Perdão, Aceitação
Bo à averigua já esperando o imbróglio.
— O que você fez? — Pergunta séria.
— Mateiumapessoa, rapteiessacriança, brigueicomKeid, minhamãeexpulsoumeupaidecasa. — Murmurou baixo e rápido, Tales em resposta começa a choramingar incomodado com o carrinho.
— Quê? — Exclama a morena com uma voz gritante. — Está enrolando, fala logo!
— Eu não quis ajudar meu pai, ele arranjou outras vítimas e falou que eu teria que matar esta criança! — Sussurrou sentindo o peso das palavras. Pegou o bebê, o acomodou no carro e entrou sendo seguida por Bo. — Claro que aconteceu um imprevisto, acabei matando a babá e trazendo a criança pra casa. Meu pai queria me matar, literalmente, minha mãe me defendeu e o expulsou de casa. Fiquei super sobrecarregada, explodi e briguei sem motivo com Keid e agora você chegou! — Explicou o mais rápido e coerente possível e acelerando na avenida principal, seguiu para o porto. — Estou ferrada! Fim!
— Como é? — Bo grita e assim como Saiuni, Tales se assusta e começa a chorar. Olhou ameaçadoramente para a amiga.
— Calma Tales, olha a rua... — Indicou pela janela a chegada do oceano. Ele ainda resmunga um pouco mas logo se acalma.
— Sah, você está bem? Isso tem quantos dias? — Olhou de relance para a morena com o semblante preocupado.
— Dois dias! — Saiuni ri das escolhas que fez pra sua vida. — Eu sei, eu sei que estou em apuros. Mas nessas poucas horas que estive com essa criança, passei por altos e baixos, felicidade, tristeza, raiva, arrependimento e eu nem ligo porque tem mudado a rotina chata e monótona lá de casa.
— Como assim?
— Desde que escolhi proteger esse pentelho, meu pai saiu de casa...
— Foi expulso! — Bo a interrompe para lhe corrigir e ganha uma revirada os olhos.
— Tanto faz, é por pouco tempo mas é um tempo. — Por um breve momento, Saiuni pensou que se em sua casa não tinha comida, na onde seu pai estava também não teria, respirou fundo e como já estavam na balsa se virou no banco para encará-la. — Olha que loucura, minha mãe ficou bêbada ontem.
— Mentira! — Exclamou Bo chocada e impressionada.
— Verdade! Tales está aí e não me desmente! — Brincou e Bo revira os olhos sorrindo. Olhou para o lado e o menino estava dormindo, ainda bem, pensou sorrindo!
— Idiota!
— A única coisa ruim, é que briguei com Keid! — Fungou arrependida e começou a juntar os cabelos para prendê-los num coque, o dia estava quente. Saiuni abre um sorriso sugestivo ao lembrar que além dela, a pessoa que consegue aplacar a raiva de Keid, é Bo. — Mas você está aqui e pode me ajudar!
— Credo Saiuni! — Bo reclama falsamente, retira os saltos e troca por um par de tênis. — Nem cheguei direito e já está me jogando pra cima de seu irmão! Que feio!
As gargalhadas são inevitáveis e a tranquilidade reina entre as amigas, pois as duas sentiam falta dos papos e momentos juntas.
Uma hora depois, dois carros desembarcavam da balsa, os do Ross a família sulista da ilha, e dos Hensley. Saiuni acena e buzina para seu vizinho e segue a estrada para o norte de Gindren. Tales ainda dorme.
— Você vai pra sua casa? — A loira questiona depois de um tempo, olhando brevemente a amiga. — Que isso? Quando você trocou de roupa?
— Não, — Bo termina de ajeitar o vestido vermelho florido e sorri. — Está no mundo da lua mesmo, vou pra sua casa matar a saudade de todos. Na minha casa não tem nenhuma alma viva!
