【 Naturais mesmo são os sonhos, os quais a natureza não pode destruir. 】━━ Bob Dylan.

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A delegacia não era muito longe do cemitério, apenas uma ou duas quadras. Os agentes então, se reuniram junto a outros policiais, todos de preto para o velório. Provavelmente o suspeito estará lá, e eles não querem que o mesmo perceba os policiais tão claramente.

—— Acreditamos que o homem que procuramos seja branco. Provavelmente entre 20 e 30 anos. - Rossi começa —— Pela qualidade das roupas que colocou na vítima, acreditamos que ele seja de classe médias. Ele também deve prestar atenção aos pais do garoto raptado recentemente. Fiquem de olho.

—— O carro dele deve ter tração de quatro rodas. Atenção extra nessas pessoas e decorem as placas. - fala Emily enquanto gesticula com as mãos —— Ele deixou o último corpo longe da cidade, mas não escondeu. Isso mostra que ele tenta separar suas ações dele mesmo. Como um remorso.

—— Por isso acreditamos que ele pode ir hoje. Já estão todos prontos? Temos que ir. - Hotchner aparece. Ele se vira para Alex enquanto todos estão saindo e a impede de sair —— Fique de olho no celular, JJ está na casa da família caso ele ligue. Confio em você, quero que fique sempre de olho nela, principalmente agora que está grávida.

—— Claro! Vou deixar o celular em mãos.

—— Morgan me contou. - ele começa mas a mesma não entende —— Tome algum remédio, esse emprego não é fácil, eu sei. Mas ficar sem dormir com ele é pior ainda. Minha ex esposa tomava alguns remédios, posso perguntar a ela qual é. - ela assente se sentindo acolhida, fazia muito tempo que não se sentia assim.

—— Obrigada Hotch, e por favor, eu vou querer o nome dos remédios. - ela olha para seu relógio —— Já está na hora.

Alex já esteve em dois velórios em sua vida toda. Esse é o terceiro. O caixão, de um tamanho menor, está ao meio de todos os familiares, conhecidos e agentes federais. Porém, por ser aberto ao público todos estão de olho em pessoas diferentes.

Um padre está ao meio de todos falando lindas palavras, e de longe conseguem ver a mãe do garoto chorando. Alex automaticamente se lembrou daquela garotinha que ela era, chorando ao lado do caixão da mãe. Ela implorava para não ser real, mas ao mesmo tempo agradecia por todo aquele sofrimento acabar. Ela tinha apenas 14 anos.

Olhando aquele caixão em sua frente, a mulher começa a se sentir inquieta. Ela estrala seus dedos, movimenta sua mão, olha em volta, volta a movimentar as mãos, prende seu cabelo e movimenta as mãos mais uma vez. De repente ela sente alguém pegando em sua mão, para lhe acalmar e lhe deixar quieta.

Reid pegou em sua mão.

Ele está olhando para o velório, a mesma olha para as mãos juntas e em seguida para ele. Ela volta a olhar para frente e abre um sorriso de canto. O corpo dela sente uma onde de energia circulando, vindo dele. Como um laço que eles criaram. Reid também sente isso, mas assim como Alex, ele não demonstra.

—— Reid? - ela a chama ao perceber que ele está se dispersando também —— Segundo homem à direita de Rossi. - Morgan também ouve e aponta com a cabeça para David. Ele assente indo em direção ao homem, junto a Emily. Ele estava gravando o funeral.

—— Preciso de um tempo. - o garoto solta a mão da mulher se afastando dali. Alex olha para Morgan e o mesmo aponta com a cabeça para ela o seguir.

Alex se aproxima de Spencer, ele está sentado em um banco próximo a uma árvore, a mesma senta ao seu lado em silêncio, sem saber o que falar. Ela estudou neuropsicóloga, mas nunca soube como lidar com isso.

—— Estou sonhando com uma criança morta, tenho flash desses sonhos o tempo todo. Sinto que já estive aqui antes. - ele olha para ela —— Alex, eu não sei mais o que fazer.

—— Você quer a real resposta ou uma conselho de amiga? - olha nos olhos cansados de Spencer que solta um ar rindo —— Eu também não sei o que fazer. Mas, sei que não gosta muito de toque físico, mesmo você sempre me acalmando com ele, porém o meu abraço resolve muita coisa.

