[9] And babe, after all,

Jimin deu somente um passo gigante ao abrir os braços e abraçar o amado. Jungkook apertou-o forte contra si, sentindo o cheiro unicamente dele e se recordando aos poucos de tudo que viveu com o menor.

— Eu pensei que você se esqueceria de mim. —choramingou.

— Como? —afastou-se, olhando pro rosado. — É impossível, você mudou muita coisa em mim, Jimin.

— Então você não se esqueceu de nada?

— Na verdade... —abaixou a cabeça por um tempo. Hoseok, Yoongi e seus pais já estavam em volta dos dois. — Ainda não me sinto cem por cento, mas eu vou tentar...

— Você precisa voltar pra sua cama pra lhe tratarem melhor, meu amor... —sua mãe se aproximou, acariciando levemente seu braço. Ele assentiu, então olhou para o Park.

— Eu vou continuar aqui, tá bom? Vou esperar por você.

— Mas você tem que ir pra casa, Jimin, precisa comer, filho. —senhora Jeon resolveu dizer, e Jungkook apenas complementou.

— Minha mãe tem razão, eu te mando mensagem, tá? —garantiu, Jimin apenas assentiu, não podia viver no hospital, tinha sua vida para cuidar.

Apesar de querer cuidar de Jeon pra sempre, sem se preocupar com absolutamente mais nada.

Eu te amo, Jungkookie. —passou a mão pelo seu rosto, então se afastou do maior, que foi levado de volta para o quarto, após dizer que o amava muito também.

Yoongi e Hoseok trataram-se de ir para a casa também, deixariam Jungkook descansar enquanto estava sob a supervisão de seus pais. Ele queria muito voltar pra casa, mas ainda não poderia. Queria voltar pra Jimin, pros seus melhores amigos, mas nada adiantava. Iria ficar naquele hospital até o momento em que estivesse realmente bem.

Dois dias foram suficientes para que Jungkook estivesse pronto pra ir para sua casa. A partir do momento em que Park —depois de realizar seus compromissos— chegou em casa, recebeu uma ligação.

— Alô?

Oi, aqui é a mãe do Jungkook... Jimin, o seu sobrenome é Park, não é? —perguntou, um tanto curiosa. Jimin franziu o cenho, não entendendo muito bem o que aquilo significaria.

— Sim, por que?

Nós podemos nos encontrar?

🥀

Jimin havia ficado apreensivo. Ele não sabia sobre qual assunto iriam conversar consigo, muito menos o porquê de seu nome ter algo a ver com isso.

Senhora Jeon chegou na sala com seu chá e o colocou em cima da mesinha de centro da sua casa, se sentando no sofá ao lado do rosado. Sorriu para ele, simpática. Era algum tipo de teste pra saber se ele seria aprovado para namorar com o filho deles ou algo desse tipo?

— Então, eu vou ser direta... Nós precisamos conversar sobre seus pais, Jimin. —disse, fazendo o garoto arregalar um pouco os olhos e a olhar ainda mais atento.

— O-Os meus pais?

Park não havia contato com seu pai, e sua mãe havia falecido. O que levaria essa conversa, afinal?

— Sim... —estava um pouco nervosa. — Mais especificamente sobre a sua mãe.

Jimin travou.

— Park Minsu, não é? —abaixou o olhar, vendo o rosado assentir. — Eu estava naquele acidente, Jimin.

— O que?! —se exaltou um pouco. Seu coração acelerou-se, aquelas palavras foram suficientes para que tudo se embaralhasse em sua mente. Havia sofrido quando sua mãe se foi, mesmo criança, e pensar naquele acidente era tudo que ele menos queria no momento.

— Escute, eu não quero que culpe o Jungkook pelo que aconteceu. —começou, sentindo um aperto no peito. — Mas nós estávamos lá. Quando tudo aconteceu, nós três estávamos no carro que bateu no da sua mãe. E, bem... Por conta disso...

— A minha mãe morreu por culpa de vocês. —franziu o cenho, apertando as mãos no tecido da calça. — V-Vocês...

— Não! Jimin, por favor, nos perdoe por isso! —o Park levantou-se, prestes a dar as costas e ir embora. A mulher também ficou de pé. Por mais que ela parecesse sincera, ele não era nada maleável quando se tratava de sua mãe. Ela era a pessoa mais importante pra si. — Nós só descobrimos que era a sua mãe depois de saber do nome dos seus pais nos registros do hospital. —senhora Jeon continuou. Sim, Park havia deixado suas informações no local para que fosse visitar Jungkook quando quisesse, era um pedido do local. — Mas nós nunca a vimos, e no dia do acidente, nem sequer notamos quando o carro de sua mãe virou a rua bem na nossa frente. Eu sei, eu sei que isso não justifica, mas por favor, não coloque o Jungkook no meio disso. A culpa é nossa, dos pais, nós sabemos. Ele era apenas uma criança quando aconteceu.

