✶ㅤㅤCOINCIDENCE.

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COINCIDÊNCIA, RAVKING.
jenson button x fem¡oc

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short 'nd sweet collab ‹𝟹
cici, duda, lari, lala & rory

╭ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀╮
⚠️

diferença de idade (44-24). infidelidade.
relacionamento tóxico. conteúdo sugestivo.
conteúdo sexual (não totalmente explícito).

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O1 › Antes de tudo, gostaria de pedir a misericórdia de todos que estão lendo isso. Odeio escrever coisas sugestivas pois sempre tenho a sensação de que está com um alto teor de vergonha alheia, ao ponto de que não consigo nem revisar o conteúdo da história. Sendo assim, meus caros amigos que estão lendo isso: não importa o quão vergonhoso isso seja, por favor não façam piada com a colega aqui. E em minha defesa, eu não gosto de homem, homens em atos sexuais automaticamente me causam aversão.

O2 › Apesar do que eu disse, não há exatamente conteúdo sexual explícito aqui, esta escancarado que isso acontece, mas tenho uma leve vergonhinha de escrever certas coisas, mas espero que gostem! Não sou babaca ao ponto de meter um “eles se amaram por toda a noite”, mas também não me sinto 100% confortável em escrever isso (no meu idioma, já que no inglês eu viro o próprio anticristo).

O3 › Essa história é diretamente inspirada na música coincidence da Sabrina Carpenter, assim como todas as histórias dessa collab! Sendo assim, para aqueles que conhecem a música: sim, Larissa Montserrat Valdés é uma piranha manipuladora, o Jenson Alexander Lyons Button é um pau mole que se deixa ser manipulado com quarenta e quatro anos na cara, e a coitada da namorada (fictícia, nenhum desrespeito ao casamento dele por aqui, eu juro) do Jenson é uma corna mansa.

O4 › E por fim, antes de começarem, gostaria de deixar claro que eu tenho uma obsessão nada saudável pelo Jenson e estou realizando um sonho por aqui. Viva a controversial young (ex) girlfriend que ferrou a vida dele e deixou ele maluquinho!!

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I. PARTE UM

❛ Agora ela está na mesma maldita cidade. Na
mesma maldita noite. E você perdeu todo
o seu bom senso. Que coincidência.

[ㅤ.ㅤ.ㅤ.ㅤ]

Era apenas uma coincidência.

Assim ele repetia para si mesmo, como um mantra desesperado, tentando convencer-se de uma inocência que, no fundo, sabia que não possuía. A verdade era que ele queria acreditar. Queria se permitir crer que o destino não jogava com ele de forma tão cruel, colocando-a em seu caminho quando ele menos podia se dar ao luxo de ser vulnerável. 

Ela era uma modelo espanhola. É claro que estaria presente no Grande Prêmio de Barcelona. Era sua cidade natal, e eventos de prestígio como aquele clamavam pela presença de alguém como Larissa Montserrat Valdés. Não havia como ele ter planejado isso – não, dessa vez não.

Não era culpa sua, ele repetia. Não poderia ser. 

Mas era. 

Cada fibra do seu ser sabia disso. Ele podia culpar a coincidência, o destino ou o universo inteiro, mas nada apagaria o fato de que ele não era inocente nessa história. Não quando seus olhos a seguiam em cada movimento, traindo sua razão. Não quando seus pensamentos eram consumidos por ela, como uma chama voraz que ameaçava reduzi-lo a cinzas. 

Ela era uma presença intoxicante, impossível de ignorar. Seu sotaque carregado e sedutor o envolvia como um feitiço, cada palavra saindo de seus lábios parecia uma melodia doce e ao mesmo tempo venenosa. Havia algo em seu olhar – o brilho misterioso que refletia a luz do sol como se ela própria a comandasse. Seus movimentos eram uma arte; cada passo parecia uma coreografia, uma dança que hipnotizava os que a observavam. 

E ele observava. 