—— Como tem tanta certeza? - questiona cerrando seus olhos e abrindo um sorriso.

—— Voce vai ter que testar para saber. - ela se levanta também. Então, rapidamente Alex toma iniciativa para abraçá-lo. Sem saber o motivo, mas ela queria muito isso. A morena se sentiu confortável, segura e acolhida com um simples abraço dele. Poderia ficar horas assim. Spencer tem um perfume amadeirado não muito forte, um cheiro só dele, que faz Alex inalar aquilo e seu cérebro lhe mandar lembranças boas e engraças com ele. Em tão pouco tempo que se conhecem e já parece uma eternidade.

—— Desculpa atrapalhar os pombinhos, mas precisamos ir à delegacia interrogar aquele homem. - Derek aparece fazendo ambos se afastarem —— Tudo bem, voltem a se abraçar e finjam que não estou aqui. Na real agora me senti triste que não tenho ninguém.

—— Somos amigos, tenho problemas da minha idade que só ele entende. Sim? eu te chamei de velho. - Alex começa e Spencer solta uma risada —— E Derek, você quando sai pega o número de pelo menos cinco garotas. Está solteiro porque quer.

[...]

—— Obrigada, Garcia! Não sei o que seria de mim sem você. - a morena diz ao celular com Penélope —— Vou ir conversar com ele agora mesmo sobre.

—— Não está rolando nadinha entre vocês? Nadinha mesmo? - ela questiona e Alex ri —— Tipo, nem um sentimento? Ou um beijinho?

—— Nada, Garcia, eu juro. Somos profissionais.
- ela termina de imprimir o que a mulher mandou a ela —— E também temos que levar em conta, que é proibido se relacionar com membros da equipe.

—— Reid é bem certinho com regras.

—— E eu nunca namorei. - Garcia fica em silêncio.

—— Reid vai ser seu primeiro namorado? - Alex consegue claramente ouvir ou pulinhos dela do outro lado da linda —— Tudo bem me exaltei, volta para o caso e ajuda o nosso garoto. Mais seu do que meu, até porque já tenho o meu único amor, Morgan.

A barker desliga o telefone e entra na sala de vidro antes da sala do interrogatório, ela entrega a pasta para Spencer e o mesmo começa a ler sem entender muito. Em seguida olha para ela.

—— Lembra de algum Riley Junkins? - ele nega —— Pense bem, pense em quando era criança.

—— Eu tinha um amigo imaginário chamado Riley quando criança.

—— Riley Junkins. Foi assassinado aqui em Las Vegas quando tinha seis anos. Pelo meus cálculos e dos de Garcia, você tinha quatro na época. O corpo foi encontrado no porão, atrás da secadora. Tinha sido estuprado e esfaqueado. - Reid abaixa a cabeça —— Não é um sonho, é uma memória. Na verdade você só ficou sabendo do acontecido e o seu cérebro criou essa cena a transformando em um sonho.

—— Eu nunca teria molestado aquele menino! - o homem que está no interrogatório grita, tirando a atenção do assunto.

—— Qual menino? - Rossi questiona.

—— O do funeral.

—— Vou ligar para o Hotch. - ela pega o telefone e rapidamente o homem entende —— Ele não sabe detalhes do assassinato. E sim, tenho certeza. Ele acha que o menino foi estuprado. - em seguida o homem desliga.

—— Como conseguiu? - Reid aponta para o caso de Riley em sua mão —— Você disse que também não sabia o que fazer.

—— Garcia me deu uma mãozinha. E sempre por trás dos meus sonhos repetitivos tem uma memória, então eu só juntei A + B. - ela se senta bocejando, Alex está cansada, ela mal dormiu essa noite, e nas últimas três também —— O bebê da JJ é menino ou menina?

—— Menino. Acho que vai nascer no próximo mês. Amo crianças. - ele toca no assunto e ela se interessa.

—— Você quer ter filhos? Não imaginaria esse lado seu. Eu também amo crianças, é meu ponto fraco. Não sei se ser mãe combinaria comigo, mas eu adoraria. - ela pensa um pouco mais —— Eu não sei cuidar muito do meu peixe, mas acho que sei cuidar de criança.

