capitulo 16

(apenas imagine esses olhos te encarando em quanto faz ameaças)

🫀

Particularmente amo que vocês se interagem nos comentários kkkk, obrigada mais uma vez pela meta atingida.
Que surto foi desse de 100 comentários no último capítulo???? Pois vocês merecem uma surpresa (um acontecimento nesse cap) Espero que gostem :)

Chegamos à mais 500 votos e 600 comentários aqui em Cold Heart (obg obg de coração!!!!).
Nesse capítulo deixo a mesma meta do outro 15 votos e 25 comentários.

🫀

Jason Hart

Alô? minha voz soa tão grogue quanto eu já esperava.

É madrugada e eu realmente não esperava receber uma ligação essa hora. Não esperava e não queria, estava tão bom meu sono...

— Ei, cara! — Ouço a voz do Brian e franzo o cenho.

O que caralhos ele quer agora?

Jesus, eu podia jurar que ele estaria em alguma festa ou na casa da Abi, já que não apareceu aqui no jantar.

— O que você quer? Sabe que ainda são 2 da manhã, né?

— Desculpa por isso, queria falar com você, e não quero deixar pra mais tarde. — Levanto da cama, ficando sentado, agora realmente curioso.

— Se não for relacionado a um corpo, manda aí.

— Não sei porque quero te contar isso, mas acho que devo. Hoje eu me encontrei com a Brooke, não sei que porra vocês têm. Ela parece te odiar, mas isso não vem ao caso. Só quero dizer que eu não quero nada com ela além de amizade, apesar de ela não se mostrar nem um pouco afim disso. — Porra.

— Por que caralhos você quer ter amizade com ela? — soou mais bruto do que gostaria.

— Não sei, cara. — Harris respira fundo. — Só... deixa pra lá. Só queria te avisar.

— Fique longe dela, Brian, não me importo se você tem ou não segundas intenções, ela vai te quebrar de uma maneira ou de outra. Só não bota confiança.

Desligo.

Meu coração acelerando, porque entendo o que ele quer dizer. A curiosidade, a aura dela parecendo te chamar é só um truque para depois, quando você estivesse bem fundo naquela amizade ou qualquer relação, ela avançaria sem brincadeira. Te agarraria como um boneco e te esmagaria até você pedir arrego, mas não pararia.

E meu maior medo: meus amigos quererem algo com ela, se tornou realidade. E sei que Brian vai tacar o foda-se para o meu conselho porque sei o quanto Brooke pode ser tentadora. O mistério que a rodeia, o medo das pessoas, as histórias contadas sobre sua família, tudo te faz querer saber quais são as verdades. Te faz querer descobrir por conta própria.

Você estaria tão focado nessa grande aventura que quando menos esperasse ela te enrolaria e enfiaria uma faca em seu peito, sem chance de defesa.

Ela se aproveita de situações que sabe que pode sair vencendo.

Mais do que nunca, agora, preciso começar a planejar cada passo a ser dado, com cautela e o máximo de inteligência. Não posso falhar.

Vou descobrir o que caralhos de tão forte carrega o nome dos Beaufort e levá-los para o fundo do poço mais profundo que pode existir, mesmo que isso me me leve também. Passei mais de 10 anos para pensar nisso e sei que pode haver consequências que eu nem imagine, mas não me importo.

Eu vou até o fim.

(...)

Eu estou acabado.

Minha mente está processando as coisas com tanta lerdeza e a única certeza que tenho é que nem dois copos de cafés irão melhorar a sensação.

Por isso, tomo mais que dois.

Não que isso seja recomendado para alguém que faz esportes constantemente, mas hoje não tenho escolha.

Depois da ligação de Brian, fiquei olhando para o meu armário, querendo pensar em algo que poderia me ajudar de alguma forma, e ao mesmo tempo não conseguindo pensar em mais nada.

Tudo ficou inteiramente confuso com cada tentativa.

Acho que quando menos percebi, apenas adormeci, não me lembro de sentado ou não, mas sei que acordei deitado, o que foi estranho, mas meu pescoço agradeceu.

Vou até meu banheiro e tomo um belo banho, ensaboando todas as partes do meu corpo e em seguida dando atenção ao meu cabelo.

Depois de fazer todas minhas higienes matinais e me trocar para uma longa e cansativa sexta feira, saio do quarto.

Nem abri a porta toda e já fui recebido pelo cheiro do café da manhã, fico me perguntando quem acordou cedo para fazê-lo e tento me convencer de que na verdade estou com fome e meu cérebro está tentando me enganando, só para depois eu não me decepcionar com a ilusão.

Desço as escadas, com a mochila já nas costas e encontro, por algum milagre, os meninos sentados e comendo waffles e panquecas com melado. Muito melado.

No mesmo instante minha boca saliva, e não me contenho, ando às pressas até minha cadeira antes que acabe tudo e já vou colocando em um prato que colocaram pra mim um pouco de tudo.

