O melhor de mim
"Eu adoro quem eu sou quando estou com você. O Melhor de Mim ."
Pov Katherine
Eu tentei minha vida toda, ter um equilíbrio. Então veio um cara e desestruturou ela toda, mas dizem que perder o controle por amor, faz parte de uma vida equilibrada. Espero que isso seja verdade, porque ontem eu me descontrolei completamente ao lado dele. Com o seu toque e seus lábios encontrando os meus, foi aquele momento no qual eu queria que o mundo congelasse, para poder passar um pouco mais de tempo com ele.
Guardo o livro que estava lendo, na minha mesinha e volto para minha cama. Estou tão confusa que não consigo me concentrar em nada.
– Kah, você não vai acreditar – Lizzie se joga na minha cama – o Jason está falando de você no podcast – pego o celular da mão dela e aumento o volume. Eu juro que vou matar ele se falar alguma besteira.
É o da CatCo e estão todos lá, até Emma e a Mia.
– Hoje me peguei novamente pensando em uma pessoa muito importante para mim, e uma saudade imensa bateu – ele olha para seus dedos que estão entrelaçados em em cima da mesa – então peguei meu caderno e comecei a escrever para tentar esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida, você se perde completamente naquelas linhas e fazia muito tempo que não me sentia assim – ele volta a olhar para câmera – apaixonado – meu coração parece erra os batimentos por um instante e um pequeno sorriso se forma eu meu rosto.
– E essa pessoa, a gente conhece? – Christian pergunta.
– Sim, mas não muito bem. Nas últimas semanas fiz uma coisa horrível com ela e todos a julgaram mal, queria que vocês pudessem conhecer ela, como eu conheço – ele sorrir fraco – espero que algum dia, ela possa me perdoar e quem sabe, voltar a ser minha.
– Kah, é você, ele está falando de você – estou tentando raciocinar tudo ainda. Pode ser a Nicole, ele não falou meu nome, mas ontem ele disse, que gostava de mim, ou eu entendi errado? Porque isso é tão complicado – você tem que ir atrás dele – olho para ela – ele está se declarando para você, faz algo.
– Não é para mim, agora me deixa que preciso me arrumar – ela bufa frustrada – Lizzie – ela para e olha para mim – ele gosta de outra, não de mim – deixo uma lágrima cair em meu rosto. Enxugo e vou para o banheiro, tomar banho e me arrumar.
Tenho que encontrar o Dylan, marcamos de se ver na cafeteria e se eu não for ele vai passar uma semana inteira, falando que estou abandonando ele. Cara ciumento!
O vapor quente circula pelo meu corpo quando termino o banho, fechando o chuveiro. Olho no espelho enquanto seco meu cabelo. O que eu faço? Ele estava realmente falando de mim? E se não passou de uma cena para se passar de bonzinho na TV.
Vou para meu closet me vestir e a Lizzie já está sentada na minha poltrona me esperando.
– Não te convidei – como eu sei que ela vai passar o caminho todo falando do Jason e o quanto eu sou idiota por não ir atrás dele, prefiro ir sozinha.
– Eu sou menor, não pode me deixar sozinha em casa, então vai ter que me levar – estreito os olhos pra ela, sínica, esses dias estava querendo se livrar de mim, para ficar namorando.
Pegamos o metrô até a Manhattan e depois vamos caminhando até o café. Assim que entramos no estabelecimento, avisto o Dylan sentado em nossa mesa favorita. Lizzie vai correndo na minha frente para fofoca com ele, mas acaba esbarrando e caindo de cara no chão. O carma quando vem.
– Foi mal, galera! – Ela pede desculpas, pois caiu cima de algumas pessoas. Ela tenta se levanta, mas cai novamente. – Vão me ajudar, ou vão ficar aí rinchando? – Ela grita e metade das pessoas já estão se matando de ri.
– Lizzie, está fraca das pernas? – Dylan diz indo até ela, tentando se controlar.
Entramos e sentamos em uma das mesas. Demorou um certo tempo até as pessoas pararem de dá risada da queda dela, mas ela ficou bem, apesar de não está vendo graça.
A garçonete nota nossos pedidos e eu peço o de sempre, milk–shake de morango, meu favorito.
– Eu assistir aquele filme que você estava comentando – Dylan chama minha atenção – o roteiro é bom, mas acho as atrizes bem ruim, principalmente a principal, fora a péssima qualidade.
– É um filme de orçamento baixo, não tem como fazer muito melhor, mas você tem que admitir que ele é bom – ele da de ombros. – Vou ao banheiro – levanto, pego minha bolsa e sigo para porta a esquerda que dá acesso, ao toalete. Lizzie vem atrás de mim para retocar a maquiagem.
– Vão fofocar no banheiro? – Dylan pergunta.
