Feitiço não pega em mim

Pov: Lisa.

Apesar de tudo o que houve ontem no curso. A Maria ter me trancado na sala de limpeza. Mesmo tendo ela contra mim vou continuar lutando pelo Matheus e jamais desistirei.

Comecei a me arrumar para ir ao curso como sempre. Estou vestindo uma blusa listrada com listras na horizontal preto e branco, coloquei também um short jeans e um sapato all star.

Pego umas pulseiras e às ponho em meus braços, duas de cada lado, as pulseiras são lindas, com bolinhas roxas, rosas, azuis e cinzas.

Claro que não poderia esquecer meu colar da "sorte", abro minha gaveta e retiro o colar colocando-o em meu pescoço.

Estou indo em direção à cozinha para tomar um rápido café da manhã, é quando vejo minha mãe sentada em uma das cadeiras na mesa.

- Bom dia mãe. -Falei sorrindo.

- Bom dia Lisa. -Ela retribuiu o sorriso.

Então me sentei próximo a ela.

Tomei meu café rapidinho, pois já estava quase atrasada. Peguei minha bolsa e sai de casa, estou a caminho do curso.

- Lisa. -Matheus está vindo em minha direção, fiquei bastante surpresa quando derepente ele me deu um abraço.

- Oi Matheus. Digo oi professor Matheus. -Falei meia sem graça.

- Menos, aqui é um curso. -André falou atrapalhando tudo.

- Eu só estava cumprimentando ela. -Matheus disse em sua própria defesa.

Quando olhei para trás avistei Maria chegando. André ficou meio aerio, certamente babando pela menina. Ela está vindo em nossa direção.

- Oi André. -Ela falou cumprimentando o mesmo que estava parado olhando sem parar para Maria.

- Oi Maria, como é bom te ver. -Ele disse.

- Vamos ali Lisa preciso falar com você. -Falou Matheus referindo-se a mim.

- Claro. -Respondi.

Estamos indo, eu e o Matheus, até o final do corredor. Paramos de andar e ele segurou minha mão direita e disse:

- Lisa, você quer. -Ele disse gagueijando e parou de falar.

- Você quer o que?. -Perguntei.

- Você quer ser minha namorada?. -Completou ele.

- Não podemos Matheus você é meu professor, isso não é nem um pouco ético. -Respondi.

- Mas ninguém precisa saber.
-Ele sugeriu.

- Tem muitas coisas contra a gente. -Falei.

- Como o que por exemplo?. -Ele perguntou.

- Minha mãe, sua prima e o fato de você ser meu professor.

- Minha prima o que ela tem haver com a gente?. -Ele perguntou.

- Eu não te contei, mas ontem a Maria me prendeu na sala de limpeza. -Eu disse.

- Como você sabe que foi ela?.

- Porque ela falou. (Você vai ficar aí para aprender a não se meter com o meu primo).

- A Maria tem uns problemas mentais eu esqueci de te falar isso.

- Eu tenho medo dela.

- Vou conversar com ela, prometo que nada de ruim vai acontecer com você.

- Melhor não Matheus. -Respondi novamente.

- Tem certeza disso?.

- Sim tenho, nois dois não daríamos certo juntos.

- Posso conversar com sua mãe e convencer ela, e quanto a Maria eu me resolvo com ela.

- Eu prometi a mim mesma que não iria desistir de você. Mas é tudo tão difícil.

- Todos os obstáculos podem ser vencidos se estivermos juntos. -Isso foi a coisa mais bonita que já ouvi em minha vida.

- Você fala como se fosse fácil.

- Confia em mim Lisa. -Matheus me deu um abraço e minha cabeça caiu sobre seu ombro.

Comecei a chorar, eu até queria controlar as lágrimas, mas elas insistiam em rolar sobre meu rosto.

- Não chore Lisa. -Ele disse.

- Matheus, eu te amo. -Falei.

- Eu também Lisa, queria muito poder ficar com você.

- Vou pensar no que você falou.

- Pensa com muito carinho.

Enxuguei as lágrimas e voltei para a sala de canto, enquanto Matheus retornou a sala de instrumentos.

- Impressão minha ou você estava chorando?. -Perguntou Maria.

- Deve ser impressão sua. -Respondi.

- Gostou de ficar trancada na sala de limpeza ontem?. -Não acredito que ela teve coragem de perguntar isso.

- Como você teve coragem de fazer isso. -Respondi.

- Vou te avisar só uma vez, não entra no meu caminho mais.

- Como assim?. -Perguntei.

- O Matheus não gosta de você, ele gosta de mim. -Ela respondeu.

Até parece que ele gosta dela né.

- Pensei que você estava gostando do André. -Falei.

- Eu não, sai fora né.

- Ele já deu em cima de mim e de fato ninguém merece.

- Você acha que ele gosta de mim?. -Ela perguntou.

- Acho não, tenho certeza. -Respondi.

- Sem conversas meninas, vocês estão aqui para cantar ou conversar?. -André perguntou.

- Cantar, é claro professor. -Falou a cobra da Maria.

- Vamos começar logo essa aula ou não André?. -Perguntei.

- André não, professor André. -Ele me corrigiu.

- Tá então professor André satisfeito agora?.

- Bem melhor. -Ele falou.

Começamos a aula de canto. Dessa vez eu estou com o colar vamos ver se a mágica acontece. Maria começou a cantar a música ouvi dizer da melim, como sempre a voz dela estava maravilhosa.

- Agora é sua vez Lisa. -André falou.

- Certo.

