Capítulo 29


Entramos no quarto em que estavam a besta número 3 e 4 e, por incrível que pareça uma delas estava prestes a pular pela janela. Não faço a menor ideia de como ela se soltou, de qualquer forma ela ficou paralisada ao me ver e se afastou da janela sem que eu sequer mandasse.

Corri meus olhos para a besta número 3 que continuava amarrada e isso me fez sorrir. Meu sorriso foi entendido por todas, na hora do perigo conhecemos os amigos, essa vagabunda se soltou, esqueceu da amiga e estava prestes a fugir. Se eu tivesse sentimentos, teria sentido pena da besta número três. Acredito que só o fato de ter sido quase deixada para trás, na verdade, teria sido deixada, caso eu não entrasse, fez com que ela refletisse tudo que já tinha vivido e o tipo de pessoa que era.

Sinceramente, algumas coisas acontecem em minha vida que eu não tento sequer explicar, acho que algumas mulheres são feitas com o cérebro plantado ao contrário. Quem diria que essa vadia que tantas vezes fez questão de atirar restos de maçãs, latas de refrigerantes e qualquer outra espécie de lixo em mim iria fazer o que fez em seguida.

Ela se postou em uma figura ereta, arrumou como pode os cabelos, mesmo com a cara toda borrada das lágrimas. Através da maquiagem, pude ver que ela estava tentando me seduzir. A observei desabotoando os botões e logo tirou a blusa calmamente e disse:

— Posso lhe dar o que você quiser.

Fiquei um pouco sem reação, taí algo interessante de se observar. Apenas inclinei levemente minha cabeça para o lado como se estivesse esperando o que mais ela faria. A besta número 3 continuava hipnotizada olhando a cena desesperada, isso me fez pensar se ela me ofereceria o mesmo caso tivesse a chance, ao contrário de Silvinha que apesar de amarrada e imóvel parecia preferir a morte. Seus olhos dançavam entre mim e a besta número 4 com uma espécie de pavor e nojo e isso só fez com que minha sede por sangue pulsava em cada centímetro do meu corpo;

Olhei meu relógio de pulso, ainda tinha a besta número 2 para cuidar e a número 3 e claro o prato principal, mas sim, eu poderia me divertir um pouco, por que não?

Dei alguns passos para trás, coloquei minha arma na cintura na parte de trás e cruzei os braços esperando o próximo passo dela. A vi respirar fundo, como se estivesse tomando coragem e então puxou o zíper da saia preta ridícula que ela estava usando.

A cadela ainda teve coragem de dar uma volta para que eu apreciasse o "material", depois caminhou até mim e pegou em minha mão, me guiando até me sentar na cama. Ela se ajoelhou e apoiou as mãos em meus joelhos e fixou seus olhos nos meus, como se esperasse por minha aprovação ou sei lá o que tinha na mente daquele asno. Não me lembro bem da expressão que fiz, mas acredito que, seja lá o que for, foi suficiente para que ela seguisse em frente, seus dedos delicados e unhas extremamente vermelhas começaram a desabotoar o zíper de minha calça. Silvia parecia prestes a vomitar e a besta amarrada na cama estava com os olhos fechados.


Certo, achei que ela fosse desistir, mas não desistiu. Por um momento, achei que talvez ela estivesse mesmo disposta a me dar algo em troca de sua miserável vida, e confesso que fiquei tentado a tirar proveito daquela situação. No entanto, eu refleti muito, muito antes de falar, pois tudo foi extremamente rápido em meus pensamentos. Isso seria ainda mais humilhante e me faria me sentir realmente um homem que merece o nojo das mulheres. Eu precisava ser mais forte do que isso. Assim que seus lábios tocaram minha pele, meu punhal adentrou seu pescoço, ergui seu rosto ao encontro do meu e lhe disse:

— Mereço muito mais do que sua boca imunda.

Puxei o punhal com força e deixei o sangue se esvair do pescoço, ela levou alguns minutos para morrer, tempo suficiente para ouvir minha última frase e refletir caso aquela alma ainda pudesse ter salvação.

Empurrei seu corpo com o pé e a deixei caída rente à cama. Me levantei, me recompus, abotoei meu jeans, olhei para Silvinha e disse:

— Chega de perder tempo, vamos nos divertir!

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