093

esse foi um dos meus capítulos favoritos de escrever! deem muito amor a ele !!!

meta de votos: 700 💋💋 ainda tem surpresinhas até acabar

música indicada: heartbeat, childish gambino

__

AMELIE PARISI


Mônaco, Monte Carlo

As ruas de Mônaco brilhavam com as luzes dos postes e eu observava tudo pela janela do carro. Não fazia ideia de para onde estávamos indo e todo o silêncio de Charles em relação a isso, começava a me deixar inquieta.

- Para onde estamos indo exatamente? — Perguntei de novo, cruzando os braços. 

Charles não tirou os olhos da estrada, mas o canto da sua boca se curvou em um sorriso que me fez desconfiar. 

- Você vai ver. — Ele falou. - Se eu falar você vai descer do carro.

Minha paciência estava se desgastando, mas antes que pudesse questioná-lo novamente, ele virou para uma rua estreita, escondida entre os prédios luxuosos. A partir daí, o cenário lindo mudou. A avenida principal ficou para trás, e o espaço foi ocupado com um cenário que parecia ter saído de um filme. Havia carros estacionados em fileiras perfeitas, todos de luxo. Carros que provavelmente valiam mais do que a minha vida.

- Charles... — Murmurei, meu coração começando a acelerar por motivos completamente diferentes. - Isso é... 

- Um racha? — Ele completou com naturalidade, estacionando o carro em um espaço vazio entre uma McLaren na cor laranja e um Porsche preto. - Sim. 

Ele desligou o carro e se virou para mim, os olhos verdes brilhando sob a luz fraca. 

- Antes que você comece a reclamar, faz tempo que não faço isso. Não é nada de mais. — Ele tratou de dizer, de forma rápida.

- Nada de mais? — Soltei uma risada nervoso, balançando a cabeça negativamente. - Charles, isso é ilegal. 

Ele deu de ombros como se eu tivesse acabado de falar sobre estacionar em um lugar proibido. 

- Amelie, você acha mesmo que alguém aqui vai ligar para isso? Estamos em Mônaco. — Ele voltou a se defender. - Em cada esquina que você for vai encontrar... isso.

Eu sabia que ele adorava adrenalina, mas isso parecia um pouco demais.

- E se der errado? — Murmurei, apertando meus braços.

- Você está falando isso para um piloto de fórmula 1. — Ele resmungou de volta.

Antes que eu pudesse argumentar, ele saiu do carro e veio para o meu lado, abrindo a porta para mim. Eu estava detestando toda essa ideia.

- Você não precisa ter medo. Eu nunca faria nada que colocasse você em perigo. — Ele tornou a falar e suspirei.

- Você vai correr com a Daytona? — Perguntei, olhando para ele.

- Por que não? — Ele deu de ombros, fazendo sinal para que saísse do carro.

E então, eu desci, relutante, e senti os olhares curiosos ao nosso redor. Charles era famoso demais para passar despercebido, mas ele parecia não se importar. Na verdade, ele parecia estar gostando da atenção.

Charles passou o braço pelos meus ombros, me guiando entre as outras pessoas até que parou diante de um grupo de caras que discutiam ao lado de uma lamborghini verde. 

- Leclerc! — Um deles exclamou, cumprimentando Charles com um aperto de mão firme. - Vai correr com a Ferrari? 

- Sim. — Charles deu um sorriso confiante. - Ela é meu amuleto de sorte.

O grupo riu, mas eu não consegui me juntar à animação deles. Tudo parecia tão arriscado, tão insano. 

Minha ideia de diversão definitivamente não envolvia rachas ilegais nas ruas de Mônaco.

- Então, pronto para perder? — provocou outro de seus amigos, olhando para a Daytona.

- Sempre estou pronto para ganhar. — Ele disse, dando uma risada.

Enquanto eles discutiam detalhes sobre a corrida, eu me afastei um pouco, cruzando os braços. Tudo ali parecia tão surreal. O som dos motores alto começava até mesmo a me incomodar.

Me encostei na Daytona, os braços cruzados enquanto Charles conversava com os amigos dele a poucos metros de distância. Era impossível não notar como todos pareciam querer a atenção dele.

Não sabia porque ainda me surpreendia com isso.

Do meu lugar, conseguia ouvir partes da conversa. Eles falavam sobre carros, motores e, claro, a corrida. Mas foi quando um dos rapazes, desviou o olhar para mim que o assunto mudou de direção.

