2. Alojamento Estranho

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— Que merda, hein! Tanto alojamento pra eu parar e eu venho cair logo no seu.

— É o destino — disse ele com sarcasmo.

— Quê?

— Nada, po. Dá tempo de desistir ainda. Só ir lá na prefeitura e pedir pra sair.

— Parece que só tem vaga aqui. Eu não tenho escolha.

— Então entre e seja feliz.

"Impossível ser feliz dentro de um alojamento com gente tóxica", pensei.

— Tá bom — disse eu com um ânimo do tamanho de um caroço de ervilha.

Entrei e avistei o pequeno espaço da área comum que consistia em uma sala pequena dividida por um balcão que servia para limitar a sala da cozinha. Estava até arrumado para minha surpresa. Imaginava que Ricardo vivesse num lugar mais sujo assim como eu imaginava sua alma.

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Você votou e decidiu: Caio deve entrar.

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— O único quarto vago é este — disse ele apontando para mim — O que fica encostado na parede é meu, o do meio é do Túlio, o maluco que saiu agora, e este é o seu.

Ricardo apontou para o quarto que era mais próximo à porta de entrada do alojamento. Ele o abriu para me mostrar.

Entrei no quarto e observei aquele ambiente pequeno com uma janela que dava para outro prédio. Que vista privilegiada! Todos os quartos daquele alojamento possuíam a mesma vista e espaço limitado. Eu não podia reclamar. Afinal o quarto estava conservado, a pintura branca estava nova e não havia uma mancha de sujeira na parede. Sem contar que eu estaria saindo do quarto do meu primo e assim acabaria com a sensação de que eu poderia estar incomodando-o por tirar sua privacidade.

Percebi que, enquanto eu avaliava meu quarto novo, Ricardo me observava.

Ouvi um barulho de descarga e em seguida alguém saiu do banheiro. Era um garoto de pele preta. Usava um brinco pequeno, cabelo curto, sobrancelha alinhada.

Mas só tinha homem bonito e sem camisa naquele alojamento!

O rapaz que saiu do banheiro não demonstrou nenhuma receptividade ao notar minha presença. Nem se esforçou para isso. Seu semblante era fechado.

— Novo amiguinho? — perguntou ele sério olhando para Ricardo.

— É. Ele vai ocupar o quarto vago.

— Como assim? Eu pensei que eu iria ocupar esse quarto — disse ele indignado.

— Parece que o Rondinelli resolveu dar a vaga para o Caio.

— Impossível, Bruno! Não acredito que ele deu a vaga para outro.

— Para de reclamar, Diego! Você já tem alojamento. O moleque aqui não tem nenhum.

— Então, vocês já se conhecem? — Diego não esboçava um sorriso sequer.

— Não — respondeu Ricardo Bruno.

— Se ele ficar aqui, como é que vão ficar as coisas?

— Normal, ué! — respondeu Ricardo.

— Como você sabe, Bruno? — perguntou Diego virando para mim e não terminando a pergunta.

— Eu sinto que ele vai acrescentar aqui — disse Ricardo me olhando — Senão, ele sai, ué.

Como assim? Do que eles estavam falando?

— Isso tem sua mão, não tem, senhor Ricardo Bruno?

— Minha mão? Rapaz, só sou um mero estudante assim como vocês. Não tem minha mão nisso não. Só aceita, filho. Deixa o menino tentar se adaptar aqui.

Diego ficou olhando consternado por alguns instantes para Ricardo, depois fez uma cara de decepção e entrou no quarto dele. Pegou suas mochilas e se apressou para a saída.

— Pra onde você está indo, Diego?

— Tenho que estudar para uma apresentação de trabalho.

O rapaz foi embora sem dizer mais nada. Ricardo não insistiu para ele ficar, mas estava visivelmente chateado.

Eu achei aquilo tudo muito estranho, mas não questionei nada.

— Eu vou ali no bloco do meu primo pegar as minhas coisas e trazer pra cá.

— Beleza... Precisa de ajuda?

Naquela hora eu brequei. Ricardo, que antes me tratava com ironia e com quem eu quase caí na porrada, estava me oferecendo ajuda. Como assim? Eu sei que eu iria morar no mesmo alojamento que ele, mas era por falta de opção e urgência de minha parte. Não esperava e não tinha intenção nenhuma em ser amigo dele depois de suas provocações no campo na frente de todo mundo. Deu para ver que ele era um babaca. Bem lindo, bem gostoso, mas babaca.