Havia algo de cruel na perfeição calculada dela. Era como se ela soubesse exatamente o impacto que tinha sobre ele, como se cada sorriso enigmático e cada palavra sussurrada fosse deliberada, parte de um jogo que só ela compreendia. Ela era tudo que ele deveria evitar, mas também tudo que ele não conseguia resistir. 

Jenson não pretendia levar aquilo além do que deveria ser.

Ele estava ali a trabalho, precisava se focar no que era seu dever. Mas a batalha entre o dever e o desejo parecia perdida antes mesmo de começar. Larissa era o tipo de mulher que fazia com que todas as promessas parecessem irrelevantes. 

Era inevitável.

Na penumbra do quarto de hotel, as primeiras luzes do dia começavam a penetrar pelas cortinas semiabertas, mas o peso da noite anterior ainda pairava no ar. O perfume dela permanecia, impregnando o ambiente como uma lembrança cruel de sua presença. Jenson despertou lentamente, o corpo ainda quente do encontro que tentava, sem sucesso, apagar da mente. O lençol ao seu lado estava amassado, uma prova inegável do que havia acontecido. 

Ele sabia que deveria se sentir culpado. Ele tinha uma namorada – uma parceira que merecia sua lealdade e respeito. Mas, naquele momento, entre o cheiro dela e o silêncio do quarto, a culpa era uma ideia distante. Ele sentia algo mais visceral: uma mistura de desejo saciado e um vazio incômodo, como se algo essencial lhe tivesse sido arrancado durante a noite. 

Os olhos dele viajaram pelo quarto até encontrarem os sinais da presença dela. O vestido jogado despreocupadamente sobre a cadeira, os sapatos de salto ao lado da cama, e, no travesseiro, o sutil rastro do perfume que o havia enlouquecido. Ele tentou não pensar em como ela parecia perfeita mesmo na ausência – uma presença invisível, mas avassaladora. 

O som da porta se abrindo trouxe-o de volta ao presente. E lá estava ela. 

Larissa parecia recém-saída de um sonho. Seu cabelo estava desarrumado, de um jeito que o fazia querer tocá-la novamente. A camisa longa demais – claramente dele – cobria seu corpo pequeno, mas não escondia a pele que ainda reluzia do calor da noite anterior. Ela sorriu, aquele sorriso que o desconcertava, uma mistura de desafio e satisfação, como se ela soubesse exatamente o que ele estava sentindo. 

— Bom dia, Jense. 

A voz dela era suave, quase melodiosa, mas carregava algo mais. Algo que fazia sua respiração prender. Ela se aproximou lentamente, seus movimentos tão calculados quanto sempre. Jenson sentiu sua garganta seca enquanto seus olhos a seguiam. Ele tentou desviar o olhar, mas não conseguiu. 

Ela sentou-se ao lado dele na cama, e a tensão entre os dois tornou-se quase palpável. Ele sentia o calor da presença dela, a proximidade o afetando de um jeito que ele odiava admitir. Seus lábios ainda carregavam o gosto dela, e ele sentia que, se tentasse falar, sua voz o trairia. 

— Você está pensando demais. – O sussurro dela cortou o silêncio como uma faca afiada. 

A mão dela tocou seu pescoço, os dedos deslizando suavemente pela pele dele. Era um toque que deveria ser inocente, mas era tudo menos isso. Ela o puxou para mais perto, e ele soube, naquele instante, que estava perdido mais uma vez. 

Jenson tentou resistir, mas foi inútil. O desejo era uma força maior que sua vontade. Cada toque dela era um convite, cada movimento, um comando. Ele sabia que aquilo era errado – que estava se repetindo, mais uma vez, o ciclo de culpa e traição. Mas, naquele momento, nada disso importava. 

O olhar de Larissa o perfurava, carregado de um desafio que fazia seu corpo inteiro queimar. Era como se ela soubesse o poder que tinha sobre ele, e, pior, como se quisesse testá-lo. O ar entre os dois estava pesado, carregado de uma eletricidade palpável. Quando ela subiu na cama, suas mãos frias encontraram os ombros dele, e o toque fez seu coração disparar em um ritmo descompassado. 

