Capítulo 3 _ Maksin
A carne estava tão dura que quase quebrei os dentes.
— Como conseguiram estragar carne de primeira? — Arthur questiona embravecido, quando praticamente entra em briga com a carne. Puxa metade com as duas mãos enquanto agarra com os dentes a outra, em uma vã tentativa de arrancar um pedaço. A visão é tão ridícula que os garotos da mesa ao lado começam a rir e a tirar fotos.
Não os julgo, pois não é todos os dias que vemos um homem das cavernas no refeitório e esse é o tipo de fato que merece ser registrado. Mas, ainda assim, é o Arthur sendo "registrado" então os encaro com um pedido de "pare" no olhar, eles me entregam um sorriso de lado, alguns lançam beijos, antes de acatarem.
— Para com isso Thur, está passando o ridículo. — Dani o repreende, seu rosto corado do que eu diria ser vergonha alheia, contudo o ar de divertimento que desprende de seus olhos indica outra coisa.
Abaixo ligeiramente a cabeça e percebo que ele filma o papelão que nosso amigo faz, assim como nossos vizinhos de mesa estavam fazendo. Dou um chute de leve para que pare, o que ele faz a contragosto.
— Que vergonha que nada, meu pai não paga uma quantidade exorbitante nessa droga de escola para que eu possa almoçar e eu desperdice comida.
As palavras saem engasgadas de sua boca, já que ele continua tentando puxar a carne, em dado momento em que ele a estica bastante, seus dedos escorregam e ela volta com tudo na cara dele.
Somente Arthur mesmo. O único ser humano capaz de entrar em uma briga com um boi reduzido a um corte de cinco centímetros e ainda perder.
— A quantidade que terá de pagar se seus dentes quebrarem será duas vezes maior, tenho certeza.
— O que não ocorreria se você fosse lá e demitisse as malditas cozinheiras.
— Arthur, eu já te expliquei, isso não está em poder de nenhum integrante do grêmio. Algo que você sabe bem, já que é o tesoureiro.
— Mas eu sei!
— Então, porque insiste?
— Pelo mesmo motivo em que insistirei em mastigar isso, sou persistente.
— E desde quando persistente virou sinônimo para idiota?
— Idiota? — ele pergunta ofendido, sua boca abre em um ozinho e ele põe a mão no peito em um gesto de incredulidade.
— Como dar murro em ponta de faca, exatamente como o idiota que eu vi no shopping que ficou puxando a porta quando estava claramente escrito empurre.
— E se esse idiota... — ele da ênfase na palavra fazendo aspas com os dedos. —... não souber ler?
— Se eu me recordo bem você aprendeu a ler com quatro anos, assim que não foi este o caso.
Seus olhos passeiam frenéticos pelo meu rosto, vejo mil e um argumentos passarem por sua cabeça até que seu rosto brilha quando escolhe um.
— Era um experimento social! E graças a isso eu tirei dez na aula de sociologia.
— Qual trabalho?
— Como você não se lembra, senhor memória fotogênica? Me ajudou a corrigir os erros gramaticais e ortográficos.
— Isso é vago, eu te ajudo em todos os teus trabalhos.
— O que dizer? Sou bom na língua, mas não de língua.
— Era para soar tão nojento e confuso quanto pareceu?
— Você me entendeu. — ele aponta com o garfo para mim, a boca ainda um pouco cheia quando volta a falar. — Foi no fim de semana posterior a essa ida no shopping, lembra?
Um trabalho de sociologia, uma semana após ir ao shopping... lembro do de biologia sobre mitose, do de matemática financeira e o de sociologia... ah sim, foi uma redação de cinquenta linhas sobre a visão caótica e estigmatizada da sociedade quanto aos problemas cotidianos de indivíduos socialmente mais simplificados.
E sim, ele falou sobre a situação com a porta.