— Não. Não precisa.

— Tá bom — ele me olhava com sua infindável ironia.

Logo em seguida fui ao bloco do meu primo buscar as minhas poucas coisas que haviam lá: um colchonete, mochila e algumas peças de roupas. Durante o final de semana eu aproveitaria para mobiliar meu quarto com coisas que eu levaria de minha casa, mas por aquela noite o que eu tinha já era suficiente.

Ian estava em seu quarto quando me viu chegar com um semblante feliz.

— Arrumei alojamento!

— Sério? Onde?

— Bloco B.

— Aqui do lado! Que maneiro! E o pessoal lá é de boa?

— É no mesmo alojamento daquele Ricardo lá.

— Aquele que ficou de graça contigo no campo? — ele perguntou enquanto me observava confirmar com a cabeça — Não, Caio! Você não precisa disso. Não precisa ir pra lá. Pode ficar aqui o tempo que quiser.

— Não, Ian. Eu preciso de um lugar e você de um lugar com privacidade para você. Os quartos desses alojamentos são muito apertados. Mal cabem uma pessoa.

— Mas você foi parar logo lá? Você não precisa ir, Caio.

— Eu vou ficar bem.

Enquanto eu começava a juntar minhas coisas, meu primo ainda tentava me convencer de que seria ruim para mim me mudar para o alojamento de Ricardo, mas eu queria arriscar e ver no que daria. Um lado meu estava prevendo que eu poderia ter problemas, mas havia outro lado que enxergava tudo como um desafio. Eu não queria ceder às intimidações de Ricardo, queria provar para ele e para todos que nenhum cara me faria abaixar a cabeça. Nunca deixei ninguém tirar muita onda para cima de mim e não estava disposto a começar a permitir. Se ele ficasse de graça, Ricardo iria comer na minha mão, esse seria meu plano, mas como eu iria fazer isso?

Não fazia ideia.

Aproveitei para jantar ainda com meu primo em seu alojamento, pois não sabia como era a situação de comida no 34B. Ficamos conversando por bastante tempo sobre como estava sendo minha adaptação nas aulas. Depois de descansarmos por meia hora com mais conversas, lavei a louça e fui pegar minhas coisas para, finalmente, me mudar.

— Primo, obrigado por toda a sua hospitalidade. Estamos juntos sempre! Os outros moleques não estão aqui, depois agradecem a eles por mim ou eu mesmo falo com eles depois, já que vamos continuar nos vendo — disse eu apertando sua mão e dando-lhe um abraço em seguida.

— Nada, cara. Sabe que sempre que precisar, as portas estarão abertas.

— E por falar em porta... — tirei as chaves de seu alojamento de meu bolso e a estendi para devolver.

Ele olhou para as chaves estendidas em minhas mãos como se estivesse pensando em algo.

— Fica com as chaves, Caio. Se acontecer algum estresse lá, a qualquer hora, você pode vir se abrigar aqui de novo.

— Tá bom — disse eu sorrindo e as colocando de volta no bolso.

Cheguei de volta no alojamento 34B. Minha mochila nas costas, colchonete enrolado debaixo de meu braço, uma sacola grande cheia de roupas. Estava pronto para a minha primeira noite em meu novo alojamento. Como eu já havia me apresentado, não precisava mais bater à porta e já havia recebido a chave do local na Prefeitura da Universidade.

Destranquei a porta e a abri. Todos eles pararam suas atividades para me observar. Ricardo estava sentado no sofá ao lado de Diego. Parece que eles dois tinham se reconciliado depois da pequena discussão mais cedo sobre a vaga no alojamento. Túlio, já havia voltado de sua aula e estava na parte da cozinha retirando alguma coisa pronta de dentro de uma panela e se servindo.

— Cheguei com as minhas mudanças — disse eu todo sem jeito com aqueles olhares direcionados a mim.

Diego fechou a cara e virou para a televisão. Ricardo deu um sorriso de canto de boca e depois desviou o olhar para os pertences que eu carregava. Túlio olhou para Ricardo e não demonstrou nenhuma reação positiva com a minha chegada.

— Vai ficar aí na porta? — perguntou-me Ricardo.

— Não — respondi timidamente, depois entrei.