Apenas é possível ouvir os murmúrios e gemidos de satisfação, e logo me junto a eles.

— Porra, o treinador vai matar a gente. — Pontuo com a boca cheia.

— Não tô nem aí, isso aqui tá bom demais. — Adam responde da mesma maneira.

— Quem que trouxe? — Tenho certeza que isso não estaria tão bom se algum deles tivesse feito.

— Eu. Aproveitei que tava na rua e comprei. — Brian da de ombros.

— Você não dormiu aqui? — Franzo o cenho, mas atento a cada mordia que dou na massa macia e quente d no pedaço molecado na minha mão, esperando para ser o próximo.

— Não, fui me encontra com a Abi e acabei por dormir lá. — Assinto e não faço mais perguntas porque sei que iremos nos atrasar se não formos rápidos.

Até poderíamos ter o perigo de nós engasgar, mas acho que estamos tão acostumados em comer rápido e sempre com pressa que nem nós importamos.

— Você salvou nossa vida, cara. — Lee bate no ombro do Brian e se levanta para terminar de se arrumar.

Logo todos eles se levantam e saem, fico na mesa terminando de comer e aproveito para levar tudo para a cozinha, e deixo para mais tarde lavar.

Espero por eles dentro do meu carro já ligado. Quando todos entram, dou a partida e sigo em direção a faculdade, com o volume da rádio alta e a conversa deles preenchendo mais que necessário o ambiente.

Entro pelo estacionamento e paro em uma das vagas, meus olhos se prendem nas portas do ginásio por algum motivo. Saio do veículo junto com eles, e mesmo que o treinamento não seja por agora, não vou em direção as aulas.

Hoje já vou começar a participar deles, minha costela está boa e tenho a liberação da enfermeira, mas não é por isso que estou indo para lá.

— Onde você vai? — Adam percebe minha mudança de caminho.

— É... — Procuro por uma resposta rápida, continuando andando só que de costas para olhá-lo. — Eu já vou, só tenho que pegar uma coisa no meu armário.

Ele ergue seus polegares para mim e se vira, sendo acompanhado por uma garota, longe de ser amiga, nesse caso.

Um cheiro estranho começa a subir, e não tem nada haver com algo real e sim psicológico, porque eu sinto a cada passo um tipo de morte crescendo e me avisando que ali eu não deveria ao menos pisar.

Mesmo assim sigo o caminho com determinação. Lembrando-me de inspirar e expirar tranquilamente, mas paro inesperadamente quando sem perceber acabei por esbarrar em alguém.

A estrutura alta, nem precisei olhar para checar já que seu peito bateu diretamente no meu, e o perfume inesquecível fez minha mente nublar no mesmo instante e meu instinto foi me afastar.

Não esperei ouvir um insulto ou algo assim, sabia que ele não viria, mas um lindo e belo olhar perfurou os meus antes de eu conseguir focar. Aquela obra enfeitiçada me olhou com tamanho ódio, sem o seu esconderijo para se proteger. Ou nos proteger.

Logo meu corpo esquentou, complemente sem controle, desta vez não soube o que falar, apesar de ter de alguma forma sentido sua presença não planejei ou me preparei para tal encontro.

Então, fiz a única coisa que sei quando se trata de Faith Brooke Beaufort, fui um completo babaca.

Coloquei uma máscara que não seria penetrada com tanta facilidade, fiz um pequeno roteiro na minha mente e apenas agi.

Aproximei meu rosto do seu, desafiando-a com a mesma expressão visual que me dava.

— Não esperava te ver porque aqui, Faith. — Dou um pequeno sorriso repleto de tantos sentimentos que tenho certeza que ela os captou com tamanha facilidade. — Ainda cai quando patina no gelo?

Uma grande pressão se forma na sua mandíbula, porém nada mais me diz que ela poderia me dar um soco nesse instante.
Nem mesmo suas mãos se fecham em torno da alça da bolsa que carrega, provavelmente com seus paris dentro.

— Soube que se encontrou com Brian ontem, se divertiu? — Solto um riso anasalado e irônico, mas não paro.

A raiva borbulha tão forte no meu sangue que sinto estar prestes a ficar vermelho por mais uma vez não receber nenhum tipo de afrontamento da sua parte, ou qualquer merda.

Mais uma vez ela fica ali, parada como a porra de uma estátua, com apenas seus olhos me fitando com tamanho ódio que na sua mente deve estar passando várias cenas de como ela poderia me matar aqui mesmo.

Mas quer saber? Eu estou pouco me fodendo. Pouco me fudendo para o que ela pensa, imagina, fantasia nessa porra de mente.

— Quanto tempo deve demorar para você fazer a mesma merda que fez comigo com ele? Ein, Faith? — Rosno, deixando bem claro o quanto gostaria que ela fosse pra puta que pariu e se mantivesse bem longe de todos que amo.

