Capítulo 18 - Hoseok
OiOiOi.
Como eu coloquei no meu perfil dia 17, decidi trazer duas att's como presente de Natal adiantado para todos meus leitores e futuros leitores. Também decidi trazer o capítulo 18/19 porquê o 18 já estava pronto muito antes de eu decidir entrar em hiatus, este ocasionado por um bloqueio criativo enquanto eu criava o 19.
Infelizmente o hiatus se manterá até eu terminar toda a história, mas caso sirva como conforto para vocês, estou escrevendo o 26 e meu planejamento irá até o 31 (se conseguir concluir tudo até lá). Meu plano também é terminar a história até o aniversário de Hoseok, quero que seja um presente para meu pitoco.
Espero que gostem do capítulo, e sinto muito por ficar tanto tempo sem atualizar ou dar notícias.
Até o dia 23, e bom fim de semana.
Adoro todos 💜
Segundas-feiras.
Amadas e odiadas, dependendo do ponto de vista de cada pessoa. Para muitos, era na segunda-feira que começava a semana, embora começasse, na verdade, no domingo.
Hoseok não fazia do grupo que amava aquele dia, para ele, na verdade era tedioso e cansativo, porquê todas as responsabilidades chegavam na segunda; o primeiro dia de aula, a volta ao trabalho, e comumente o fim de feriados considerados importantes. E era naquele dia que as aulas retomavam, após duas semanas em casa devido ao recesso de inverno.
Tudo que o adolescente conseguiu sentir enquanto vestia a blusa social e cobria seu corpo com o blaser era medo; medo das matérias que voltariam com força porque era agora que a pressão iniciaria para tirar boas notas; medo de Park Jimin, que ele tinha visto pela última vez na sexta-feira – e último dia de aula antes do feriado –, e medo de Kim Taehyung.
Tudo bem que o medo do amigo vinha por suas atitudes em si (até porque o garoto nunca dera algum sinal de que o machucaria), mas sim os seus sentimentos; Taehyung era uma pessoa instável, e ele temia a forma que o garoto poderia tratá-lo devido aos acontecimentos do último dia que se viram antes de retomarem a sua rotina. Hoseok sabia que o Kim ficara chateado devido à rejeição, e também sabia que aquele tinha sido o primeiro beijo do garoto... Ele imaginava o quão confuso o amigo poderia estar, principalmente sem poder conversar com alguém sobre.
Era assustador, essa é a verdade.
Era assustador ter que se questionar, ignorar tudo que vivera enquanto procurava um sentido para tudo. Era assustador não saber se seria aceito, se as pessoas ainda lhe aceitariam, se ainda o veriam como homem ou se afundariam em preconceitos.
E Taehyung estava sozinho, porquê Hoseok era seu único amigo na cidade.
Aquilo não era certo.
— Está pronto? — seu pai apareceu na porta minutos depois, notando a maneira que o filho ajeitava o cinto da calça preta. Hoseok o olhou. — Vou te levar hoje.
— Sim. Estou pronto — assentiu, voltando a olhar seu reflexo no espelho. Até que estava bom, embora aquele uniforme destruísse qualquer autoestima. Ninguém ficava bom de uniforme, era um fato. — Como estou?
— Você está... — o homem observou o traje do adolescente, antes de sorrir. —... Você.
— Isso é bom ou ruim? — Hoseok riu, achando graça da resposta.
— É bom — seu sorriso aumentou. — Você é meu filho mais bonito.
— Não deixe SeokJin te ouvir dizendo isso — o Sr. Kim riu novamente, fazendo Hoseok rir junto. Então sua expressão se fechou, quando pegou sua mochila na cadeira parada na escrivaninha. — Ainda é estranho.
— Estranho como? — ele questionou, cruzando os braços em seguida.
— Estranho como... conversamos e então acabamos em um silêncio estranho novamente, porque não temos tanto em comum — Hoseok disse, antes de voltar a ficar em silêncio. — Viu? Estranho.
— Entendo — assentiu, coçando em seguida a mandíbula coberta pela barba rala. — Então vamos logo, antes que você se atrase.