Cada toque dela parecia calculado, medido para quebrar suas defesas. O perfume que ainda impregnava sua pele o envolvia, um lembrete cruel da noite anterior e de tudo que ele havia prometido a si mesmo evitar. As unhas dela arranharam levemente seu pescoço enquanto ela se inclinava, os lábios tão próximos que ele podia sentir a respiração quente dela contra sua pele. 

— Você está tão tenso... — ela murmurou, a voz baixa e sedutora, como se estivesse se deliciando em vê-lo lutar contra si mesmo. 

O desejo que ele havia tentado enterrar agora o dominava completamente, uma força maior que sua vontade. Ele sabia que aquilo era errado, que estava cruzando um limite novamente, mas o calor dela sobre ele tornava impossível pensar com clareza. Larissa inclinou a cabeça, os lábios roçando a curva de seu maxilar, deixando um rastro de beijos leves que fazia seu corpo reagir, mesmo contra sua vontade. 

Quando ele fechou os olhos, tentando recuperar algum controle, ela o empurrou de volta para o colchão. A força inesperada, misturada à determinação nos olhos dela, fez algo dentro dele ceder de vez. Seus dedos apertaram a cintura dela instintivamente, enquanto Larissa se acomodava sobre ele, como se reivindicasse o lugar que sabia que era seu. 

— Não lute contra isso, Jense... — ela sussurrou, a boca tão perto da dele que parecia uma provocação.

Ele não estava lutando, sabia disso. Ele a desejava na mesma intensidade que necessitava de ar para respirar. O tempo todo, por mais que tentasse negar.

A camisa larga que ela usava escorregou pelos ombros, revelando mais do que escondia, e ele sentiu sua respiração acelerar. Larissa sorriu, aquele pequeno sorriso perigoso que misturava satisfação e controle. Ela sabia que o tinha na palma da mão. Suas mãos exploravam o corpo dele, cada toque acendendo uma fagulha que ameaçava consumi-lo por inteiro. 

Os lençóis já estavam amassados da noite anterior, mas agora pareciam um campo de batalha – um reflexo físico da tensão crescente entre eles. Larissa inclinou-se novamente, suas mãos segurando o rosto dele enquanto o beijava com uma intensidade que tirava o ar de seus pulmões. Era uma combinação de paixão, raiva e algo mais profundo, algo que ele não conseguia definir, mas que o fazia se perder completamente nela. 

Quando ela se afastou por um momento, o olhar de Larissa encontrou o dele, fixo e intenso. Era como se ela estivesse lendo todos os pensamentos que ele tentava desesperadamente esconder, desafiando-o a resistir. Mas ele sabia que não podia. Sabia que a culpa viria depois, esmagadora e implacável, mas naquele instante, enquanto ela o tomava para si, ele não conseguia pensar em mais nada além dela – e no quanto desejava que aquele momento nunca terminasse.

Cada movimento dela parece ser uma sentença, e ele, mesmo sabendo onde isso pode levar, não consegue parar, sua mente se tornando uma bagunça, até que ele já não saiba mais onde começa a culpa e onde termina o desejo.

[ㅤ.ㅤ.ㅤ.ㅤ]

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II. PARTE DOIS

❛ Agora ela está te mandando umas fotos
com cada vez menos roupas. Que surpresa,
acabou a bateria do seu celular. Seu carro
dirigiu sozinho de LA até as coxas dela?

[ㅤ.ㅤ.ㅤ.ㅤ]

Nunca era fácil voltar para casa.

Jenson tinha se acostumado com o ritual, mas, nos últimos meses, parecia que cada passo que dava o afastava mais de qualquer sensação de paz. O aeroporto sempre parecia um portal para um lugar distante, um espaço onde as palavras e os pensamentos flutuavam de forma desorganizada. A única coisa que ele tinha certeza era de que o caminho que ele seguia agora, de aeroporto à floricultura, era repetitivo e viciado. O buquê que ele comprava, sempre o maior que encontrava, parecia um resquício de algo que ele nunca conseguiu entender, algo que estava lá para amenizar o peso de uma culpa que ele sabia ser inevitável.

