Capítulo 45

As risadas vindo da cozinha não me atrapalharam enquanto Eva continuava a me mostrar suas bonecas, todas com nomes em ordem alfabética e levando carinhosamente o nome de frutas. A pequena menina loirinha havia se acostumado com a minha presença, para todos os efeitos eu era o "Tio Magnus" o cara dos biscoitos de amendoim. Por não está familiarizado a crianças, era estranho no início ser recebido dessa maneira, mas as pequenas mãozinhas agarravam você com força e quando se der conta já será a marionete de uma criança de 4 anos.

— E essa é a Moranguinho — ela enfiou a boneca de cabelo rosa na minha cara.

— É claro — que previsível — E essa? — apontei para outra boneca de cabelos azuis.

— Essa é a Blueberry, o papai me deu ela ontem, mais uma pra coleção — ela sorriu animada, escorregando do sofá para pegar sua caixa de brinquedos no chão.

Pai, Corine e Caio fizeram um ótimo trabalho na criação da pequena, e Sabina a ama mais que qualquer coisa. Um casal perfeito, para uma criança perfeita. Minha mãe está mais que ansiosa para conhecer a Eva desde que Corine comentou ter uma irmã, mas eu evito. Dramática e persuasiva do jeito que é, o assunto "netos" viria à pauta e eu com certeza não preciso da minha mulher constrangida.

— Animado por conhecer toda a horta frutífera dela? — falando nela.

— Essa coleção não acaba? — sorri para Eva que me olhou animada demais, o que só comprova que não, essa coleção não acabaria tão cedo.

— Eu tenho mais, vou buscar! — ela esfregou as mãozinhas uma na outra e correu escadas acima.

— Não corra Eva, você pode cair! — Corine a repreendeu e um sonoro "tá" foi ouvido do andar de cima.

— Como foi a conversa? — ela suspirou se aninhando a mim no sofá, com o fardo do trabalho de conclusão e a farmácia ocupando todo o seu tempo passamos mais tempo afastados. O que mudou na quinta quando ela entregou seu trabalho, mas ela vem andando mais carente e manhosa o que faz meu lado protetor sobre ela aumentar.

— Eu não estava vindo lhe contar um grande segredo — ela soltou uma risada nasal, e ergueu a cabeça, nivelando seus olhos ao mesmo nível que o meu — O que seria de mim se eu não tivesse o Caio? Se não tivesse meus amigos ou você?

— Devo questionar sua sanidade? — provoquei e ela sorriu.

— Ele disse que chegará uma hora antes para ser o primeiro na fila a me aplaudir. E que se você roubar o lugar dele, ou gritar mais alto ele chutaria o seu traseiro.

— Eu não ousaria — abracei sua cintura e ela se apoiou no meu ombro.

Acariciei sua cintura coberta por mais um macaquinho, dessa vez vermelho. Eu havia mantido meu lado dominante sobre ela de lado, por mais que fosse difícil não tê-la aos meu pés, me implorando para beijar minha mão como eu havia lhe ensinado. Ela precisava focar em suas questões, sem toda a intensidade que eu tirava dela. Ou então fora das nossas sessões, dormir com ela, o simples ato era capaz de tornar minhas manhãs melhores. A terceira vez que ela dormiu comigo a peguei acordando cedo para escovar os dentes e arrumar o cabelo, e logo depois voltar para a cama como se nada tivesse acontecido. A peguei no flagra no seu segundo ritual e pude jurar que nunca a vi tão vermelha de vergonha enquanto eu sorria de seu embaraço.

— Pensei em algo para o domingo — eu não havia pensado, a ideia já vinha na minha cabeça a semanas, eu só estava esperando a oportunidade perfeita — Quero testar outro lado seu.

— Que lado? — suas bochechas ganharam um tom rosado, com certeza lembrando de seu outro lado explorado no clube.

— Isso você só saberá no domingo — ela tentou protestar, mas eu à silenciei apenas com um olhar. Ela não conseguiria arrancar nada de mim de qualquer maneira.

— Tio Magnus! — o gritinho animado soou pelas escadas e Corine se apressou em se sentar corretamente já que estava quase sentada sobre mim.

— Oi pequena — me curvei para alcançar o lóbulo da orelha da mulher ao meu lado que sorriu fracamente — Gosto quando me obedece, mas eu não notaria problema nenhum em ter você montada em mim.