Ricardo era o único que olhava em minha direção. Os seus dois amigos olhavam para ele como se aguardassem alguma manifestação sua. Estava tudo estranho desde que eu cheguei naquele alojamento e cada vez ficava ainda mais. O clima era meio tenso, mas eu tentei ignorar e agir naturalmente.

Fui direto para o meu quarto e acomodei minhas coisas em um canto. Notei que o chão estava com muita poeira.

— Onde tem uma vassoura? — perguntei parado na porta. Eles demoraram alguns segundos para me responder.

— Onde está a vassoura, Túlio? — perguntou Ricardo olhando para ele.

Túlio, que estava sentado na mesa da cozinha mastigando, deu uma olhada vaga para Ricardo.

— Você é o que mais varre aqui — Ricardo disse num tom de repreensão.

Túlio se levantou ainda terminando de mastigar e parecia que nem ele sabia onde estava a vassoura, pois começou a procurá-la pelos cantos do alojamento. Encontrou o objeto no banheiro e veio me entregar.

— Às vezes a deixo atrás da porta do banheiro porque a gente não tem muito espaço aqui — disse ele me olhando e me estendendo a vassoura e uma pá.

Finalmente Túlio falou alguma coisa comigo!

Túlio era bonito. Não tinha um pelo aparente na barba, mas tinha um bigode fininho que o deixava charmoso, exceto pelo fato dele parecer ser mal-humorado.

Peguei a vassoura e a pá e fui para o meu quarto começar a pequena faxina. De lá consegui ouvir Diego perguntar baixinho para Ricardo:

— Por que você está tratando ele bem? Como se ele fosse um de nós?

— Deixa o moleque se adaptar — respondeu ele.

Quem eu mais pensava que iria me receber mal por conta de nosso desentendimento era quem estava me tratando melhor. Depois que terminei de varrer e arrumar meu quarto, Túlio já havia terminado de jantar e, aparentemente, havia se trancado em seu quarto. Diego e Ricardo continuavam sentados no sofá assistindo algo na tevê. A luz da sala estava apagada. Eu me perguntei se Diego costumava frequentar nosso alojamento até tarde da noite, mas logo me repreendi em pensamento porque aquilo não era da minha conta.

Guardei a pá e a vassoura atrás da porta do banheiro e depois fui à cozinha encher minha garrafa com água. Queria evitar ficar passando pela sala toda hora. Eu estava começando a me sentir um pouco desconfortável com a apatia dos garotos, mas não quis demonstrar a eles.

— Caio, come alguma coisa, cara. Vê o que tem lá na cozinha — disse Ricardo me fazendo parar no meio da sala quando eu voltava para o quarto com minha garrafinha de água na mão.

Olhei em direção a ele e vi a luz azul da tevê refletindo em seu peito. Disfarcei o interesse, mas percebi que Diego me olhou dos pés à cabeça. Depois da faxina, eu havia colocado um samba-canção para dormir.

— Eu jantei no alojamento do meu primo. Mas valeu.

Entrei para o meu quarto e, no outro dia, acordei bem cedo; duas horas depois das aulas começarem. Queria evitar dar de cara com os outros garotos. Tomei banho, arrumei-me e fui tomar café em uma das cantinas espalhadas pelos campus. Estava evitando ficar no alojamento.

Na hora do almoço encontrei com meu primo e contei a ele que o clima no meu alojamento era meio estranho. Ian falou, mais uma vez, para eu voltar a ficar em seu alojamento. Eu disse que era cedo demais para desistir, mas aceitei sua oferta quando ele me chamou para jantar em seu alojamento. Seria mais tempo fora daquele ambiente esquisito.

Já à noite, quando, enfim, retornei ao alojamento, Diego ainda estava lá. Ele estava saindo do quarto de Ricardo e ambos ficaram constrangidos quando me viram. Túlio, que bebia cerveja no sofá com os pés sobre a mesa de centro, deixou escapar a bebida ao tentar segurar o riso e falhar miseravelmente após presenciar a cena dos olhos arregalados dos garotos. Túlio se justificou dizendo que ria de algo que estava vendo na televisão, mas olhei para a tela e parecia ser um filme de suspense. Sei não.

Maldei.

Agi naturalmente, dei boa noite a todos.

— Boa — respondeu Túlio a seco rindo para os garotos.

— Boa noite — respondeu Ricardo cabisbaixo, visivelmente envergonhado.

Diego não disse nada.

