capitulo 15

(foto do nosso querido Brian, o cara que brinca com o perigo.)

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Obrigada por mais uma meta atingidaa!
Desta vez vamos tentar 15 votos e 25 comentários, tudo bem? Só pela participação extra nessa capítulo hehehe. Obrigada por participarem <3

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Brooke

Mais cedo, Brooke teve a presença mais inesperada e a que não gostaria nem que fosse a última pessoa na terra.

Não o conhecia tão bem, mas o encontro da festa já dizia muito, chato e persistente até demais. Não, ela não queria nem de perto nem de longe uma amizade com aquele brutamonte feliz.

Ter qualquer contato com esse idiota, só a faria se aproximar mais ainda de um passado que ela só queria a quilômetros de distância, mas não, além de ter sido clara o bastante, ele continua aqui, perseguindo-a mais uma vez para terminar uma coisa que ela nem sabe como se iniciou.

Por que é tão difícil de eles aceitarem apenas um não?

Ela só queria ter algo para se entreter, e acaba recebendo um entretenimento nem um pouco com o que ela pensava que teria.

Conversar com Brian está sendo seu pesadelo diurno. Ele não se sente nem um pouco retraído com suas respostas frias ou afiadas, ou até mesmo pelo seu olhar que reflete seus pensamentos mais mortíferos, todos o envolvendo.

— Não temos nada para terminar.

— Ah. — Ele para por um minuto e pensa. — O que você faz aqui?

— Brian Harris, saia. —Brooke pede, respirando fundo.

— Responde, aí talvez eu vá embora.

Ela começa a tomar sua bebida, sem se dar muito tempo para respirar. Percebendo só depois que na verdade estava bebendo o que Natalie havia pedido, por isso o gosto mais forte.

— Não preciso te responder nada.

— Então..., continuarei aqui.

Um sorriso vitorioso cresce em seu rosto redondo, Brooke sentiu uma vontade imensa de se afundar no acolchoado e desaparecer naquele instante, poderia até se levantar dali, mas não teria para onde ir. Ou era sua casa ou era a boate e naquele momento soube que sua noite seria extremamente longa.

— Eu estava pensando sobre nossa conversa de mais cedo...

*no mesmo dia, de manhã*

— O que você quer? — Não precisei olhar para cima e ver quem era, o seu perfume, um tanto exagerado, já havia se registrado na minha mente, sem que eu esperasse.

— Você não deveria ficar aí, sozinha. — O cara que ainda não sei o nome, se senta ao meu lado sem ser convidado.

Meus olhos sendo atraídos para os seus braços cheios de tatuagens, que não sei o significado e não quero.

— Por que não? — indago, nem um pouco interessada em seu motivo.

Não faço ideia do porque perdi meu tempo perguntando, só dei motivos para ele continuar falando.

— Você deveria ter amigos — dá de ombros. Viro meu rosto para ele, sentindo que talvez esteja dando atenção demais para qualquer bobagem que esteja prestes a dizer. — Você tem algum?

Minha boca não se abre, apenas viro meu rosto e olho a paisagem a frente e recebendo de bom grado a brisa eu seu rosto.

— Talvez essa seja o motivo — constata. Não pergunto o que, mesmo assim ele responde. — Você olha para o além e parece estar desejando a morte de todo mundo ao seu redor.

Meus lábios se esticam em ironia.

— Então é melhor você se afastar — minha voz soa quase como uma ameaça.

— Aliás, meu nome é Brian Harris, mas pode me chamar de Harry.

— Então... e o seu? — ele parece ligeiramente desconfortável com minha falta de interesse.
Pondero se devo ou não dizer algo, mas não impeço minha boca de se abrir e sussurrar, como se fosse comum as pessoas perguntarem isso.

— Brooke, me chame de Brooke.

— Brooke — testa meu nome. — Bonito, combina com você — definitivamente sim. — Vai ter uma festa, esse fim de semana. Você deveria ir... sabe? Se divertir um pouco.

— Não.

— Por quê? — Posso sentir um sorriso genuíno em seu rosto.

— Por que não.

— Por que não, não é resposta.

Ar entra em meus pulmões com força. Me levanto.

— Onde vai? — Não consigo nem dar um passo.

— Não é da sua conta. — Continuo.

Deus, se você existe, faça ele evaporar.

— Não vai se livrar de mim tão sendo, Brooke. Sou jogador de hóquei, não desisto não fácil assim. — Solta um riso abafado.

Só me deixe em paz.

Ele vai cansar, com certeza, todo mundo cansa. 
Só aja como sempre, Brooke. 

