, séria o pior, mas os pesadelos é que são.
Droga, e eu pensei que isso tinha acabado. Agora estou parecendo quando era mais nova, e meus pais me acordavam por conta desses pesadelos idiotas. Dizem que dormir é um descanso para o corpo, então porque temos que ter pesadelos? A vida já não é um pesadelo por si só?
— Você está bem?
Pisco sentindo a luz nos meus olhos. A que horas ele ligou? Sento na cama, me sentindo fraca, foi só um pesadelo. Alex está sentado à minha frente com um semblante preocupado, segurando meu rosto em suas mãos, um pouco frias. Minha boca está seca, preciso levantar.
— Eu preciso de água.
— Eu vou pegar.
Antes que eu o impedisse, que eu posso pegar a água eu mesma. Ele sai do quarto. Massageei minhas têmporas, e em seguida procuro o meu celular vendo que ainda são 01h20 da manhã. Se não fosse esse pesadelo, nós dois teríamos dormido normalmente. Mas eu estraguei tudo, eu pensei que se pelo menos o visse de volta, isso iria acabar, mas pelo visto me enganei.
Alex volta com o copo d’água gelada, e me entrega. Bebo a água do copo de uma vez. Colocando na mesinha ao lado. Não o encaro, não ainda, mas sei que ele está olhando para mim.
— Podemos voltar a dormir? — peço o olhando.
— Você não respondeu a minha pergunta?
— Que pergunta? — sorri levemente. — Eu estou bem, só foi um pesadelo, desculpa por ter te acordado.
— Não precisa pedir desculpas, eu já te disse. — Ele se aproxima de mim, levando sua mão até minha testa. — Você está suando, e um pouco quente, acho que não chega a ser febre.
— É por conta do pesadelo, vai passar. Não quer saber o que foi?
— Não quero te pressionar, sei como alguns pesadelos são ruins, e nem todo mundo gosta de falar sobre isso.
Levanto da cama, acendendo a luz da luminária, e apago a luz do quarto. Alex está ainda em pé, e eu puxo para cama. Ele se senta ao meu lado, apoiando as costas no travesseiro, e eu faço o mesmo. Pela luz da luminária, consigo ver o seu rosto calmo.
— Eu vou te contar, isso acontece raramente. Mas a primeira vez foi quando eu voltei para cá, e não tinha notícias sobre você, e só sabia pela Vi e minha mãe, que você estava bem. Mas eu queria te ver, eu precisava. E a todo momento, eu ficava pensando, e se aconteceu algo que eu fiz ao salva-ló, e se eu demorei demais? Você podia ter tido alguma sequela? Acho que pelo o meu medo, eu sonhei com você, caído na água, e eu não conseguia te salvar, não importava o que eu fizesse. — Estalo os dedos da minha mão, enquanto tento achar palavras para explicar. — Eu o via morrer todas as vezes, e eu simplesmente não podia fazer nada.
Seus braços me envolvem, me abraçando.
— Mas você conseguiu, você me salvou.
— Eu sei, mas os pesadelos são tão reais. Naquele dia quando eu te tirei de água, eu fiquei com medo de não conseguir chegar na areia o mais rápido o possível, você estava gelado, e quando eu cheguei na areia, eu não consegui sentir sua pulsação.
E eu começo a chorar, eu não consigo evitar.
— Liv, está tudo bem. Eu estou aqui!
Ouvir sua voz assim, só me dá mais vontade de chorar, me faz lembrar do medo que senti naquele momento. Me permito chorar por alguns minutos, abraçada a ele, acho que depois de hoje, não vou ter lágrimas para chorar nos próximos dias.
— Me desculpe — seco o resto das lágrimas com a mão.
— O que eu disse sobre pedir desculpas?
— Eu sei, força do hábito.
— Liv, de verdade. Me desculpa por ter te assustado, prometo que vou tomar muito cuidado na próxima vez que pegar uma flor.
— Eu gosto de flores em vasos.
— Não sei se entendi.
Me viro ficando de frente para ele.
— Significa que não vai ter outra vez, em que você vai pegar uma flor, e nem pense em se aproximar daquele rochedo de novo.