—— Logan, o seu peixe, está vivo? - ela assente 

Alex então olha para o seu celular vibrando, e vê uma notificação de JJ. Ela está chamando com urgência os membros da equipe para ir a casa da familia do garoto desaparecido. A morena então, chama seus colegas de trabalho e foram. Ao chegar Aaron e JJ explicam que a mamãe recebeu mais uma ligação do elemento. E que está gravada. Após escutar uma vez, Alex faz algumas anotações da forma de falar, ou de se referir a algo do elemento, ela tira uma conclusão.

—— Acho que não é um homem. - ela diz e os pais, junto a Hotchner olham para a morena —— Viu como descreveu as roupas? Ela disse tênis azul, camisa verde-limão. Homens não dariam detalhes tão específicos assim.

—— Barker tem razão. Ela falou sobre o que a criança queria, como dormia, como cuidava dela. Disse: "Eu o amava". - Morgan entra na mesma linha de raciocínio, e em seguida Reid também. Eles foram um ótimo trio.

—— Um homem teria enfatizado a competição, não o cuidado. Teria falado sobre como é mais esperto que o FBI. - após a fala de Reid, Barker pegou o celular e começou a ligar para Garcia no viva voz

—— Garcia?

—— Começou a namorar?

—— Está no viva voz. - olha em volta fechando seus olhos com força. Alex faria tudo para se esconder em um buraco agora —— Pode verificar as placas que a polícia te deu e encontrar alguma com o nome de mulher?

—— Claro... - segundos se passam —— nenhuma.

—— Como é possível? - a mãe pergunta.

—— A transcrição faz parecer que ela foi internada. Ela descreveu como "trancada" e não presa. Hospitais psiquiátricos são bastantes rígidos a respeito de ligações, permitem uma por dia. Acho que a regra, dos três minutos de ligação que ela citou, não é dela. - Reid diz.

—— Garcia, pode pegar os registros de mulheres liberadas de hospitais psiquiátricos no último mês? Deve haver algum trauma na ficha dela, como a morte de um filho. - Alex pede.

—— Não vai dar, devido a Confidencialidade não há bancos de dados central.

—— Acho que posso conseguir. - Reid se levanta, ele pega sua bolsa colocando atravessada em seu peito. O mesmo olha para Alex e aponta com a cabeça que quer conversar com ela em particular. Ambos de aproximam e ele abaixa o olhar —— Você pode ir comigo? Eu... eu vou a um hospital psiquiátrico. Onde minha mãe está.

Spencer nunca falaria isso para qualquer outra pessoa tão abertamente. Ele confia nela. Alex percebeu isso e gostou, ela se mostrou uma boa pessoa ao ponto dele confiar sobre sua vida pessoa com ela. A mesma então assente e se afasta procurando sua bolsa para segui-lo.

[...]

O hospital não era um lugar desagradável como os outros. Ele é como uma clínica. Após entrarem Alex varreu seus olhos por todo o lugar claro e com flores verdes. Seus olhos param em uma única mulher, no qual ela pesou ser Diana, mãe de Reid. Diana tem cabelos grisalhos e curtos, roupas quentes e beges, parece ser uma boa pessoa.

Alex olha para o seu lado e vê o mesmo parado observando sua mãe, de longe. A tensão está no ar. Claramente ele não está se sentindo confortável em está ali. Spencer não se movimenta, ele apenas fica parado olhando sua mãe de longe. A Barker então olha para ele, e pega em sua mão, sem olhar em seus rosto. Ela entrelaça seus dedos com os dele fazendo se formar uma conexão incrível entre eles. Reid, sentindo seu coração palpitar não muito diferente de Alex, começa a se movimentar em direção a mãe.

—— Senhor Reid! Sua mãe não me disse que estava na cidade. - um homem, provavelmente médico aproxima impedindo dele ir falar com ela —— Vejo que está acompanhando. Sua mãe irá adorar conhecer a sua namorada. Ela vem falando muito de você ultimamente, principalmente sobre ficar muito sozinho em uma cidade longe.