Agora estou tendo uma dose grande, transbordada, de Bruce. Um ser humano que nunca, e preferia que continuasse, visto na minha vida ou dado atenção. E aqui está ele, na minha frente, comendo comigo como se fôssemos amigos a séculos. 

Posso sentir os olhares sobre nós, perseguindo e se perguntando o porquê ele está aqui. Sentado na hora do almoço comigo.

— Vai continuar me olhando assim? — Diz com a boca cheia do seu sanduiche.

Não o respondo, como fiz em todas as vezes que tentou puxar assunto comigo. 

— Tudo bem, não me importo de você não responder. — Dá de ombros. 

Meu corpo deve ter tido mil espasmos diferentes, a raiva que eu tento manter guardada apenas para mim, conseguiu se manifestar. Ele tem que agradecer por não ter o afetado fisicamente.

Fecho meu punho com força, sentindo minhas unhas perfurarem minha pele, não me importaria se começasse a sangrar. 

Sinto tanto cada parte do meu corpo queimando com a atenção desnecessária, de repente quero arrancar os meus olhos e rasgar a minha pele para me livrar da sensação. 

— Saia — digo entredentes, ódio transparecendo nas quatro letras.

— O quê? — pergunta como se não tivesse entendido. 

— Se levante, dessa porra de cadeira, e saia. — mantenho o som ameaçador. 

— Por quê?

Brooke se levanta de supetão da cadeira, chamando mais atenção indesejada para si. Seu sangue borbulha, parecendo que estava dentro de uma panela quente, presa e sobre pressão.
Não soube o porque de ter tido essa reação tão fora do comum, ela deveria saber controlar tudo, mas naquele momento Brian conseguiu tirá-la dos trilhos que sempre se manteve firme.

Ela saiu daquele refeitório tão rápido e com passadas tão raivosas que todos que estavam no caminho apenas deram passagem.

Em sua cabeça várias cenas intrigantes envolvendo Brian e um assassinato se tornavam  um mantra ou algo assim, apenas seguiu até seu carro e foi embora, sem se importar se tinha ou não aula.

— E por que está aqui?

Se aquela conversa não foi clara o suficiente, tenho medo do que poderia ser.
Certamente algo nem um pouco focado em sua língua afiada ou sarcasmo.

— Vou tentar te envolver na nossa amizade.

Nossa o quê?

Ele é insano.

— Não somos amigos, Brian. Entenda isso de uma vez.

— Não somos mesmo, mas seremos. — Mais uma vez ele sorri.

Brooke se pergunta se existe mesmo alguém que sorri tanto assim.

Ela bebe mais antes de o responder.

— Nunca seremos nada.

— Isso é o que você pensa. — Se inclina sobre a mesa, como Natalie havia feito antes, mas sem nenhuma segunda intenção em seus atos.

(...)

Como já havia imaginado, as horas se passarão arrastando tão lentamente que poderia jurar estar na aula mais chata da faculdade.

Mas não, ela estava assistindo cada um dos shows, e assim que eles terminavam a voz de Brian preenchia seus ouvidos até que o próximo começassem.
Ele parecia se divertir por algum motivo, enquanto ela só queria arrancar suas orelhas fora, mas verdade seja dita, apreciemos cada segundo da demora para a boate fechar.

Porque aí demorava mais para estar na hora de ir embora.

Eles ficaram ali até o último minuto. Apenas ela bebendo, sabendo que precisaria de algo para se distrair dos momentos "monólogos de Brian sobre as danças e as coisas que aconteciam ao redor" mesmo que ela não tivesse perguntado sobre nada e nem abrindo sua boca uma vez sequer.

Apenas ouvia, ou fingia prestar atenção, enquanto tomava longos e mais longos goles do álcool adocicado por alguma mistura.

Ela conseguia andar em linha reta, com a postura de sempre, mas sabia que não estava sóbria, seria difícil ficar com a quantidade que bebeu. Sua cabeça parecia girar, e as luzes se tornaram divertidas para se olhar.

— É, já está na hora de ir embora. — Brian diz após o segurança pedir gentilmente para nós retiramos.

Tinha certeza que era por quem estava na mesa, não porque ele queria.

— Não brinca. — Brooke revira os olhos.

— Oh! Então você fala. — Brian brinca.

Ela finge não ter ouvido a provocação e se levanta, indo até a saída, sabendo estar sendo seguida. Sua cabeça estava tão alheia ao seu corpo, como se ambos estivesse se dividido em diferentes formas que ao menos notou que Brian havia colocado a mão em sua costas, bem longe do fim do decote do vestido, para guia-lá, como se ela não soubesse para onde ir.

