Dores, tantas dores
Amores, poucos amores
Chorei, como chorei
Mas ninguém sabe o quanto pensei em não pensar mais

Conflitos, muitos conflitos
Controversos desejos, pais que não me compreendem
Ou sou que não os entendo?
Eles choram? Como eu choro?
Nunca saberei o que acontece depois daquela porta

Filho ideal, poucos ideais
Filho obediente, mas ninguém pergunta como ele se sente
Filho amoroso, dizem ser carente
Filho fiel, se questionam se ele realmente não mente

Tantas questões, mas com ninguém pode questionar
Se sente perdido, ou será que nunca se encontrou?
Ou se encontrou tanto que os outros já não o encontram?

Alguns não entendem que ele cresceu
Que há sonhos que agora são seus
Por isso se sente tão abandonado pelos seus
Mas há sempre aqueles amores, que sempre serão teus

Ele teme o que pensam dele
Mas o que não pensam que deveria valer
Sonhar não é errado
Viver preso, isso sim é complicado

Ainda é cedo para desistir
Ainda é tarde para terminar
Ainda há muito amores para te amar
Ainda há muitas dores para você aguentar