— Tudo bem, mamãe — ele ri e eu não consigo evitar de sorrir.
— Eu estou avisando isso sério Alex! — volto a minha compostura séria.
— Eu sei, não quero que chore mais por minha causa, a não ser de alegria. — Ele se aproxima de mim, e quando seu rosto está a alguns centímetros do meu, e eu penso que ele vai me beijar. Alex começa a fazer cócegas em mim. — Quero ver você sorrindo como agora.
— Mas… você… tem… que parar…. — ele continua, e eu não paro de rir, caindo de costas na cama, e ele para. — Eu preciso respirar.
— Está melhor agora?
— Não é justo você saber meus pontos fracos. — Me levanto e sento em seu colo, fazendo cócegas, ou pelo menos tentando.
— O que você está fazendo? — pergunta com um sorriso no rosto.
— Dando o troco.
— Não estou sentindo nada — provoca.
— Não é possível que você não sinta cócegas — o olho chateada. — Como é que eu vou te dar troco?
Ele beija minha bochecha.
— Não vou revelar meus segredos.
— Então está bom. — concordo com ele agora, mas eu não vou esquecer disso, e sei quem vai me ajudar.
O Miguel.
°
— Por que está me olhando assim? — Alex me olha com os olhos semicerrados.
De madrugada as coisas mudaram tão rápido, primeiro eu estava triste e chorando, depois feliz, e procurando um jeito de achar um ponto fraco no Alex. Agora enquanto ele acha que eu esqueci, mal sabe ele.
— Nada. Só admirando a sua beleza — levanto da cadeira colocando a xícara vazia em cima da pia. — Eu vou trabalhar hoje na recepção, o João está de folga a partir de hoje, ele vai fazer uma prova que é muito importante para ele segunda.
— Eu sei, eu vi ele estudando e ele me disse, estou torcendo por ele.
— João tem tudo para passar, ele merece. E o que você vai fazer hoje?
— Miguel e eu vamos no povoado, ele quer conhecer mais daqui. E vou aproveitar para achar algum trabalho para mim.
— Eu falei que não precisa se preocupar, eu dou um jeito. — pisco para ele, e saio da cozinha indo até o banheiro, escovar os dentes.
Depois pego o meu celular, e o notebook e me despeço dele indo para a recepção. Coloco o notebook no balcão, o ligando enquanto faço o mesmo com o computador. Ainda está cedo, então não dá para entrar em contato ainda com a Giovana, a alguns dias atrás ela entrou em contato para falar, da falta que teria no quadro de cozinheiros daqui, e como estamos em baixa temporada, disse que estava tudo bem. Quando falei para o Alex sobre encontrar algo para ele, pensei na Giovana, e um possível acordo entre nós duas, mas preciso ter certeza se vai dar certo.
— Oi Miguel. — O cumprimento quando o vi descer as escadas.
— Ah, você está aí hoje?
— Não fico em lugares muito fixos, onde precisar eu vou.
— Temos algo em comum então.
— Sério?
— Sou cozinheiro, já comandei e fiz pratos por uns bons tempos na cozinha. Mas ultimamente fico mais entre papeis do que entre temperos e comidas.
— Você não sente falta de cozinhar?
— Às vezes, por isso volto à cozinha algumas vezes. Mas eu gosto de administrar também.
— Sinto o mesmo, claro que eu não cozinho. Mas às vezes é bom ter um relacionamento com o público, ajudar na limpeza, e administrar tudo. Meus pais trabalharam duro, para que eu pudesse comandar aqui de uma maneira mais fácil.
— Pais, sempre pensando nos filhos e nos próximos que virão. Você comanda bem, mas já pensou em fazer alguma reformas, não que esse lugar esteja precisando, mas aumentar mais, investir em publicidade para as pessoas vierem aqui. Ter mais público.
— Já pensei nisso, mas não temos orçamento por enquanto.
— É, quem sabe surja um investidor?
— É, quem sabe.
Ficamos em silêncio por um momento enquanto ele me encarava.
— O que foi? — pergunto sem entender.
— Nada.
— Antes que o Alex apareça, eu preciso de ajuda.
— Com o que?