Brooke não pediu para ele se afastar, não se importou porque sabia que ele apenas estava tentando ajudar, mas essa seria a primeira e única vez que ele a tocaria sem permissão.

Do lado de fora, ela se vira um pouco e o fita. Vendo melhor seu rosto do que lá dentro no escuro. Seus olhos passando rapidamente para os seus braços fechados de tatuagens, novamente.

Sua mão formigou com a intenção de tocar ele e não soube porque, no mesmo instante seu rosto se franziu e ela se afastou, sem dar explicações indo até seu carro, mesmo não sabendo ser recomendado.

— Onde você acha que vai, Brooke?

— Meu carro — responde sem olhar para trás.

Mas para assim que o vê a alcançando e parando na sua frente.

— Eu te levo pra casa, não vou deixar você dirigir.

— Não vou te contar onde eu moro.

— Então você vem pra minha casa, na verdade na casa de 4 jogadores de hóquei que vão te encher a paciência até você pedir pra eu te levar embora.

— E você acha que eu vou entrar no seu carro? — O desafia, mesmo sabendo que não está no seu melhor estado de recuar.

— Não acho, mas você vai. Não vou te deixar dirigir, Brooke.

Ela pensa.

Ele mora com quatro jogadores. Já tinha o visto com o Aaron Lee, e outros, mas não sabia com qual deles morava com, e só por isso, por não saber, decidiu não tentar a sorte é encontrar quem não queria.

Imaginou chegando naquela casa e dando de cara com ele, e no mesmo instante seu maxilar tensionou e sem pestanejar apenas disse seu endereço e se virou para o carro dele, que reconheceu do incidente do estacionamento da faculdade.

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Brian Harris

Seria a maior mentira da minha vida se eu dissesse que não conheço Brooke Beaufort. Na verdade, essa palavra "conhecer" é de mais para o que eu sei dela.

Imagino que nem deve imaginar a atenção catastrófica que chama por onde passa, em qualquer lugar, literalmente.

Ninguém sabe de onde veio, quem é, mas todos conhecem seu pai, e o máximo que sabemos é que devemos nos manter longe.

Nenhuma menina chega a querer sua amizade, nenhum menino por mais que tenha interesse nunca tentou nada, nem sequer uma troca de palavra. Brooke é... inteiramente majestosa em tudo o que faz, até mesmo andar, só não tem ninguém por perto pelo medo invisível.

Ela também não ajuda, de qualquer forma.

Não tinha intenção nenhuma de quebrar essa regra de: fique longe do que você não conhece, mas me intrigou. A forma como diz cada palavra, como olha para as pessoas, como sempre parece estar no controle de tudo. Realmente me enganei quando pensei que ela é do tipo que prefere ficar sozinha do que se divertir, Brooke é um pouco dos dois.

Do mesmo jeito que não quer ninguém por perto, ela também vai a lugares cheio de desconhecidos e música alta para ficar no seu canto. Brooke não parece observar a vida dos outros ao redor enquanto a sua se aparenta estar parada, ela apenas tem um jeito diferente de viver as coisas.

E eu gosto disso.

Gosto do diferente.
E não pensei muito quando decidi que quero me aproximar.

Brooke é diferente, quase um desafio da humanidade, mas ninguém quer atravessar essas portas e descobrir o que tem por trás delas.
Eu quero.

Abro a porta da Range Rover branca para ela entrar. Vou para o lado do motorista e entro, já ligando o carro e saindo dali.

— Se quiser, posso vir buscar seu carro e deixar na sua garagem. — Proponho.

— Não. — responde e sei que sem chance dela me deixar dirigi-lo. — Amanhã eu venho buscar.

— Certo. — Estico meu braço e ligo a rádio, deixando a música tocar baixo e preencher o silêncio.

É engraçado que ao menos sua voz soa arrastada ou grogue, nenhum sinal de que ela bebeu quase 10
copos de alguma bebida que não faço ideia de qual seja, mas com certeza tinha álcool.

Sei porque ela pelo menos está me respondendo, então ou ela agora quer falar comigo quando eu digo algo ou ela bebeu álcool e não tem mais controle do que sai ou não da sua boca.

Tenho certeza que a segunda opção faz mais sentido.

Não demoro pra chegar onde mora, e não me surpreendo tanto com as casas que compõem a rua, mansões e mansões gigantes e outras menores. Deduzo qual a dela pela cor diferente das outras: mais escura. E vejo que acertei quando ela me faz parar um pouco antes, saindo do carro logo em seguida.