— Acho que não seria tão ruim chegar atrasado — murmurou quando saíram do quarto, lembrando-se de quem encontraria naquele dia.
— Deixa de ser preguiçoso, menino! Você tem que estudar para passar em uma faculdade boa e ficar rico, diferente da sua família pobre — resmungou.
— SeokJin sentiu o sabor do dinheiro, pelo menos — quando o homem lhe lançou um olhar assustado antes de franzir o cenho em repreensão, Hoseok forçou um sorriso, tímido. — Cedo demais?
— Não... claro que não — negou hesitante, pensando em como o filho mais velho sofreu por meses até confirmar, alguns dias antes, que não tinha mais o que fazer. — Acho que seu irmão está superando.
— É impossível superar um declínio financeiro, abeoji — riu. — A não ser, recuperando o dinheiro.
— É... faz sentido — assentiu, se lembrando das noites do seu primogênito chorando após descobrir que estava falido. O Sr. Kim se lembrava das crises de pânico, das crises existenciais, da forma como sua autoestima começara a decair, porque dias depois perdera seu emprego devido à sua fama. Merda, ele era um jornalista! Foi um período complicado, e Hoseok nunca tinha descoberto as crises de seu irmão; foi em uma época onde ele tinha se isolado de todos. — Agora vamos. Você come seu sanduíche no carro.
]~[
Segundo o filósofo Martin Heidegger, o medo nos convida a viver na impropriedade, não atribuímos sentido, deixamos que os outros e as circunstâncias o atribuam, nos alienamos de nós mesmos, vivemos sempre correndo, com nossas agendas cheias de distrações que nos ocupam. Vivemos num sentido impróprio que não aponta em direção alguma, como uma finalidade sem fim.
Então, o medo torna-se angústia.
Deixamos de viver por medo, abandonamos tudo que desejamos, apenas para encontrar uma forma de ficarmos em paz – conosco, e com a sociedade. Chega um momento onde o arrependimento bate, e pensamos: o que teríamos feito, se o medo não tivesse nos impedido? Teríamos conquistado aquilo que lutamos por tanto tempo para alcançar? Teríamos ficado com uma pessoa amada, mas que a influência do exterior alterara tudo?
Eram muitos poréns, e provavelmente nunca saberíamos a resposta, porque chegam momentos onde tudo já está tarde demais para ser desvendado.
Hoseok acreditava que não tinha mais chances com Kim Taehyung, quando entrou na sala de aula no início daquela manhã.
A primeira coisa que ele notara foi como todos estavam presos em bolhas mentais; as expressões fechadas, os olhos cansados, e um silêncio que não parecia coincidir com um período pós festa. Todos pareciam exaustos, mesmo que tivessem passado duas semanas em casa, provavelmente sem fazer nada.
O único que parecia pelo menos um pouco mais animado era o próprio Taehyung; sentado na sua carteira de sempre grudado a janela alta, o colega observava a paisagem do lado de fora da sala, notando a maneira que ele observava o céu claro, e as muitas árvores que cercavam o campus. De alguma maneira esquisita, mas levemente boa, Taehyung conseguia ficar mais e mais bonito a cada dia que passava, embora só usasse o uniforme padrão da Huimang.
Kim Taehyung continuava sendo – para Hoseok –, a pessoa mais bonita do mundo.
E nada mudaria isso.
— Licença — uma voz rouca soou ao seu lado. Antes que Hoseok pudesse fazer qualquer coisa, Park Jimin passou por si, apertando a mochila com força no próprio ombro enquanto caminhava até o fim da sala, onde ninguém se sentava.
Diferente do cotidiano, Jimin usava um grande moletom cinza que cobria seu corpo inteiro, sendo visível apenas a calça do uniforme e os sapatos sociais. Seus cabelos, escuros, estavam maiores do que o normal, além de bagunçados, escondendo seu rosto bonito. Jimin era, definitivamente, a pessoa mais na merda naquela sala de aula. Ganhando do próprio Hoseok.