– Sim, sobre você! – Respondo e ele mostra o dedo para mim – te amo, amorzinho!
Fico escorada na bancada enquanto espero minha irmã terminar. É incrível o quanto ela parece com nossa mãe, a única diferença é que a mamãe tinha olhos verdes e o nosso é castanho, igual do papai.
– Pelo visto é de família – alguém diz atrás de mim, olho pelo reflexo do espelho para saber quem é e só pode ser brincadeira – que vergonha, caindo no meio das pessoas. Sem classe igual à irmã.
– Nicole...
– Pelo menos não estamos parecendo uma galinha assada, com esse seu bronze falsificado – Lizzie retruca. Tento não rir, mas é impossível. Lizzie a odeia, disse que ela atrapalhou meu rormance, que nem existia.
Arrumo as coisas dela, na sua bolsa para sair o mais rápido daqui. Vamos se dizer que minha irmã é um pouquinho barraqueira, não quero confusão, nem tomei meu milk–shake ainda.
– Não te chamei na conversa – Nicole coloca a mão na cara da minha irmã e volta a olhar pra mim.
– Lizzie, podemos ir embora, eu esqueci meu inseticida em casa, precisava dele para não sujar minha mão com esse inseto – falo encarando ela, falar de mim tudo bem, mas da minha irmã, já é pedir demais.
– Vai lá correndo chorando pra mamãe igual quando você ficou sabendo que seu namoradinho estava te traindo comigo, mas é de se espera né? Quem iria querer uma gorda feia como você – Nicole exclama antes que posamos sair do banheiro.
Respiro fundo tentando não revidar suas provocações, eu sei o que ela quer, mas não vai conseguir. Minha mãe nunca foi muito de dar conselhos, mas uma coisa eu aprendi bem com ela, que é nunca brigar com outra mulher, por causa de homem.
– Serio Nicole? Não sabia que você era tão ridícula ao ponto de vim me provocar. Mas deixe eu perguntar uma coisa, fez bom proveito com ele? Espero que sim, vocês se merecem são dois merdas – digo com raiva.
– Eu quero que você deixe ele em paz, ou você vai se arrepender – dessa vez eu não resisto e começo a rir. Ela viu o podcast e veio tirar satisfação comigo, serio isso? Eu mereço.
– Veio aqui só pra isso? – Pergunto – não tem que se preocupar comigo, não é, eu que fico me aproveitando dele, nas gravações, me declarando ao vivo. Se bem que ele não citou nomes, como tem tanta certeza que é para mim? – Seu sobrante mudar e agora está irritada. Pego nossas coisas e vou saindo antes que ela diga mais alguma coisa.
– Ele me ama, ele me beijou, e nunca me deixaria para ficar com você – ignoro o que ela falou, ela está desesperada por atenção. – Seus pais devem estar muito decepcionados, imagine ser uma vergonha para eles – seguro forte a maçaneta sem acreditar no que ela disse – aliás, cadê eles, sua mãe deve estar se drogando por aí – antes que ela fale mais alguma coisa me viro e dou um soco nela fazendo ela cair no chão.
– Nunca mais abre a boca para falar deles, ou eu juro que acabo com sua cara, estou querendo fazer isso há muito tempo.
– Sua louca, eu vou te processar por fazer isso, amanhã tenho uma sessão de fotos para uma marcar importantíssima e você marcou meu rosto.
– Ótimo e se eu fosse você sairia daqui antes que eu termine o que comecei, ou a única coisa que você vai fazer é assustar criancinhas no halloween – me viro e saio do banheiro deixando ela sozinha no chão.
Peço ao Dylan para deixar minha irmã no nosso apartamento, tenho que fazer uma coisa. Já passou da hora de ter uma conversa com ele, não podemos continuar assim.
Peço um táxi até seu apartamento no Upper East Side. Eu não sei o que vou dizer, ou fazer, só não tem como continuar assim, eu vou ser sincera, vou falar o que sinto por ele e se o que ele falou, foi realmente para mim, podemos tentar algo.
Pego minha carteira para pagar ao taxista quando ele estaciona ao lado do prédio, mas antes que eu possa descer vejo ele saindo do apartamento abraçando uma ruiva. É, eu tinha razão, ele não estava falando de mim.
– Poderia me deixar no Brooklin, por favor. A pessoa que eu ia encontrar não está mais disponível – digo e o motorista segue o caminho até meu apartamento.
Em toda minha vida eu me decepcionei muitas vezes com as pessoas, gostei de quem não gostava de mim. Não sabia porque dava errado com todos, e porque as pessoas nunca gostavam de mim. Sempre pensei que não era boa suficiente, a grossa, a metida, a nerd, nunca a que era escolhida para dançar e quando finalmente achei que isso iria mudar, não passou de uma verdadeira ilusão, novamente. Eu acho que seu destino é ficar sozinha, Katherine.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top