— Promete que não vai contar a ele da nossa conversa? — ele me olha pensativo.
— Não posso prometer, preciso saber sobre o que é ainda.
— Não é nada — respondo sorrindo levemente.
Resolvi mudar de ideia e não contar com ele, na minha cabeça a ideia é normal, mas só de imaginar de dizer em voz alta, parece ser besta demais.
— Tem certeza? Não vai me dizer que está fazendo um teste comigo.
— Como você acertou? É isso mesmo — minto, e ele não parece tão convencido.
— Tudo bem com vocês? — Alex pergunta e eu agradeço, para que o Miguel não insista em saber.
Os dois se despedem de mim, e saem, e eu fico aliviada que o Miguel não tenha falado nada para ele, e espero que ele não diga nada mesmo.
Resolvo começar a trabalhar, e esquecer um pouco disso por agora. Depois de umas três horas analisando dashboards e planilhas de gastos, ligo para Giovana.
— Bom dia, tenho uma proposta para você — digo direta.
— Bom dia, espero que seja boa, preciso de notícias boas hoje. — Ri e eu sorri.
— Depende do que você acha de notícia boa. Sabe na vez em que eu fui no seu restaurante, e levei uma pessoa comigo? — ela diz que sim. — O nome dele é Alex, e ele se mudou para cá, e está procurando um emprego, ele se formou em gastronomia e é chef de cozinha. Ele é dono de um restaurante na cidade, junto com o parceiro de negócios dele.
— E porque ele está aqui então? Pelo o que você está dizendo, ele tem tudo na cidade.
Eu também fiquei me perguntando, como ele pode deixar tantas coisas para ficar aqui. Sei que ele disse que não se arrepende, e que nunca vai se arrepender e eu senti sinceridade nele.
— Ele é o Alex, ele é meu namorado, e… — sou interrompida por ela.
— Entendi tudo, quer dizer então que ele deixou tudo para trás por você.
Não diria que ele deixou tudo para trás por mim.
Ou pelo menos é o que eu espero.
— Você é uma garota de sorte, pelo o que minhas sobrinhas dizem, na cidade hoje em dia é difícil os rapazes fazerem algo do tipo para a pessoa amada. Desejo felicidades para você, mas sobre a vaga que estou precisando, acho que não posso te ajudar.
Senti minha felicidade esvaziar, como uma bexiga que foi furada saindo o ar devagar.
— Alex é um chefe de cozinha, eu só preciso de um novo cozinheiro. Mas acho que posso fazer algumas mudanças, dois cozinheiros, um auxiliar e ele trabalhando ai na pousada, acho ser o suficiente.
Não deveria ter me desesperado antes da hora.
— Mas você não precisaria pagar o salário dele, a pousada o contrata e paga. Você só vai precisar pagar os dos seus próprios — adiciono. — Eu só preciso saber se você aceita ele trabalhando na cozinha, junto com os seus empregados.
— Certo, está bom para mim. Mas ele ficaria responsável pela cozinha, e pelas três refeições?
— Apenas duas, almoço e jantar. Os do café da manhã, prefiro que você continue, já que o seu restaurante tem mais experiência.
— Ok, acordo fechado. Mas antes dele começar, quero provar um dos pratos dele, para saber se ele é realmente bom, e que não estou sendo convencida pela história de vocês dois.
— Eu já provei os pratos dele, você não vai se arrepender. — Estou sendo sincera.
— Ok, depois marcamos o dia e o horário, até mais Olivia!
— Até mais. — me despeço e desligo a chamada com um sorriso no rosto, e canto em vitória.
Eu disse que conseguiria, e consegui, agora só esperar para ver o que o Alex acha.
A noite, pós expediente. Chego em casa, encontrando Alex concentrado no notebook dele, e eu o deixo em paz, indo tomar um banho e visto uma roupa mais confortável. Mesmo nós termos jantado todos juntos junto com as pessoas da pousada, eu estou com pouco de fome e com vontade de comer doce. Então lembrei de duas coisas fáceis, que faz tempo que eu não faço.
Bolachinhas, feitas de leite condensado com amido de milho, essa receita tem nome? Tem, mas eu não lembro.