No início, as palavras de desculpas eram verdadeiras. Havia arrependimento em seu tom, nas suas ações. Ele queria acreditar nisso. Mas agora? Quando as frases saíam de sua boca, era como se ele estivesse apenas recitando um script, uma peça que ele já tinha decorado, mas que não tocava sua alma. Ele tentava lembrar o porquê de ainda fazer aquilo, o que o impelia a repetir aquele ciclo insano de erros. Mas, à medida que as palavras se formavam, ele já não tinha mais certeza de nada.

O que ele estava fazendo? Para onde diabos seu bom senso havia ido?

Era fácil se perder na farsa das promessas, nas mentiras de sempre: "Estou arrependido, vai mudar, foi só um erro." Ele sabia que isso não era verdade, sabia que mais uma vez se entregava ao ciclo de culpa e traição. E, de alguma forma, sua namorada sempre o perdoava, o que ele jamais compreendeu. Ele fazia as piores coisas, falhava miseravelmente, e ainda assim... ela estava lá, pronta para perdoá-lo. Era como se a absolvição dela o levasse à cama, para mais uma vez repetir um erro que ele sabia ser irreparável. Ela se aninhava em seus braços, a cabeça descansando em seu peito, o corpo quente e apertado contra o seu, e ele... ele se deixava envolver pela doçura de sua presença, como se a culpa pudesse desaparecer com o simples toque dela.

Mas, nos momentos em que se permitia pensar, Larissa o assombrava. Por que ela ainda tinha acesso a ele? Por que não a bloqueava, já que sabia o que ela fazia com sua mente? Ele estava comprometido, tinha uma namorada, tinha tudo o que deveria querer, mas mesmo assim, o número de Larissa permanecia ali, ao alcance de um clique, uma tentação constante. E, de alguma forma, ele nunca conseguia resistir.

Ela não precisava dizer muito, apenas o suficiente para instigar a chama dentro dele. “Dá minha última sessão de fotos, o que acha?” e uma imagem que dizia mais do que mil palavras. Uma foto dela, em lingerie, provocante, sensual. Ao menos, ela estava vestindo alguma coisa, mas isso mal importava. Porque não deveria haver nada ali. Não deveria haver esse jogo de sedução. Mas o desejo, insidioso e familiar, se infiltrava em cada poro da sua pele, em cada palavra dita.

E, então, o golpe final. "Estou em Londres, caso queira me ver." Seguido de um endereço de hotel e uma foto dela, nua, em um espelho. Nada para esconder, nada para disfarçar. Só ela, em sua forma pura, selvagem e incansável. E o pior de tudo? Ele não conseguia parar de olhar, não conseguia desviar os olhos do seu corpo, do seu espírito, de tudo que ela representava para ele: perigo, sedução, impossibilidade.

Larissa tinha poucas tatuagens, a maioria discretas, mas havia uma, no lado esquerdo de seu quadril, uma pequena circunferência torta e imperfeita, o tipo de marca que falava com ele de uma maneira única. Um botão. Era para ele. Ela fizera isso para ele, e naquele momento, ele sabia que estava perdido. O simples fato de pensar nela o fazia esquecer de tudo – até mesmo de sua namorada, que naquela manhã já havia saído para o trabalho, deixando-o sozinho, com a culpa corroendo-o, mas incapaz de resistir.

Era um ciclo vicioso, uma espiral que o arrastava cada vez mais fundo, e, ainda assim, ele se via dirigindo até o hotel de Larissa. Cada quilômetro percorrido era uma luta contra sua consciência, uma batalha que ele sabia que perderia. Ele deveria dar meia-volta, nunca mais olhar para trás, nunca mais ceder àquela tentação, mas não o fez. Em vez disso, estacionou o carro, suas mãos trêmulas, o peito apertado. Ele respirou fundo, se preparando para mais uma entrega.

Larissa sabia que ele viria. Ela sempre soubera.

