Androceu - Parte 02

Se o despedir, certamente enlouquecerei.

Preciso dele agora e invento uma desculpa qualquer para justificar o motivo pelo qual estamos saindo por algumas horas.

Saio da sala e me prostro diante da beleza de uma flor. Alisson. Flor de mel. Mel, como a cor de seu cabelo. Preciso dele.

- Preciso de você agora mesmo.

Ele sorri piscando os cílios volumosos e pintados.

- Vamos embora, seu tarado.

Sair do escritório em pleno horário comercial, quando meu sócio está viajando é algo imaturo. Que se foda, há muito tempo que não sou eu mesmo, sou um escravo de Alisson a minha flor.

Não consigo falar uma só palavra com ele no caminho que percorro até o melhor e mais caro motel que conheço. Entramos no quarto e peço champagne, mas não chegamos a bebê-la.

Ele se despe lentamente e me olha do mesmo jeito, com o pescoço inclinado e mordendo a boca carnuda. Seu corpo é harmonioso, pele leitosa e macia, curvas discretas e entre as pernas onde a natureza não pôs um pequeno cálice, há um pêndulo grande e sem prepúcio.

Estou fascinado sob efeito dos feromônios de outro macho, atraído por testosterona, estou enlouquecido.

- Não era isso que queria?

Alisson aponta para o próprio corpo desnudo que não está excitado como o meu.

Ele toma a dianteira e abre cada botão da minha camisa muito devagar, espalmando as mãos de dedos longos no peito onde ele acaricia meus pelos com desinteresse. Seus polegares fazem redemoinhos em meus mamilos até que eu gema e tente lhe beijar.

- Não. Terá que merecer um beijo meu, Narciso.

Pouco me importa isso, pois eu o desejo e quero possui-lo assim mesmo.

Ele tira o restante de minhas roupas e me empurra contra a cama, demonstrando a força de um macho, que sua quase angelical aparência, deixa escondida.

Estou tão excitado que ele ri de mim.

- Humm, você é um grande macho tarado.

- Alisson... – Sussurro ansioso quando ele agarra meu sexo e masturba-me, fazendo sons característicos ao friccionar a pele do meu cacete.

Seu rosto é sensual ao olhar com certa arrogância o efeito que causa em mim. Ele cospe na ponta da minha rola e esfrega com o dedo indicador onde fica meu orifício, depois numa chupadinha recolhe o excesso de saliva e meu pré gozo.

- Seu gosto não é ruim.

Ele diz inclinando o pescoço e me sorri novamente.

Depois aproxima seus gordos lábios engolindo meu pau lentamente. Calor, umidade e os raspar de seus dentes me fazem arquear meu tronco, estou desesperado com muito tesão. Alisson me leva a sua garganta, encostando o nariz nos meus pelos pubianos, cheirando e se afastando para comentar com sua grave voz.

- Seu cheiro não é ruim.

Novamente ele leva-me ao interior de sua boca, suga faminto, me traga de encontro a sua úvula, mesmo assim não desencoraja, continua a chupar-me enquanto massageia meu saco. Sua linda boca forma um anel carnudo e avermelhado em volta do meu sexo, hipnoticamente sobe e desce mamando.

Quando meu saco volumoso está sensível, Alisson segura-o com firmeza para lambe-lo e enfiar cada uma de minhas bolas sensíveis dentro da boca, pondo sua língua para fora faz círculos, seus dentes mordiscam a pele onde ainda está rugosa, engolindo-as novamente, babando e puxando meus pentelhos.

- Você é perfeito... Assim... – Estou sentindo arrepios intensos de tesão, enquanto eu mesmo estimulo meus mamilos muito duros.

Sua língua habilidosa sobe na minha vara até o buraquinho lambendo a cabeça melada como um garoto guloso lambe um pirulito, depois desce até meu escroto e com os lábios puxa meus pentelhos outra vez. Sua tara o faz traçar com a língua, a reta que vai do meio do meu saco até o final períneo e quando volta seu nariz arrebitado aspira o aroma que exala do meu sexo.

