Cogitar, Analisar e Agir
No dia seguinte, nenhum diálogo pode ser ouvido dentro da residência dos Hensley. Ninguém brigou ou se manifestou e como toda vez que iriam atacar, Keid e Saiuni faziam votos de silêncio e os pais acompanhavam mesmo que contra gosto. Segundo os mais novos, é o mínimo que podiam fazer.
Era dez horas da manhã, quando Keid retornou de sua corrida matinal; dessa vez junto à ele, estava Axel, seu cachorro, um lindo pastor alemão vermelho e preto.
Keid encontrou Saiuni deitada na grama baixa, na parte de trás da casa, perto das árvores e um pouco distante da piscina, acompanhada por todos os outros três cachorros. Pois é, cada um dos Hensley, tinha o seu cachorro. E isso era o que salvava Saiuni e Keid da loucura.
Keid tinha o pastor alemão desde pequeno, porque foi quando o pai o levou para escolher, Axel era um filhote, porém já nasceu dentro da polícia.
Com Saiuni foi a mesma coisa, ela escolheu sua valente Kiara, dentro do canil policial. Kiara, uma bela Schnauzer preta, fora abandonada pela mãe e logo em seguida adotada por Saiuni. Dá para imaginar como as duas são unidas.
Elton por sua vez, não conseguiu trazer o seu fiel escudeiro de guerra. Mas levou consigo o filhote do mesmo, um poderoso pastor belga, com quem tem o maior cuidado. Os filhos de Elton, tem dúvidas de que o cachorro de cara preta, Boris, é mais amado do que eles.
Já Chantal, quando saiu do Exército e foi para a Marinha, não pode levar sua cadela, o que resultou em uma grande tristeza. Quando se aposentou, jurou pra si mesma que não iria adotar cachorro algum, porém quando Yumi, apareceu todo machucado na frente de seu carro, ela não aguentou e adotou o já adulto rottweiler preto.
Keid seguiu até a irmã, acompanhado por Axel, que deitou a cabeça na barriga de Saiuni. O cachorro parecia sentir a tristeza e tensão no ar.
— Tá fazendo o que aqui? — Keid pergunta sentando ao lado da irmã — E sozinha?
— Estão ouvindo isso gente? Falou que vocês, são nada. Se fosse eu, não deixava. — Saiuni questiona e ergue a cabeça olhando para os cachorros ao seu redor, que como respostas latem e rosnam para Keid. A garota encara o irmão seriamente e responde. — Estou vivendo as minhas últimas horas de consciência, mais ou menos limpa.
— Ele não vai mudar de idéia, Saiuni, você sabe. — Keid murmura afagando os longos pelos negros de Kiara.
— Eu sei...
— Eu também não tive escolha, faria todo o possível para um dia conseguir fugir. Para bem longe de tudo isso...
— Já sei! — Saiuni grita se ajoelhando de repente e assustando a todos. — E se eu matasse, de mentirinha? — A mulher fala, fazendo aspas com os dedos, e destacando o mentirinha.
— Que? Acho que você tá ficando paranóica. — Keid murmura balançando a cabeça negativamente.
— Tô falando sério, Keid. — Saiuni sussurra agora como se estivesse contando o maiores de todos os segredos. — Pensa comigo, o Elton tem no escritório dele, uma gaveta cheia de experimentos da mamãe.
— Da mamãe? — Keid pergunta confuso.
— É Keid, acompanha o raciocínio sonso. — Saiuni estrala os dedos repetidamente, como se, para despertar o irmão. — Vai me dizer que não sabe o que tem no sótão?
— Eu não, nunca entrei lá dentro!
— Por isso, que você nunca me achava no esconde-esconde. — Saiuni sorri saudosa. — Tá, mas voltando. Eu vou invadir o escritório do Elton e pegar alguma bala de paralisia temporária.
— Isso não vai dar certo, Saiuni! — Keid avisa. — Você sabe muito bem dos riscos e também das armadilhas dentro daquele escritório.
— Não adianta, vou entrar assim mesmo. — Saiuni levanta e limpa a roupa suja de grama e terra. — Eu tenho meus truques, amore. Não se preocupe.
— Claro que me preocupo, sempre vou me preocupar com você. — Keid murmura, mas a irmã já está saltidando com a idéia mais a frente. — Ela nunca me escuta...
Saiuni passou o resto da manhã criando estratégias para invadir o escritório do pai. Primeiro ela travou as câmeras e o celular de Elton, para que ele não perceba nada. Depois descobriu a senha que destravava a porta, isso foi tão difícil quanto achar uma pessoa no mundo todo sabendo apenas a cor dos olhos; mas ela conseguiu, ela sempre consegue!
Neste momento, Saiuni está indo com todos os seus recursos em direção ao escritório, localizado no terceiro andar. Começa a subir a última leva de escadas, mas para, quando que de repente alguém segura seu braço.
— Não faz isso, Saiuni! — A garota respira aliviada ao ouvir a voz do irmão. — Você já viu a hora? Daqui a pouco, ele chega com a mamãe. Se ele te pegar lá dentro, eu não sei nem se dessa vez a mamãe consegue te livrar.
— Keid, primeiro, que susto! Nunca chegue de repente, quando a pessoa em questão está fazendo coisas escondido. — Saiuni sussurra e tira a mão de Keid de seu braço gentilmente. — E segundo, fique ai, nessa posição dá pra ver o carro chegando. Qualquer coisa, você me tira lá de dentro, de alguma forma.
— E por que eu faria isso?
— Não faça então!
— Você sabe que eu vou te ajudar, só não concordo, os riscos são altos. — Keid suspira por fim vencido.
— Pare de me fazer perder tempo! Fique ai, que em menos de dez minutos eu volto.
Saiuni começa a subir as escadas, mas para rapidamente quando escuta Keid falar:
— Pois você tem, exato dez minutos. — O homem murmura olhando a hora no celular. — A partir de agora!
A mulher que antes estava subindo as escadas tranquilamente, começa a correr pulando de dois em dois degraus. E então já no terceiro andar, Saiuni para em frente a penúltima porta, e suspirando ela coloca o pen drive com os dados na entrada de identificação. Após alguns segundos, a porta se abre e Saiuni comemora com um sorriso adentrando a grande sala.
— Segundo o que eu sei, a gaveta com os experimentos estão no lado esquerdo da sala, — A loira sussurra caminhando rapidamente até a esquerda, e parando na frente de uma parede repleta de gavetas e portinhas. Alguns pequenos cofres entre as mesmas. — Mas o quê que é isso? Por essa eu não esperava.
Respirando fundo, ela abre sua agenda de anotações e folhea até às recentes palavras escritas.
— Gaveta 53... — Saiuni dá um passo pra trás e com os olhos astustos ela procura. — Te achei infeliz. — Puxando um pequeno banquinho, ela sobe e abre se deparando, não só com um frasco mas vários, mais de 50 frascos noemados e numerados. — Droga! E agora?
— Saiuni! — A mulher nem ao menos teve tempo de ver as anotações novamente; logo, ela escuta a voz do irmão à gritando. — Chegaram!
🤜💣💣💣🤛
Oiee amores, tudo bem?
Espero que sim.🤗
Bom, dessa vez vocês viram quem mais faz parte da família. Eles são uns amores, não são? Fofos e lindos.
❤
E vocês acham que Saiuni conseguirá fugir? Me digam aí! 🙃
Espero que estejam gostando e até a próxima, beijocas💋💣
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