Ao entrar no hotel, sua mente era um turbilhão, um conflito interno que o deixava tenso e exausto. A cada passo, ele ensaiava desculpas, tentava justificar a si mesmo. "É a última vez." "Eu preciso parar." Mas nenhuma dessas palavras soava verdadeira. O desejo por Larissa era algo que ele não podia controlar. Não era apenas desejo físico, mas uma necessidade que rasgava sua alma. Algo primitivo, profundo, que o impelia a ir até ela sempre que ela o chamava, como se ele fosse incapaz de resistir.

Quando chegou à porta do quarto, hesitou. A mão ficou suspensa no ar por um instante, e então ele bateu. Apenas duas batidas, mas elas soaram como um estrondo em sua mente. Não demorou muito até que a porta se abrisse, e ele se deparasse com ela, uma visão que fazia seu coração acelerar. Larissa estava encostada no batente da porta, com um robe de seda que deslizava suavemente sobre sua pele, revelando o suficiente para deixar sua imaginação correr solta. O sorriso dela, afiado e provocante, desfez qualquer resistência que ele ainda tentava manter.

— Achei que você não viria – ela disse com uma voz baixa, cheia de intenção.

— Eu não devia estar aqui – Jenson respondeu, suas palavras soando fracas e vazias, até mesmo para ele. Seus olhos percorriam o rosto dela, tentando encontrar algo, uma razão para se afastar. Mas tudo o que ele encontrou foi o olhar intenso de Larissa, um olhar que desarmava qualquer resistência que ele tentava erguer.

— Mas está – Larissa retrucou, se afastando da porta, permitindo que ele entrasse.

O quarto estava imerso em uma luz suave, a cortina aberta, deixando o sol entrar de forma preguiçosa. O aroma doce de rosas misturava-se com o perfume dela, um cheiro familiar, intoxicante. O ambiente estava em caos, como sempre, mas era um caos orquestrado. Roupas espalhadas pelo chão, um par de saltos esquecidos, uma taça de vinho vazia na mesa ao lado da cama. Tudo parecia tão casual, mas ele sabia que nada ali era acidental. Nada ali era inocente.

— Você ainda pode ir embora, se quiser – ela disse, sua voz macia, quase uma provocação, enquanto fechava a porta atrás dele. — Mas eu acho que você não quer.

Jenson fechou os olhos por um momento, tentando encontrar algum vestígio de autocontrole, mas, quando os abriu, ela já estava perto o suficiente para que ele pudesse sentir o calor de seu corpo contra o seu. 

— Isso é loucura, Larissa – ele murmurou, mas sua mão já estava em sua cintura, puxando-a para mais perto, atraído pela gravidade dela.

— Talvez seja – ela respondeu com um sorriso malicioso, enquanto deslizava seus dedos pelo cabelo dele. — Mas desde quando você resiste a um pouco de loucura?

Jenson se inclinou para capturar os lábios de Larissa, e o gosto dela era tão familiar quanto viciante. O beijo começou lento, quase hesitante, mas rapidamente se transformou em algo faminto, desesperado, como se eles estivessem tentando apagar toda a distância que haviam mantido nos últimos meses. As mãos dele exploraram as curvas dela, puxando-a para mais perto, enquanto ela se pressionava contra ele com a mesma urgência. 

— Você sabe que não pode lutar contra isso, não é? — Larissa sussurrou contra seus lábios, os dedos arranhando levemente a nuca dele, enviando um arrepio que percorreu todo o seu corpo.   

Ela sorriu, aquele sorriso perigosamente confiante que o fazia esquecer de qualquer lógica. 

Larissa o puxou pelo colarinho da camisa, conduzindo-o até a cama desfeita com uma determinação que ele não conseguiu resistir. Quando ela empurrou o peito dele levemente, Jenson caiu sentado na beira do colchão, olhando para ela com uma mistura de desejo e resignação. O robe de seda escorregou de seus ombros, deslizando pelo corpo dela até o chão, revelando toda a perfeição que ele conhecia bem demais. 

Jenson fechou os olhos por um momento, como se tentasse se lembrar de quem ele era, de quem ele deveria ser. Mas tudo o que conseguiu pensar foi em como Larissa estava ali, tão próxima, tão inevitável, como uma tempestade que ele não tinha forças para evitar. 