- Quem é a garota? — Ele perguntou, com um sorriso de lado, apontando discretamente na minha direção.

Charles seguiu o olhar dele e, por um instante, nossos olhos se encontraram. Ele sorriu antes de responder, com a maior naturalidade do mundo:

- É minha namorada. — Ele falou firmemente.

Minha respiração ficou presa por um segundo.

Namorada?

Ele não hesitou, não explicou, nem tentou amenizar. Apenas disse como se fosse um fato absoluto, sem espaço para discussão.

E eu congelei por um momento. Ele não tinha me avisado que iria sair por aí dizendo isso, e o som da palavra me pegou de surpresa.

- Namorada? — Outro amigo ergueu as sobrancelhas, surpreso. - Você nunca disse nada sobre estar namorando.

- Porque vocês não precisam saber de tudo. — Charles deu de ombros, um sorriso cínico no rosto.

- Bem, ela é linda. — Um deles comentou, me olhando de novo. - Sorte sua.

- Sorte minha. — Ele falou dando um sorriso. - Amelie me conquistou.

Sem perceber, meus lábios se curvaram em um sorriso tímido enquanto fingia mexer no meu celular. Eu não sabia como reagir. Era estranho ouvir ele me chamar de namorada, especialmente porque nunca tivemos uma conversa sobre isso. Mas a forma como ele disse fez tudo parecer tão natural.

Quando ele voltou para perto de mim, sua expressão estava calma, como se nada tivesse acontecido. Ele colocou uma mão no meu rosto, inclinando-se para me dar um beijo suave na testa.

- Tudo bem? — Ele perguntou me olhando.

- Você me chamou de sua namorada. — Foi tudo o que consegui dizer, minha voz um pouco mais baixa do que pretendia.

- E não é o que você é? — Ele deu um sorriso pequeno, mas seus olhos estavam sérios. - Ou você prefere que eu diga outra coisa?

Eu não sabia o que responder. Então, apenas balancei a cabeça.

- Não, está tudo bem. — Falei por fim.

Ele sorriu de novo, mas dessa vez sorriu grande, deixando as enormes covinhas mais do que evidentes.

- Ótimo. Porque eu não mudaria de ideia de qualquer forma. — Ele falou, deixando um beijo rápido em meus lábios.

Charles a porta do carro para mim de novo, como se o que estivesse prestes a fazer fosse a coisa mais normal do mundo. Já eu hesitei por um momento antes de entrar, minha mente ainda dividida entre a curiosidade e o nervosismo.

Pensei que ele já tinha desistido dessa ideia maluca.

Neguei com a cabeça e então entrei no carro de novo. A porta foi fechada e passei o cinto de segurança por meu corpo. Estava com um pouco de medo.

- Isso parece loucura. — Murmurei quando ele tomou o assento do motorista.

-  É loucura se você não confiar no piloto. — Ele falou, dando um sorriso de lado.

Suspirei, tentando ignorar o frio na barriga que parecia piorar a cada segundo. Ele colocou a mão sobre a minha, que estava apertando o cinto com força, e me deu um leve aperto.

- Se não se sentir confortável, me avisa. Eu paro. Prometo. — Seus lábios deixaram um beijo rápido nos meus, mais uma vez.

Eu sabia que ele estava falando sério. Charles nunca me colocaria em uma situação que realmente me assustasse.

- Tudo bem. — Concordei, embora minha voz estivesse mais fraca do que eu gostaria.

Ele apenas sorriu e voltou sua atenção para a frente. O sinal improvisado começou a contagem regressiva, e eu prendi a respiração.

Três.

Dois.

Um.

O carro disparou como um foguete, colando minhas costas no banco. As ruas ao meu redor virou um borrão de luzes e som. Não sabia que a Daytona era assim tão rápida. Meu coração disparava e eu me perguntava, pela milésima vez naquela noite, o que eu estava fazendo ali.

Charles parecia no controle de tudo, enquanto eu mal sabia onde enfiar as mãos. Meus dedos estavam quase afundando no cinto de segurança, e meu coração batia tão rápido que achei que ia explodir. 

- Tudo bem ai? — Ele perguntou, a voz alta para competir com o barulho dos motores dos carros. - Está gostando? 

Gostando?! Ele só podia estar de brincadeira. 

