capitulo 21

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Jason Hart

Ela saiu assim que fui revistado e permitido a entrar, sabia que todos os olhos ficariam em cima de mim agora.

Claramente vim preparado, tentar sair para fazer qualquer coisa sem levantar suspeitas é primordial. Realmente me sinto estúpido por não ter pensado e vindo aqui por pressa, mas como saberia que de qualquer forma eu visitaria a mansão Beaufort sem precisar invadir ou espiar do lado de fora?

Não tinha como.

Eu pensei que músicas clássicas e calmas seriam tocadas por alto falantes escondidos em algum lugar. Não sei como a casa era antes, mas não parece realmente uma. Sem existência de sofás, mesas de centro ou qualquer coisa na grande e espaçosa sala.

Apenas o espaço vazio cheios de pessoas, garçons e bartender no canto fazendo as bebidas e batidas.

Inesperadamente, Heart of Glass da Miley Cyrus toca de fundo, baixo para não atrapalhar as conversas, mas impossível de não ser identificada.

Meus pais conversam sobre qualquer coisa, não sei como ainda tem assuntos "pendentes" depois de tanto tempo casados. Não presto atenção porque meus olhos varrem cada canto a procura da presença bem chamativa de vocês sabem quem.

As minhas estruturas se desfizeram apenas no vestido que está usando, com certeza o melhor visto aqui, e ninguém com certeza teria coragem de fazer qualquer piadinha ou comentário a sexualizando.

Era sua casa, seu território, e mesmo estou o invadindo, mas já que fui indiretamente convidado não vou perder a oportunidade de investigar.

Sinto meu celular vibrar e o pego para verificar, vendo a mensagem do Adam e no grupo do time.

Adam com seus famosos áudios de mais de um minuto e logo depois um pequeno texto resumindo tudo que disse, não sei pra que mandar o áudio, mas não digo nada.

Basicamente, ele me diz sobre como está sendo incrível a festa de comemoração, e que eu deveria estar ali, mas que bom que eu estava aqui porque aí veria quem realmente queria.

Idiota.

Comemoração porque vencemos a um dos play offs, vamos ter muitos daqui pra frente. Temos até o final do ano letivo pra irmos até a final, e realmente acho que conseguiríamos. Saímos da cidade no final da outra semana só para jogarmos contra um time de outra faculdade, muito bons, e por isso que estamos desde a vitória até hoje comemorando.

Não vou mentir, me apeguei a expectativa de a ver na torcida, por mais que não tenha sido um jogo "em casa", eu esperei, e me decepcionei, por minha culpa não dela, porque esperei por algo que não tinha possibilidades de acontecer, quis que uma pessoa simplesmente fosse lá, sem nem ao menos ter sido
convidada ou imaginado que gostaria de sua presença.

Até porque, nós odiamos até então.

Foi divertido toda a festança pós, tive a oportunidade de falar com Cass, na real, bem mais que conversa. Fazia tempo que estava a evitando por algum motivo. Ela entendeu, mesmo sem muita explicação por trás, Cass só compreendeu que eu não estava no clima antes e não insistiu.

Já aconteceu isso outras vezes, dos dois lados; quando apenas precisamos de espaço, damos, ou quando algum de nós pode estar começando algo mais sério com outro alguém, conversamos. É disso que é baseado nosso relacionamento, e ninguém além de nós precisa entender.

Saio da mensagem do Adam, com uma resposta apenas sendo um emoji de dedo do meio pra ele e entro no grupo do time, apenas sendo uma parabenização encaminhada da faculdade pelo jogo excelente.

Sorrio um pouco e tiro meus olhos da tela para pegar uma taça de champanhe, acompanhado de meus pais.

Não chego a tomar um gole quando o ar fica tenso, no mesmo instante percebo os olhos se erguendo para a escada e lá estão os membros da família Beaufort, um nome tão grande e que causa tão medo, sendo apenas composto por duas pessoas.

Só estão percebo o grande brazão no chão, uma lua s uma cobra a rodeando. Belo e tenebroso.

Héctor Beaufort desce os degraus lentamente, olhando para frente, sem temer nada. Se antes eu acha que a aura de Brooke era poderosa, destemida, quase claustrofóbica, a dele é mil vezes pior.

Todos dão passagem para a sua presença, não é necessário uma sequer palavra, ele apenas desce um pouco seu queixo em um comprimento silencioso a todos, percebo que a música havia parado quando ela volta e juntamente com algumas conversas.

Seria impossível não ter notado o corpo esguio, sensual e feroz atrás dele, ambos desciam juntos, e quando o comando foi dado e tudo voltou ao "normal", ela foi a primeira a pegar uma taça de champanhe e virar de uma única vez, não se importou com etiquetas ou educação.

Faith Brooke Beaufort não se importava com os olhares, não parecia querer estar aqui e não dava a mínima para os pensamentos a julgando.

Mesmo assim, com julgamentos e olhos invejosos, conseguia chamar atenção na mesma medida.

Por onde passava as pessoas olhavam para suas costas cobertas, ao contrário da frente. Sua cintura se mexia com tanta cautela e de forma tão... sincronizada com sua postura, rosto e corpo? E eu nem sei se isso faz algum sentido.