— Jimin! — a voz rouca costumeira de Min Yoongi soou ao lado de Hoseok quando este passou por ele, indo em direção ao garoto no fim da sala de aula. Sua expressão não era das melhores, assim como Jeongguk parecia retraído enquanto seguia o namorado, como se desejasse estar a centenas de quilômetros dali. Bom, o Jung não o julgou, principalmente ao notar a forma como Jimin é Yoongi se olhavam; como se fossem se matar ou se beijar no meio daquela sala de aula. — Qual o seu problema?
— No momento... é você — sorriu, embora o ato não alcançasse seus olhos. — O quê quer?
— Você não pode simplesmente fugir sempre que as coisas dão errado, Jimin! — ele andou, então Hoseok pode notar o rubro se formando em suas bochechas cheias. — Você tem nos ignorado desde o Natal! Isso não é justo comigo, nem com Jungkook... não é justo contigo, com nós.
— Esse é o problema, Yoongi — ele riu, embora o som não tivesse humor algum. — Não existe nós. Nunca existiu. Sempre foi você e Jungkook, e eu. Tem sido assim desde... bom, desde sempre.
— Você é covarde, e egoísta — o mais velho sussurrou, enquanto sua voz se tornava rouca. Jimin não parecia muito diferente; era como se ele vivesse segurando lágrimas. — Nós tivemos um momento incrível, nós três, e...
— Você supera — o cortou, chamando a atenção dos dois garotos para si. Embora Jungkook nada dissesse, era visível como ele parecia chateado com aquelas palavras. — Vocês têm um ao outro, vocês superam. É só terem encontros, transarem gostosinho em todo o canto do apartamento do Yoongi... vocês superam uma noite.
— Hyung, não faça...
— Não é como se fosse a primeira vez que vocês fazem isso, não é? — seus lábios se ergueram. — Agora saiam daqui.
Eles não precisaram de uma segunda expulsão antes de se arrastarem pro outro lado da sala de aula, longe o suficiente de Park Jimin e das lágrimas que começaram a escorrer por seu rosto. Ninguém parecia se importar; era como se aquele tipo de coisa acontecesse todos os dias, ou não se importavam o suficiente com o menino que fazia de seus dias um inferno.
Hoseok... Ele não sabia como reagir, na verdade.
Assim como Taehyung, que não tinha movido seu corpo desde que entrara na sala minutos antes, Hoseok sentia seu corpo anestesiado; ele estava ali, em carne e osso, mas sua mente estava distante – provavelmente tentando decifrar tudo que tinha acontecido até então. Por que ninguém podia ter um tempo de paz naquela cidade, inferno? Por que todos viviam pisando em ovos?
Foi então que Hoseok decidiu que resolveria seus problemas com Taehyung.
Apertando a alça da mochila em seu ombro coberto pelo casaco de inverno, ele se aproximou. Seus passos eram rápidos e firmes, embora ele tivesse a sensação de estar flutuando até o garoto que permanecia calado, como sempre. Taehyung não o olhou quando Hoseok puxou a cadeira para se sentar de frente para si, e tampouco quando os braços grandes foram posicionamos em cima de sua mesa e ele lhe olhou diretamente, sem desviar.
— Oi — Hoseok sussurrou, observando as mãos bonitas do homem a sua frente. — Eu queria falar contigo, sobre... Bom, você sabe. O Natal.
Mas Taehyung não o respondeu, era como se ele estivesse desfocado do mundo; seus olhos estavam sobre a paisagem da janela, observando as árvores e pássaros, mas sua concentração estava em outro lugar, longe de tudo. Como um efeito anestesiante.
— Você pode olhar para mim? — pediu, odiando aquela sensação de estar sendo ignorado. — Tae, por favor... Eu sinto sua falta.
Mas ele o ignorou.
Hoseok fungou, sabendo que Taehyung não falaria com ele. Namjoon estava certo então, não é? O Kim ficou chateado pela rejeição, ele não tinha entendido como dissera que tinha feito.