— Mag...— ela se interrompeu surpresa, mas sorriu quando Eva apareceu na sala com mais uma caixa de brinquedos.

Eu havia me transformado em um tio caseiro sem ao menos perceber.

[...]

Me surpreendendo ao obedecer sem questionamentos, Corine dormiu comigo no sábado à noite. Passamos a tarde passeando no parque e a noite eu preparei o nosso jantar com sua ajuda — cortando cenouras é claro — eu estava ansioso para tê-la novamente dobrada aos meus pés, mas seu cansaço expulsou qualquer ideia mirabolante da noite de minha cabeça. Insistindo em ver Jurassic Park ela não chegou nem aos 15 minutos do filme, já estava dormindo encostada em mim.

Se passava das 10:00 quando ela me encontrou limpando a pia da cozinha, nunca era só sobre cozinhar, o ambiente sujo sempre me deixou inquieto. Seu cabelo escuro estava revolto como se ela tivesse passado a noite lutando com alguém, suas bochechas marcadas do travesseiro, e os olhos ainda perdidos. Seu pijama roxo estava amarrotado e me dava uma pequena visão do início dos seus seios, pelo tecido está todo fora do lugar.

— Ainda consigo um café, ou já passou do horário? — ela sentou-se na cadeira, apoiando o rosto na ilha da cozinha — Mais uma noite dessa e recupero todas as minhas energias.

Sorri virando-me de costas, eu esperava ansioso que ela tivesse cheia de energia até o cair da noite, iria precisar.

— Bom dia para você também, amor — seus olhos sonolentos se ergueram e ela sorriu.

Infelizmente, mesmo tendo sido criado com amor, carinho e mais atenção do que o necessário, eu não me tornei o homem extremamente carinhoso que se era esperado. Minha forma de demonstrar amor era totalmente diferente, na ação, no dia a dia, no cuidado e proteção. Mas eu estava tentando fazer uso das palavras, pela mulher a minha frente eu estava.

— Então senhor chefe, o que vai me servir hoje? — uma euforia em chamas me tomou por seus lábios pronunciarem a simples palavra "senhor". No passado eu exigia isso, nunca Magnus, nunca você, apenas senhor ou mestre. Mas eu havia mudado as regras do meu jogo, com a Corine eu havia mudado e estava completamente certo...mas não podia ser hipócrita comigo mesmo, mesmo se tratando de uma brincadeira, vê-la me chamar de senhor eleva o meu ego e excitação, e muito.

— Muffin de Blueberry e limão em homenagem a Eva. Omelete com linguiça e chá gelado — seu rosto se contorceu em careta com a menção do líquido — Você passou a semana à base de cafeína.

— Não me lembre isso, por favor. Isso é uma mancha no meu histórico nutricional — ela me esticou sua mão e eu a agarrei, recebendo outro sorriso em troca. As vezes eu me sentia muito mais velho que ela, mesmo que esteja nos meus 32 anos, e isso só aumentava meu territorialismo e proteção sobre ela.

— Seu cabelo está crescendo de novo — mencionei beijando o nó entre seus dedos e ela resmungou.

— Irei cortar novamente, me dá menos trabalho e eu gostei dele curto — ela recolheu sua mão e agarrou o garfo.

— Está ansiosa? — lhe dei as costas novamente terminando meu serviço na pia.

— Sara está mais ansiosa que eu, acredita que ela não me deixou ver o vestido? Todas as provas têm sido vendadas. Eu nem ao menos sei a cor — ela pontuou, e tentei fingir normalidade. A ideia de ter ela vendada por alguém que não seja eu, mesmo que se tratando de sua amiga, me incomodou.

— Tenho certeza que ela fez um ótimo trabalho, além do mais — me virei — você combina com qualquer coisa. Nosso compromisso da noite ainda está de pé, e você usará o que eu escolher para você. — não era um pedido, não era uma sugestão, era uma ordem precisa e ela sabia disso. Assim como também sabia que não deveria me contrariar, depois de tantas punições ela finalmente parecia ter compreendido como as coisas funcionavam. Até porque ninguém aprende a ser submisso, ele nasce assim, apenas aprimora o que já possuía.

— Posso saber onde iremos? — suas bochechas se encheram com Muffin e eu sorri de lado. Ansioso demais, mas contente por ter um controle no mínimo bom para não lhe contar tudo. Eu quero ver sua expressão, e como ela vai reagir.

