Capítulo 43

Eu tinha certeza absoluta de que se fechasse os olhos e controlasse minha respiração, escutaria facilmente o ritmo frenético em que meu coração batia. Por sorte eu sabia que se tratava de nervosismo, porque do contrário arriscaria o palpite do início de um infarto.

— Está tudo bem? — Magnus perguntou enquanto passávamos pelo jardim da entrada da casa da dona Luna.

— Sim, é claro — forcei um sorriso, mas ele não era bobo, minha mão estava suando mais que o normal.

— Não é o que está parecendo — ele parou a minha frente, tomando meu rosto em suas mãos me forçando a encará-lo, olho a olho — Algo que eu deva me preocupar?

— Eu só... só estou nervosa, eu já conheço a sua mãe, mas ser apresentada como sua namorada? Não é tão animador — fui sincera, ele era comigo, eu tinha que aprender a expor minhas inseguranças com maior facilidade para ele.

— Imagina quando for apresentada como minha esposa — sua boca se contorceu em um pequeno sorriso encantador e empolgado — Não há nada com o que se preocupar, minha mãe não vai jogar comida em você ou qualquer coisa do tipo. É apenas curiosa demais, então não se sinta pressionada a responder qualquer uma de suas perguntas indiscretas. — seus lábios pressionaram minha testa e eu sorri, segurando sua mão no meu rosto. Eu gostava da sensação de sua pele quente.

— Ela sabe sobre a masmorra que você tem em casa? — provoquei e suas sobrancelhas escuras se ergueram em antecipação.

— Não é um ramo familiar.

— E o clube?

— O clube é algo íntimo meu, minha mãe só sabe o que lhe convém. Mesmo tentando ser uma pessoa mais aberta, ela ainda tem seu lado tradicional, ver o filho sendo dono de um clube com práticas sexuais dominantes não vai causar um sorrisão em seu rosto, isso eu garanto. — ele piscou.

— Você puxou muito dela, os olhos, o talento pela cozinha — comentei, não entendendo porquê me senti emocionada com isso. E no fundo, mas bem no fundo, mesmo que tentasse pisar nisso como uma forma de sumir com esse sentimento, eu senti inveja.

Senti meu rosto esquentar com essa constatação, mas ao longo desse tempo em que estou na casa do Magnus sempre o peguei no celular com a mãe. Não importa a hora, o momento, ele sempre a recebe com tanto amor genuíno que chega a me tocar, talvez se Emy... não!

Querer comparar dona Luna a Emy é quase um pecado.

— Seu rosto está vermelho, e você me parece perdida — ele apoiou seus dedos na ponta do meu queixo, erguendo minha cabeça levemente— Quer voltar para casa? Minha mãe vai entender.

— Não! — me apressei negando com a cabeça — É provável que ela te deserte como filho caso dê esse bolo nela. Estamos adiando isso a tanto tempo como se sua mãe fosse uma megera.

Ele riu e tomou meus lábios, sua boca bateu na minha me fazendo suspirar com o contato necessitado. Minhas mãos agarraram sua camisa, e eu me ergui ainda mais na ponta dos pés na esperança de que ele aprofundasse ainda mais o beijo, o que ele não fez.

— O almoço — ele sorriu entre o beijo e eu resmunguei, mesmo que estivesse perdida nos seus lábios tão próximos, o sorriso brilhante e os olhos vorazes que me deixam sempre em êxtase.

Eu estava perdida, perdidamente e fodidamente apaixonada por esse homem.

Sua mão agarrou a minha, mas não antes de seus dedos deslizaram por meu pulso coberto de maquiagem, escondendo o roxo das algemas de ontem a noite. Ele não me pareceu culpado ou qualquer coisa do tipo, muito pelo contrário, aparentava estar quase orgulhoso do trabalho deliciosamente bem feito.

Caminhamos juntos até a varanda com um balanço branco, algo típico de casas nesse modelo. Não foi necessário tocar a campainha ou bater na porta, a mesma abriu-se quando nossos pés tocaram o piso de madeira, dona Luna surgiu sorridente, o avental de bolinhas rosas estava sujo assim como suas bochechas. Notei duas crianças atrás dela, ambas pareciam tímidas demais com biscoitos em suas mãos.

— Finalmente vocês chegaram — ela beijou a bochecha do Magnus rapidamente antes de me esmagar em um abraço acolhedor.

— Não finja que não estava nos espiando pelas janelas — ele sorriu amplamente, seus olhos deslizaram por mim antes de se erguerem para a janela na lateral.

Dona Luna deu de ombros como se não se importasse, e esperava não esta corada, pois a vergonha de ter sido pega aos beijos não cabia em mim.

