🍀 07
Três dias depois...
Nesses três dias me sinto bem melhor. Voltei ao trabalho a todo vapor, e graças a Deus ninguém do meu trabalho ficou sabendo sobre as postagens em meu Instagram, ou souberam e não ligaram. Não entro no meu Instagram desde então e nem sinto vontade de entrar, mais já o twitter onde eu sempre acompanho os garotos sempre acabo me deparando com comentários ruins e outros bons.
Jun não o vejo desde o dia em que pedi um tempo, só conversamos pelo celular perguntando como um ou o outro está. Já Dong, Bk, Sehyoon e Chan converso e vejo eles com frequência. Donghun vem todos os dias aqui, nem que seja por alguns minutos. Ele sempre fica falando sobre o Jun de modo indiscreto como se eu não percebesse.
Sobre o verdadeiro culpado de toda essa confusão, ainda não foi descoberto o que está me deixando preocupada.
Meu celular toca notificando uma nova mensagem. Pego meu celular de cima da minha mesa e desbloqueio o celular visualizando a mensagem do Jun.
"Oi, como você está?"
Oie, estou bem e você?
"Bem também.”
Nossas conversas diárias eram apenas isso, sem nenhum diálogo a mais. Eu não sabia o que dizer. Eu escrevia várias coisas mas nunca enviava, e ele parecia fazer o mesmo pois em alguns momentos do dia eu o vejo digitando, mas a mensagem nunca chega para mim. Sinto que preciso conversar pessoalmente com ele, e isso tem que ser rápido.
Podemos nos ver hoje?
Quero falar com você.
"Sim. Hoje à tarde estarei ocupado, mas depois das cinco podemos nos ver?"
Sim. Pode ser aqui?
"Tá, pode ser sim."
Fiquei offline e desliguei a tela do celular colocando ele de volta na mesa. Deito na minha cama com a minha câmera em mãos. Ainda é 12:00 ainda falta tempo daqui para às 17h. Começo a passar as fotos lembrando dos locais e das datas de onde foram tiradas. Entre fotos ou outras, eu achava uma do Jun, e no fim eu acabava me pegando sorrindo ao ver suas expressões e seus sorrisos. Por um momento eu esqueço da câmera e fico lembrando dos nossos momentos.
Mal espero a hora para ver ele. Cansei de ficar longe dele sem o tocar, sem conversar normalmente com ele. Quero ouvir e ver ele sem ser pelo celular. Sinto que não posso esperar, não posso ficar me enganando e dizendo mentiras sobre o que eu quero, porque o que eu realmente quero é ele, apenas ele.
°
Acordo assustada com a minha câmera em cima da cama perto de mim. Por pouco eu não a derrubei de cima da cama. Me levanto correndo indo até a mesa para pegar meu celular pensando que já são 17:00 horas, mas ainda bem é apenas 16:00. Largo o celular na mesa e resolvo tomar um banho e lavar o cabelo. Preciso relaxar um pouco.
Após tomar o banho, começo a me arrumar ao som da minha playlist. Visto um vestido soltinho que me deixa confortável. Penteio os meus cabelos os deixando solto e enquanto as horas não passam fico ouvindo música.
A campainha começa a tocar e eu estranho vendo que ainda era 16:40, pensando que fosse Jun que chegou mais cedo do que o combinado, caminho em direção a sala.
— Oiê! — abro a porta animada pensando que fosse um deles, mas me assusto ao ver meus pais irritados na minha frente. — O que...
Sou interrompida por uma ardência em minha bochecha, me fazendo virar o rosto. Quando eu olhei para os dois de volta, vejo minha mãe com o braço levantando já dentro do apartamento e o meu pai logo entra fechando a porta atrás de si.
Minha mãe tenta me acertar um tapa novamente, mas eu dou um passo para trás desviando do tapa, o que só fez ela se irritar mais.
— Não acredito que você fez aquilo! — fiquei sem entender e então me toquei de que eles sabem sobre o meu pior pesadelo. — Manchou o nome da sua família e a nossa imagem por conta das suas merdas. Eu e o seu pai te criou para você ser uma vadia por acaso?