— O que você está fazendo? — voz dele em meu ouvido, causa um arrepio, e eu derrubo o amido em cima da mesa.
— Você me assustou — me viro ficando de frente para ele, de costas para a mesa. — Eu estou preparando bolachinhas.
— Você já fez essa receita antes? — diz espiando atrás de mim.
— Sim, só que tem bastante tempo.
— Vou te ajudar.
— O que? Não precisa.
— Mas eu quero aprender como faz, e eu quero te ajudar. Posso?
— Tudo bem.
Alex lava as mãos e as seca, e se junta ao meu lado. Explico como deve ser feito, de misturar o amido de milho com o leite condensado, fazendo bolinhas achatadas para colocar na assadeira.
— Isso é complicado demais, eles não ficam bonitinhos. — diz ele enquanto completamos uma assadeira.
— Não tem importância, o importante é o gosto.
— Os seus vão ficar bons, agora os meus.
— Vão ficar bom também.
Após duas assadeiras irem para o forno, ele me ajuda com a limpeza. Estava guardando o amido, quando eu me virei ele passou o dedo sujo do amido em meu rosto, e com a outra mão segurava o celular.
— O que está fazendo?
— Guardando de recordação.
— Não é justo você só ter uma minha, eu preciso ter uma sua também — pego o celular da mão dele, e passo o dedo sobre o amido na mesa passando o no rosto dele.
Com o celular já na câmera, me aproximo dele o abraçando e tiro foto de nós dois. Mesmo que não vamos postar em lugar algum, vai ter de recordação.
°
Eu tentei me vingar dele ontem, após um ataque de cócegas. Mas ele não sentiu nada. As pesquisas na internet não me ajudaram tanto. Mas até que encontrei uma informação relevante, sobre a parte atrás do pescoço, algumas pessoas tem arrepios. Penas poderia ajudar, é o que eu preciso no momento era encontrar uma, que eu encontrei e nesse momento exato momento e está em minhas mãos suarem esperando o momento. Sei que parece ser idiota. São só cócegas, mas eu preciso, necessito fazer ele rir.
Aproveitando que ele estava distraído no sofá assistindo na tv, de fininho com a pena na mão vou até atrás do sofá. E passo a pena devagar sobre sua nuca, e o vejo arrepiar. Ele se vira para trás e eu me abaixo no sofá. Depois que ele volta a atenção para frente, passo a pena novamente na sua nuca, e ele se vira rapidamente.
— O que você está fazendo? — pergunta e eu passo a pena novamente.
— Apenas me vingando de ontem.
— E eu pensei que você tinha esquecido isso — ele tenta pegar a pena, mas eu desvio. — Liv, me entregue isso por favor.
— Não. Eu ainda não terminei.
Alex se levanta do sofá, e eu corro para longe dele. Ele está bem atrás de mim, e eu corro em volta do sofá.
— Qual é? É só uma brincadeira — falo e ele não para de correr.
Escorreguei no tapete, que me leva ao chão fazendo bater as costas. Fecho os olhos sentindo a dor do impacto, e em seguida Alex perguntando se eu estou bem.
— Eu estou ótima — sorri e tento me levantar, mas ele me vira para o chão novamente e começa a fazer cócegas em mim. — Por favor… para… — tento dizer entre risos.
Alex para, pegando a pena em minha mão, e aproveito a distração para fazer cócegas nele, e diferente de ontem, ele começa a rir pedindo para parar e eu nego. Depois de alguns minutos, que eu vejo ele começar a ficar vermelho, eu paro. Alex cai sobre mim no chão e eu o abraço.
— Me desculpe, não consegui evitar. — beijo seu pescoço.
— Não tudo bem, era a sua vingança não era?
— É, eu quero ver você rir mais e sorrir, eu gosto.
Ele levanta a cabeça e olha em meus olhos.
— Eu gosto também de te ver sorrindo. Sua risada é incrível — sorri. — Acho que eu nunca vou me cansar de nós dois.
— É bom mesmo.
Levo minha boca a sua o beijando, e ele retribui levando sua mão até meu rosto aprofundando o beijo.
Ah… como eu amo esse cara.
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