Mas só de ver ela não consigo nem detalhar as coisas que vejo ou os sentimentos que sinto, tudo parece de repente incomum e não consigo nem formular uma frase sem saber como me expressar.

Somos chamados para um salão no jardim da mansão, provavelmente construído como uma tenda grande o suficiente para a quantidade de pessoas e chique na mesma medida.

Existem várias mesas quadradas ao redor, mas uma cortina cobre uma outra parte, provavelmente um lugar mais privado para pessoas escolhidas a dedo.

— Onde vamos sentar? — Meu pai pergunta é minha mãe responde, já meio alta.

— Olha minha cara de quem sabe? — Ergue as sobrancelhas sorrindo e avança para dar um selinho nele.

Não é preciso perguntar, um claro segurança para no meio do nosso caminho.

— Por favor, me sigam. — Diz e anda até aquela parte privada.

Uma longa mesa posta, com garçons parados em cada canto, preparados para qualquer pedido e para atende-los.

— Vocês ficam aqui. — Pontua por fim e se retira.

Achei, honestamente, que Héctor já havia nos esquecido em meio a tantos convidados, mas não. Aparentemente, ele só estava esperando o momento certo. Tudo tem que ser de forma meticulosamente que ele quer, Héctor pensa em cada passo e isso é bem familiar pra dizer a verdade.

Uma pessoa se aproxima sorrindo minimamente e nos leva, parecendo que já havia sido planejado onde cada um de nós nos sentaríamos.
Meus pais ficaram do outro lado da mesa. Nós três a uma única cadeira de distância de Héctor, já sentado e com sua atenção a uma outra pessoa, parecendo dar ordens rígidas.

— Peço perdão pela falta de atenção aos meus convidados especiais. — Ele coloca sua atenção em nós, uma falsa postura relaxada tomando seu corpo.

— Imagina, Sr. Beaufort, entendemos completamente. — Minha mãe diz suavemente.

Ele faz um sinal com os dedos e logo uma pequena movimentação começa ao redor.

— Agora, seremos servidos com o jantar, espero que gostem.

Percebo que ele deu a ordem então para que a entrega dos pratos começassem.

De canto de olho vejo a cortina se mover, mas não olho para lá quando noto o tecido esvoaçante preto.

Meus punhos se fecharam e ela se sentou bem ao meu lado direito com quase 7 centímetros de distância. Brooke não me
olhou ou falou algo, apenas ficou ali e esperou, como
todos nós estávamos fazendo desde que chegamos.

As comidas chegaram, todas nativas da frança, nenhuma fugiu da descendia francesa deles, nem mesmo a sobremesa. Estava tudo delicioso, gostos peculiares e maravilhosos, uma cultura nova que até então nunca tinha experimentado.

Em nenhum momento Brooke ou seu pai tiveram algum contato, seja de olhar ou fala. E a cadeira ao lado de minha mãe, continuava vazia.

O resto das cadeiras estavam completamente vazias, literalmente, só estávamos nos ali, e por isso que o silêncio parecia tão perturbador, sei que não era o único a pensar isso é também sei que não estou me referindo a todos da mesa. Brooke e Héctor pareciam bem habituados com a situação.

Ela não se curvou ou se moveu, além de comer, desde que se sentou.

— Com todos nós já alimentados. Podemos... — Ele é interrompido, e não prece gostar nada disso pela carranca que toma suas expressões e então são suavizadas quando uma mulher exuberante aparece.

Os cabelos ondulados escuros descem como uma cascata pelo seu peito, a pele negra clara coberta por um vestido sem decote na frente, a gola indo até o início de seu pescoço e o tecido descendo lindamente até se espalhar no chão. Sua presença era esperada, soube.

Ela não nos cumprimentou, apenas se sentou na cadeira antes vazia ao lado de Héctor e enquanto caminhava percebi suas costas totalmente expostas, apenas coberta por imaginar longa e de ouro com um tipo de corrente parecendo a segurar.

— Boa noite, desculpem-me o atraso e pela intromissão.

E que atraso...

— Carmela e Giovanni Massini peço perdão, terei que resolver um assunto urgente antes de poder resolver nossos assuntos. Podem aproveitar a festa e logo mais um dos seguranças o chamaram para o meu escritorio.

Como nada foi direcionado a mim, não prestei total atenção, mas estava intrigado com a forma em que Faith olhava atentamente para a mulher a sua frente, e ela nem a olhava de volta.

Seu corpo estava tenso e suas unhas apertando a pele de seus braços cruzados.

Havia algo de errado.

Muito errado. Mais uma coisa para a lista do que eu tenho que descobrir.

Sem perceber, com tamanha tensão minha perna começa a se mover freneticamente, sinal de pura ansiedade e talvez um pouco de pânico que eu não teria sequer percebido se uma mão não tivesse me tocado, os dedos primeiros lentamente depois o resto, e eu parado de me mover no mesmo minuto.

Só então percebi que fiquei alheio pensando no que deveria ser feito, e agora umas das mãos de Faith estava encostando em mim.

Parada, mas mesmo assim seu calor inalando e transpirando no meu.

Por algum motivo, se seu motivo era tentar me acalmar se alguma forma ela conseguiu, por mais que eu sinta que não deva confiar, ou deixar me mostrar vulnerável.

Naquele ocasião senti confiança nela, como nunca antes.

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