O que me recorda também que ele citou a situação de "empurre" e "puxe", em apenas uma única linha, como um exemplo. Para depois utilizar cinco parágrafos descrevendo o "suposto" sentimento de vergonha, ansiedade e frustração que sentem estas pessoas ao se encontrarem em situações normalizadas pela sociedade, mas que são novidades para elas mesmas.
E ainda destacou as três maiores possíveis probabilidades de gente que passaria por esse tipo de situação: pessoas não alfabetizadas, pessoas sem experiência — provavelmente advindas do meio rural — e pessoas com quoeficiente intelectual baixo.
E depois seguiu, com muito mais teoria, enrolação e experiência "científica" descrita em minuciosos detalhes.
Muita enrolação.
Pelo menos ele tirou uma nota alta.
— Agora lembrei. — falo assim que elimino as imagens da minha cabeça, volto o olhar para ele que insiste com o pedaço de carne. — Isso também é para um trabalho?
— Sim, mas um pessoal, quero comprovar se persistência traz o sucesso devido.
— E que sucesso você poderia esperar da insistência em mastigar algo que compartilha da mesma textura que uma pedra?
Talvez seja exagero, talvez não. A carne no prato de Arthur está com uma textura muito mais borrachuda, mas a que está no meu se assemelharia a um pedaço de carvão. A cozinheira queimou isto ate torrar e ainda teve a coragem de servir.
— Bom, primeiramente gostaria de dizer que as vezes você pensa muito pequeno e se eu for te explicar as diversas possibilidades demandaria muito tempo, então apenas vou deixar que esforçe mais essa sua cabeçinha. — seu tom de voz condescendente me faz revirar os olhos até aparecer o branco deles e, pelo vislumbre do rosto de Dani, compartilhamos do mesmo sentimento. — Segundamente, não utilize de hiperbóle, porque aí é exagero, comparar a uma pedra já é demais.
— Ah é? Deixa eu te mostrar então.
Pego a carne em meu prato, ou melhor, o carvão, e a jogo na direção das lixeiras. Porém ela acaba acertando a bandeja de um desavisado que passava, amassando o fino alumínio e a fazendo cair ao chão.
Aceno um "sinto muito" para o garoto assustado que está muito ocupado correndo para fora do refeitório e não tem tempo de ver que eu tento me redimir. Anoto mentalmente seu rosto em minha cabeça para que da próxima vez que for inspecionar as salas eu pedir desculpas.
O bom de ter memória eidética é isso, você nunca esquece as coisas, e o rosto do garoto agora está gravado na minha memória.
Quanto a Arthur, que parece ignorar o fato de a carne está mais semelhante a uma pedra do que a própria pedra, continua tentando rasgar o pedaço com os dentes, ao mesmo tempo em que discute com Dani que, inutilmente, tenta fazer com que ele largue o "osso".
Entediado pela discussão interminável dos dois, e já largando de mão, passo meu olhar pelo refeitório observando o movimento das mesas adjacentes, na mesa dos fanáticos por química um garoto de lentes faz uma estranha experiência que torna sua comida verde e fumegante, na dos caras do RPG várias pessoas com esquisitas fantasias encenam algum tipo de jogo, o único que compreendo é que: de alguma forma a couve flor é a rainha?
Parece esquisito? Mas é assim mesmo.
Nossa escola está focada em preparar os alunos para vida, não apenas para as universidades. Tanto é que o lema da escola é:
"Com Disciplina, Diversão e Didática, construiremos o amanhã."
O instituto foca bastante nas próprias regras, afinal quando seguirmos para o mundo estaremos sujeito à elas, por mais desagradáveis que sejam, como a do colega de quarto fixo. A disciplina, como se pode ver, é de extrema importância, eles não chegam a serem tão ditatoriais como nas escolas militares, mas estão no meio do caminho.
A diversão e a didática também são importantes. Tanto é que a escola foca em diversos clubes, para ajudar na escolha de futuras profissões.
Têm os que são mais intelectuais e visam aprofundamento de matéria, como o de matemática, química, literatura e etc.
