Confusão na casa do André

Pov: Lisa.

Confesso que estou gostando das aulas do curso, principalmente das de violão, no entanto lamento mas não vou poder continuar.

As coisas não são as mesmas desde que o colar saiu da minha vida, desde então tudo começou a voltar-se contra mim, entrei em uma maré de azar terrível.

Pretendo conversar com minha mãe e tentar fazer ela mudar se ideia e deixar eu voltar para o meu antigo trabalho. De fato vai ser difícil convencê-la mas não custa nada tentar.

- Mãe, preciso conversar seriamente com você.

- Diga, Lisa. O que houve dessa vez?.

- Não vou mais continuar no curso.

- Como assim menina.

- Mãe, me deixa voltar para o meu serviço por favor.

- Lisa, nois já conversamos sobre isso.

- Mas, mãe.

- Nada de mas. Você vai sim continuar no curso.

- Isso não é justo.

- Filha, eu só faço isso para o seu próprio bem.

- Você não sabe o que eu estou passando lá.

- O que você está passando?.

- Um dos professores fica dando em cima de mim isso é horrível.

- Se você tivesse me dito isso antes, eu irei diretamente falar com esse professor amanhã. Por acaso é o mesmo que te trouxe outro dia em casa?.

- Sim, esse mesmo.

- E o outro professor também anda fazendo isso?.

- Não mãe, o Matheus é de boa.

- Certo, amanhã eu resolvo isso.

Sempre que minha mãe diz isso ela resolve as coisas sendo bem agressiva, espero que dessa vez ela não bata em ninguém.

Eu tenho três problemas no curso, o primeiro é minha voz que com um pouco de treino posso melhorar, a segunda é o André dando em cima de mim, no começo eu até achava que gostava dele.

Agora estou certa de que o Matheus é o meu verdadeiro amor, vou esperar até amanhã, se minha mãe conseguir fazer o André me deixar em paz, continuarei no curso.

E o terceiro problema é como que eu vou me aproximar do Matheus, com o André lá. Eu poderia simplesmente pegar o Matheus e tacar um foda-se no André, só que esse não é muito o meu tipo.

No outro dia.

Estamos indo para o curso, sim eu e minha mãe. Quero só ver no que vai dar, imagino a cara do André.

Chegamos e minha mãe está se direcionando até o André e eu vou junto.

- Dona Sarah, a senhora por aqui. -Ele falou com aquela cara de cínico.

- Bom dia André. -Apesar de barraqueira minha mãe sempre foi educada.

- Bom dia. -Ele disse sorrindo com aquele sorriso amarelo.

- Vou ser sincera, outro dia você levou a Lisa em casa e eu não gostei mas deixei passar. E agora minha filha me disse ontem que você anda dando em cima dela isso já é de mais.

- Me desculpe, dona Sarah isso não vai mais acontecer. -Ele falou com uma cara de assustado.

- Acho bom mesmo, ou então vou ter que tirar ela desse curso e pedir meu dinheiro de volta.

- Não precisa disso, podemos resolver isso civilizadamente.

- Civilizada eu vou ficar quando meter a mão na sua cara.

- Mãe, acho que já tá bom ele entendeu, não é mesmo André?.

- Sim, eu entendi.

- Acho bom mesmo, passar bem seu André. -Minha mãe disse virando as costas e foi embora.

Lá estava eu e o André frente a frente.

- Eu não sabia que você tinha ficado incomodada, era só ter me falado eu poderia parar. -Até parece que ele iria me ouvir.

- Achei melhor chamar minha mãe, assim você já fica mais esperto.

- Nossa Lisa, não sabia que você era tão rude.

- E eu não sabia que você era um tarado.

- Se não estiver satisfeita é só da o fora do meu curso.

- Não, eu vou continuar.

- Você não tem futuro com isso deveria desistir logo garota.
- Não acredito que ele disse isso.

- Você vai ver quem que não tem talento.

- Faça mil favor né menina.

- Você nem gostava de mim só queria me usar não é mesmo?.

- Nossa como você adivinhou. Eu só queria tirar uma casquinha, mas agora nem isso quero mais.

- Tu não tem a menor chance comigo, não tinha antes e agora muito menos.

- Vamos focar na aula que eu ganho mais garota.

- Sim, isso mesmo. Você tem que fazer o seu trabalho.

- Vê se dessa vez canta e não berra.

- Ah, muito engraçado

- Você é uma piada pra mim.

- O Matheus é um professor muito melhor do que você.

- É mesmo então por que você não pega ele em?.

- Não é da sua conta.

- Deve ser porque ele não gosta de você insolente.

- Chega, você passou dos limites. Tá me ofendendo.