— Porquê você é tão curiosa? — me curvei sobre a ilha, apoiando minhas mãos e ela deu de ombros, me abaixei e provoquei seus lábios com os meus, o que fez ela sorrir e erguer sua cabeça, me dando total acesso a sua boca carnuda.

[...]

Estava a mais de meia hora sentado na sala esperando a Corine ficar pronta, eu esperava que minha ansiedade estivesse contida. Eu nunca sabia exatamente o que esperar dela, ela poderia gostar, me deixar mostrar ou sair correndo, apesar que a última opção fosse a mais provável.

— Magnus! Preciso de ajuda — o grito irritado vindo do quarto me fez caminhar pelo corredor e parar no batente da porta do meu quarto.

Corine estava de costas para o espelho, o vestido aberto até sua cintura e com uma clara expressão de ódio, me divertindo com a situação eu me aproximei.

— Pois não? — bati meus cílios inocentemente.

— O vestido não fecha — ela suspirou abrindo os braços e me dando as costas.

Suas costas estavam nuas, com o detalhe apenas da cinta liga preta exigida por mim em sua cintura. Dei um passo em sua direção, e segurei a parte superior do vestido e puxei o zíper o fechando, porém não a soltei. Passei meus braços ao seu redor, espalmando minha mão em sua barriga, sentindo a bandagem acetinada do vestido.

— Não estamos atrasados? — sua mão agarrou meus braços, mas desci minha mão para entre suas pernas, como exigido ela usava uma calcinha com uma fenda na virilha, onde facilitaria meu acesso mais tarde — Isso é necessário? Digo...eu estou de vestido e...

— Você está linda, gostosa e — esfreguei meus dedos em sua carne macia, não me aprofundando — receptiva. Está pronta?

— Pra que? — sua voz saiu mais como um gemido e ri na curva do seu pescoço.

— Para irmos Corine — ela fugiu dos meus braços e se pôs na frente do espelho novamente.

— Um segundo, eu prometo, vai ser rápido. — seu rápido demorou mais 30 minutos enquanto ela arrumava seu cabelo, e colocava a gargantilha com um M pequeno. A mostra de que os meses a fizeram melhorar o que ela já possuía, é que ela não questionou sobre a jóia, mas não quis me aventurar. Sei perfeitamente que um colar com o meu nome nunca seria usado por ela, disso tenho certeza...o que não significa que eu ainda não mantenha esperanças.

Pronta, ajudei ela a colocar seu casaco e agarrei sua mão. O trajeto até o local foi feito em grande silêncio, mas notei seu nervosismo, provavelmente ela não percebeu, mas seus saltos de solas vermelhas a todo instante batucavam incansavelmente.

Adentrei a residência após dizer meu nome ao segurança que guardava o portão. Corine praticamente enfiou seu rosto no vidro do carro olhando o exterior, ela estava bonita no vestido vermelho, diferente do que ela veria lá dentro eu não sentia a necessidade de expô-la mais do que seria o confortável para ela. Eu nunca me perdoaria, e ela me odiaria.

Desci do carro, e ofereci minha mão para ajudá-la a descer. Sua mão estava fria e transpirando, seus olhos cobertos por uma fina camada de maquiagem estavam arregalados olhando os carros estacionados. Já eu vibrava por dentro, isso era excitante para porra, e eu esperava que ela sentisse o mesmo.

— Onde estamos? — ela olhou ao redor enquanto caminhavámos até a entrada do local — Não é mais uma das festa da Sra. Campbell, é? — ela apertou meu bíceps — Ela me pareceu legal, mas não sei se quero ir em outro daquele evento.

Sua fala jogou um balde de água fria em minha euforia grotesca. A olhei enquanto ela admirava a fachada da mansão.

— Se você não se sentir bem é só me dizer e vamos embora, entendeu? — fiz questão de reforçar. Mesmo confusa ela assentiu.

Acostumado, recepcionei dois sádicos sentados perto da adega. O olhar curioso deles sobre a mulher ao meu lado não passou despercebido, e tenho certeza que ela notou, pela forma que se aproximou ainda mais a mim.

— Tenho certeza que os senhores gostam de onde suas órbitas se localizam, seria interessante preservá-las — mencionei subindo as escadas.

— Você não iria arrancar os olhos deles — Corine mencionou quando estávamos no corredor, e eu agarrei sua nuca, puxando seu rosto para mim. Surpresa lhe atingiu, e seus olhos deslizaram pela minha boca.