— Eu pensei em trazer algo, mas o Magnus disse que a senhora tinha tudo sobre o controle — sorri sem graça, eu pensei em uma sobremesa, porém Nova Jersey não é tão perto assim, e segundo o homem ao meu lado, dona Luna iria querer preparar tudo de qualquer maneira.

— E ele tem toda razão, não faz sentido eu oferecer um almoço, se minha convidada traz a sobremesa — ela pôs a mão sobre o coração, em uma claro encenação de ofensa — Bem, Corine esses são João e Maria — ela aponta para as crianças que não devem ter mais que seis e sete anos.

João e Maria?

Dona Luna pareceu ler meus pensamentos, pois se adiantou com um meio sorriso.

— Os pais não foram muito criativos na escolha dos nomes. Eles são filhos do casal que cuidam de mim — ela revirou os olhos em uma expressão cansada — Como se eu precisasse de babá — ela alfinetou, com um olhar significativo para o filho que deu de ombros.

— As vezes acho que só duas babás não é o suficiente, a senhora quando quer, é pior que criança — ele beijou a testa da mãe, que o olhou boquiaberta, e senti vontade de rir.

— Eu cuidei de você garoto!

— E muito bem por sinal — Magnus elogiou, e dona Luna sorriu com os lábios, um misto de amor e orgulho de si.

— Bom, vamos andando, preciso terminar os biscoitos das crianças para dar início ao nosso almoço — A mulher não aparenta em nada ter a idade que tem, jovial e animada com as míseras coisas. Ela agarrou as mãos das crianças que sorriram tímidas para nós e Magnus abraçou minha cintura me conduzindo para dentro da casa da mãe.

— Não posso acreditar que estava me esperando chegar mãe!

— Do que adianta ter um chef de cozinha na família se não posso me aproveitar dele? — ela gritou o que imaginei ser na cozinha e Magnus me encarou com a sombra de um sorriso travesso estampado em seus lábios.

— As vezes eu não posso com ela — ele assumiu.

[...]

Meu único trabalho na cozinha foi descascar as batatas enquanto mãe e filho faziam tudo. Conheci o casal que trabalha na casa, ambos simpáticos, e que realmente aparentam gostar muito da dona Luna.

Também poderás, quem não gostaria?

Com meu "trabalho" terminado me juntei ao balcão onde as duas crianças estavam sentadas lado a lado esperando os biscoitos de gergelim e castanhas esfriar.

— João e Maria em? — brinquei, apoiando meus cotovelos no balcão para poder ficar da altura deles.

Finalmente alguém menor que eu.

João estava focado demais na fumaça que saia dos biscoitos para me dar atenção, então foi Maria que aproximou seu rosto de mim, abandonando um pouco da timidez inicial.

— Como na história — ela declarou, como se fosse um grande segredo.

— Jura? Então já leram a história deles para vocês? — me fiz de surpresa, o que pareceu animar ainda mais a menina que tinha uma janelinha presente.

— Dona Luna leu, mas ela disse que podemos comer todas as receitas dela à vontade, que ela não vai nos assar no forno — seus dedinhos tocaram o meu ombro, para se apoiar quando se aproximou mais.

— Então ela não é como a bruxa da história?

— Nunca — João abandonou sua atenção dos biscoitos — Ela é boazinha.

— Viu Magnus? Eu sou boazinha — dona Luna se vangloriou e senti minhas bochechas esquentarem por ela está ouvindo toda a conversa.

— Aham, é claro que é mãe — ele respondeu, e virou-se me oferecendo uma piscadela. Ele também estava com um avental de bolinhas, as mangas da camisa escura estavam dobradas até os cotovelos e um pano de prato estava jogado sobre seu ombro.

Suspirei, as míseras coisas, em qualquer situação me deixava desejosa desse homem, era algo anormal. A noite de ontem havia sido muito mais do que eu esperava, e que Deus me perdoe, mas eu precisava de mais. Eu estava dolorida ainda, é claro, mas nem isso me impedia de reviver cada segundo naquele quarto, fazendo meu ventre se aquecer em desejo e antecipação.

Santo Deus, eu me tornei uma pervertida sem pudor.

Pigarreei, erguendo meus braços do balcão para me manter ereta. Se tratava de um almoço familiar, com certeza não era lugar para se ter esse tipo de pensamentos.

— Você está bem Corine? Está vermelha — dona Luna se sobressaltou quando me encarou, com a forma de pães recheados em mãos.