- Ah e você vai fazer o que em?.

Dei um tapa na cara dele.

- Agressiva você em. -Ele disse.

- Você merecia bem mais do que isso.

- Quer saber a aula acabou, vai lá com o Matheus.

- Ainda falta muito tempo para acabar a aula.

- Quem manda aqui sou eu, se falei que acabou é porque acabou.

- Você si acha em.

- Eu não estou perdido para me achar.

- Não vou mais perder meu tempo com você. -Viro as costas e caminho até a sala de instrumentos.

Quando entro na sala vejo o Matheus sentado com o violão me esperando, então dou um sorriso e me sento.

Ele sorriu de volta para mim e mantemos os sorrisos, olhando um para o outro. Isso parece até cena de filme, ainda bem que eu saí daquele sufoco com o André.

Sinceramente ele não me merece é um babaca, métido a besta e sem noção. Já o Matheus é fofo, meigo, gentil, dócil, eu poderia ficar aqui falando um milhão de adjetivos para descrevê-lo.

Matheus, posicionou o violão em meu colo e põe minhas mãos na direção correta, enquanto isso eu não paro de olha-ló, quando percebi, retirei os olhos rapidamente e ele deu uma risada disfarçada, certamente deve ter pensado que garota estranha.

- Por que você saiu mais cedo da aula de canto?.

- Ainda bem que sai mais cedo se não eu ia estrangular o André.

- Minha nossa, mas por qual motivo?.

- Ele é um babaca, além de dar em cima de mim, falou que queria só tirar uma casquinha.

- Nossa. -Ele falou surpreso.

- Você é bem diferente dele.

- Pois é. O André sempre foi um garanhão, do tipo pega todas.

- Ele é um imbecil isso sim.

- Lisa, vamos parar de falar nele.

- Sim, bem melhor.

- Você está tocando muito bem ultimamente.

- Obrigada, tudo isso é graças a suas aulas maravilhosas.

- Não, isso é graças ao seu esforço.

Ele é um fofo mesmo. Estou gostando muito dele e da aula de violão também.

A explicação dele é excelente, diferente do André que só sabe ser um grosso.

- Gostei muito da aula.

- Você é uma aluna bastante dedicada, se continuar assim logo vai ser proficional. -Até parece né.

- Ah quem me dera, mas obrigada.

- Por hoje é só Lisa.

- Nem acredito que já acabou, eu poderia ficar aqui para sempre.

- Você precisa ir e eu também.

Caminhamos até a porta de saída do curso.

- Você tem certeza que vai ir sozinha?. -Ele perguntou.

- Tenho sim, mas por que?.

- Eu poderia te levar.

- Minha mãe não iria gostar muito.

- Tudo bem, entendo.

Ele entrou no carro e foi embora. Eu fui direto para a casa e no caminho meu celular começou a tocar, então eu atendi a ligação, é a Gabriela.

- Oi Gabi.

- Oi Lisa, como você está?.

- Estou bem, mas tô no meio da rua.

- Ah desculpa, eu não sabia.

- Eu te ligo depois. -Fui interrompida.

Apareceu um homem de capuz preto, armado.

- Isso é um assalto. -Ele falou.

- Moço, por favor não me mate. Te dou tudo o que eu tenho mas não faz nada comigo.

- Cala a boca e passa logo esse celular, a bolsa também.

Dei tudo o que ele pediu e sigo o caminho da minha casa.

Ao chegar em casa, minha mãe estava me esperando.

- Lisa, cadê a sua bolsa?. -Ela perguntou.

- Mãe, fui assaltada.

- Minha nossa, mas você tá bem filha?.

- Estou bem sim.

- Te machucaram?.

- Não mãe, eu estou bem. Levaram meu celular e minha bolsa.

- Nossa, aquele celular era novo.

- O importante é que eu estou bem.

- Tome mais cuidado.

- Isso poderia acontecer com qualquer um mãe.

- E o professor lá, parou de te perturbar?.

- Tirando que hoje discutimos e eu bati na cara dele, é ele parou.

- Você bateu nele?.

- Sim, mas ele mereceu.

- O que ele fez dessa vez?.

- Ele disse que só queria tirar uma casquinha de mim.

- Que?. Lisa, você tá brincando né.

- Não, estou falando sério.

- Ah ele vai se ver comigo.

- Calma mãe, eu já coloquei ele no seu devido lugar.

- Ninguém ofende minha filha.

Minha mãe está furiosa e eu não sei o que ela poderia fazer nesse estado, só sei que coisa boa não é. Ela é calma, mas tem seus limites e eles se esgotaram.

O André está definitivamente lascado eu não queria estar na pele dele.

