Capítulo 16
Diana voltou cerca de sete horas da noite, cheia de sacolas e o rosto corado de tanta alegria. Felizmente, eu já sabia tudo o que precisava para acabar com qualquer pessoa que morasse na casa em que ela morou. Pouco me importa se foram todos que a machucaram ou não, todos iriam pagar e eu estava disposto a tornar tudo da maneira mais lenta e dolorosa possível.
Ela trouxe comida também, disse que não imaginou que gastaria tanto tempo fazendo compras que não chegaria a tempo para fazer o jantar. Eu estava pronto para sair para minha caçada, mas não sabia o que dizer a ela e a batata recheada que ela colocou com tanto gosto sobre a mesa parecia deliciosa, acho que não faria mal algum comer primeiro e depois sair.
Não gostaria que ela me perguntasse aonde eu estava indo, eu não saberia o que dizer e não faço ideia de como ela iria se posicionar em relação a isso. Certo que ela matou a garota, mas...
... Pois é, isso eu ainda não havia entendido.
— Diana... — disse, de maneira pausada, tentando começar aquele assunto.
Ela levantou aqueles olhos lindos para mim e sorriu.
— Está ótimo, não está?
Balancei a cabeça, respirei fundo e então tomei coragem.
— Sobre a garota no porão... — falei rápido, como se as palavras saindo assim tornassem o assunto menos delicado.
— Ela mereceu morrer — disse muito séria e depois sorriu, voltando a devorar a batata.
Tal frase fez um arrepio gelado percorrer minha espinha. Teria eu, o eterno assassino solitário, encontrado minha alma gêmea?
— Ela era uma má pessoa, e ia te matar se eu não chegasse a tempo.
Minhas sobrancelhas se juntaram ao máximo, em que ela se baseava para dizer que a garota era uma pessoa má?
— Por que diz isso? — perguntei.
— Oras! Ela estava socando sua cabeça oca no chão!
Revirei os olhos.
— Por que acha que ela era uma má pessoa?
— Como assim? Acha que não sei quem você é?
Prendi a respiração e aguardei pacientemente ela terminar a frase. Esses segundos pareceram anos.
— Você é um justiceiro! Sei que você só mata pessoas que merecem morrer, como assassinos, pedófilos, sequestradores, não é?
Engoli, em seco, eu não poderia partir seu coração dizendo que matava qualquer coisa que respirasse e pouco me importava se eram bons ou não.
Senti minha cabeça se movendo lentamente para cima e para baixo em um gesto afirmativo. Eu estava ferrado!
— Fantástico! O mundo precisa de anjos noturnos como você!
Anjo noturno? É cada coisa que se escuta, essa garota nunca ia parar de me surpreender. Eu até havia perdido o apetite e estava disposto a sair quando ela me disse haver comprado algo para mim...
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