— Estou sim, é só o calor — o que não era uma mentira, realmente por estarmos no verão em uma casa de campo, as coisas não eram tão frias quanto se desejava.

— Quer que eu ligue o ar? Normalmente não usamos, porque já estou acostumada, mas caso v...

— Não! Não é preciso, obrigada — me antecipei, atraindo a atenção do homem que me olhou como se soubesse exatamente o que se passava em minha cabeça. Me abanei com a tampa de uma vasilha sobre o balcão, o que o fez erguer a sobrancelha claramente se divertindo.

Aí senhor.

[...]

— Menos mãe, bem menos — Magnus me pareceu quase constrangido enquanto bebia do vinho em sua taça.

— Ele só está envergonhado por eu estar contando isso na sua frente, Corine, mas é a verdade. Ele ficava todo vermelho de vergonha quando qualquer mocinha chegava perto, eu que tinha que responder por ele.

Gargalhei não me contento, isso não condizia com o homem à minha frente, o que me levava a acreditar em grandes mudanças.

— Ah, você era tímido — provoquei ainda rindo e ele torceu um pouco os lábios dando de ombros.

— Eu era muito novo.

— 17 anos não é tão novo filho.

— Obrigada mãe, o que seria da minha reputação sem a senhora? — o sarcasmo não passou despercebido, ele não estava chateado, apenas constrangido por ter sua mãe me contando coisas da sua juventude.

— De nada, querido, você tem que ver as fotos dele quando bebê Corine. Era o bebê mais lindo de todos, com esses olhos azuis e tinha um grande sinal no bumbum, vou pegar o álbum pra te mostrar.

— Mãe! — ele a repreendeu tarde demais, pois ela já estava fora da sala de jantar.

— O que é isso menino tímido, vai ser engraçado — sorri levando o Manti a boca, ideia do Magnus em preparar um prato turco.

— Você acha? — a atmosfera de risadas da sala como mágica, se tornou tensa e ele se inclinou levemente para frente, apoiando seus braços sobre a mesa. — Eu lhe parecia tímido ontem a noite? — sua cabeça se inclinou, enquanto me reencostei a cadeira — Ou hoje de manhã no banho? — me assustei quando seu pé afastou minhas pernas.

— Magnus — não sabia exatamente o que esperava conseguir com isso, seu nome apenas escapou por entre meus lábios e eu apertei a borda da mesa com minhas mãos quando a ponta de seu sapato acariciou minha panturrilha.

— Considero uma pergunta simples, você não acha? — a expressão séria, não encobria os olhos quentes e brilhantes de luxúria.

— Estamos na casa da sua mãe — a última parte saiu mais como um baixo gemido quando o toque subiu para trás dos meus joelhos.

— Estou completamente ciente disso — seu ar inocente só deixava as coisas mais difíceis para mim, minha cabeça instintivamente se inclinou levemente para trás, com meu corpo formigando por um contato maior.

Porém me sentei ereta em um pulo quando dona Luna voltou a sala, animada demais para notar qualquer situação que não fosse sua euforia em me mostrar o seu álbum do filho.

— Aqui está — ela correu para o meu lado, mostrando uma foto onde Magnus estava nos braços de um homem, ambos vestidos de marinheiros. Ele não deveria ter mais que dois anos, pequeno demais nos braços do homem alto.

— Olha só, você era tão gordinho — sorri encantada com as dobrinhas nas coxas — Esse é o seu pai?

Os traços, e a cabeleireira escura não podiam nunca ser coincidência.

— Sim — ele respondeu secamente — Foi o nosso primeiro halloween na casa em que a gente viveu em Nova York até eu comprar essa aqui.

Meu corpo ainda estava tenso pelos quase nulos toques, mas foquei nas fotos uma mais bonita que a outra. Ele era um bebê gordinho, e foi um adolescente cheio de espinha, o que não aparenta em nada com o homem a minha frente. Seu pai estava em muitas fotos, e dona Luna também.

— Vocês são separados? — perguntei me dando conta tarde demais que o Magnus nunca falou do pai — Digo, m...

— Ele faleceu a alguns anos, mas era um bom pai — relaxei, estava esperando por algo mais traumatizante por seu tom usado.

— E um bom marido — dona Luna parecia quase emocionada enquanto continuava a me mostrar o álbum, animada demais com cada foto enquanto Magnus se contentava em lhe lançar um olhar desdenhoso.

[...]

Admirei o quarto em tons frios com uma janela aberta para varanda, que nos rendia uma vista da parte de trás da casa com um jardim de girassol, além da área de lazer com a piscina bem cuidada. O almoço havia ocorrido bem, melhor do que eu esperava, apesar de meu nervosismo ter sumido após eu ter pisado na casa.