- Humm... É para eu guardar seu cheiro na minha lembrança. – Ele diz e se levanta mostrando-me o sexo ereto e muito grande que simplesmente não combina com seu físico mirrado.

Alisson me domina com sua presença sedutora e monta em meu quadril rebolando em meu sexo, sem que eu lhe penetre. Não está pronto para a penetração na minha opinião. Então me surpreende ao acelerar os movimentos esfregando meu pau tremendamente duro entre suas nádegas enquanto masturba-se e fecha seus olhos, inclinando a cabeça e sorrindo. Ele está no auge de seu prazer.

Um fiozinho de sua "seiva" lhe escorre pelo cacete grosso, então ele entreabre os lábios, geme baixinho e aperta minha barriga com força enfiando suas unhas.

- Ahhh...Narciso.... Vou gozar... –Ele geme e abre a boca carnuda em busca de ar, rebola com todo o seu vigor, tal um dançarino.

Belo como uma flor. Um macho.

- Goza...só para mim, meu garoto...

É observando o pau dele espirrar sua semente por sobre meu corpo que tenho um orgasmo portentoso e fartamente esporro em seu rego quente.

Passamos horas apenas abraçados daquela forma após terminarmos nossa "dança". Eu queria muito ter feito amor com ele, mas Alisson deve ter seus próprios ritos para se entregar.

- Narciso. – Diz ele com a bochecha esmagada contra meu peito.

- Hum? – Pergunto acariciando suas costas.

- É errado o que fizemos aqui?

- Creio que não seja, se for também não me importo.

- Foi a primeira vez que fico com um cara e foi bom.

Eu sorrio com o coração cheio de alegria como que estivesse morto e no Éden cercado por todas as espécies das mais belas flores, com Alisson adormecido sobre o meu corpo. Sempre soube que ele tinha segredos e esse foi o mais precioso de todos.

Ele não me pergunta e nem me diz mais nada. Nos vestimos e o deixo em casa. Penso no escritório, no sócio e na minha família. Queria poder viver um algum lugar onde não precisamos nos preocupar com aparências e nem obedecer a convenções.

Estou apaixonado por esse rapaz, encantado com seu jeito, sua aparência e inteligência, agora sou um escravo de seus lábios e seu corpo. Naquele momento decido que vou mantê-lo no escritório ao meu lado e se necessário termino minha sociedade com Amaranto.

Quando chego a empresa no dia seguinte, não encontro Alisson e Flor de Lis, do RH me informa que ele pediu para que encerrássemos o contrato de experiência, pois não estava mais interessado em continuar em nossa empresa e passará no dia seguinte para acertarmos com ele.

Mas ele não vem, desaparece completamente da minha vida, enquanto meu coração definha e murcha como uma flor que perde a vida, perde o viço, assim eu fico.

Sem telefones atendidos, sem endereços existentes, ele se torna uma memória linda e viva, sendo tudo que tenho para continuar sobrevivendo.

Uma flor, uma paixão, uma obsessão.... Esse é o misterioso rapaz belo como uma flor, não uma flor hermafrodita, nem um cara homossexual só por sua androginia, mas alguém que talvez por paixão ou curiosidade me permitiu que o tocasse.

Algum tempo depois quando não havia mais alegria e cor em minha vida, sendo eu um caule de planta quase seco, me interfona a recepcionista informando que o entregador da floricultura me deixou algo.

Quando ela surge em minha sala com um vaso de flores-de-mel brancas e alegres, meu coração salta e no pequeno cartãozinho da floricultura o nome científico da flor faz-me sorrir: Alyssum Maritmum, provável origem do nome dele traz logo abaixo deste apenas um número de telefone

Minha alegria brota e desabrocha como novos botões de alegres narcisos amarelos.

Sou a planta que recebeu luz e água, o homem que recebeu esperança...

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Encerro essa coleção com um conto "florido".

Estes são alguns contos perdidos que reuni para que pudessem conhecer. Não são contos donde haverá continuação, também não são obras primas, mas me deu muito prazer escrevê-los e agora compartilhá-los com vocês. 

Espero que gostem. Muito obrigado!

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