Concordando, Saiuni acelera e entra na estrada de terra a sua direita e entra na parte aberta da cerca que demarca o terreno de Elton e sua família. Sua cabeça se pende levemente para o lado, ao ouvir Bo perguntando.
— Seu pai aumentou o terreno? — Saiuni a encara sem entender. — Não, porque que eu me lembre a estrada de terra começava a uns quilômetros mais pra frente.
— Ah sim, — A loira acena seria. — ele teve uma reunião com a prefeita e ela disse que tinha um homem interessado no terreno ao lado do nosso, sabe a parte florestada? — Desviando de um tronco caído na estrada e franzindo a testa pela ventania repentina, ela continua explicando. — Acho que vai chover. Meu pai ficou todo receoso de um vizinho tão próximo e no mesmo dia assinou o contrato de compra e venda.
— Seu pai é todo desconfiado! O que você achou da compra? Ele vai construir o que lá? — Bo pergunta olhando as árvores ao redor.
— Você nem imagina o quanto! — Saiuni murmura de olhos arregalados e então sorri para a outra pergunta. — Ah eu gostei, tem a cachoeira na clareira, lembra que a gente ia nadar lá? Faz uns dias que não vou lá.
— Claro que lembro! Era muito bom, tivemos uma infância gostosa por aqui.
— Diga por você, seu pai é doido mas não se compara ao meu.
— Exagerada! — Bo ri e volta a perguntar. — E então? Vai fazer o que no terreno? Ele sabe que não pode derrubar as árvores né?
— Sabe, minha mãe é além de física é biologa, você acha mesmo que ela vai deixar ele sair destruindo tudo? — Pergunta e já vê a clareira de sua casa aparecendo. — E não sei ainda, meu pai tinha pedido para o Keid resolver isso.
— Tenho orgulho do meu namorado ser Engenheiro. — Bo diz sorrindo.
— Oche! Eu me formei também Bo! — Saiuni diz inconformada. — E sem contar os muitos cursos, o Keid fez edificações mas eu fiz muitos mais cursos.
— Larga de ser ciumenta, Sah! — Saiuni aperta o portão da garagem e o portão de ferro se abre, o casarão dourado aparece com todo seu esplendor. A loira franze a testa pela milésima vez no dia. — Você não disse que seu pai não estava em casa? Aquele ali não é o carro dele?
— Pois é, aquele carro é dele mas o que ele está fazendo aqui? — Parando o carro ao lado do carro do seu patriarca, a mulher sai e assim que fecha a porta, antes mesmo de Bo sair, os três Henley saem da casa. Keid parece preocupado, Chancal parece afobada e Elton indiferente como sempre.
— Olha ela aí! — Keid sopra aliviado.
— Finalmente! — Elton revira os olhos e está prestes a entrar novamente em casa quando Chantal pergunta.
— O que você fez, filha? — Pergunta olhando em volta a procura do bebê. Então Bo sai do carro sorrindo e é acolhida nos braços da mulher. — Bo Ting! Querida!
Elton se vira e Keid continua parado sem saber o que falar ou fazer. Saiuni por sua vez, abre o porta malas do carro, pega as compras e deixa todo mundo comprimentando Bo e depois de colocar as coisas na sala, ela volta e é impedida por Chantal.
— O que você fez com a criança, Saiuni?! — Pergunta e as sobrancelhas de Saiuni se abaixa em confusão.
— Como assim mãe?
— O seu irmão me contou do seu plano, em deixar a criança acordar comigo, a briga entre vocês e então você, o menino e o carro somem, ligamos pra você e seu celular estava no sofá. — A mãe segura a filha pelos ombros e a olha dentro dos olhos. — Pensamos que você ia fazer alguma besteira e então chamamos seu pai.
— Como se eu fosse ajudar em alguma coisa! — Dispara logo ao lado. — Quando essa menina era pequena e vivia fugindo para aprontar e eu sugeri colocar um rastreador nela, ninguém aceitou.