Meus olhos transbordam de lágrimas fazendo eu enxergar embaçado. Ela segura os meus braços com força e em seguida me acerta outro tapa, e me empurra no chão com força.
— Você se tornou uma vagabunda. Além de inútil, só trouxe problemas para a nossa família. Sabia que esse negócio de viajar o mundo só era uma desculpa para você vadiar e dormir cada dia com um.
Ela se agacha no chão e eu cubro o meu rosto com os meus braços.
— Eu avisei ao seu pai que te mimaram demais, e agora você se tornou isso. — minha mãe tenta puxar os meus braços mas não desisto. — Por que não mostra o rosto agora em? Na hora de fazer aquela merda você não teve vergonha de mostrar o rosto.
Ela se levanta e antes que me batesse novamente, eu me levanto ficando de costas para ela, e nesse mísero segundo minhas costas e acertado por algo pesado me derrubando no chão.
— Deixa eu explicar. — falo entre o choro tentando me levantar, mas tudo o que eu consigo é mais dor nas costas.
Olho no chão a procura do que ela me acertou e vejo que é o vaso com o mini cactus que os garotos me deram agora em pedaços no chão junto com a terra e pedaços do vaso.
— O que você vai explicar, em? Você vai inventar uma desculpa pensando que a gente vai acreditar, você está muito enganada.
— Não fui eu! — me levantei mordendo meus lábios para impedir de gritar de dor. — Não estou inventando nenhuma mentira, meu perfil foi hackeado.
— S/n onde nós erramos? Demos a educação que não tivemos, demos tudo o que você queria para isso acontecer. — diz meu pai se pronunciando pela primeira vez ignorando tudo o que eu disse.
— Pai, aquilo não aconteceu porque eu quis. Não foi eu que postei...
— Como não? Foi postado em seu perfil do instagram. E se eu bem vi era você naqueles vídeos e fotos. — pela a voz dela além de raiva ela estava magoada.
E quem deveria estar assim era eu, meus próprios pais não conseguem me entender e nem acreditam em mim.
— Quantas vezes eu já te disse s/n que se tem coisas na internet que não se tem como apagar? Sempre vai ficar lá para todos verem a merda que você cometeu, inclusive você.
— Vocês nunca acreditam em mim, não é mesmo? Eu já falei que não fui eu. Meu perfil foi hackeado e alguém seguiu eu e o meu namorado para onde nós estávamos. — tento explicar mas tudo o que eu consigo é um chute nas pernas. — Vocês tem que acreditar em mim. Minha inocência já foi provada.
— Mas você deixou isso acontecer como sempre. Deveríamos ter te abortado quando tivemos a chance. Criamos nossa filha para se tornar um inútil, vadia e problemática. Que nem ao menos consegue seguir os exemplos dos primos dela. E espero não ver a sua cara jamais, e saiba que na nossa casa você nunca mais será bem-vinda.
Aquelas palavras doem assim como os machucados que ela fez questão de deixar no meu corpo.
— Saiam da minha casa agora! — gritei os expulsando.
Eles então saem deixando a porta aberta, enquanto eu fico lá parada. Lembranças de quando eles me machucavam com palavras quando criança, veem a tona me trazendo uma dor de cabeça. O mini cactus que os garotos me deram agora está destruído, tudo por culpa dos meus pais.
— S/n o que aconteceu? — escuto a voz do Jun e me viro vendo ele parado na porta me olhando com um olhar assustado.
Ele fecha a porta e vem até mim em passos rápidos. Jun coloca as mãos em meu rosto, mas eu viro o meu olhar olhando para outro lugar sem ver os seus olhos.
— Não foi nada demais. — respondo e uma lágrima teimosa escorre pelo o meu rosto e ele a limpa.
Jun segura o meu queixo o virando me fazendo olhar em seus olhos.
— Temos que te levar para o hospital.
— Não, eu estou bem. — passo a mão pelos os meus olhos impedindo de outra lágrima cair.
— S/a...
