Capítulo 19
Capítulo 19; Fá-lo repousar
Eram quase quatro da manhã e eu ainda estava em chamada com a Lucinda, quando alguém bateu à porta. Antes de abrir, tentei ver pela janela quem era, mas só consegui ver sombras. Não sabia quem poderia querer ir a nossa casa mas, se bateram à porta, não planeavam assaltar-nos. Ou, talvez, planeasse assaltar-nos e matar-nos. Abanei a cabeça para afastar os meus pensamentos, quando voltaram a bater à porta, e a Lucinda perguntou-me o que se passava. Algo no seu tom de voz estava estranho, mas tentei ignorar. Não me poderia preocupar com duas coisas ao mesmo tempo e, se alguém nos fosse matar, preocupar-me com a Lucinda nem seria opção.
Caminhei, lentamente, até à porta. Abri-a, da mesma maneira, e soltei um suspiro enorme ao ver quem estava à minha frente. A Lucinda estava a rir baixinho, com os seus ombros a tremerem, e desligou a chamada. Revirei os olhos, porque ela sabia o que estava a passar pela minha mente. Afastei-me, para que ela entrasse, e tentei não me mostrar demasiado chocado com a sua presença. Não entendia o porquê de ela estar ali, eu não lhe tinha pedido nada, tinha? E como é que ela viera? Nunca a vira conduzir, apesar de saber que ela podia fazê-lo.
- O que estás aqui a fazer?
- Não me queres aqui, Jasper? – Respondeu com outra pergunta, o que me fez revirar os olhos. Suspirei e puxei-a para mim.
- Quero. – Sussurrei, contra o seu cabelo.
Os seus braços envolveram-se à volta do meu tronco e só naquele momento percebi quão estupido tinha sido, por ter ignorado a necessidade de a ter perto de mim. Fechei a porta atrás de nós, para que o frio não a perturbasse – apesar de ser eu quem estava mais sujeito a ficar constipado – e puxei-a comigo. Ela nunca tinha ido ao meu quarto, obviamente, mas fiquei feliz por ela ter escolhido ir até minha casa. Enquanto andávamos, sentia o meu corpo a ficar, cada vez, mais leve e só naquele momento percebi quão tenso ficava, quando ela não estava perto de mim.
Perguntei-me se ela estava desconfortável por eu estar apenas de roupa interior, mas ela conhecia-me e, pela sua expressão, não me parecia. Quando entrámos, a primeira coisa que ela fez foi repreender-me pelas garrafas de cerveja. Revirei os olhos, mas voltei a puxá-la para mim, apenas porque gostava de a abraçar. Beijei a sua testa, suavemente, e depois olhei-a nos olhos. Grandes oceanos de azul olhavam-me de volta e eu consegui perceber que ela estava cansada – mais cansada que eu, pelo menos.
Antes que eu percebesse o que estava a fazer, as minhas mãos estavam a tirar o casaco do seu corpo. Sabia que ela estava com o seu pijama, porque as suas pernas estavam descobertas mas, quando o casaco estava no chão, descobri que ela não tinha os calções. No entanto, ela não me deixou reagir; antes que eu pudesse repreendê-la por se ter sujeitado a uma constipação ou mostrar quão agradado eu estava, ela beijou-me. Dei um passo para trás, com o choque, mas puxei-a comigo. Os seus lábios pareciam tão moldados para mim e, cada vez que eu a beijava, só me conseguia perguntar como é que havia sobrevivido até ali, sem o fazer.
Empurrei-a, suavemente, até à minha cama, onde nos deitámos. Os meus lábios tinham-se separado dos seus, para beijar o seu pescoço. Apesar de ela não ter aparecido, exatamente, para aquilo, ambos sabíamos que era inevitável. Estava, no mínimo, viciado no seu corpo. Sem saber bem o que ela estava a fazer, fui obrigado a separar-me dela, quando ela tirou a sua camisola. Mordi o meu lábio e observei-a, atentamente. A sua pele naturalmente morena contrastava com a minha, e eu apanhei-me a desejar beijar cada zona do seu corpo. Sorri-lhe, antes de beijar o seu pescoço, mais uma vez.