—— Ela não... essa é a agente federal Alex Barker. - Alex não solta sua mao da de Reid, ela o cumprimenta com a livre —— Estamos trabalhando em um caso de uma assassinato infantil. E achamos que o responsável é uma mulher. Achamos que ela foi liberada a algumas semanas.

—— Como posso ajudar? - o homem questiona.

—— Imaginamos que tenho uma bom relacionamento com a administração do hospital. Sei que não podem abrir seus arquivos, mas se puder passar para eles o perfil dela, agradecemos. - Alex diz e entrega a pasta para o médico.

—— Varei o que posso fazer. - o homem se afasta e Reid olha para a mãe. Ele se aproxima com Alex, os mesmos se sentam na frente da mulher que abre um sorriso ao ver o filho.

—— Spencer? O que faz aqui? - ela questiona —— Quem é essa bela moça? Sua namorada? Ah filho, eu pedi tanto por esse momento. - o humor de Diana realmente melhorou quando viu Spencer acompanhado.

—— Vim a trabalho. E ela não é minha... - Alex o interrompe.

—— Sou Alex Barker, senhora Reid. Namorada do seu filho. - Alex sorri para Diana que fica extremamente contente. As vezes uma mentira não faz tão mal assim —— É muito bom conhecê-la, ele me fala muito sobre você.

—— Alex! Adorei o seu nome. - ela sorri —— Spencer, eu estava tão preocupado com você sozinho em outra cidade. Mas me contem, como se conheceram?

Reid está calado. Ele percebeu o que Alex fez para deixar sua mãe feliz, gostou da atitude dela. Mas esmo assim está em choque, sem saber o que falar. Ele leva seu olhar até suas mãos juntas e a mesma passa o polegar sobre a mão dele, para se acalmar um pouco, o que claramente não resolve.

—— No trabalho, mamãe. - ele diz alimentando a mentira —— Alex trabalha comigo.

—— Alex, você sabia que é a primeira namorada de Spencer? Meu doce garoto finalmente cresceu. - ela o trata como uma criança, a morena achou fofo. Afinal, não sente esse carinho de mãe a muitos anos —— E por favor Spencer, arrume esse cabelo, está tão grande.

—— Eu gosto dele assim. - Barker se dispõe a falar e passa sua mão livre no cabelo do garoto ao seu lado. As mãos dela estão trêmulas, ela está sentindo seu corpo todo palpitar. Sua coração está acelerado, sua pupilas dilatadas. Uau —— É a sua marca registrada. - Reid não está muito diferente. Ele sente seu corpo todo reagindo com um simples toque dela. Alex percebeu o efeito que ele tem sobre ela, e que ela tem sobre ele.

—— Enfim, até mais mãe. Temos que trabalhar em um caso. - ele abre um sorrisinho envergonhado para a mãe e se levanta.

—— Foi muito bom em conhecê-la, senhora Reid. - Alex também se levanta e finalmente solta sua mão. Ambos estão pensando a mesma coisa. O mesmo sentimento.

Após saírem Spencer entra no carro junto com Alex. Está um silêncio, ela não olha em seu rosto por vergonha. Afinal, ambos notaram seus corpos reagindo juntos. Ela então vira para Reid e morde seus lábios inferiores, na tentativa de conter a vergonha.

—— Desculpa, sua mãe ficou feliz quando pensou que eu era a sua namorada.

—— Não peça desculpas. - ele olha em seus olhos castanhos escuros, e tão redondos como uma lua cheia —— Ela gostou, fazia muito tempo que eu não conseguia tirar uma sorriso dela. E ela falou algumas coisas sobre primeira namorada e... - ele está envergonhado.

—— Se quer saber, eu também nunca namorei. Por isso Garcia hoje ao telefone falou aquilo. - ela ri —— E eu achei fofo, ela te trata como uma criança.

Ele não diz nada, parece está pensando. Alex rapidamente entende e arqueia suas sobrancelhas entendendo. Sua frase fez todo sentindo. O elemento, que é uma mulher, pega as crianças e as cuida como bebês.