— E agora você vai simplesmente culpar a minha mãe por ter feito o Jeon ter essa doença depois do acidente?! —afastou-se mais para trás, sua paciência se esgotava.

— Park, não! Eu tenho mais algo a lhe dizer, e é sobre isso que quero falar com você.

— Eu não fico mais nenhum segundo aqui. —deu as costas, indo caminho à porta.

— A sua mãe foi a mulher que falou conosco. Ela foi quem nos deu aquela condição. Lembra da história que lhe contei? —Jimin parou, virando-se e franzindo o cenho. Aquilo não era possível. — Aparentemente ela se encontrou conosco quando nem aqui estava realmente... Por isso o estranho sumiço quando tentamos entrar em contato novamente.

— Você não pode ter tanta certeza assim. Isso é loucura. —negou com a cabeça, aproximando-se. — Como vocês a reconheceram?

— Nós pesquisamos pelo nome da sua mãe quando descobrimos ser ela e... Apenas aconteceu.

— Vocês tiraram a mamãe de mim. —disse, entredentes, prestes a explodir de raiva à qualquer momento. Lágrimas estavam lutando para sair, sua garganta doía.

— E ela nos deu uma punição terrível. —abaixou a cabeça, senhora Jeon dizia tudo, sentindo-se culpada. — O Jungkook quase se foi novamente, mas... Não por sua causa.

"Você é o meu arco íris, sabia mamãe?
Eu espero poder ser o arco íris de alguém também. A senhora pode me dar um menino que me veja dessa forma?"

Oh. Aquela era a carta do Jimin de apenas treze anos.

— Ela pensou em tudo até mesmo estando tão longe? —dizia baixo, para si mesmo. — Não... Isso é literalmente loucura..

No mesmo segundo, a porta da casa havia sido aberta. Park virou-se e pôde ver Jungkook chegando em casa com seu pai, aos cuidados do mesmo. Quando seus olhares se encontraram, a primeira coisa feita pelo moreno foi sorrir, mostrando os dentinhos que Jimin tanto amava no mundo todinho. Mas o que ele faria agora?

— Você está aqui! —não demorou muito até Jungkook apressar seus passos para chegar no rosado, envolvendo seus braços no mesmo e abraçando-o como se não estivessem se vendo há tempos. — Eu senti saudades... —apesar de tudo o que ouviu e toda a coisa em sua cabeça, abraçou o corpo do maior também, com vontade de chorar.

— Vamos deixar vocês sozinhos. —senhora Jeon decidiu se retirar, os garotos se separaram e olharam para a mulher. Jungkook a olhou agradecido, enquanto Jimin apenas tentava entender tudo ainda. — Park... Ela não fez isso por nenhum de nós, eu não acredito que ela nos perdoe totalmente. Mas sim, por você. Jungkook está aqui por sua causa.

Ela? Quem? —o moreno ficou um tanto confuso, mas Jimin apenas sorriu para o outro. — De quem vocês estavam falando? —continuou, após sua mãe sair do local com seu pai.

— Não é nada, posso te explicar depois? Eu senti sua falta também. —suspirou, colocando os braços ao redor do pescoço do maior.

Jimin havia contado sobre seus pais há tempos para o moreno, afinal se encontravam muitas vezes. Mas isso, talvez o contasse em uma outra hora, quem sabe.

Jungkook acabou por assentir, selando seus lábios com o do mais baixo por pouco tempo até que se afastasse para que pegasse em sua mão. O puxou até o andar de cima de sua casa, seu quarto, e pela primeira vez o rosado havia visto toda a decoração —mesmo não tendo praticamente nenhuma— daquele cômodo. As paredes eram todas brancas e não haviam muitas variações de cores, diferente do seu quarto colorido.

— Eu quero falar de uma coisa importante com você, agora que me sinto curado. —quando se deu conta, Jungkook já estava sentado na cama, com as costas na cabeceira. Ele deu duas batidinhas no colchão, insinuando que Jimin deveria sentar-se bem ao seu lado ali. O pequeno saiu de suas distrações com o quarto do mais alto e pôs-se ao lado dele rapidamente.

— É sobre suas memórias? Você consegue se lembrar de tudo? —preocupou-se.

— Não, eu realmente estou bem quanto à isso. —sorriu, levando uma mão para acariciar a bochecha do rosado. — O engraçado é que, mesmo eu tendo esquecido de quase tudo, eu não me esqueci de você. Tipo, nada em você. Quando acordei, não tinha certeza de absolutamente nada, mas no momento em que te vi, parecia que... Era obrigatório que eu me lembrasse de você. —riu um pouco, fazendo um sorriso aparecer nos lábios cheios do outro.

— Jungkookie... —respirou fundo, desviando seu olhar por um momento, lembrando de toda a breve e tensa conversa há apenas minutos atrás. — Eu acho que você e eu... Não é apenas uma coincidência, sabe?