— Eu estou bem de verdade.
Me assusto ao ser pega em seu colo. Jun me leva até o meu quarto me colocando na cama.
— Se você não quer ir ao hospital, eu vou cuidar de você então. — ele pega a minha câmera de cima da cama e coloca na mesa.
— Jun você não precisa fazer nada.
Ele negou com a cabeça.
— Se você não vai dizer o que aconteceu, me deixe então cuidar de você.
Enquanto Jun ia buscar sei lá o que, tiro o meu vestido ficando apenas de sutiã e com o short que eu utilizo sempre quando uso vestido ou saia. Jogo o meu vestido sujo no chão, e assim que me ajeito na cama, Jun chega com algodão e álcool em mãos. Ele coloca as coisas em cima da cama e em seguida pega uma pomada dentro da minha gaveta.
Jun fica de joelhos em cima da cama e pega o algodão molhando um pedaço no álcool. Em seguida ele senta próximo a mim.
— Aí! — gemo de dor assim que ele passa o algodão em meu rosto.
— Sei que dói, mas tenho que limpar.
Após acabar com o algodão, Jun começa a passar a pomada em hematomas visíveis. Sua mão ao entrar em contato com minha pele me fez ficar arrepiada.
— Preciso que você se vire para poder passar nas suas costas. — diz ele e eu me viro ficando sentada de costas para ele.
Assim que ele começa a passar a pomada no meio das minhas costas sinto dor.
— Aí! — exclamo de dor me levantando da cama, mas ao fazer isso na rapidez sinto uma pontada nas costas.
— Me desculpe s/n, deveria ter passado um pouco mais devagar.
— Não se desculpe. — suspiro. — Meus pais descobriram tudo, e aí eles vieram aqui para a Coreia e foram eles que me deixaram assim.
Me sentei novamente na cama e olho para Jun que está com os olhos arregalados. Seus lábios tremem, mas ele não fala nada. Ele pega a minha mão fazendo carinho.
— Sabe aquele dia em que vocês pensaram que eu tinha sofrido um acidente?
— Sim, impossível esquecer.
— Naquele dia, os meninos viram uma postagem de um site do Brasil falando sobre o ocorrido. Então saí para resolver isso, para que eles tirassem aquilo do ar antes que os seus pais viessem, mas isso aconteceu tarde demais.
— Obrigada por pedir que tirassem. — agradeço mesmo que meus pais tenham visto, ele pelo menos se importou para que eles não vissem.
— Não acha melhor irmos na delegacia? Ou mesmo no hospital?
— Eu vou ficar bem Junie. — paro de falar ao perceber que o chamei pelo o apelido. — Se eu ir na delegacia é capaz de meus pais me atormentar ainda mais, e eu vou ficar melhor.
— Ok. — ele tira a sua mão da minha na intenção de levantar, mas o impeço o segurando.
— Sei que eu senti dor, mas preciso que passe a pomada nas minhas costas.
Jun senta novamente na cama.
— Aperte minha mão se precisar. — ele estende a mão direita na minha frente enquanto com a esquerda ele passa a pomada.
Mordo meus lábios impedindo de fazer qualquer barulho e seguro a sua mão apertando ela.
— Pronto.
Ele tira a mão das minhas costas e eu solto sua mão.
— Vou lavar minha mão e limpar aquela sujeira na sala. — diz saindo rapidamente do meu quarto.
Após tomar coragem, me levantei indo até o meu guarda-roupa pegando uma camiseta que ficava grande em mim parecendo um vestido. Caminho em direção a sala e vejo Jun limpando os cacos do vaso do cactus e a terra.
— Será que ele ainda sobrevive? — perguntei e ele dá um sobressalto se assustando.
— Não sei, vou colocar em outra vasilha. — ele sai carregando a terra e o mini cactus em mão.
Enquanto ele não volta, termino de limpar os cacos e o resto da terra colocando tudo em um saco de lixo.
— Por que não deixou aí? Eu ia terminar de limpar. — Jun fala pegando a vassoura, pá e o saco de lixo da minha mão.