— Eles não precisam saber — ela sorriu e eu pressionei minha boca a seus lábios tingidos de vermelho — E é senhor. — seu rosto iluminou em luxúria e ela assentiu.

— Sim senhor

— Boa menina.

Continuei a conduzi-la até o andar superior onde havia um amplo salão. Não surpreso com o que via, mas temeroso pela reação da minha namorada, olhei para Corine que tinha os olhos arregalados e as bochechas entregando todo seu constrangimento. Ela deu um passo para trás, e sua mão se firmou em meu braço.

— Que porra é essa? — surpreso por vê-lá xingar a agarrei, seu corpo ainda estava tenso dentro dos meus braços, suas costas coladas ao meu peito.

— Isso minha amada, é uma sessão em grupo. — ela analisou o local imparcialmente, a surpresa ainda tomando seu rosto.

Nossas cenas, sessões são privativas, apenas o Top e o Bottom. Mas a quem goste de sessões em grupo, mais pessoas vendo você dominar e submeter, analisando suas trocas de poderes.

— Ma... senhor — ela se corrigiu, e apertou forte a minha mão — Não vamos par...

— Eu só quero que você olhe, não sou exibicionista Corine. Vamos nos sentar — ela fez como pedido antes, andou um passo atrás de mim, demonstrando sua submissão, mesmo que estivesse contrariada com o barulho de sons molhados e do som autoritário da voz de outros top.

A sala não era tão clara, dando uma pequena, quase imparcial privacidade. A casa era de um empresário, dom a muitos anos e um apreciador do exibicionismo. Ele e a submissa estavam sempre presentes no clube, sua esposa não era apta à prática, por tanto nunca estava presente. Pelo Bdsm ser bem mais que o sexo, na verdade a penetração se torna um bônus, a tops e bottoms que são apenas isso, encenaçãoes em um jogo alto de intensidade e poder. Mas são casados com baunilhas, e levam uma vida feliz, com seus parceiros.

Me sentei na mesa mais afastada e escura, e Corine sentou-se ao meu lado. Suas unhas apertavam a palma de sua mão, e ela estava pálida. Mas notei a veia pulsante em seu pescoço, sua respiração estava ofegante e seus lábios entreabertos. Ela apoiou seu cotovelo na mesa, me ignorando totalmente enquanto olhava uma submissa ser amarrada, ela estava nua e sua boca amarrada, seu corpo parecia em uma grande inércia de prazer, a corda roçava sua vagina. Seu dom a olhava, feliz por vê-la a seus pés, sua bunda estava marcada com os açoites de couro, onde havia manchas roxas.

— Corine? — chamei e a garota ainda tinha seus olhos nas pessoas em seus pequenos mundos obscuros, sabendo que estavam sendo admirados. Contente por minha noite ter saído como esperado, movi minha mão para baixo da mesa, suas coxas estavam unidas, e eu a obriguei a afastá-las, ganhando um suspiro com isso. Minha mão se fechou sobre sua buceta exposta pela calcinha, testei um dedo e não me surpreendi em encontrá-la molhada — Me parece que você é uma ótima voyeur — testei outro dedo e finalmente ganhei sua atenção, confusa e excitada — A dois fetiches dentro do Bdsm. Exibicionismo e Voyeurismo. Pessoas que gostam de se expôr, que se sentem bem em serem prestigiados e vistos durante suas sessões. E pessoas que gostam de dar uma espiadinha, que sentem prazer em ver outra pessoa receber. — esfreguei seu monte de nervos com a ponta do meu dedo e ela colocou a mão sobre a boca, contendo seu gemido. Sua pele estava suada e sua respiração ofegante.

— Então eu sou uma Voyeur, senhor? Porque isso...isso é demais para mim — suas pupilas estavam dilatadas, e eu me recompôs, meus dedos com o gosto da sua buceta passei sobre os meus lábios e a beijei rapidamente.

— Só estamos começando a noite — suas pernas novamente se uniram, mas eu as afastei, e apertei forte sua coxa.

— Não ouse — mantive minha mão entre suas pernas, porém sem encostar em sua intimidade exposta.

A contragosto ela voltou sua atenção para a frente, seu rosto ganhando cor com o sub que tinha suas mãos e pescoços aprisionados pela canga. O objeto de madeira bastante parecido com os de castigo em praça pública na antiguidade. Sua domme sádica açoitava sua bunda exposta com um quirt, que é um açoite com três chicotes presos a um cabo longo. Certamente ele estava sendo disciplinado.