Têm os de esportes em geral tal qual o de futebol, natação, vôlei, e etc.
Têm os de artes, como o de teatro, o de música, o de dança, e por aí segue.
São muitos clubes, na verdade, ao todo dão mais de trinta clubes diferentes.
O que explica, em partes, o porquê da escola dar essa comida horrível. Eles gastam mais da metade do orçamento, apenas para manter esses extras. E digo isso, pois há atividades caras que são destinadas aos clubes, como viagens para o de futebol ou excursões para o de alpinismo, etc.
Sem a possibilidade de cortar ainda mais o salário dos professores sem serem processados por tentativa de escravidão, eles "rapam" na qualidade alimentícia.
Por isso os alunos sonham ou com as quintas feiras, que é o dia onde é permitido acessar a internet e pedir comida pelo I-food. E sim os pedidos se confundem, ou melhor confundiam, porque agora começamos a pedir por clube, o povo se reune vota, escolhem o que querem e pedem.
Também há aqueles esporádicos dias em que a comida surge inesperadamente deliciosa, ninguém sabe o que ocorre, mas existem diversas teorias sobre isso, desde aquelas que falam sobre as cozinheiras estarem animadas, até as mais suprarreais como a que extraterrestres mudam a mente das funcionárias para que façam um bom serviço.
Talvez elas só tenham recebido um bônus no mês.
Bom, de todas as formas, a excentricidade da escola sempre me encantou, é cômico como conseguimos encontrar tantas pessoas diferentes num só lugar.
Há os garotos do cosplay que todos os dias estão fantasiados de algum personagem de mangá diferente, também têm os da informática que sempre conversam entre si em uma linguagem diferente, cibernética, que enlouquece os professores.
Tem alguns outros, os caras da dança que andam literalmente em passos de bailarina, os do boxe que amam se presumir fortões, os da torcida que são divertidos — por isso Dani está lá —os do clube de arte, sempre sujos de tinta, os do teatro que sempre fazem um pequeno número improvisado, além de muitos outros.
A questão que me chama a atenção é o ambiente estar, em certo nível, silencioso.
Não há demasiada gritaria, nenhum garoto está sendo perseguido e não há indícios de um começo de guerra de comida, o que automaticamente significava... olho em direção da mesa mais aos fundos e realmente não havia uma alma viva ali, nenhum garoto do time de futebol presente, o que é estranho já que eles sempre estão ali atazanando a vida de alguém.
Principalmente ele.
Allysson e eu estabelecemos uma boa convivência depois que decidimos as regras do quarto, escrevi tudo em um papel com abertura para mais, caso precise, e preguei na porta do quarto.
A última foi um consenso entre nós dois, não nos falamos desde o início das aulas, não importava o quão estranha a situação fosse. Como quando ele me viu sem as calças, sem querer ou quando me escutou treinando alguns movimentos básicos de Muay Thai depois dos meus pais me envolverem, de novo, em uma de suas brigas e, nem mesmo, quando virei a madrugada lendo.
Em compensação eu também não opino quando ele chega as altas horas da madrugada cheirando a álcool e fumaça, nem mesmo quando ao invés de trazer em seu corpo o fedor impregnado das drogas, traz consigo pequenas feridas. Eu realmente não sei a onde ele vai, como escapa e nem mesmo o que faz e, por mais curiosidade que tenha, não pergunto.
— Cara você tá escutando?
Dedos aparecem em minha visão e, quando saem, encaro os olhos cinzas de Arthur que estão um tanto quanto irritados. Ele começa a discursar sobre como não existe respeito para com ele, e como é absurdo os maus tratos em relação aos seres humanos por parte de outros seres humanos. Falando tão rapidamente que chego a ficar tonto, procuro por Dani para que me dê uma justificativa, mas não o encontro, só aí percebo que a bandeja com a carne está desaparecida.