— Eu não estava fazendo nada, não ia custar nada se eu terminasse de limpar.
Jun leva as coisas para o quartinho guardando, e joga o saco na lata de lixo. Quando ele se vira e eu olho para a sua mão direita vejo sangue escorrendo de um dos dedos.
— Você se cortou? — falo pegando em sua mão e o puxando em direção a cozinha. — Precisamos limpar isso.
— S/a, não é nada. — ele diz ao pararmos em frente a pia e eu balanço a cabeça.
— Como assim não é nada? Você se cortou.
— É só um corte pequeno. Eu pensei que tinha parado de sangrar, logo, logo ele para de sangrar.
Procuro o band-aid que eu sempre deixo na gaveta para caso eu me cortasse, mas não encontro nenhum.
— Tinha um aqui. — murmuro procurando em todo o armário.
— S/a não precisa é sério.
Me viro colocando minhas mãos na cintura, olhando sério.
— Se fosse eu no seu lugar você também iria querer cuidar desse pequeno corte. E você diz que ele é pequeno, mas quantas pessoas já devem ter morrido por uma infecção de um pequeno corte?
Jun revira os olhos e lava a mão na pia.
— Pronto tá vendo? — ele me mostra o dedo que parou de sangrar por um segundo e logo começou a sair mais sangue. — Fala sério?
Deixo ele lavando o dedo e caminho até o quarto procurando o band-aid. Encontro um na gaveta e corro em direção a cozinha.
— Achei um! — falo animada indo até ele que fechou a torneira. Após Jun secar a mão, coloco o band-aid. — Prontinho.
— Tudo isso por um corte. — ele murmura.
— Eu escutei em. — largo a sua mão e me viro indo atrás do que comer.
Sinto passos atrás de mim e logo em seguida os braços de Jun estão agarrados em minha cintura. Minhas costas batem em seu peito e ele coloca a cabeça apoiada em meu pescoço..
— Muito obrigado. — ele diz baixo de um jeito rouco e sexy.
Me viro sem desgrudar dele e suas mãos em que estava em minha cintura ainda continua lá. Agora sinto que estamos completamente colados, a não ser por nossas bocas que estão a um centímetros uma da outra. Nossos olhos se encontram e em nenhum momento tirei os meus olhos do dele. Jun engole em seco e revisa o olhar entre os meus olhos até a minha boca.
Eu desejo que ele me beijasse agora, me tomasse em seus braços e me beijasse até nós ficarmos sem ar. Isso é pedir muito?
Jun se aproxima cada vez mais e eu faço o mesmo, e quando nossos lábios se tocam ele se afasta bruscamente, tirando os braços ao redor de mim.
— S/n me desculpe. — ele diz sério e tudo o que eu queria era que ele não se desculpasse.
— Não precisa se desculpar. Está tudo bem. — me viro novamente e foco em finalmente procurar algo para comer.
Jun sai da cozinha me deixando sozinha, onde enfim eu posso pensar. Não tinha muita opção do que fazer, então resolvi esquentar uma lasanha congelada que eu tinha guardado na geladeira. Coloco no microondas o deixando esquentar, e enquanto a máquina fica girando o prato fico pensando que em questão de segundos atrás eu e ele ainda poderíamos estar nos beijando, se ele não tivesse se afastando é claro. Não sei como está a nossa relação depois de três dias atrás, eu pedi um tempo e agora o chamei aqui para conversar, mas depois que meus pais chegaram e desde então ele cuidou de mim, não nos falamos nada.
O microondas apita mostrando que o prato já está pronto, e o tiro de lá de dentro levando até a pia. Quando eu ia chamar o Jun para vir à cozinha, ele aparece.
— Quer? — ofereço um pedaço que estava no prato que eu deixei para ele.
— Não está muito cedo para você jantar? — pergunta se sentando à minha frente na mesa.
— Nunca é tarde e nem cedo para a comida. — respondo comendo o meu pedaço.
Jun pega o prato e o garfo e começa a comer a lasanha. A todo momento preferi olhar para o meu prato ao invés de olhar em sua cara e dizer nada.