— É claro que não, foi por sua causa que minha vida mudou de uma forma inesperada. —respondeu, convicto.

— Sim, sabe... Até conhecer você foi como algo já predestinado... —parou para pensar, deixando um Jeon esperando pela continuação da frase.

Talvez a mamãe houvesse juntado o meu pedido com o de Jungkook quando criança.

Ele queria ver um arco íris,
e eu queria poder ser o de alguém.

Mamãe poderia ter ficado chateada, talvez por terem feito eu ficar sozinho, porque era como se eu tivesse apenas ela em minha vida e então, a tiraram de mim. Mas depois da minha última carta, era como se ela realmente houvesse lido e mudado de ideia, fazendo com que nós dois trombássemos naquela biblioteca.

Talvez ela houvesse virado o meu anjo da guarda.

Jimin? —saiu de seus pensamentos, encarando Jungkook. — Você está bem?

— Estou sim. —sorriu grande, repentinamente abraçando-o desajeitado. — Obrigado. —sussurrou, fechando os olhinhos. Jeon os ajeitou melhor, trazendo Jimin para o seu colo enquanto seus braços rodeavam sua cintura.

— De nada, eu acho. —sem entender muito, disse. Na verdade, o "obrigado" não havia sido diretamente pra ele, mas poderia servir também. Jimin soltou uma risadinha e afastou-se apenas um pouco para olhá-lo.

— Você me ama muito?

— Amo. Muito. —Jeon não tinha dúvida alguma, vendo Jimin ficar com as bochechinhas coradas, diferente de quando ele estava quase pálido e pensativo minutos atrás.

— Eu também te amo muito.

— Tão de repente assim? —riu um pouco. — Mas eu gosto, pode continuar. —agora, ouviu a sua risada bonita. — Aproveitando esse momento, eu quero te dizer o que eu queria desde que saí daquele hospital.

— Oh, é mesmo. Você disse que tinha algo importante pra dizer, o que era? —continuava com as mãozinhas pousadas em seus ombros, encarando o moreno, curioso.

— Eu não quero ser algo indefinido com você. —não sabia porquê, mas se sentiu um pouquinho nervoso. — Então...

O rosado estava atento, por mais que estivesse esperando por aquilo desde o momento em que se beijaram pela primeira vez, quis ouvir isso bem pertinho de si daquela forma.

— Você quer definitivamente namorar comigo, Jimin? Digo, algodão doce ou... Podemos ter outros apelidos um pro outro. —deu de ombros, estava sim, bem nervoso agora. Park sorriu, sentiu vontade de chorar, mas quis segurar aquilo antes que simplesmente estragasse algo.

— "Definitivamente"? —riu, achando uma graça que Jungkook também estava vermelho.

— Desculpa, eu não... Você sabe, eu fico nervoso... Eu sou apaixonado por você e eu acabo... —Jimin o beijou, se permitindo dar sua resposta por meio de suas ações.

— Eu quero sim. E isso tem tempo desde o momento em que eu quis. —deu-o um selinho. — Então, sim. Eu quero definitivamente namorar com você, Jungkook. Ou cor sim, cor...

— Ei, essa brincadeira, não. —falou, sério. Mas não dava apenas dois segundos para estarem rindo disso. — Eu amo você.

Beijou-o, acariciando sua cintura, sentindo Jimin subir suas mãozinhas para seus fios ao mesmo tempo em que aprofundavam o beijo, deixando-o cheio de desejo, dessa vez não pretendendo que eles parassem apenas por ali. E estando oficialmente, não, definitivamente namorando agora.

Eles eram tudo que precisavam um para o outro.



Todo mundo tem alguns ferimentos dolorosos no coração. Se eles conseguirem superar é ótimo. Mas mesmo que não consigam, eles ainda vivem. Eles ficam indiferentes à dor com o tempo.




🥀...🌹

DEPOIS DE ANOS EU FINALMENTE POSTEI 🥰

Eu fiquei um pouco sumida daqui e estava planejando minha long fic nova... e bem, eu queria muito que ela desse certo.

Então, se você que está lendo, está gostando de Colors... Pode ir no meu perfil ver uma fic novinha em folha? 👉🏻👈🏻 ela é fofa, tem referências à planetas e também pode ser sad... 💗

E quero agradecer também pra quem lê essa short aqui, é muito gratificante saber que tem gente que gosta. 💕

O próximo capítulo é o último, eu não tenho certeza se deu pra entender direitinho (qualquer coisa só perguntar aí), mas a mãe do Jimin basicamente virou seu anjinho da guarda e fez muitas coisas pra que também ela finalmente fosse em paz. O bebê ficou bem sozinho depois que ela se foi, agora é como se Jungkook houvesse preenchido ele.

Então...

~ isso não é apenas uma coincidência ~ 💓

Kisses, eu volto logo! 🥰

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