Comecei a cantar a música lei da vida de Sabrina Lopes, aliás o mesmo nome da minha amiga. Minha voz estava linda, então confirmei que quando estou com o colar minha voz melhora muito.

- Vai entender uma hora canta mal e na outra canta bem. -André disse meio confuso.

- Nem eu entendo. -Falei meio baixo.

- O que você disse?. -Ele me perguntou.

- Não, nada.

- Você é bem estranha em Lisa. -Maria falou.

- Olha quem fala. -Eu disse.

- Você tem algum segredo e eu vou descobrir. -Ela me ameaçou.

- Por a caso isso é uma amassa?.

- Não, isso é uma promessa.

Era só o que me faltava agora tenho uma espiã em cima de mim.

- Deixe-me ver esse colar?. -Ela pediu.

- Não, oxi é meu. -Respondi.

- Sua ladra, esse colar é meu. -Ela falou.

- Claro que não, eu ganhei esse colar.

Todos da sala colocaram seu olhar em cima de mim.

- Me devolve o meu colar. -Ela insiste.

- Já falei que é meu.

- Por que vocês estam brigando afinal?. -Perguntou André.

- Essa menina roubou meu colar. -Maria disse.

- Eu não roubei nada.

- Chega, parem de brigar. Lisa, devolve o colar da Maria.

- Mas eu já disse que é meu.

Ela arrancou o colar do meu pescoço.

- Me devolve agora.

- Mais um pra minha coleção. -Ela riu.

- Você acha bonito pegar as coisas dos outros?. -Perguntei.

- É divertido brincar com você. -Ela riu.

- Você vai se arrepender. -Falei.

- Tome seu colar de volta, não preciso dessa tranqueira. -Ela jogou ele no chão.

- Pega agora do chão e me devolve na minha mão Maria. -Falei.

- Pega você, folgada. -Ela falou.

- Folgada é você. -Eu disse.

Me agachei e peguei o colar. Coloquei de volta em meu pescoço. Sai da sala de canto e fui direto para sala de instrumentos entrei e como de costume está vazia, caminho até Matheus e me sento próximo dele.

- Pensou no que eu te falei?. -Ele perguntou.

- Eu teria pensado se sua prima não estivesse me infernizando.

- O que ela fez dessa vez?.

- Ela me chamou de ladra, disse que esse colar era dela, sendo que é meu.

- Posso ver?.

- Pode. -Retirei o colar do meu pescoço e coloquei na mão do Matheus.

- Muito bonito. -Ele disse.

- Obrigada. -Sorri.

- Impressão minha ou isso é uma chave?. -Matheus perguntou.

- É sim. -Respondi.

- Que estanho nunca vi um colar que vem com uma chave.

- Eu também não.

- Essa chave parece ser útil, já tentou abrir alguma porta com ela?. -Ele perguntou.

- Na verdade sim, quando eu estava trancada na sala de limpeza usei essa chave para destrancar a porta.

- Sério e funcionou?.

- Funcionou sim. -Respondi.

- Interessante e bem curioso.

Ele me devolveu o colar e iniciamos a aula de violão. Matheus faz como de costume posicionou o violão em meu colo e colocou meus dedos na direção correta.

Derepente alguém bate na porta e Matheus levantou-se para atender, é a Maria.

- Preciso falar com a Lisa. -Ela disse.

- Estamos no meio da aula. -Matheus falou.

- Tem que ser agora, vai ser rápido. -Ela insiste.

- Tá bom eu vou. -Respondi.

- Tem certeza Lisa?. -Matheus perguntou.

- Sim tenho.

Já estamos do lado de fora da sala.

- Eu vou fazer uma macumba pra você. -Maria falou.

- Não acredito nisso, pode fazer.

- Vamos ver.

- Como você consegue ser tão má?. -Perguntei.

- Ser má é o que me motiva a viver. -Credo.

- Faça o que quiser, já disse que não acredito.

- Você vai passar a obedecer tudo o que te falarem. -Ela disse.

- Haha isso é uma piada né. -Falei.

- O recado tá dado. -Ela falou virando as costas e foi embora.

Entrei novamente na sala de instrumentos.

- O que ela queria?. -Matheus perguntou.

- Ela disse que ia fazer uma macumba pra mim acredita nisso?.

- Nossa, sério Lisa?.

- Sim, mas eu não acredito nisso.

- Não é por nada mas todas as macumbas que a Maria já fez realmente pegaram.

- Ela já fez isso com mais passoas?. -perguntei.

- Se já fez?. Muitas vezes, ela faz isso quando não gosta de alguém.
-Ele respondeu.

- Não tenho medo, isso não pega em mim. -Falei.

- Estarei sempre do seu lado, não importa o que aconteça.

- Você é muito amável. -Eu disse sorrindo.

Após o término da aula de violão. Estou saindo do curso. Mas não paro de pensar no que a Maria me falou, apesar de não acreditar nisso, me impressiono em ela ser tão má.

Feitiço para eu ser obediente, isso não deve ser tão ruim assim, se bem que já sou muito obediente. Ela deve estar blefando, não vou me preocupar com isso.

Cheguei em casa e estou indo direto ao banheiro, abri o chuveiro e deixei a água cair sobre meu corpo, enquanto passo a bucha me lavando.

Sai do banho e peguei minha toalha enrolado-me nela e me secando

Estou indo ao meu quarto e visto meu pijama, após me deitei em minha cama e acabei dormindo.

Notas da autora: Se você gostou deste capítulo deixe sua estrelinha bem brilhante e comente o que achou, lembre-se que a interação de vocês é o que me motiva a continuar escrevendo o livro. Um grande beijo e eu te vejo no próximo capítulo.

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