Ela subiu em seu colo, os joelhos apoiados de cada lado de seu corpo, e segurou seu rosto entre as mãos. 

— Pare de pensar tanto, Jense — ela sussurrou, com a voz doce e quase carinhosa, mas os olhos queimavam com uma intensidade feroz. 

Ele abriu os olhos e encontrou o olhar dela. Havia algo cru e inegável ali, algo que fazia sua respiração acelerar e seu controle escorregar ainda mais. As mãos dele finalmente cederam, segurando a cintura dela com força, como se ela fosse a única coisa que o mantinha ancorado naquele momento. 

O beijo que veio a seguir foi diferente do primeiro — mais intenso, mais possessivo. Larissa não era gentil; ela nunca era. Havia uma paixão selvagem em cada movimento, em cada toque, que o deixava completamente à mercê dela. Suas unhas deixaram marcas sutis nos ombros dele enquanto suas mãos exploravam cada centímetro da pele dele, e o som de sua respiração pesada enchia o quarto. 

Jenson sabia que estava arruinado. Sabia que a manhã traria culpa e arrependimento, mas naquele momento, enquanto o mundo se desintegrava ao redor deles, ele não se importava. Tudo o que importava era Larissa — a forma como ela o fazia sentir, o caos que ela trazia à sua vida, o fogo que ela acendia em seu peito. 

E enquanto ela se inclinava para sussurrar algo contra seu ouvido, algo que ele mal registrou em meio ao torpor do momento, ele percebeu que estava completamente, irrevogavelmente perdido. 

[ㅤ.ㅤ.ㅤ.ㅤ]

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III. PARTE FINAL

❛ Caramba, ela parece um pouco com a garota
que você superou. Pelo menos foi o que você
disse (foi o que você disse) Que coincidência.
Oh, uau, vocês acabaram de terminar
de novo. ❜

[ㅤ.ㅤ.ㅤ.ㅤ]


Foi apenas quando sua namorada — agora ex — rompeu tudo com ele, que Jenson finalmente teve um choque de realidade forte o suficiente para clarear suas ideias e levá-lo a se arrepender de seus atos. O fim do relacionamento com ela, a mulher que ele havia amado e destruído ao mesmo tempo, lhe trouxe uma sensação de impotência amarga, algo que ele não soubera lidar até então. Ele sabia que precisaria dar um ultimato para ela, sabia que este encontro seria o último, sem mais desculpas ou conversas vazias. Era hora de encarar a verdade, mesmo que isso significasse desmoronar todo o ciclo em que ele se enredara.

Enquanto dirigia pelas ruas de Barcelona, cada quilômetro percorrido parecia mais longo, mais pesado, carregado de angústia e arrependimentos. A estrada, familiar e ao mesmo tempo distante, não era mais apenas uma via, mas uma metáfora do caminho tortuoso que ele escolhera. Ele sentia o peso do que estava deixando para trás, mas o impulso de acabar com tudo era mais forte. Não havia mais espaço para negociações, para desvio ou adiamento. Ele sabia que, desta vez, seria diferente. O que ele iria fazer ali, naquela casa, não era apenas um término. Era uma despedida de si mesmo, de tudo o que ele havia sido até então. 

A casa de Larissa era como ela: impecável à primeira vista, mas com muitos segredos ocultos entre as paredes. Uma obra de arte moderna, localizada em um bairro tranquilo, com uma fachada minimalista que refletia a frieza que ele tanto temia, mas que, ao mesmo tempo, não conseguia evitar ser atraído. Ele estacionou o carro e ficou sentado por um momento, sentindo o peso da decisão em cada segundo que passava. A tensão no ar parecia se condensar dentro dele, misturando arrependimento e a inevitabilidade do que estava prestes a acontecer. Ele repetiu para si mesmo: "Isso precisa acabar", tentando buscar forças no mantra, mas sabia que não estava certo. Era tarde demais para isso. Nada mais seria como antes.