Ou melhor, para a porra de outro planeta e aí sim ficaria bem agradecido.

Que ela simplesmente sumisse.

Brooke respira fundo. Bem, e longamente, fundo. Como se quisesse pegar qualquer fragmento de ar que pudesse lhe dar o máximo de paciência que precisa nesse momento.

E quando eu vou tentar cutucar mais ainda a fera, ela age e ataca primeiro.

Prendo a respiração quando sua mão toca no meio do meu peito, fazendo pressão para me empurrar para trás, mas não para me fazer cair e sim andar até onde quer.

Não demora muito para uma parede me parar, fico estático no lugar, não sei se esperava ou não alguma ação, mas preferiria que nenhuma delas envolvesse algum contato físico, já que ainda sinto o seu calor no meu peito.

Me mantendo exatamente do jeito que ela gostaria, vulnerável.

E não faço nada para mudar isso, e Faith sabe bem que não vou.

— Eu só vou te dizer uma vez, Jason. — Sua voz soa calma, leve e não demonstrando absolutamente nem um pingo da raiva que ainda se permanece em suas irises. — Só porque ontem eu bebi demais e seu amigo educadamente me levou para casa, e me fez algum tipo de companhia estúpida e desnecessária não significa nada, nem para você e nem para mim. Você entendeu? — Sua boca se aproxima da minha e engulo em seco não querendo pensar em seu próximo passo.

Ela pressiona mais a sua mão em mim e coloca seu corpo praticamente colado no meu, não precisando nem erguer um pouco seu queixo para me olhar nos olhos.

— Tudo na minha vida não te diz nada, não te diz direito algum, e agradeceria que mantesse qualquer tipo de sentimento fora do meu alcance. Se afaste, Jason. Pense bem uma única vez na sua vida em relação a mim e se afaste. — Sua entonação aumenta o mínimo no final e volta ao neutro. — Se afaste, porque se você não fizer eu terei e vai ser pior que da última vez.

Pela primeira vez ela desvia sua atenção para os meus lábios que os umedeço imediatamente, e espero, por alguma razão ela tomar alguma atitude.

Seu braço desce um pouco, passando seus dedos para um pouco mais abaixo que meu peito e deixando seu rastro fervente. Minha respiração fica tão escassa que temo não souber mais o que é respirar.

Ela se volta para o lugar de antes, dessa vez não reconheço nada que passa ali, mesmo tentando muito identificar.

Faith não parece pensar direito, porque apesar de estarmos extremamente perto, ela chega mais e mais, ao ponto de sentir quase o roçar dos seus lábios nos meus, mas me convenço que não passou de uma falsa sensação.

Seu nariz toca o meu e quase fecho meus olhos para me aproveitar dessa sensação que a tanto tempo não tinha o desprazer de apreciar. Porque é bom, é tão bom que sinto ódio, pois não deveria ser com ela. Não deveria sentir nada disso com a presença dela e sim de qualquer outra pessoa.

Minha mandíbula se tensiona, como a dela a minutos atrás, mas não me afasto, permaneço ali, apenas esperando.

Seu rosto se desvia do meu, apenas para eu sentir sua boca na minha orelha, ouvindo com mais atenção sua respiração calma e parecendo quase inexistente, quase tanto quanto a minha, como se estivesse a prendendo ou comandando seu corpo a respirar menos.

— Não me deixe chegar até aqui, nunca mais. — Sussurra, lentamente. Brooke demora um pouco para dizer, como se estivesse se recompondo. — Porque essa fui eu conseguindo mais uma vez chegar até aqui, sem você nem mesmo me impedir, mesmo sabendo onde chegaríamos, você me deixou.

Se afasta para me olhar de frente novamente.

— Deixou que eu me aproximasse tanto que ao menos percebeu, ou talvez não quisesse me fazer parar. Só se lembre que a Faith de antes, não se compara com a de agora e não vou parar por pena.

E sai.

Me deixando mais uma vez parado igual um idiota, esperando sua compaixão ou qualquer merda assim.

Na verdade, Faith sabia muito bem o que estava fazendo desde o começo, sabia cada palavra que diria e mesmo com suspeitas e coisas em mim gritando para me afastar, ela sabe terninho poder tão grande sobre mim que eu não conseguiria me controlar.

— Porra!

🫀

Mais um capítulo para a conta!
Desta vez vim aqui mais uma vez agradecer pela participação maravilhosa de vocês comigo em relação as metas, obrigada de coração!
Espero que tenham gostado dessa tensão mais visível de Faith e Jason.

E mais uma vez venho com a pergunta:
O que estão achando do livro? Acham que falta algo ou querem ver?

Não se esqueçam de votar, obrigadaa
💌

se quiserem, me sigam no meu ttk, posto uns spoilers de CH por lá:
@user1609180025778
por favor não curtam mais de dois vídeos!!

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