Capítulo 22




Não demora muito até que a suposta mãe de Diana abra a porta, somente sua presença me causa repulsa. Ela veste um short extremamente curto e com marcas de bebida derramada, um cigarro aceso na mão direita e uma latinha na esquerda. Tem aquele olhar típico das vagabundas que ficam nas esquinas sempre à procura de mais um trouxa para esquecer com elas a carteira.

— Tem um pivete que assaltou uma velha e ele está com um saco de grana no meu carro. Vi ele na calçada com teu homem, por isso pensei que conhecessem ele.

— Qual grana?

Ah! Como me abominam os maus palavreados! Típicos de gente baixa e sem cultura, mas para falar com tamanha vadia, tive que me adequar.

— Saca só, piranha, o pivete passou mal, deve ser overdose, então tira essa porra do meu carro e a grana também.

Parece que ela pouco se incomodou com meu chamamento carinhoso, tudo que ela queria era saber do dinheiro. Vi em seus olhos a pergunta do porquê de eu mesmo não ficar com ele, mas depois, analisando bem meu carro e minhas roupas, acho que ela se deu conta de que dinheiro não me é um problema. Parece que consigo ouvir seu cérebro de feijão trabalhando e chegando à mesma conclusão que os demais naquela tarde. Eu só poderia ser o chefe do tráfico. Preciso me segurar para não rir.

Não precisei falar duas vezes, ela assentiu com a cabeça e saiu em direção ao portão. Fácil como piscar os olhos, injetei a agulha em sua nuca e assisti seu corpo tombar lentamente em meus braços. Verdade que eu queria era enchê-la de pontapés ali mesmo, mas não tinha a menor intenção de despertar atenção e ainda eu tinha que cuidar do valentão lá dentro.

Voltei meus olhos para a rua, continuava deserta. Eu não poderia ter mais sorte! Deixei a vadia no chão mesmo e entrei cautelosamente para sondar o ambiente.

Nunca vi casa mais imunda! Deveria ter mais de vinte garrafas jogadas pelo que deveriam chamar de sala, mais algumas latinhas e três cinzeiros transbordando. Um sofá encardido meio puído e roído pelo cachorro. Uma televisão pequena sobre uma cadeira estava ligada em um programa qualquer. Segui para a cozinha e uma pia com muita louça por lavar foi minha única visão. Não tinham mesa! Comecei a acreditar que os matar seria um favor.

No quarto, o homem dormia nu. Reviro meus olhos. Estava babando e ao seu lado uma seringa jogada. Torci para que não estivesse morto. De qualquer forma, lhe apliquei uma pequena dose, pequena o suficiente para não o matar, mas para garantir que não acordaria.

Retorno à rua, carrego a mulher para a casa, depois é a vez do pirralho.

Não tenho muito tempo, embora minha vontade seja levar para minha câmera de tortura, sei que Diana não saberia lidar muito bem com isso. Então, infelizmente, o trabalho terá que ser aqui mesmo.

Uma vez que o idiota já está nu e na cama, é exatamente onde pretendo deixá-lo. O amarrei de forma que não se solte. Sua amada também terá o destino semelhante, a deixo ao seu lado na mesma cama, igualmente amarrada. Agora, a parte que mais me desagrada, pois os gritos são sempre excitantes, mas perante a urgência, pego minha maleta novamente e preencho a boca deles com uma bolinha de ping pong, muita fita adesiva em volta e agora o silêncio é garantido.

O garoto deixei amarrado na cadeira que antes abrigava a televisão. Deixo de frente para a cama para que eles assistam o que irá acontecer com ele. Me certifiquei de colocar uma almofada na cabeça de cada um para terem uma visão satisfatória.

O efeito dura realmente pouco, o primeiro a acordar foi o padrasto de Diana, observei com certa monotonia o arregalar de olhos, a vã tentativa de se soltar, o esforço inútil em proferir palavras de baixo calão. Logo ele se viu derrotado e percebi medo em seus olhos, agora, sim, a diversão ia começar!

Tirei um pequeno punhal que trazia junto ao cós da calça e fiz um pequeno desenho na barriga da vadia, não fundo o suficiente para que ela morresse, mas sim apenas para despertá-la. Artisticamente, desenhei um sorriso.

Ouvi o som anasalado, já que sua boca também estava amordaçada, os mesmos inúteis movimentos do marido e logo a sensação de derrota e aceitação.

— Diana está comigo — falei enquanto caminhava pelo quarto calmamente.

Observei a dilatação da pupila de ambos e estavam muito quietos, prestando atenção.

— Não, ela não sabe que vim visitá-los. Mas devo isso a ela de alguma forma. Pessoas como vocês não deveriam ter filhos.

Tornei a abrir minha maleta e pegar um prego bem longo. Se o chão fosse de madeira, eu poderia pregar os pés do pivete no chão. Não importa, isso deveria despertá-lo de qualquer forma. Equilibrei o prego no peito do pé dele e desci a marreta com toda força, foi um movimento rápido e perfeito, rasgou a pele, adentrou vários centímetros, seu corpo reagiu no mesmo minuto e se contorceu para trás, o fazendo cair da cadeira.

— Sua filha me chama de anjo justiceiro — disse enquanto colocava o moleque de volta na posição inicial.

Seus olhos começaram a derramar lágrimas, embora eu não soubesse se era por medo ou pela dor.

— Não se preocupe, você irá sangrar mais — disse dando leves tapinhas em seu ombro ao observar seus olhos que viam o sangue se espalhando pelo chão. — Estamos só no começo!