— Vou te deixar sozinho — o adolescente se levantou, e foi quando Taehyung virou a cabeça, para olhar onde Hoseok estava sentado segundos antes. — Conversamos no intervalo.
]~[
Mas Taehyung não apareceu no lugar de sempre, assim como também o evitou pós intervalo.
E naquele momento, pós quatro horas em aulas aleatórias que não pareciam ser o suficiente para desfocar a mente de Hoseok do Kim que sentava ao seu lado, o pior aconteceu:
Aula de física.
Céus, como Hoseok odiava a aula de física, como ele odiava ser forçado a anotar aquela quantidade gigantesca de exercícios que a professora passava no quadro, sem se importar com os conhecimentos dos alunos. Como ele odiava saber que ninguém se importava de fato com o que os alunos sabiam, mais preocupados em terem notas máximas em exames que, após tudo, eles esqueceriam. Ele odiava como a educação sul-coreana mudava com o passar dos anos, tornando tudo tão tóxico, que Hoseok já tinha esquecido a quantidade de matérias que já tinha lido sobre suicídios de colegiais, devido à pressão do governo ou da própria família.
Era assustador saber que a Coreia do Sul era o segundo país com maior taxa de suicídio no mundo.
— Senhor Kim? — a professora chamou, despertando Taehyung de seus devaneios assim como o próprio Hoseok. Não demorou para os lindos olhos de corça pararem na mulher, que parecia mais nervosa que o normal. Aquilo não era bom. — Faça os exercícios doze, treze e catorze no quadro. E não adianta negar, vale nota.
— Sim, senhora — ele se levantou, caminhando com sua postura perfeita e passos lentos até o quadro, após pegar o giz da mão da mulher ao seu lado.
Seus movimentos eram precisos; Taehyung não precisava pensar muito enquanto fazia soma por soma, como se aquele fosse o trabalho mais fácil do mundo. Seus olhos sequer focavam no cálculo em si, apoiando a mão direita atrás das costas enquanto, com a esquerda, respondia o que lhe fora pedido.
Então, Hoseok sorriu. Ele sorriu porquê sabia que Taehyung era o melhor, sorriu por saber que, o que quer que o Kim quisesse fazer da vida, ele o faria de qualquer jeito. Nada o impedia de alcançar seus sonhos, porque sua inteligência era maior do que qualquer infortúnio. E Hoseok sempre seria a primeira pessoa a apoiá-lo, essa era a verdade; porque após a discussão do Kim com o Park por conta da entrevista de Taehyung com os coordenadores da SKY, tudo que Hoseok conseguia sentir era orgulho.
Ele tinha um incrível melhor amigo, e...
Hoseok estragou tudo, por causa de seu medo de se apaixonar.
— Eu sou um idiota — sussurrou para si mesmo, sabendo que mais ninguém poderia lhe ouvir.
— Ótimo, Senhor Kim. Pode voltar ao seu lugar — ela pediu ao ter o giz lhe entregue, confirmando que os exercícios estavam certos. — Agora será... hm... — seus olhos rodearam a sala, até parar no menino moreno no fundo da sala, que parecia inerte. — Senhor Park!
— Não estou afim — ele murmurou, embora seu tom de voz fosse alto o suficiente para que a professora lhe ouvisse. Todos, sem exceção, olharam ultrajados na direção do adolescente – que parecia mais interessado em observar suas próprias unhas.
— O quê disse, Senhor Park? — a mulher franziu o cenho, como se duvidasse das palavras do aluno.
Quando Jimin ergueu a cabeça e posicionou seus olhos na mulher mais velha, tudo que pode ser visto em seus olhos bonitos eram o deboche, antes de sorrir ironicamente.
O corpo de Hoseok se arrepiou. Aquilo não era um bom sinal, pensou.
— Eu disse que não estou afim — repetiu. — Essa matéria não vale de nada! Sequer sei porquê vim para essa merda hoje, sendo que todos sabem que o primeiro dia de aula não tem nada de útil.
— Ficaste em casa, então — ela respondeu, e era visível sua raiva. — Mas já que quer tanto não ter aula, saia da sala.