Quando Larissa finalmente abriu a porta, a visão dela o atingiu como um soco no estômago. Seus olhos, sempre carregados de uma intensidade enigmática, o fitaram com uma mistura de curiosidade e controle, algo que sempre o desarmara. Ela estava mais bela do que ele se lembrava, mais imponente, mais sedutora. Usava um vestido preto, simples, mas com um corte que deixava as pernas à mostra de maneira sutil, mas provocante. Uma taça de vinho tinto em sua mão parecia um detalhe insignificante para qualquer um, mas para ele era uma arma silenciosa, quase simbólica. O vinho, vermelho como o sangue, parecia refletir o que eles haviam se tornado.

— Jenson — ela disse, o nome saindo de sua boca como um sussurro amargo, carregado de sarcasmo e uma sensualidade afiada. — Pensei que tivesse perdido isso.

Ele não pôde deixar de rir, mas era uma risada amarga, quase desesperada. Ele entrou na casa, sem sequer dar atenção ao convite implícito dela, sentindo a necessidade de enfrentar tudo de uma vez. 

— Perdido? — Ele repetiu, sua voz carregada de cansaço. — Você nunca perde, Larissa. Não depois de tudo o que fez. 

Ela arqueou uma sobrancelha e fechou a porta atrás dele, o som da chave virando na fechadura ecoando como uma sentença. 

— Então por que está aqui? — Ela perguntou com um sorriso arrogante, como se já soubesse a resposta, mas quisesse ouvi-la. O vinho girava na taça com uma elegância calculada, como se estivesse brincando com ele, com a situação. — Achei que já tivéssemos resolvido nossos assuntos inacabados. 

A frustração de Jenson aumentou, ele passou as mãos pelos cabelos, tentando juntar os pensamentos, tentando decidir se ainda tinha forças para continuar.

— Eu estou aqui porque... — Ele hesitou, as palavras escapando como se ele estivesse se afogando nelas. O plano, que parecia tão simples e decidido, agora parecia irrelevante diante dela. Ele queria encerrar tudo, terminar com aquilo, mas suas próprias palavras pareciam fracas demais para a gravidade da situação. 

Larissa deu um passo em sua direção, a proximidade intoxicante, uma espécie de atração fatal que ele nunca soubera evitar. O cheiro de seu perfume invadiu seus sentidos, doce, mas com uma camada escura, penetrante, algo que o fazia querer se perder. 

— Porque o quê, Jenson? — A voz dela era um desafio, baixo e sedutor. — Porque não consegue me tirar da cabeça? Porque toda vez que tenta fugir, acaba voltando? 

Ele fechou os olhos, desejando resistir, desejando que a força que tentava encontrar nele fosse suficiente para fazê-la desaparecer, mas ele sabia, lá no fundo, que não conseguiria. 

— Porque você... — A voz dele vacilou por um momento, então ele completou, mais baixo, quase imperceptível. — Você está destruindo tudo ao meu redor. Você destruiu tudo o que eu era. 

Ela sorriu de maneira fria, sem alegria, sem emoção real nos olhos. Colocou a taça de vinho na mesa ao lado e deu mais um passo, seus dedos roçando suavemente o tecido da camisa dele. O toque leve, mas capaz de incendiar qualquer possibilidade de resistência. 

— Não seja tão dramático, amor — ela sussurrou, como se estivesse lhe ensinando algo, como se soubesse mais do que ele jamais poderia entender. — Você sabia onde estava se metendo desde o começo. 

— E é exatamente por isso que estou aqui — ele murmurou, a mão se estendendo até o pulso dela, firme, mas com o suficiente de frágil para afastá-la, para lembrá-la de que ele estava no controle, ao menos por um momento. 

Os olhos de Larissa se estreitaram por um segundo, a fachada de controle vacilando ligeiramente, mas ela logo se recompôs, os olhos ganhando uma intensidade fria, perigosa. 

— Acabar? — Ela riu, mas era uma risada sem humor, vazia. — Você acha que pode simplesmente sair disso, Jenson? Depois de tudo o que fizemos, tudo o que você permitiu? 

Ele tentou manter o tom firme, mas as palavras morriam na garganta, e a sua determinação vacilava sob o olhar dela. 