Tomei banho e me tranquei no quarto.

No outro dia a rotina se repetiu. Diego, que tinha seu próprio alojamento, mas vivia enfurnado no nosso, continuava a me ignorar. Túlio me tratava como se eu fosse um motorista de ônibus: falava comigo somente o indispensável. Ricardo até tentava me tratar bem, mas parecia que os outros dois garotos o julgavam por fazê-lo. Esta certeza eu pude ter quando vi os dois questionando-o porque ele estava me tratando bem. Ricardo ficava sem graça quando este assunto era tocado e sempre desviava o foco da conversa.

Na tarde do meu terceiro dia como morador do alojamento 34B, minhas aulas tinham terminado mais cedo. Eu tinha o resto da tarde livre. Minha vontade era de entrar em meu quarto e dormir a tarde toda. Quando passei pelo campo e vi que Ricardo estava treinando futebol com o time, animei-me com a possibilidade de poder ir para o alojamento e ficar mais de boa por lá. Se Ricardo estivesse no campo, talvez Diego não estivesse no alojamento e Túlio poderia estar em alguma aula.

Resolvi ir, pela primeira vez, mais cedo para o meu alojamento. Mas, assim que abri a porta, vi que minhas previsões estavam equivocadas: deparei-me com Diego e Túlio sentados no chão e encostados no sofá. Eles estavam um do lado do outro, ambos usavam calção de futebol, por serem finos e o calor do Rio de Janeiro pedia essas roupas leves no dia a dia. Eles pareciam que haviam tomado um susto e olhavam para o alto, onde eu estava de pé, com os olhos arregalados.

— Opa! — disse eu.

Túlio acenou com a cabeça. Diego soltou um sorriso em formato de ar, que saiu pelo nariz.

Se eles iriam continuar me ignorando, o problema era deles. Guardei minha mochila no quarto, peguei minha toalha e fui tomar um banho. O calor estava muito intenso e eu não via a hora de me trancar em meu quarto, deitar em meu colchonete com o ventilador na velocidade três na minha cara e dormir muito.

Deixei a água cair bem gelada e forte em meu corpo. Aquilo era um alívio e eu me sentia transformado e renovado. Terminei o banho, sequei-me, coloquei meu samba-canção e fui à pequena área estender minha toalha. Foi naquela hora que eu ouvi o barulho da porta abrir. Era Ricardo que chegava do futebol. Ele estava com um uniforme todo branco. A camisa estava no ombro. Ele ainda estava de chuteira e meião. Seu peitoral estava brilhando de suor, o que fez minha respiração falhar por alguns segundos. Mesmo eu estando limpo, me jogaria naquele corpo todo suado se pudesse, mas antes colaria aquela boca com fita isolante para não falar nenhuma besteira.

— O que que as mocinhas estão fazendo juntinhas aí no chão? — perguntou ele.

Diego ofereceu-lhe o dedo do meio.

Claro que aquela pergunta de Ricardo me fez criar toda uma fanfic em minha cabeça. Com certeza Túlio e Diego estavam tocando um para o outro.

Ricardo se sentou na cadeira, no canto do alojamento em que funcionava como copa e começou a tirar sua chuteira e meias.

— Vai tirar essa chuteira podre em seu quarto, Bruno! — reclamou Túlio.

— Ih! Qual é? Eu nem tenho chulé, seu tralha! — disse Ricardo.

— Não tem não! — desconfiou o colega.

— Tenho mesmo não. Olha aí! — disse ele lançando suas duas meias em Túlio e em Diego.

— Vai se foder, Bruno! Porra! — reclamou Diego atirando a meia longe.

— Por que você não joga sua meia no novato? — sugeriu Túlio.

Ih. Sobrou para mim.

— O moleque está na dele. Deixa ele quieto.

Eu ri por dentro. Disfarcei para não demonstrar e fingi que ainda estava mexendo em minha toalha no varal para continuar vendo a situação.

Situação: Ricardo sem camisa todo suado.

— Já reparou, Diego? O Bruno apronta com todos os novos moradores daqui do alojamento, mas com o Caio ele nunca faz nada.

— Pois é — respondeu Diego num tom ríspido desviando o olhar para a televisão.

— Qual é, Bruno? Tá comendo o novato, é? — perguntou Túlio num tom irônico.

— Ah pronto! — respondeu Ricardo Bruno.