— Ótimo, eu saio — ele se ergueu, pendurando a mochila no ombro antes de caminhar para fora da classe, sem antes bater com força seu braço na cadeira de Hoseok, que ainda parecia em choque com tudo que aconteceu. Quando a porta se bateu, sem Jimin se preocupar com o impacto da madeira, o som soou como um trombone na sala silenciosa.
Ninguém sabia o que falar.
— O ser humano é realmente um bicho emocionado — foi o que Taehyung disse minutos depois, embora somente Hoseok tivesse ouvido o que ele falou.
Hoseok achou muito irônico aquilo vir logo dele.
— Tudo bem, então. Se o senhor Park se recusa a responder, então quem o fará será o Senhor Jung — o chamado de seu sobrenome fez com que o adolescente olhasse assustado para a professora. — Vai sair da sala também, Jung?
— Não, professora — ele negou com a cabeça antes de se levantar, ajeitando o casaco que usava. Ele pegou o giz da mão da mulher antes de ir até o quadro, pensando no que faria. Ele era péssimo em física! Suas notas boas na matéria eram completamente provenientes dos trabalhos que fazia, porque se dependesse das provas... Então, seus olhos pararam nas contas, tentando pensar nos cálculos enquanto mordia seus lábios cheios e observava a professora de soslaio, só para confirmar que ela estava realmente por perto.
— Vai demorar muito, Jung? Eu quero essas respostas hoje — a voz cansada da mulher o despertou de seus devaneios, forçando-o a escrever enquanto somava mentalmente (e nos dedos) os números a seguir. Era estressante; seu coração estava acelerado e suas mãos tremiam, além do que poderia ser considerado desespero, por acreditar que tudo sairia errado.
— Pronto — respondeu, ao anotar o último número da soma. Quando a mulher estudou suas respostas junto do caderno que segurava, ela soltou um longo suspiro – como se estivesse decepcionada.
— Você acertou somente metade da uma questão, Senhor Jung. Isso porquê, quando você chegou em determinada parte, você se perdeu... infelizmente, de três pontos, você ficará com zero vírgula cinco — Hoseok assentiu, sem saber o que sentir. Deveria estar acostumado, não é? Ele sempre falhava. — Estude mais na próxima.
— Sim, professora — respondeu mecânico, sabendo que não tinha lá muitas opções. Sem escolha, ele voltou para seu lugar, ignorando os olhares e comentários.
Foi quando sua mente voltou para o dia do Natal, quando ele e Taehyung conversavam na praça após desistirem de ir na festa.
"Você tem essa luz que... É impossível não seguir, Hobi. Você ilumina tudo ao seu redor, e torna tudo mais fácil de lidar. Você me ajudou sem entender o que acontecia, sem querer nada em troca... Nenhuma pessoa comum faria isso, mas você fez. Você fez porquê é bom, mesmo que não consiga enxergar isso."
Taehyung só não sabia que tinha esse mesmo efeito sobre Hoseok.
Seus olhos foram para o colega, notando a forma como ele parecia concentrado em anotar os exercícios do quadro, antes de morder a ponta do lápis. Era como um vício, Hoseok acreditava, porque aquela não era a primeira vez que ele fazia aquilo – e sabia que não seria a última.
Hoseok sentia a falta de Taehyung; ele sentia falta daqueles grandes olhos focados em si; ele sentia falta de como o Kim fingia não se importar, revirando os olhos cansado; ele sentia falta da maneira como Taehyung sorria, como se pudesse iluminar tudo ao seu redor; e ele sentia falta...
Ah, ele sentia falta dos lábios do amigo nos seus.
Ele sabia que tinha rejeitado Taehyung justamente por medo de se envolver com alguém para depois ter seu coração partido, mas será que ele realmente quisesse aquilo? Será que ele precisava de Taehyung longe de si, da forma como estava?
Sinceramente, ele não fazia ideia do que sentia, mas tinha uma certeza:
Ele não queria Kim Taehyung longe de si.
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