— Esse chilique todo é por Dani ter levado sua comida?
— É! Você não estava escutando? Como pode ser tão horrível, eu aqui desabafando minhas frustações e você sequer prestando atenção! Isso só evidência meus anteriores argumentos, o ser humano é... — Aí é o momento em que me desligo da conversa, Arthur é membro do clube de debates o que torna praticamente impossível discutir com ele, então costumamos ignorá-lo quando ele emerge muito no modo debater.
Parece cruel? Então tente ouvi-lo falar cinco horas seguidas sobre como a injustiça do estigma sobre roupa amarrotada afeta a vida do jovem contemporâneo.
Felizmente Dani se aproxima, em seu encalço vem Dominique e esse chama toda a atenção de Arthur, já que há anos ele tem uma queda pelo mesmo.
Se, e somente se, interesse puramente sexual pode ser classificado como queda.
— Esperto. — Falo para Dani.
— Chama-se ser estratégico.
— Seu amigo ficaria chateado se soubesse que o está usando para tais planos maléficos.
— Em primeiro lugar não há nada de maléfico em poupar meus ouvidos. — Ele fala sorrindo. — Em segundo lugar, olhe para cara dele, não está sofrendo coisa alguma.
Observo pelo canto do olho e é verdade, Dominique joga seu charme em Arthur que fica vermelho e balbuciando incoerências. Reviro os olhos internamente para o teatrinho que ele faz.
Arthur é tipicamente fogoso. Apaixonado por um, querendo pegar o outro. E não ficando com nenhum.
Nesse jogo do Dominique e dele, é engraçado calcular qual dos dois é mais manipulador.
— Tem razão, ele parece se divertir bastante. — Falo, o vendo gargalhar com gosto quando ao tocar a coxa de Arthur o mesmo sai correndo em disparada na direção do banheiro. — Pobre Arthur.
Que de pobre não tem é nada.
Dominique acha que Arthur gosta dele e o "manipula" a seu gosto. Dani acha que Dominique vai se apaixonar por Arthur e deixar de ser a "puta" da escola. E quanto a Arthur? Acha divertido toda a situação.
Afinal de contas só eu sei de quem, de verdade, ele está apaixonado.
Dani solta uma risadinha a meu lado, a qual acompanho para não deixar transparecer meus verdadeiros pensamentos sobre toda essa idiotice. E Dominique ao ver que sua companhia o abandonou se volta em nossa direção.
— E aí, baby, nós vamos ou não?— No mesmo instante que fala, vejo o rosto de Dani se fechar um pouco, já não tão feliz.
— Ir aonde? — pergunto com curiosidade, poe causa de sua reação ao convite.
— No treino dos garotos de futebol. — Fala, e eu compreendo o porquê de Dani parecer tão chateado com a ideia.
— Não, essa é uma péssima ideia.
— Ah, não seja chato, sei que você não gosta dos caras, mas não custa nada ir lá dar um passeio. Prometo que vamos apenas observar. — Ele faz gesto de continência e depois dá uma cotovelada significativa em Dani. — Vamos como simples espectadores, apenas tirar uma casquinha e quem sabe você consiga falar com ele....
— Falar com ele? Dani? — falo preparando todos os argumentos plausíveis para lembrar o porque esse é um péssimo caminho. Encontrar com o sujeito que agravou seu estado depressivo? Quando nem se esta completamente curado? Porque não, né?
Mas Dominique, como sempre, não gosta muito de ser contrariado, já que fecha a cara na hora.
— Pelo amor de Deus, Dani sabe se cuidar muito bem sozinho não precisa de uma babá.
— Não estou sendo babá dele. E não fale de coisas sobre as quais você não tem a mínima ideia.
— Eu não faço ideia porque Dani não me deixa aproximar! Desde que vocês se tornaram amigos ele abandonou completamente o outro círculo de amizade, que me incluia, e até perdeu o melhor amigo! — ele me acusa.