— Minha camiseta. — ele diz e eu levanto o olhar em sua direção sem entender. E então vejo seu olhar na camiseta em que eu estou usando. — Esqueci como você fica perfeita nela.
Sorri fraco.
— S/a, por que você me chamou até aqui? Creio que não seja por conta da lasanha.
Me levanto pegando meu prato e o dele o levando até a pia. Começo a lavar os pratos e em seguida escuto o barulho da sua cadeira se arrastando no chão. Coloco os pratos já lavados para escorrer e secar e me viro encarando os seus olhos que eu tanto amo, e sempre amarei.
— Eu tinha te chamado aqui porque eu cansei de ficar longe de você. — suspiro fechando os olhos decidindo rapidamente como continuar. Abro os olhos e termino: — Eu tentei mentir para mim mesma, tentei te odiar de todas as formas ou esquecer você, mas não posso mentir para mim mesma para sempre. Não consigo fingir que não te amo e que sinto saudades. Eu quero apenas uma coisa, uma coisa que eu nunca quero perder, você.
Foi rápido quando seu corpo colou o meu novamente. Jun me olhou nos olhos como se visse algo através deles, e em seguida colou nossos lábios iniciando um beijo. Esse passava a sensação de saudade, de amor. Tudo o que eu queria está acontecendo nesse mesmo momento.
Nos afastamos com selinhos e assim que encontro os seus olhos ele sorri.
— Você não sabe quantas vezes eu quis mandar mensagens para você. Quantas vezes eu quis vir aqui te ver. Eu só sabia mais sobre você quando os meninos diziam. Droga, Donghun sabe o quanto sentia sua falta o quanto eu me odiava.
— Eu sei, Donghun me dizia tudo. E isso me fez perceber que precisava ver e falar com você logo.
— Ah s/a, você não sabe o quanto eu te amo.
Sorri e coloquei meus braços atrás de seu pescoço.
— Que tal assistirmos um filme?
— Pode ser.
Seguimos para a sala, e sentamos no sofá juntos colocando um filme. Jun e eu ficamos agarrados um no outro enquanto assistimos um filme de comédia. Com ele, minhas costas até estavam começando a parar de doer.
Várias notificações começaram a cair no celular do Jun. Ele então tirou os braços ao redor de mim e pegou o celular em cima da mesinha de centro. Ao ver o celular, Jun se levantou rápido e eu me sentei no sofá sem entender.
— O que foi? — pergunto preocupada pensando que fosse alguma coisa séria.
— Eles descobriram! — ele se vira para mim com um sorriso no rosto e me puxou fazendo me levantar.
— Eles descobriram o que? — pergunto sem entender nada.
— O hacker amor, eles descobriram quem é!
Sinto meus pés serem tirados do chão e em seguida meu corpo é rodado no ar. Jun me coloca no chão e em seguida me beija tirando meu fôlego. Ao separamos Jun cola nossas testas e sorri e eu faço o mesmo.
— Finalmente! — pulo em seu colo entrelaçando minhas pernas em sua cintura, e assim colo os seus lábios no meu novamente o beijando.
°
Acordo ao lado do Jun e vejo que ainda está escuro lá fora. Me levanto para ir no banheiro fazendo o menor barulho o possível para não o acordar, e ao voltar ao quarto faço a mesma coisa.
Ao deitar na cama e me cobrir, sinto seus braços rodearem minha cintura me puxando para o seu peito.
— Não pense que vai escapar de mim. — diz ele baixinho com a voz sonolenta.
— Não vou a lugar algum. Espero que não tenha sido eu ter te acordado.
— Não foi você, eu já estava acordado quando se levantou. — ele leva a mão até meu cabelo brincando com uma mecha.
Me aconchego nele e fecho os meus olhos tentando voltar a dormir. Jun continua a mexer no meu cabelo, começando a cantarolar trechos de uma música que eu reconheço ser clover.
— Você é a garota da minha vida
Você é o meu único amor
Você é meus olhos azuis do oceano
E com esses trechos durmo.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top