Como a ótima Voyeur que eu suspeitava que a Corine fosse, novamente ela procurou o contato da minha mão, empurrando seu quadril mais a frente. Um simples olhar foi o suficiente para contê-la em seu lugar, suas coxas estavam tensas e eu via a hora de ela gozar sem ao menos ser tocada. O que eu logicamente não permitiria, a noite mal havia começado.

— Podemos ir embora, senhor? — sua voz saiu baixinha e eu apertei sua coxa novamente, ganhando um gemido trêmulo.

— Quando estiver na hora de irmos embora você saberá. Levante -se — ordenei e ela se apoiou na mesa para isso, suas pernas trêmulas não a ajudavam.

Andei pelo local com Corine um passo atrás de mim, ela mal parecia piscar e eu estava sempre de olho nela. Eu via a curiosidade de alguns conhecidos e eu não queria que a Corine os conhecessem, a maioria é sádico, apreciadores e que sentem prazer sexual da humilhação e sofrimento físico. Meu lado sádico não é algo que eu aprecie, mas as vezes é necessário para punir a Corine corretamente. Meu grande desejo é na troca de poderes entre um top e um bottom, nas sessões, nas cenas, na dominação.

Uma submissa estava sobre a mesa de apreciação, seu corpo mumificado por cordas, seus olhos continham lágrimas, e ela apenas encarava seu mestre. Segurei a mão da Corine quando ela fez um movimento para seguir para mais perto.

— Aqui está bom — minha voz saiu mais rouca do que o normal, e ela assentiu sem me olhar. Certas coisas eram demais para ela, disso eu não tinha dúvidas e não estava a fim de forçá -la a isso.

Cumprimentei o dono da casa e apreciador das sessões de exibicionismo. Como eu havia lhe ensinado, a Corine não o olhou nos olhos, seu rosto permaneceu focado no chão e isso me encheu de um prazer descomunal, onde decidi que ou a tirava daqui, ou a possuiria em cima de uma dessas mesa.

[...]

— Eu não tinha visto isso — Corine mencionou me vendo pegar a bolsa no banco de trás do carro. Não queria, mas não teve como não sorrir, agarrei seu queixo em minha mão e a beijei.

— Você estava focada em outras coisas, vamos — não precisei ajudá-la a descer pois ela praticamente saltou do carro. Resolvi não estimulá-la até o local, ela é extremamente sensível e receptiva, não duraria nada.

Como o ótimo apreciador da inovação que sou, resolvi que não passaríamos a noite em casa hoje. O motel temático parecia algo bobo, mas eu queria lhe dar uma experiência a mais.

— Nunca estive em um motel, muito menos um assim — ela pareceu em dúvida se deveria segurar minha mão, ou me seguir um passo atrás. Agarrei seu braço, o enroscando ao meu.

— Amo você — beijei sua testa, o que pareceu lhe relaxar — Fora das sessões quero você sempre ao meu lado, sempre — fiz questão de reforçar.

— Eu também amo o senhor — Deus...eu acabaria morrendo de síndrome das bolas azuis.

Como eu já havia deixado tudo certo, só foi preciso pegar a chave do quarto. O motel era sofisticado, e novamente senti vontade de rir ao ver a mulher ao meu lado fissurada pelas luzes vermelhas do elevador.

Tranquei a porta assim que entramos e ela olhou a decoração ao nosso redor. Tudo em tons de preto e vermelho, mesmo não me agradando não podia julgar o decorador, lhe pediriam algo fetichista.

— Vire-se de costas — joguei minha bolsa sobre a cama e a abrir, pegando o arreio de quadril com algemas em couro. Me aproximando puxei o zíper, deslizando o vestido por sua pele arrepiada. Em cima de saltos e cinta liga, minha mulher se transformava na segunda maravilha do mundo, porque a primeira já era ela em si.

— Minha formatura é amanhã — confuso me ajoelhei, e ela me olhou por cima — As marcas — o rubor em seu rosto, me fez acertar sua bunda.

— Não vou deixar nada visível — era o seu grande dia, e não seria eu a estraga-ló — Mãos para trás — ela me obedeceu de prontidão. O inchaço dos seus seios já possuíam o bico extremamente duro e isso me causou satisfação.