Dei a volta e me sentei na cama, ao lado da mulher, e deslizava minha faca pelo seu rosto, pescoço e colo, quase em uma carícia. Seu companheiro estava com os pulsos quase roxos, tamanha era a força que empregava para tentar se soltar. Sorri em sua direção e me levantei.

— Você! Eu não sei o que farei com você! Preciso improvisar alguma coisa, vejamos!

Torno a abrir minha maleta e encontro uma faca maior. Começo a fatiar partes da sua coxa, não fundas o suficiente para tirar um pedaço, mas para abrir espaço para meu presente. Sal grosso!

— Estou recheando um porco! — digo sorrindo. — O trocadilho caiu muito bem!

O pivete volta a se jogar no chão, tentando escapar de alguma forma. Reviro meus olhos por ter que me dar ao trabalho de levantá-lo mais uma vez, acendo um charuto e fico observando aqueles olhinhos de animal assustado. Me divirto ao apagar a brasa em seu pescoço enquanto observo seu corpo se contorcer. Quando me canso da brincadeira, volto meus olhos para o casal. A vadia parece ter desmaiado, isso não pode acontecer! Ela não pode perder toda a diversão!

Um alicate delicadamente colocado em seu dedo indicador remove a primeira falange, ela desperta imediatamente e o corpo estremece.

A tortura é uma arte, o corpo humano é programado para se autodesligar em caso de dor extrema ou medo, a arte consiste em não forçar muito e deixá-los sempre com a sensação de medo e relaxamento, assim a tortura pode durar horas. Infelizmente, não disponho de horas.

— Vamos acabar logo com isso, então!

O garoto que estava com uma regata parece saber minha intenção e encolhe automaticamente os braços, mas seus movimentos são limitados desde que está preso junto à cadeira. Minha faca adentra a pele de forma fácil, como fatiar um presunto. Vários cortes desde o ombro até próximos à mão. Desta vez, fui mais fundo, ao ponto de encostar nos ossos. Infelizmente, o moleque desmaiou quando eu estava na metade do segundo braço. Fazer o quê? Não disponho de muito tempo para perder, além disso, não vejo a hora de voltar para casa. Acho que levarei flores para Diana em comemoração e talvez possamos jantar em algum lugar à noite.

Com minha serra automática, eu aproximo-me dos braços do homem e sinto ele se encolher. O covarde miserável urina na cama e, se não estivesse com a mordaça, tenho certeza de que estaria vomitando.

Dou um suspiro, eu poderia fazer isso durar horas, mas não posso me arriscar. O primeiro braço é serrado e ele desmaia, me fazendo desistir de serrar o outro. Hora de ir para o grand finale.

A mãe de Diana reza, implora com os olhos tão parecidos com os da filha, por um momento lhe faço uma carícia nos cabelos como se eu pudesse tocar minha Diana. Ela me olha confusa e eu volto a sorrir.

— Sua filha tem um lar de verdade agora e não esse lixo onde foi criada. Nunca deixarei que alguém a machuque e nunca mais você irá machucar alguém.

Não sairei daqui até ter arrancado todos os dedos dela, é bem pouco perante a minha vontade de arrancar cada parte daquele corpo, mas disso não posso abrir mão, é apenas um pequeno sofrimento comparado às cicatrizes deixadas na alma de Diana.

Um a um, corto seus dedos, demorou cerca de quinze minutos, pois ela sempre desmaiava cada vez que um era retirado e claro que eu não pegaria outro antes que ela acordasse. Sempre jogava um pouco de água de alguns dos copos imundos que tinha na cozinha. E sempre eu colocava sal para estancar o sangue e não a deixar morrer antes da hora.

Escuto um barulho de garrafa sendo chutada e meu corpo todo endurece. Rapidamente apanho minha arma e miro para a porta, alguém está vindo da sala e, embora eu não goste de matar com armas de fogo por serem muito rápidas, eu não quero arriscar ser atingido por quem quer que seja.

A pouca luz do quarto projeta uma sombra na parede que cresce aos poucos, engatilho a arma pronta para disparar e então ele aparece. E abana o rabo.

Sinto a descarga de adrenalina, deveria dar um tiro na cabeça desse cachorro por me dar um susto assim. O ignoro e volto a tirar minhas duas garrafinhas da maleta. Gasolina!

Despejo-me sobre as pernas dos três, somente as pernas, quero que sintam o fogo subindo cada centímetro sempre para cima. Recolho minhas coisas e risco o fósforo.

As paredes de madeira logo serão atingidas, mas para que tudo ande mais rápido, eu mesmo despejo o que sobrou em uma das paredes e novamente risco o fósforo. Pena eu não poder ficar e assistir. Mas tenho um prazer maior agora, quero a companhia da Diana!

— Queimem no inferno! — digo com meu último sorriso.

Chego ao meu carro e a rua continua deserta, as chamas já estão se espalhando facilmente, consigo ver a cor alaranjada da janela da sala. Tenho que sair daqui o mais rápido possível. Abro a porta traseira e jogo minha mala e dou um salto para trás ao perceber que algo saltou junto.

— Cachorro imbecil!

Ele me olha com a cara demente e continua abanando o rabo, está sentado no banco do meu carro. Talvez devesse atirar nele, mas não quero manchar o estofado, planejo sair para jantar com a Diana.

— Que seja!

Fecho a porta com o vira-lata dentro, entro e dou partida. Ficarei com o saco de pulgas, ao menos fará companhia para Diana enquanto eu estiver "limpando as ruas do mal".

Antes eu era sozinho, alguns dias atrás era Diana e eu e a partir de hoje seremos uma família.


Até 2022!

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