Temendo o Futuro
— Feliz Natal! — O coro das dezesseis pessoas em volta da mesa eclodiu pela sala de jantar, enquanto as taças tilintavam como sinos. Cadeiras foram afastadas e todos se levantaram para se cumprimentarem.
Saiuni foi a primeira a abraçar Tales, a loira se abaixou na altura do garoto e o abraçou forte que retribuiu o gesto da mesma forma.
— Feliz Natal mamãe! Eu te amo muito!!
Saiuni sorriu e com os olhos cheios de lágrimas ela se afastou e ainda abaixada, Saiuni retirou seu cordão com um pingente prateado de trevo e colocou no pescoço do filho. Sua mão percorreu o rosto do garoto e sorriu entre lágrimas.
— Quero que fique com isso, como um presente muito especial. — Ela tocou no pingente e o colocou por dentro da camisa do menino. — Eu estava usando no dia em que você entrou na minha vida e, isso significa que trevo trás sorte mesmo pois você foi o meu melhor, mais lindo e especial presente.
Tales sorri quase ao mesmo tempo em que Dinesh, que observava tudo ao lado. O homem estava cada vez mais enrolado na teia de sentimentos com os dois.
— Mamãe, não precisa chorar! — Tales murmura e nota a presença de Dinesh, sua mente voa e ele volta na conversa que teve com sua tia no quintal. Tales acreditava que se ele aceitasse de vez Dinesh como seu pai, tudo ficaria em paz para a sua mãe, por isso ele murmurou sorrindo. — Eu e o papai te amamos muito! Quem ama não abandona!
Saiuni e Dinesh se encaram, os dois lado a lado sem saber o que falar. Da onde Tales tinha tirado isso? Por fim eles suspiram e sorriem, Dinesh é o primeiro a se mover, ele estende os braços e aperta Tales em seu corpo. Ouvir pela primeira vez o seu filho, que ele tanto procurou lhe chamar de pai por livre e espontânea vontade foi o melhor presente que poderia ganhar.
— Obrigado! Muito obrigado por me aceitar! — Dinesh sussurra, Tales passa os braços em torno do pescoço do homem e o abraça. — Não vou esquecer nem por um minuto que preciso fazer você feliz. — Dinesh olha por um segundo para o lado e vê Saiuni, seus olhos azuis se focam no dela e então ele sussurra para ela ouvir. — Fazer vocês dois felizes!
Saiuni levanta e vira o rosto para longe dos olhos hipnotizantes de Dinesh. A cena de Tales e Dinesh abraçados e sorrindo não saia de sua cabeça assim como a voz de seu filho chamando Dinesh de pai. Aquilo era uma tortura, Saiuni sentia como se a cada dia que passava ela ficava mais distante e com uma chance maior de perder seu bem mais precioso. Suas pernas a levam para longe daquela cena.
— Feliz Natal, priminha! — Rael aparece em sua frente e a abraça. — Sabe que eu te considero demais não é? Viver sobre o mesmp teto que a tentação não é pra qualquer um e, você consegue manter sua essência acima de tudo que seus pais impõem! — Saiuni o encara sem palavras e Rael sorri. — Sou seu maior fã, Saiuni! Pode contar comigo pra o que precisar! Te amo, priminha!
— Caramba, Rael!! Feliz Natal! — Saiuni sorri e abraça o loiro. — Assim você me arrasa! Eu também te amo e você também pode contar comigo para o que vier. — O problema é que eu já cedi a tentação! Já matei! — Sua mão se ergue e ela começa a pontuar. — Já roubei! E sequestrei!
— Sequestrou? O Tales? — Rael pergunta e ela acena. Ele começa a rir. — Saiuni! Por favor, você o salvou, acolheu e protegeu da melhor forma possível!
— Protegi tanto que agora ele está lá, neste momento com o pai verdadeiro e estou contando os dias em que o Dinesh vai levar Tales pra longe de mim! — Saiuni limpa as lágrimas grosseiras que resolveram aparecer.
— Ah, chega dessa alto piedade! — Rael exclama. — Saiuni, você é além de tudo uma Sabag! Não uma qualquer, você é a única luz dessa família e tem no sangue a perseverança e a liderança. Não é porque você tem sangue Hensley que você vá se tornar monstruosa como seu pai, acorda pra realidade e vá proteger seu filho!