Prendi o arreio em seu quadril, e prendi suas mãos consideravelmente para trás. Acertei sua bunda novamente, a assustando e beijei sua nuca quando levantei. Agarrando a sua mão a encaminhei para o centro, onde o cavalete de madeira estava. Ela olhou para aquilo como se eu tivesse lhe mostrando um caso criminal, mas não recuou.

— Qual sua palavra de segurança? — agarrei sua cintura para poder lhe ajudar a subir. Seu silêncio me causou impaciência — Corine, você lembra?

— Nozes — ela sorriu de minha frustração.

A montei sobre o cavalete de madeira, e seu gemido me aqueceu por dentro. Ela tentou se mexer, mas sua buceta roçava ainda mais sobre o móvel de madeira. Prendi suas pernas à base do móvel, cuidando para que ela não caísse.

— Senhor — ela procurou os meus olhos — Não vou segurar por muito tempo.

Na verdade ela não demoraria nada, a fricção sobre o móvel lhe daria prazer, mas também logo a incomodaria a ponto de ser dolorido. Voltei para a cama e agarrei a pena e a venda. Empurrei delicadamente suas costas, e ela se encontrava deitada, aberta, e com sua bunda empinada, não resisti e mordi sua nádega.

— Você ainda vai me receber aqui, e vai implorar por mais — suas costas arquearam e eu passei a venda sobre seus olhos.

— Prefiro morrer — ela resmungou e apertei minha mão em sua bunda redonda e macia.

— Com meu pau indo na sua garganta duvido que fique tão arisca assim a ponto de me responder — a vibração em seu corpo não passou despercebido por mim.

Deslizei a pena por sua panturrilha, a prática de Tickling é quando usamos as cócegas para causar uma tortura erótica em nossos submissos. E eu estava a fim de puni-la, se a uma coisa que eu não tolero nessa vida é atrasos, e perdemos 30 minutos em casa. Os outros 30 eu não contaria, ela precisava de uma mão com o vestido.

Subi a pena por entre suas coxas, ela mordeu o lábio quando uma risada misturada à tensão se apossou de si. E novamente me surpreendendo descubro que minha safadinha tem um excitação sexual associada a cócegas. Ela se contraiu inteira quando deslizei a pena para entre suas pernas, sua boceta estava brilhando em excitação, vermelha da fricção do cavalete. Subi por sua bunda e um suspiro estrangulado abandonou sua garganta, e eu resolvi ir além.

Me curvando sobre seu corpo, eu beijei suas costas, enquanto a pena deslizava pelo centro da sua coluna. Ela se remexeu novamente, gemendo presa ao cavalete, me aproveitando de seus espasmos de prazer, eu mordi sua pele sedosa, devagar no início para testá-la e o que ganhei foi um gritinho excitado e surpreso.

— O que está fazendo comigo? — sua voz não foi nada mais que um sussurro.

— Calada, ou vamos iniciar tudo novamente — acertei sua bunda, que já possuía a marca das minhas mãos.

Mordi suas omoplatas, forte, esperando que ela me pedisse pra parar, mas não pediu. Mais uma prática aceita, biting. O lugar dos meus dentes tomariam um tom roxo amanhã então preferi não ir além, eu havia prometido sem marcas visíveis. Plantando outra mordida forte sobre sua cintura, ela gemeu e tentou se afastar da minha boca, o movimento fez sua buceta se pressionar no cavalete. Seu corpo estava suado, e seu sexo escorrendo, o que não demorou muito para que ela gozasse. Seu corpo estava relaxado e leve, porém subi a pena, passando por suas axilas, então descendo para próximo dos seus seios.

— Não — ela me pediu, mas não parei, ela teria que me dizer a palavra. A questão é que ela não queria que parasse, seu corpo estava estimulado e pesado de intensidade, mas ela queria continuar.

Belisquei seus mamilos pontudos e sua cabeça se moveu, extasiada. Desci minha mão por baixo do seu corpo, tocando suas costelas com a pena. Não foi necessário tocar sua buceta para que ela gozasse de novo, com o estímulo em sua barriga nua.

Desesperado por meu próprio prazer larguei a pena de lado, agarrei o cabelo da Corine em minhas mãos, recebendo um grunhido por seu couro cabeludo e a fiz me encarar de baixo. Seu rosto estava vermelho, e seus olhos marejados, os lábios inchados por serem mordidos pela dona e uma clara expressão de saciada.