—— Bebês? - Ela questiona e o mesmo assente. Transmissão de pensamento. Ela pega o seu celular e rapidamente liga para Aaron —— Hotch? Oi. Quando fomos no legista percebemos que as crianças estavam recebendo nutrientes. Ela os estava amamentando.

Após desligar, ambos chegam na casa da vítima sequestrada. Quando abrem a porta olham para todos ali em ligação com Garcia. JJ está sentada próximo a mesa com uma mão na barriga sentindo seu bebê se movimentar. Alex se aproxima e senta ao seu lado e lhe olha.

—— É estranho, não é? - JJ questiona —— Ter uma vida aqui dentro.

—— Muito. - Alex solta uma risada pelo nariz.

—— Já sentiu um bebê chutar? - ela nega. A loira então pega a mão de Alex e coloca sobre sua barriga, fazendo ela sentir rapidamente um chute. Incrível —— Legal né? Spencer também achou quando sentiu.

—— Você não se sente cansada?

—— Na maioria das vezes sim. - ambos olha para a equipe que estão se levantando às pressas —— Acharam o endereço?

—— Sim, JJ você fica aqui com Alex e Reid. Quero que fiquem com a família. Ligaremos com notícias. - Aaron diz saindo com o resto da equipe.

—— Quando entrar de licença maternidade, quem vai ocupar o seu lugar? - Alex pergunta a JJ

—— Já estou cuidado disso, e não pretendo ficar muitos dias fora. Eu amo esse emprego. - a loira olha para Reid que está conversando com a família. Ele as vezes olha para as duas mulheres e em seguida volta conversar —— É coisa da minha cabeça ou ele está olhando para nós duas o tempo todo?

Antes que Alex responda algo, o telefone de JJ toca. Ela atende e se levanta chamando todos. Reid, Barker e a família entram no carro com JJ, indo em direção ao endereço que passaram. Não era muito longe, então assim que chegaram, os agentes pegam suas armas e vão na frente, principalmente Spencer que entra na casa rapidamente.

Aaron coloca a mulher, que era o elemento, algemada no carro e quando olham para frente todos veem Spencer saindo da casa com um garotinho em seus braços. A mãe do menino corre até ele lhe abraçando e Spencer volta a se aproximar de Alex.

—— Este é um dos melhores dias que temos nesse emprego. - ele diz olhando para as árvores que tem por perto da casa —— Nem sempre é só sangue.

—— Olha a felicidade da mãe ao ver o filho. - ela diz e aproxima dele, ficando ao seu lado e olhando a mulher. Aaron logo aparece ao lado deles junto a Morgan que está com um sorrisinho de canto —— Não fala nada.

—— Eu não iria falar nada. - ele iria sim —— Hotch, o que acha de fazermos algo todos juntos hoje a noite? Podemos voltar amanhã para Quântico.

[...]

Alex desce as escadas do hotel olhando todos esperando. A mesma sente o olhar de Reid queimar em si, ele lhe olha se cima a baixo, decorando cadê detalhe. A perfilando. Ela está vestindo mma calça preta de tecido e uma blusa cinza não faz parte do seu guarda roupa do dia a dia. Quando o garoto lhe viu com aquelas peças de roupa, seus pensamentos foram para outro lugar.

—— Estão todos prontos? Eu achei um ótimo restaurante aqui perto. - Morgan aproxima de Spencer e passa a mão bagunçando seu cabelo —— Limpa a baba, Reid. - todos solta uma risada.

Spencer aproxima dela, e a mesma assente mostrando que ainda está de pé uma ideia que ele propôs um pouco depois de Morgan chamar toda a equipe para sair. Reid está tenso e Alex também.

—— Bom, na verdade eu e Reid vamos para outro lugar. Quem sabe depois podemos encontrar vocês. - Alex diz. Morgan abre um sorrisinho e cerra seus olhos, todos não estão entendendo, mas estão gostando —— Eu juro que se você fizer uma piadinha vou te chutar desse hotel.

—— Vamos jantar com a minha mãe. - Reid diz ao perceber que Alex já estava ficando com vergonha. Todos então param de rir. Eles sabem como Spencer é em relação a mãe.