- Gostando?! Eu estou é rezando! — Gritei, meio irritada, meio rindo, porque, bom... eu realmente estava assustada com a velocidade do carro. 

Charles riu como se aquilo fosse a coisa mais divertida do mundo. E, sinceramente? Para ele, provavelmente era. Ele parecia tão à vontade, como se estivesse num treino livee da ferrari e não em um racha praticamente ilegal no meio de Mônaco. 

Quando ele começou a ultrapassar um dos carros, senti meu coração parar por um segundo. A distância entre os dois era mínima, e minha cabeça só conseguia pensar em um milhão de coisas que poderiam dar errado. Mas, claro, Charles não hesitou nem por um segundo. Ele passou pelo outro carro como se fosse a coisa mais fácil do mundo. E honestamente para ele era, fazia isso praticamente todos os dias.

- Isso é loucura! – Exclamei, sentindo minha voz tremida, mas talvez fosse a adrenalina. 

- Finge que você é tipo minha copilota e não minha passenger princess. – Ele piscou pra mim, rápido, antes de voltar a olhar pra estrada.

Como ele conseguia estar assim tão calmo e ainda flertar? Quer dizer, eu sabia que ele era bom, mas isso parecia perigoso. Só que, ao mesmo tempo, eu não conseguia parar de sentir aquela coisa estranha no peito. Era tipo medo misturado com adrenalina.

Ele acelerou um pouco mais e consgui os pneus da daytona da cantaram, engoli em seco. Não queria nem ver o estado em que estaria quando essa brincadeira acabasse.

Quando finalmente cruzamos o "final" improvisado da corrida, Charles soltou um grito de vitória, e eu deixei escapar uma risada nervosa. Ele desacelerou e estacionou o carro, enquanto eu tentava lembrar como fazia pra respirar normalmente. Meu coração ainda estava batendo forte em meu peito.

- Sobreviveu? – Ele perguntou, com aquele sorriso com covinhas enormes. 

Tirei o cinto devagar e olhei pra ele, tentando não mostrar que eu estava mais impressionada do que deveria. 

- Você é completamente louco, Leclerc. – Resmunguei, cruzando os braços.

- Leclerc? Não me chama assim! — Ele reclamou, negando com a cabeça. - A partir de agora você vai me chamar de amor.

Acabei por dar uma risada baixa em meio a uma respirada funda, ainda um pouco atônita.

- Tudo bem, amor. — Murmurei, e soou mais natural do que eu esperava.

Ele saiu do carro, rindo, e veio abrir a porta pra mim. Quando desci, senti as pernas meio moles, mas fiz o possível pra fingir que tava tudo bem. 

As pessoas ao redor já estavam parabenizando ele, todo mundo conversando, e eu fiquei meio deslocada, observando. Mas Charles não demorou muito pra me puxar pra perto, o braço dele indo direto pra minha cintura, como se o seu prêmio fosse eu. 

- E aí, o que achou? – Ele perguntou, baixinho, com aquele tom de quem sabia exatamente o efeito que me causava. 

Pensei um pouco antes de responder, querendo provocá-lo só pra ver o sorriso irritante dele desaparecer por um segundo. 

- Foi... ok. – Falei, tentando parecer indiferente. 

Ele franziu as sobrancelhas, claramente fingindo estar ofendido. 

- Ok?! Só isso? – Repetiu, com uma risadinha. - Você acabou de participar de uma corrida com Charles Leclerc e me diz que foi apenas ok?

- Você ainda vai ter que se esforçar mais pra me impressionar, Charles Leclerc. – Retruquei, não conseguindo esconder meu sorriso. 

Ele me olhou com um sorriso de lado, deixando um beijo em minha bochecha antes de murmurar ao meu ouvido:

- Então, vou ter que me esforçar? – Disse, dessa vez inclinando o rosto pra mim. - Acho que eu posso trabalhar com essa informação...

Acabei rindo baixo com nossa pequena provocação, e ele me puxou pra um beijo rápido. A sensação da boca dele na minha era familiae e, ao mesmo tempo, nova. Eu gostava.

Quando ele pensou em se afastar, segurei seu rosto e mantive nossos lábios colados por mais alguns segundos.

- Eu gosto quando você me beija... — Falei, com meus lábios raspando aos dele.

Eu estava apaixonada por ele. Completamente apaixonada. Nem estava mais tentando esconder.

[...]

programa de casal que tá atoa em uma quinta-feira a noite 🥰

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top