》À Vida《

Aos meus primeiros meses, eu ganhei uma família;
Aos meus primeiros anos,
Eu perdi momentos.
Eu nunca aprendi a correr,
Eu ando de forma esquisita.
Aos meus seis ou sete anos, eu quebrei um braço.
Aos meus nove anos eu quebrei o outro,
E com isso perdi confiança.
Aos meus dez, comecei a perder minha inocência.
Aos 11, enfim, comecei a dar a adeus a minha vontade de viver,
E eu sequer percebi.
Aos 13, perdi a mentira que me mantinha de pé.
Aproximadamente nessa idade, perdi alguém.
E eu estava acostumada a perder pessoas de diversas formas, mas não para a morte.
Durante várias vezes eu pensei em quem eu perdi com os outros amigos,
Sendo felizes enquanto eu morria lentamente.
Deixar que a morte os leve dói mais,
Você dá um peso maior às memórias,
Porque percebe que sua matéria agora não existe mais.
É como uma ilusão,
No fim das contas uma existência se resume a uma metáfora.
Aos 14 eu perdi aqueles que me mantinham de pé,
Que me ensinaram a caminhar,
Caminhar na consciência.
Aos 15, eu perdi todo o meu orgulho.
Tudo o que eu ainda sentia que era bom em mim.
Estou perdendo a misericórdia para comigo mesma também.
Agora, neste momento, estou exausta, mas esperarei o que você arrancará de mim,
Mesmo eu sentindo que não sobrou mais nada,
Eu sei que você sempre arranjará uma forma de me torturar mais.

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