—— Já vai conhecer a sogr... - Morgan começa mas Emily leva a mão a boca dele, que está rindo

—— Tudo bem, bom jantar para vocês. - ela diz

Ao chegarem no hospital, eles mostram suas credenciais na entrada e Reid diz que Diana é sua mãe. Eles são levados até ela, quando chegam, a mulher abre um sorriso em vê-los juntos novamente. Spencer se senta em sua frente e Alex ao lado dele.

—— Vocês voltaram! - ela conjurou um sorriso cumprimentando ambos —— Filho você está tão magro, e precisa arrumar esse cabelo. - ela já lhe disse isso hoje mais cedo.

—— Chegamos tarde, já serviram o jantar? - Diana assente, Reid olha para Alex e coloca algumas cartas sobre a mesa —— Minha mãe é ótima no baralho. - Alex, que está um pouco aérea, balança a cabeça abrindo um sorriso e separando suas cartas.

Ela está ocupada o suficiente reparando em Reid, ao seu lado, a mesma decora seus detalhes. Sua forma de agir, falar, gesticular. São mínimas coisas que para ela fazem a diferença. Barker repara nos cabelos bagunçados e longos dele, repara em seu sorrisinho de lado e na sua forma de falar. Ah ela adora sua forma de falar e pensar.

—— Então, vocês estão juntos a quanto tempo? - quando Alex ouve a frase de Diana ela olha a Spencer sem saber o que responder.

—— Acho que vou procurar um banheiro. - a morena se levanta.

—— Eu sei onde é, te levo até lá. - Reid também se levanta —— Já voltamos, mãe.

Ela sai disparada em sua frente, e Spencer lhe segue. Ela acha um banheiro e entra, de escola na pia jogando a água gelada em seu rosto. Tensão. Seu corpo está reagindo por inteiro com Reid ao seu lado. Ela sente uma fisgada em seu estômago, algo referente a um sentimento bom, mas não sabe distinguir ao certo, pois nunca sentiu isso.

Quando abre a porta novamente vê o garoto parado em pé na frente. Seu coração acelera e suas mãos começam a suar. Alex nem ao menos sabe o porque de está assim. Reid não está muito diferente, ele movimenta suas mãos na alça da bolsa olhando para a morena.

Olhando profundamente em seus olhos castanhos escuros, ele poderia jurar que ela está tão nervosa quanto ele. Reid procura algum resquício de negação nos olhos dela, mas não acha, então ele se aproxima dando em paço em direção a ela. Alex também se aproxima olhando fixamente nos olhos dele. É impossível se afastar, como se tivesse um imã grudando o corpos dos dois

Seus corpos estão colados. Eles estão respirando o mesmo ar. Se Reid inclinar um pouco mais sua cabeça poderia levar a outros rumos, no qual nenhum dos dois tem certeza se realmente querem isso. Dúvida entre saber separar desejo carnal de atração ou amizade. Alex então, sentindo seu corpo borbulhar com uma mistura de sentimentos, se apruma e olha para o lado observando Diana separando as cartas.

—— Eu... eu não sei o que estamos fazendo. Temos que voltar lá com ela. - Barker se afasta um pouco dele. E o mesmo não se movimenta, ela observa que sua mão estava quase em sua cintura. Alex daria tudo para sentir as mãos de Reid em sua cintura —— Vem? Está com medo de perder?

—— Eu nunca perco. - ele se recompõe sentindo seu rosto queimar e se aproxima indo em direção a mãe. O que aconteceu aqui? Por que ele esta sentindo isso? Se ela não estivesse se afastado, o que eles teriam feito? Todas essas perguntas rodam em são cabeça. Tanto Reid, quanto Alex tem plena certeza dos sentimentos que sentiram quando estavam se olhando. Olhos nos olhos. Eles sabem exatamente o nome disso. Ocitocina. Nomeada como o hormônio do amor.

Venho aqui me humilhar, implorar, chorar e todas as forma de humilhação possíveis, pedir para vocês comentarem! Preciso urgentemente de comentários sobre o que estão achando do desenvolvimento da Alex com o Spencer 😕😕 só queria ler e responder os comentários de vocês (sou mt dramática, tenho plena consciência disso

Uma tentativa de interação, de qual estado ou cidade vocês são? (Sou de minas mas moro atualmente em sp 🫶