— Ei! Espera aí! — Saio rápido e a acompanho, percebendo agora que ela não consegue mais andar tanto em linha reta como antes.

A ajudo e logo ela se desvencilhando meu toque.

— Não preciso da sua ajuda. — Sua voz diferente de antes soa cheia de raiva, não duvidaria que veneno escorresse pelo canto de seus lábios nesse instante.

Seu maxilar marcado, suas mãos fechadas em punhos e seus olhos olhando fundo nos meus, quase dei um passo para trás, como no jogo quando sei que uma ameaça está por vir, mas continuei parado.

— Não ligo, vou te levar até a porta.

Pensei ter escutado ela bufar baixo, mas acho que foi imaginação minha. Brooke seguiu até a entrada, sem muita pressa e parou em frente à porta por um segundo antes de abri-la.

Ela entrou e eu entrei atrás, mesmo sem ser convidado, estávamos andando próximos um do outro e como ela não me impediu, levei como um convite silencioso.

Mas travei no lugar quando tiver certeza que escutei um rosnado, um que realmente me causou um arrepio gelado na coluna no mesmo instante.

Não tinha visto a fera, e nem queria, mas meus olhos me traíram e seguiram para o barulho, vendo em no final da escada um cachorro alto, com as orelhas pontiagudas e o fucinho franzido de desconfiança e raiva, tudo transparecido em seus olhos e os dentes afiados amostra também.

— Puta que pariu... — murmuro, ainda parado. Congelado.

Tenho certeza que se eu me mover o cachorro não continuaria ali, tão "receptivo".

— Era melhor você ter parado na entrada, ou nem ter saído do seu carro. — Percebo seu tom divertido, apreciando a situação. Meu medo.

— Porra, Brooke. Vai prender esse cachorro.

— Não. — Diz simplesmente. — E não fale assim dela.

Brooke chama pelo cachorro que atende de imediato, se aproximando dela, contudo, se aproximando de mim também.
Apesar de sua carranca ter se amenizado, ainda fico atento aos seus olhos que não saíram de mim. Protegendo sua dona de qualquer que seja o perigo.

Ok, é só eu não fazer nenhum movimento brusco.

— Ela não vai te morder.

— Ah, uau, você ajudou muito. — ironizo.

— É sério, só permita que ela te cheire, ela vai saber que não tem perigo.

— Certo...

Ergo apenas um pouco minha mão na sua direção e deixo que se aproxime, só aí percebendo que estou tremendo.

Antes de chegar perto, ela vira seu rosto para a dona, como se pedisse permissão.

— Pode ir, Neit.

Só então é cheira minha mão por um tempo antes de esfregar sua cabeça em minha para que eu a acaricie. Percebo que de brava ela não tem nada, e posso sentir que conheci alguém assim também.

Essa pessoa está bem na minha frente.

— Vai para o meu quarto. — Brooke comanda e na mesma hora Neit se afasta e corre pela escadaria entra em um quarto que deduzo ser o da sua dona.

— Neit? — questiono, curioso pelo nome do animal.

— A deusa da guerra. — apenas responde. — Agora você já pode ir.

— Posso te fazer uma pergunta antes? — ela não diz nada. Apenas me olha, então pergunto mesmo assim. — Você conhece o Jason? Ele joga hóquei comigo.

Eu realmente estou curioso pela resposta. Achei estranho o papo dele hoje, poderia até dizer que era ciúmes ou sei lá o que, mas como ele poderia se nunca o vi nem mesmo olhar para ela.

Fiquei na dúvida se ele não tinha uma paixão secreta por ela como outros meninos da faculdade, mas Jason não é assim.

— Conheço. — Seu tom se tornou mais sério e frio, então não fiz mais perguntas, sabendo que não seria respondido.

— Ok, te vejo amanhã. Me avisa se quiser ir na festa que te falei hoje mais cedo.

Sorrio, e lhe dou as costas para ir embora.

Não esperava por um obrigada, e nem ia pedir por um, afinal poderia dizer que a persegui hoje.

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por favor, não se esqueçam de votar e comentar, obrigada por estar me ajudando nas metas
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Me dizem que vocês perceberam a troca de terceira e primeira pessoa no pov da brooke, foi totalmente intencional kkkkk vou deixar pra vocês criarem suas próprias teorias :)

pequeno aviso: acho que vou participar do prêmio wattys, essa era minha meta a algum tempo mas aconteceu tanta coisa que essa meta meio que se perdeu. Enfim, vamos rezar pra eu conseguir terminar esse livro até dia 19 de agosto hehehe

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