— Eu vou sair. Eu vou acabar com isso. — Ele queria que fosse definitivo, mas seus próprios medos estavam enfraquecendo sua voz. 

— Então por que você ainda está aqui? — Ela murmurou, e antes que ele pudesse responder, ela tomou a frente. Seus lábios, quentes e exigentes, o puxaram para um beijo que não tinha nada de doce ou romântico. Era brutal, intenso, carregado de uma raiva desesperada. 

Ele se entregou. O controle que ele pensara que ainda tivesse se desfez diante dela, como fogo consumindo um campo de palha seca. Ele a beijou de volta, com a mesma urgência, com a mesma intensidade, e de algum modo, naquelas batidas rápidas de seus corações, em meio àquele beijo, a raiva e o desejo se misturaram, tomando conta de tudo. 

As mãos dele deslizavam por suas costas com uma urgência incontrolável, descendo por cada centímetro de sua pele com uma ganância que a deixava sem fôlego. Ele puxava-a mais para perto, seus corpos colidindo em uma explosão de desejo e paixão. Suas pernas o envolveram com força, como se nunca quisessem soltá-lo, enquanto a fenda do vestido subia gradualmente, fazendo-o esquecer completamente de seus objetivos no início da noite.

Ele deveria estar terminando tudo com ela, mas aqui estava ele.

Não havia mais volta, nenhum dos dois podia escapar agora. Ela o arranhou, deixando pequenas marcas na pele dele, enquanto sua respiração ofegante ecoava pela sala. Ele a pressionava contra a parede, a textura fria da superfície em contraste com o calor que emanava de seus corpos. A sala parecia pequeno demais para conter o turbilhão de emoções e sensações que os dominavam.

Eles chegaram ao quarto em uma confusão de corpos e roupas jogadas ao chão. O movimento era frenético, sem nenhum cuidado. O desejo, agora incontrolável, era mais forte que qualquer outro pensamento. Cada toque entre eles era uma provocação, cada gemido era um lembrete de que, apesar de tudo o que haviam feito, estavam ali porque não sabiam mais quem eram sem o outro.

Ele a deitou na cama com um gesto possessivo, o corpo se acomodando entre suas pernas enquanto ela o puxava mais para perto. As mãos de Jenson trilharam um caminho por todo seu corpo, explorando cada curva com uma urgência que a deixava sem fôlego. Ela se arqueou contra ele, buscando mais contato, enquanto se entregava aos beijos profundos e desesperados que ele distribuía por seu pescoço.

A cama se mexeu, o quarto preenchido pelo som e pelos gemidos que se misturavam em um único acorde.

Cada toque pareceu queimar sua pele, deixando uma marca de fogo na sua memória. Os beijos se transformaram em mordidas e depois, em chupões por todo lugar que ele tocava. Ela prendeu o lábio entre os dentes, sem saber se tentava inibir os gemidos ou se apenas intensificava o prazer que sentia.

Ele se movia contra ela, sua pele suada contra a dela, enquanto se perdiam na tormenta de sentimentos que os dominavam.

Suas mãos se entrelaçavam nos cabelos de Jenson, segurando-o contra ela, pedindo mais, sempre mais. Os rostos estavam próximos, tão próximo que ela podia sentir a respiração dele, quente e ofegante, misturando-se com a suas próprias. Eles se moviam juntos, um jogo instintivo de busca e entrega, sem nenhum controle ou contenção.

Eles se perderam no tempo e no espaço, cada toque, cada gemido, cada movimento criado pelo outro sem nenhuma ordem ou lógica. Parecia que nenhum deles conseguia pensar, apenas sentir, apenas se entregar ao prazer e à paixão que os consumia por completo.

O amanhecer veio como um lembrete cruel, banhando o quarto com uma luz suave, dourada, que refletia a bagunça que haviam criado. 

Jenson ficou ali, parado ao lado de Larissa, observando o rosto sereno dela enquanto ela dormia tranquilamente em seu peito. Ele sabia que, no fundo, estava exatamente onde merecia estar: preso no caos que ele mesmo tinha criado.

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poster feito por
HACKERB4E! <3

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