- Jasper? – Voltei a olhar para ela, como que para lhe dizer para continuar. – Eu...
- Sim, Lucinda? – Tentei incentivar mas, quando percebi que não tinha ajudado muito, suspirei. – Sabes que podes dizer-me qualquer coisa.
- Eu sei, eu sei. – Assentiu e mordeu o seu lábio. Fechou os olhos e suspirou, uns segundos depois. – Eu quero...
Ela não disse mais nada mas, quando os seus lábios tocaram no meu peito, suavemente, enquanto as suas mãos agarravam nos meus boxers, comecei a entendê-la. Percebi que ela não queria que o fizéssemos, mas queria sentir-se mais perto de mim. Olhei para a sua face, observando divertidamente a forma como ela tinha corado. Não queria que ela tivesse tanta vergonha, perto de mim, mas deixei aquela vez passar. Também não gozei com ela, porque sabia que iria acabar por resultar nela ainda mais tímida e eu não queria isso. Quando ela atirou a peça de roupa interior para fora da cama, a única coisa que fiz foi puxá-la para cima de mim.
Tirei, primeiro, o seu sutiã. Sentir os nossos peitos a tocarem-se diretamente fez o meu coração bater mais rápido, e consegui perceber que também tinha acontecido isso, com o seu. Sorri-lhe, antes de a beijar, suavemente. Os seus olhos estavam fechados, como se ela já não fosse a mesma Lucinda que mostrava ser, na escola. Eu sabia que ela não era inteiramente aquilo que mostrava ser mas, naquele momento, ela parecia diferente até do que eu conhecia. Apesar de ser algo novo, não me senti um intruso – como pensei que iria sentir.
No momento em que nos nossos corpos se tocaram, na sua totalidade, pela primeira vez, suspirei contra os seus lábios. Ela era a rapariga mais bonita que eu alguma vez conhecera e, no momento em que as suas costas tocaram no meu peito e as nossas mãos se entrelaçaram, conseguia ver isso, melhor que nunca. Beijei o seu ombro, suavemente, e puxei-a para mais perto. Não éramos, exatamente, namorados, simplesmente porque não gostávamos dos rótulos. Éramos o que sentíamos ser – naquela altura, eu sentia que ela era minha e que éramos o que o resto do mundo chamaria de um casal.
- Obrigado por teres vindo. – Apanhei-me a agradecer, contra os seus cabelos vermelhos.
- Não tens que agradecer, Jasper.
- Claro que tenho. – Apertei-a nos meus braços, voltando a beijar o seu ombro. – És fantástica.
Sem responder, ela virou-se para mim. As nossas mãos ficaram numa posição desconfortável, o que nos fez rir, um pouco, mas eu fiquei feliz por poder ter os seus olhos no meu campo de visão. Ela sorriu-me e, lentamente, aproximou-se da minha cara. Sorri contra os seus lábios e apertei o seu corpo contra o meu, contendo o gemido, para não estragar o momento. No entanto, ela não o fez e eu, obviamente, tive que rir. Sempre que me sentia tímido em relação a alguma coisa, ela mostrava-se aberta e fazia-me sentir bem.
Tirei algumas madeixas de cabelo da sua cara, sorrindo ao ver os seus olhos a brilharem. Ela parecia tão feliz, comigo, e eu perguntei-me o que tinha feito, para que ela se sentisse daquela maneira. Não me lembrava de nada que pudesse ter feito, para que ela se tornasse tão confiante de mim. Só me lembrava de a fazer zangada, de estar sempre a afastá-la e de ser, constantemente, um estúpido para ela. Suspirei contra os seus lábios, e vi-a fechar os olhos. Encostou a sua cabeça ao meu corpo e eu sorri, passando os meus dedos pelos seus cabelos. Compus os cobertores sobre os nossos corpos, sentindo-me, pela primeira vez, feliz, na minha própria cama.
- A tua mãe não se importa?
- Ela, provavelmente, vai ficar mais feliz que eu, Lucinda. – Garanti, rindo um pouco. Ela não abriu os olhos, mas vi um sorriso aparecer, nos seus lábios.