— Sei não — continuou Túlio — Acho que você deve estar apaixonado pelo moleque ou algo parecido porque você tá protegendo muito ele.

— Para de ser doido, seu broxa! — disse Ricardo olhando para mim sem graça com a afirmação de Túlio.

— O que você acha, Diego? Ainda mais o Caio com essa cara de novinho, não é?

— Pode crer, mano! Real mesmo! Só pode! — concordou Diego rindo para Túlio e depois olhando um pouco sério para Ricardo.

Naquela hora eu achei melhor me encaminhar para o meu quarto, mas não deu tempo.

— Vocês são foda! — disse Ricardo se levantando e logo começando a tirar seu short ali mesmo na frente de todos.

Eu atravessei a sala para entrar em meu quarto.

— Ei, Caio! — chamou-me ele já pelado. Todos o observavam — Eu deixei o melhor para você.

Quando me virei, Ricardo jogou contra mim a sua cueca toda suada. Acertou bem no meu rosto. No meu nariz.

Eu poderia até aceitar sua brincadeira na boa se não fosse o fato do dois caras que me ignoravam naquela casa, começarem a rir com muito escárnio e também pelo que Ricardo me disse logo depois:

— Não fica bolado, não! Porque eu sei que tu gosta!

Os garotos riram mais alto ainda, a ponto de segurarem a barriga.

— Agora sim o Bruno está de volta! — bradou Diego no intervalo entre as gargalhadas. Parecia vingado por algo.

Senti meu sangue ferver enquanto Ricardo me olhava. Tirei a cueca da minha cara e não quis saber se ele estava pelado. Avancei em Ricardo e o joguei no chão com o impulso do meu corpo.

— Nunca mais faça isso, seu filho da puta! — disse eu me preparando para socar sua cara.

Mas antes de meu punho acertar-lhe o rosto, seus amigos me seguraram e me imobilizaram. Ricardo permaneceu por alguns instantes imóvel, olhando para mim e sorrindo.

Por que ele ria para mim com aquela cara de admiração? Afinal eu iria acertar sua cara com uma porrada muito bem dada. Só tinha gente estranha dentro daquele alojamento!

— Me soltem! — pedi me contorcendo, enquanto Diego e Túlio me levantavam.

Ricardo ficou de pé e me olhou com aquele sorriso irônico.

— Qual o seu problema, cara? — perguntei tentando me desvencilhar dos braços dos outros garotos.

De repente, algo me chamou a atenção. Olhei para baixo e vi que Ricardo estava animado. Seu pau estava "meia bomba". Aquilo me deixou surpreso. Olhei de volta para ele, que continuava sorrindo. Nenhum dos garotos parecia ter notado, pois nenhum deles comentou a situação.

— Eu vou tomar meu banho — disse ele se retirando e entrando no banheiro.

Túlio e Diego me soltaram quando Ricardo havia trancado a porta do banheiro.

— Vocês dois são covardes. Era para me deixar quebrar a cara desse otário!

— Sério? Aqui são três contra um, irmão. Você não é o super-homem — disse Diego de braços cruzados e olhar fechado para mim.

Eles me encaravam. Diego todo sério e Túlio sorrindo. Com raiva entrei em meu quarto e senti vontade de ir embora, pois Diego tinha razão. "Eu não sou super-homem e nem tenho sangue de barata para aguentar conviver com três babacas", pensei.

Meus pensamentos me levaram a outro questionamento:

Será que valia à pena permanecer naquele alojamento, já que foi muito muito difícil arrumar vaga ou ou eu deveria ir embora imediatamente, afinal, teria um canto no quarto de meu primo?

***

VOCÊ DECIDE!

Para você, Caio deve:

A) Ficar no alojamento. (Consequência: mais brigas entre os garotos);

B) Fazer as malas e ir embora. (Consequência: Bruno vai atrás de Caio).

A enquete vai ser aberta já já em meu instagram ( vitorfernandezautor ). Tem link aqui na bio.

Para votar na continuação da história, você precisa;

1- Seguir o meu perfil do 1nstagram;

2- Solicitar por mensagem para que eu te adicione a lista dos amigos. A enquete só fica visível para a lista de amigos;

3- Votar neste capítulo aqui do wattpad e nos demais.

O resultado da enquete anterior você pode ver nos meus stories. 

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O link de todos os livros se encontram na minha bio do 1nstagram.

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