— Ele não "perdeu" o melhor amigo, aquele idiota sem miolos que o abandonou no seu pior momento.
Jamais vou perdoá-lo por abandonar Dani em um dos momentos em que o que ele mais necessitava era ver o "melhor-amigo". Irmão de outra mãe.
— Amigos se afastam, mas depois retornam a amizade, e isso seria muito mais fácil se você não for um pé no saco!
— Quer saber? Chega. É minha opinião, apenas. — falo, já me virando para Dani. — Você decide o que vai fazer, e se você voltar a sua amizade com aquele idiota, não tenho direito algum de implicar, o importante é você ser feliz. Mas ele não te merece.
A última parte falo num sussurro, mas Dani ainda assim escuta e dá uma leve gargalhada.
— Obrigado por ser meu amigo, Maks. — Ele fala sorrindo, mas logo seu olhar dispersa no ar. — Talvez seja realmente melhor eu não ir.
Fico, até certo ponto, aliviado. A última vez que vi Dani, um pouco antes de ele partir com a família na viagem, ele estava horrível, olhos inchados e vermelhos, a cara amassada, a voz rouca e o nariz escorrendo, parecia que ele tivesse pego uma gripe, ou sido atropelado por um caminhão, quando na verdade era pura tristeza. Sua avó me falou que ele passara todos os últimos dias chorando e me perguntou o porquê, como ele tinha superado melhor os eventos traumáticos do final do ano, eu não soube responder até verificar o telefone dele.
Mais de cem chamadas não atendidas, dezenas de mensagens visualizadas e não respondidas, escutei os áudios que Dani enviou para ele, cada um mais desesperado que o outro, e nenhum nem perto de ser contestado. Meu amigo ficou um completo caco, implorando por migalhas de amizade a quem seria seu suposto melhor amigo, um quase irmão, foi o que Dani uma vez respondeu quando perguntei sobe sua relação. E ainda assim, mesmo vendo o terrível estado em que ele ficou, ele não fez questão de procura-lo.
Então, se eu quero que Dani fique longe desse tipo de gente? Mas é claro que sim. Ninguém gosta de ver alguém com se importa ferido ...
— Não, você vai sim! Baby, vocês se conhecem desde a infância, tomaram banho de caixa d'água juntinhos quando eram crianças, uma amizade assim não se joga fora, deve-se lutar por ela.
— E quem disse que ele não lutou? — defendo meu amigo ao ouvir a infundada acusação. — Ele tentou todo tipo de contato, aquele tipinho foi quem recusou.
— Olha sei que parece complicado, mas ele teve seus motivos, tenho certeza de que se conversarem tudo ficará claro.
— Conversou com ele? Ele realmente quer voltar nossa amizade? — Dani questiona, esperançoso.
— Possivelmente sim. — Dominique fala sorridente.
— Possibilidade não é fato, seja mais objetivo. — Principalmente quando se trata de você, Dominique.
Dominique fica um tempo em silêncio, os pés inquietos, pensando em alguma resposta, um claro índice de mentira da parte dele — Porque eu conheço essa peça a muito tempo, muito mais tempo do que eu gostaria — que Dani não nota.
Mas em sua defesa, ele não conhece o cara desde a infância.
Já que estamos falando sobre "amizades" de infância.
— Sim, definitivamente é o que ele quer.
— Então porque ele mesmo não vem até aqui, porque não toma a iniciativa? — questiono, já farto, e falaria mais algumas poucas e boas, mas Dani aperta meu ombro pedindo meu silêncio, a qual entrego a contragosto.
— Relaxe um pouco Maks, eu vou conversar com ele, Dominique está certo em um ponto, minha amizade com Ally é preciosa demais para eu simplesmente abandonar.
E dito isso seguimos em direção ao campo, eles com eximia felicidade e eu com um arrepio no peito, algo me dizia que esse encontro não daria nenhum pouco certo.
Tudo sempre por culpa dele, maldito Allysson.
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