— Mãe, pode ficar despreocupada pois eu fui fazer as compras do mês e Tales foi comigo, ele é minha responsabilidade! — Saiuni afaga os cabelos da mãe e sorri tristemente. — Eu sou impulsiva, faço as coisas e depois me arrependo. Eu de noite, me arrependi brevemente e foi preciso uma faísca que eu descontei em quem não devia. — A loira olha para o irmão e sorri fracamente. — Foi mal Keid, você tem razão são minhas escolhas, meus planos e eu não tenho que te envolver.
Keid abre a boca para responder a irmã e então Bo surge por trás e o abraça sorrindo.
— Eu cheguei num dia emotivo, mas cadê o churrasco tradicional de bem vinda, que eu mereço? — Brinca enquanto Saiuni já retornava com a criança dormindo em seus braços. — E além disso, precisamos festejar a chegada de um novo integrante na família!
Todos se voltam para Saiuni, na intenção de olhar a criança e Chantal é a primeira a sorrir. A mulher ergue a mão e acaricia os cabelos de Tales, e murmura.
— Seja bem vindo... — Chantal ergue a cabeça e encara a filha para saber o nome.
— Tales!
— Seja bem vindo, Tales! — Sussura e beija a mão do pequeno garoto. — Entrará na família, sim; porém não como meu filho mas como meu neto! — Chantal acaricia o rosto da filha. — Sei que se você tentar, será uma mãe esplêndida!
— Obrigada mamãe!
— Olha só querido, nos tornamos tios! — Bo exclama rindo alegremente e agarrada no braço de Keid ela vê relances de um sorriso do amado. A morena sorri por conseguir quebrar a parede de gelo entre os irmãos e se volta para a amiga. — Sah, vamos ser padrinhos de Tales!
— É o que? — Keid que tocava os dedinhos de Tales de afasta chocado. — Bo, está exagerando! Ser tios é simples, não teremos responsabilidades agora ter afilhados é diferente mulher!
— Larga de drama, Kei. — A morena pega Tales dos braços da amiga e entrega a Keid. — Segura nosso afilhado, a criança mais linda que conheço!
— Vou ensinar à ele tudo que Saiuni não sabe! — Sorri abertamente e Bo sorri vitoriosa enquanto pisca pra Saiuni.
— Obrigada gente, mas é melhor eu colocar ele na cama.
Com Tales já de volta em seus braços, Saiuni entra em casa vendo não muito distante Chantal e Elton discutindo. A mulher queria a aceitação de seu marido, mas o homem estava irreversível sobre a sua opinião em relação à entrada da criança em sua casa, em sua família!
— Eu não aceitei antes, não aceito agora e não vou aceitar depois! — Elton esbraveja e Chantal revira os olhos. — Isso é um ultraje!
— Larga de drama, Elton! — Chantal suspira cansada, sua ressaca parece querer aparecer agora. — Pensei que em um dia você já teria esfriado a cabeça, refletido bastante, pensado melhor! Mas eu sou muito ingênua, sua cabeça é muito grande e velha para aceitar coisas novas facilmente.
— O que quer dizer com isso? — Elton questiona já querendo se alterar. — Está me expulsando de novo, Chantal?
— Neste quesito, você até que está raciocinando, querido! — Chantal acena com um bico de deboche e passa a mão em seu peitoral para depois dar um tapinha. — Te vejo daqui uns dias, vou esperar que esteja mais calmo e então vamos fazer as pazes da melhor forma! — Chantal pisca sugestiva e se vai.
🤜🏾💣💣💣🤛🏾
Oi oi meus amores! 💜
Turo boom? 🤔
Genteee me desculpem! Eu estava de férias então fui viajar, pensei que lá iria ter internet para postar os capítulos, mas, me enganei seriamente! 😣
Porém, agora, estou de volta!🤩
Portanto, me digam o que acharam do capítulo, que foi bem mesmo para aceitar Tales na família e a chegada de um novo integrante! 🤗
Logo logo, quando menos esperarem estarei de volta! 😘
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