Um grande azar do André é ele morar perto da minha casa e minha mãe sabe exatamente aonde é a casa dele. Ela vai ir até lá tirar satisfações com ele.

O bicho vai pegar, o pior é que quando minha mãe coloca uma coisa na cabeça é difícil de tirar.

- Mãe, você tem certeza que vai ir na casa dele?.

- Sim Lisa, esse André precisa de uma lição.

- Melhor não, deixa isso quieto.

- Eu vou e ponto final.

Como eu disse quando ela põe uma coisa na cabeça ninguém tira.

Ela foi mesmo na casa do André mas eu resolvi ir atrás, afinal não poderia perder a treta.

Me escondo atrás de um muro quando avisto ela tocando a campanhia, logo o André veio atender a porta.

Eu me aproximo da casa e toco a campanhia também e o André abriu a porta.

- Ah não, as duas. -Ele disse.

- Lisa, o que está fazendo aqui?. -Disse minha mãe.

- Vim impedi-lá de fazer um baraco mãe.

- Por acaso eu tenho cara de barraqueira?.

- Vai brigar comigo, se eu falar que sim.

- Apenas iria resolver as coisas civilizadamente.

- Afinal. O que vocês vieram fazer na minha casa a essas horas?.
- André perguntou.

- Você falou mesmo que só queria tirar uma casquinha da Lisa?.
- Minha mãe perguntou.

- Então tá explicado. Você veio defender a filhinha. -Ele riu.

- Qual é a graça?. -Eu perguntei.

- Lisa, espere lá fora e deixe eu acertar as contas com esse imbecil.

- Só não te mostro quem é imbecil porque eu não bato em mulheres ainda mais velhas como a senhora.

- Velha é a sua mãe.

- O que está acontecendo aqui. -A mãe do André apareceu.

- Que conhecidencia estamos falando da senhora. -Eu falei

- Quem são elas filho?.

- Essa é a Lisa minha aluna, e ela é mãe dela.

- Muito prazer, me chamo Paula
- Ela disse.

- Lamento não poder dizer o mesmo. -Minha mãe falou.

- Mãe, por favor né.

- Por favor nada, ela não sabe o filho que tem e nem o que ele anda dizendo por aí.

- O que ele anda dizendo?. -A mãe do André perguntou.

- Ele falou que só queria usar a minha filha, tirar uma casquinha dela.

- Você não tem vergonha na cara de incomodar a gente essas horas para falar isso, deve ter sido uma brincadeira do André.

- Brincadeira?. Faça mil favor né. - Eu disse.

- Brincadeira coisa nenhuma, eu poderia mete a mão na cara de vocês dois. -Minha mãe falou.

- Acho melhor vocês saírem daqui ou eu vou chamar a polícia. -André disse.

- Isso chama mesmo filho.

- Não precisa, já estamos de saída né Lisa.

- Sim mãe.

Saímos da casa do André e estamos andando de volta para a nossa casa.

- Você viu a forma que a mãe dele me tratou. -Minha mãe falou.

- Sim eu vi, ela disse que era uma brincadeira dele.

- Ela é do tipo que fica passando a mão na cabeça do filho.

- Também acho.

- Quando ela perceber a cobra que criou vai ser tarde.

Chegamos em casa e estou indo direto para o banho, após pego meu pijama e visto.

Antes de dormir, pego o telefone fixo e ligo para a Gabriela.

- Oi Gabi.

- Oi Lisa.

- Gabi, eu fui roubada.

- Mas você está bem?.

- Calma, estou bem sim, levaram meu celular e minha bolsa.

- Sinto muito, mas o importante é que você está bem.

- Sim, preciso te contar algumas coisas mas precisa ser pessoalmente.

- Tá certo, pode ser amanhã 17:00h na sorveteria de sempre.

- Fechado, avisa as meninas também incluindo a Sabrina.

- Pode deixar, aviso sim.

- Beijos e até amanhã Gabi.

- Beijos Lisa.

Amanhã eu vou contar para todas elas sobre o colar e também as coisas em relação ao André, e a minha paixonite pelo Matheus elas vão pirar quando ficarem sabendo.

Após desligar o telefone, vou em direção à minha cama e acabo pegando no sono.

Notas da autora: Este livro está sendo escrito com muito carinho e amor para vocês leitores do meu coração. Se você gostou deste capítulo deixe a sua estrela bem brilhante e comente o que achou, lembre-se que a integração de vocês é o que me motiva a continuar escrevendo e trazendo cada vez mais novidades. Aceito críticas desde que sejam construtivas, se forem para a melhoria da história modificarei o que não estiver de acordo. Um grande beijo e eu te espero no próximo capítulo.

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