— Rael! Filho! — Cinara grita com uma taça na mão esquerda e um garfo na mão direita. — Vem experimentar esse pavê! Está divino!
— Querida, de duas, uma. Ou ele vê ou come o doce! — Fauzer murmura rindo, já alcoolizado.
— Piadinha de merda essa ein, pai! — Alissa reclama sentando ao lado de sua avó. — Não pode ver uma vergonha que já quer passar!
— Me respeita, Alissa! — Fauzer discuti encarando a filha.
— E você pare de beber, pai! — A mulher retruca o olhando da mesma forma. — Só passa vergonha quando enche a cara! Coisa ridícula!
— Parem os dois! Alissa, pare de debater com seu pai… Ele é cabeça dura demais pra entender. — Marie murmura e entrega uma taça do doce para Rael e outra para Saiuni, que por sua vez pega sua sobremesa e vai sentar ao lado de Tales e Dinesh.
— Tudo bem? — Dinesh pergunta preocupado, Saiuni sorri e acena.
Keid se aproxima com Bo, minutos depois e abraçam a todos, assim que eles se sentam ao lado de Tales, Dinesh levanta e puxa Saiuni pela mão.
— Vamos conversar em particular, lorâ. — Dinesh sussurra e Saiuni o encara sem qualquer emoção parada no meio da sala. — Por favor, amor…
Os olhos azuis de Saiuni se distanciam e ela caminha para fora da sala e segue para o banheiro, assim que ela fecha porta ele entra e tranca.
— O que você tem? — O moreno pergunta segurando o rosto dela carinhosamente. — Por que você está distante?
— Me diz uma coisa, Dinesh. — Decidida a seguir o conselho do primo, Saiuni exclama de repente segurando o pulso do homem e colocando a mão dele sobre seu busto e, coloca sua mão sobre o peito dele. Os dois sentido o batimento cardíaco do outro. — O que tivemos… Os beijos, os abraços, as conversas, nosso lance… foi só um pretesto pra você levar Tales de mim?
Dinesh pôde sentir a adrenalina correr por ela, o coração disparado dela deixava isso claro, explicava pra ele que aquela pergunta tinha muita importância pra Saiuni. Então, com os olhos colados aos dela ele murmura.
— No meu último assalto, quando eu quase virei peneira com as balas dos policiais e ainda consegui fugir eu percebi que eu estava colocando a minha vida em risco e que se eu chegasse a morrer em um próximo assalto ao Banco, nunca mais iria poder ver e abraçar meu filho. — Dinesh murmura e segura firme a mão de Saiuni em seu peito e então começa a sussurrar de forma firme ainda a encarando. — Eu procurei vocês, achei vocês e inicialmente minha real intenção era mesmo acabar sem nem pestanejar com todos vocês e ir embora com meu filho mas, assim como eu perdi ele quando era apenas um bebê eu não quero que você sofra como eu sofri!
Saiuni sente o coração de Dinesh bater em um ritmo constante e logo com urgência, ela sentia a verdade sendo expressada e sentia alívio por enfim poder confiar naquele homem.
Por fim, ela sorri largamente e passa os braços pelo pescoço de Dinesh, que por sua vez, percorre os braços pela cintura da mulher, trazendo a para perto de seu corpo, sentia-se em paz!
— Isso responde a sua pergunta, lôra?— Dinesh sussurra a abraçando, Saiuni concorda com o rosto colado ao peito dele. A mão direita sobe pelas costas e acaricia a cabeça da loira. — Eu te amo e quero um futuro com você, Saiuni!
— Eu... Eu também te amo Dinesh! E eu confio em você como confio que você é um ótimo pai para nosso Tales.— Saiuni murmura após uma breve comoção e surpresa com a declaração. — Confio que vamos viver um futuro, juntos, e, longe daqui!
🤜🏾💣💣💣🤛🏾
OLÁ! COMO VÃOO?
Bom, capítulo de hoje, esclarecimento...
Saiuni é pura desconfiança mas é por trauma familiar, até pouco tempo ela só confiava em Keid, depois chegou Tales e a conquistou e por fim Dinesh, então ela tinha que se acostumar assim como Tales tinha que se acostumar que agora ele tem um pai!
Próximos capítulos... 💣😬
Beijocas e até a próxima!
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