- Estás feliz?
- Sim.
- Ainda bem. – Riu um pouco, beijando o meu peito. – Porque eu também estou.
Apertei-a, pela milésima vez, nos meus braços, e beijei os seus cabelos. Os nossos corpos, passados uns minutos, já estavam entrelaçados e, apesar de eu não ter sono, o facto de ela estar ao meu lado estava a acalmar-me. Minutos depois, a sua respiração estava bastante mais calma e eu percebi que ela tinha adormecido. Suspirei, contra o seu pescoço, mas permiti-me sossegar, para não perturbar o seu sono. De alguma forma, as nossas pernas estavam entrelaçadas e a minha cabeça estava contra o seu pescoço. Pensei que ela estivesse desconfortável, mas quando ameacei afastar-me dela, os seus braços apertaram-me, como se eu fosse o seu urso de peluche.
Olhei para o relógio e vi que já tinha passado das cinco mas, surpreendentemente, sentia-me cansado. Como em todas as outras vezes, a Lucinda tinha como que me dado um cobertor de emoções que, sem ela perceber, me embalava até à inconsciência. Antes de adormecer, no entanto, voltei a apertá-la nos meus braços e a beijar o que conseguia, do seu corpo, apenas porque ela me fazia feliz e eu prometera a mim mesmo tentar fazer o mesmo. Se, para ela, felicidade significava estar deitada comigo, eu manter-nos-ia assim, até ela se cansar.
- Bom dia. – Ouvi um sussurro e abanei a minha cabeça, recusando-me a acordar. – Jasper...
- Hm? – Escondi a minha cara, apertando o que eu tinha nos meus braços, e suspirando ao sentir algo quente contra mim.
- Jasper, tens que acordar. Não podes dormir tanto. – Senti dedos suaves na minha cara. O medo de arranhar alguém, com a minha barba, fez-me acordar. – Ah! Olá.
- Lucinda. – Sussurrei e ela sorriu-me, ainda a acariciar a minha bochecha. – Que horas são?
- Hm... - Olhou para trás dela, e logo voltou a virar-se para mim. – Duas da tarde.
- A minha mãe...
- Sim, ela veio aqui. Tinhas razão, ela ficou feliz. – Sorriu-me, e eu tive que rir. – Dormiste muito?
- Adormeci pouco depois de ti. – Ela olhou-me, chocada. - Não te preocupes, eu não me importo que tenhas adormecido primeiro.
- Mas... - Abanei a cabeça e coloquei o meu indicador sobre os seus lábios. Ela calou-se, e eu sorri-lhe, ao piscar o meu olho. – Dormiste bem?
- Muito. – Puxei-a para mim, e o seu corpo caiu sobre mim. Quando vi a sua expressão de medo, tive que rir. – Estamos sozinhos em casa?
- A tua mãe pediu-me para te acordar, quando achasse que era demasiado tarde. Ela teve que trabalhar. – Revirei os olhos mas assenti, não era como se pudesse fazer alguma coisa. – Estás num bom humor.
Queria ser lamechas e dizer-lhe que era, obviamente, porque ela estava comigo, mas não o fiz. Limitei-me a encolher os ombros e a beijar, suavemente, a sua testa. Ela riu, talvez com cócegas, e eu apanhei-me a arrepender-me, ainda mais, de todas as vezes que me afastei. Talvez, se nunca o tivesse feito, a felicidade que sentia por a ter ao meu lado, teria chegado mais cedo.
eu não sei se este capítulo é importante ou não, mas jucinda <3
OK SÓ FALTAM 6 CAPÍTULOS PARA O FINAL, AMORES
eu preciso de parar de publicar tão frequentemente......*casualmente desaparece do wattpad até à páscoa*
só quero deixar aqui bem claro que adoro muito a mãe do jasper, ok? keep that in mind para os próximos capítulos. eu ADORO a pobre mulher, e adoro o jasper e a lucinda e toda a gente nesta porcaria (menos as "amigas" da lucinda e os pais dela)
ADORO-VOS A TODAS E ESPERO QUE TENHAM GOSTADO, boa noite <3
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