— Está cansada? — ela assentiu enquanto eu me livrava da camisa e terno, lhe livrando do meu aperto em seu cabelo — Mas eu não estou, você é uma safada Corine, uma corrompida que aceita tudo que eu imponho — Tirei meu cinto, doente para marcar seu traseiro, mas ansioso para ser aquecido pela sua boca — Olhe pra você, presa e nua, como se sente? — desabotoei minha causa sentindo quase um alívio por me ver longe do aperto.

— Bem — seus olhos me percorreram enquanto eu liberava o meu pau do tecido. Minha mão se fechou ao redor da carne pulsante e eu me estimulei para provocá-la — Cansada, mas bem.

Suas mãos estavam presas, e ela apertava as unhas contra a palma, involuntariamente ela movia seu quadril em busca de alívio. Obviamente ela se arrependeria disso daqui a algumas horas, tomada pela dor e prazer ela me encarou.

— Acho que sou uma ótima Voyeur — não reconheci minha namorada que se constrange com qualquer coisa. Mas eu não podia julgá-la, minha mente suja queria lhe dobrar sobre o cavalete e foder sua bunda feito um animal enjaulado, lhe sujeitando aos nomes mais infames.

— Você é uma ótima Voyeur, amor — novamente a palavra — Abra a boca — ela me obedeceu de prontidão e eu esfreguei minha ponta sobre seus lábios, ela me ofereceu sua língua e eu agarrei o seu queixo — Já que você está tão apressada — apertei mais forte vendo seu rosto ser tomado por dor, e ela se mover mais sobre o cavalete — Vai me levar até a sua garganta, certo?

Ela assentiu, e porra ela fez.

Seus olhos lacrimejando não abandonaram um único segundo enquanto ela me chupava, sua boca quente e molhada era tão receptiva quanto sua boceta. Com esforço e desejo ela me levou fundo, e vê-la aprisionada abaixo de mim me levou ao delírio. Agarrei seu cabelo entre meus dedos, e soquei sua boca, inesperado por ela.

Próximo demais do meu próprio prazer, eu me retirei de dentro da sua boca, recebendo um olhar confuso. Desamarrei suas pernas do cavalete, e tirei o arreio e algemas. Livre ela sentou -se sobre o móvel e eu agarrei seu pescoço pressionando minha boca na sua. Suas mãos me agarraram forte e suas unhas com certeza deixariam marcas em minhas costas. Apertei suas coxas contra mim e a carreguei até a cama, a empurrei de quatro com o meu próprio corpo e agarrei seus seios sensíveis por baixo. Ela ainda estava com as meias, calcinha e salto e seu corpo estava avermelhado. Afastei suas pernas, e agarrei suas mãos para trás, seu rosto foi pressionado no colchão e eu bati meu quadril em sua bunda, sem aviso prévio, sem estimulação, ela estava ensopada pronta para me receber e seu gemido foi a coisa mais excitante e bonita que eu poderia ouvir. Sua buceta com certeza era minha segunda casa, e lugar preferido, quente, macia e minha, toda minha.

Me curvei pressionando minha boca em seu pescoço enquanto batia contra ela, e a mordi na curva do seu pescoço, não tão forte quanto eu queria, mas da forma que ela desejava. Sua buceta me apertou, se contraindo, gozando, e molhando com o seu prazer e eu me dei conta tarde demais que não tínhamos nos protegido enquanto me despejava dentro dela.

Quando suas pernas fraquejaram eu me joguei na cama e a puxei pra mim.

— Amor? — meu coração havia errado uma batida e eu tinha certeza que não era por nossa recente sessão.

— Sim? — tirei seu cabelo molhado do rosto.

— Preciso de água, banho, e dormir — ela se aninhou a mim e não tive como controlar a gargalhada que me tomou.

— Eu não durmo em motéis Corine — ela resmungou e eu me ergui, a puxando pra mim — Venha, eu vou cuidar de você.

Como ela mesmo havia dito, ela precisava de água, banho e dormir, depois do banho enquanto eu cuidava das marcas com Arnica ela dormiu. Eu havia trazido o pijama dela apenas por precaução e ela o usava enquanto eu dirigia pra casa. O que em breve eu esperava torna-se nossa.

Capítulo atrasado um dia especial dia dos namorados. Espero que vocês que namoram, estão solteiras, na seca, casadas, tenham aproveitado.

(O capítulo não foi postado ontem, porque vocês não me avisaram que era dia de dá atenção ao meu encosto ♥️)

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