Me aproximei das cortinas cinzas, aproveitando a vista, e me virei para o meu namorado, sorri mentalmente, Magnus e meu namorado ainda eram palavras ousadas demais para serem usadas juntas.

— Esperava ursinhos de pelúcia — provoquei Magnus que sentou-se na borda da cama.

— Ou uma cama minúscula de solteiro? — ele rebateu a provocação.

Acenei com um sorriso e algo brilhou atrás da minha cabeça, me fazendo soltar a cortina e parar no meio do quarto, em dúvida se deveria ou não falar sobre.

— Novamente tem algo lhe preocupando — ainda sentado ele ergueu sua mão e eu a agarrei, sua mão grande cobriu a minha e ele me puxou para si, a cabeça próxima a meus seios quase me fizeram revirar os olhos em frustração.

Eu sou tão baixinha assim?

— Tem duas coisas na verdade, apesar que uma nem é preocupação — as duas bolinhas azuis me encaravam fixamente, como se estivessem prontos para me pegar em uma provável mentira — Segunda eu volto para casa — mordi o lábio, esperando qualquer tipo de reação, e tudo que recebi foi um pequeno aceno de cabeça seguido de suas mãos que se apoiaram em meus quadris — E a outra coisa é que eu acho que você deveria ir ao hospital...vê o Enrico.

Seus dedos apertaram a pele do meu quadril, suas mãos grandes cobriram a curva neles e ele me puxou para mais perto, sua cabeça encostou no vale entre meus seios e ele me encarou, o queixo apoiado. Algo em seu olhar quase me fez perder o fôlego, eles não eram gentis, astutos, estavam quentes, tinham raiva e mágoa crua.

— Conversaremos mais tarde sobre voltar para sua casa, não sei se está certo já que só vou ficar mais tranquilo quando a Morgana for presa. E sobre o Enrico, não é porque você foi visitá-lo, que eu devo fazer o mesmo — suspirei, não era exatamente uma grande surpresa, não se pode esconder por tanto tempo algo assim de homens como ele.

— Você já sabia que eu tinha ido — não era uma pergunta, mas fiquei em dúvida se sua raiva era dirigida a mim, ou ao homem no hospital. Provavelmente ambos.

— Eu sempre sei de tudo sobre você, principalmente quando envolve em ir visitar um homem que apontou uma arma na sua cabeça — a seriedade em sua voz me fez me sentir idiota.

— Magnus...

Ele se afastou bruscamente, como se a minha insistência o magoasse.

— Querida, somos diferentes, sim, você tem esse coração gentil, bom, grande, e que vê no Enrico algo que eu não sou capaz de ver. — ele caminhou pelo meio do quarto, e se apoiou contra a janela — Mas se eu for visitá-lo, posso acabar terminando o que a Morgana não terminou, é isso que você quer?

— Não! — esbravejei — Claro que não, mas eu vejo que v...

— Eu já ajudei o Enrico uma vez, porém errar uma segunda vez é uma escolha e eu não sou babá dele, não posso limpar todas as suas merdas e fingir que nada aconteceu. Você tem noção da gravidade das coisas? O meu restaurante Corine, você, porra ele poderia ter me tirado você! Que mesmo que eu faça uma visita? — uma veia saliente se mostrou em sua garganta e eu neguei.

— Não, eu não quero — fui sincera, apesar que minha cabeça teimosa ainda achasse que ele deveria sim ir resolver, por mais que aparente está bem, uma traição sempre será uma traição. E imagino que vindo de alguém que era seu irmão escolhido deva doer bem mais.

— Ótimo — ele suspirou — Venha aqui — o olhei, a sobrancelha erguida com o seu tom de ordem que fez meu ventre aquecer.

Mesmo não entendendo sua mudança repentina de humor, eu me aproximei, soltando um gritinho ridículo quando ele agarrou a minha nuca e me apertou contra o vidro da janela, seu corpo cobriu o meu e eu sorri com o rosto colado à vidraça. Meu cabelo foi posto de lado e ele mordeu minha clavícula, sem a menor gentileza, seus lábios sugaram a pele entre meu ombro e pescoço e eu estremeci, o bico dos meus seios enrijerecam contra o vidro.

— Nunca mais vá visitá-lo sem a minha autorização, não esconda uma coisa dessas de mim — joguei minha cabeça para trás quando sua mão se chocou com a minha nádega direita — Fui claro? — outra bofetada e eu levei minha mão a boca, evitando qualquer som vergonhoso que pudesse ser ouvido pela sua mãe ou qualquer pessoa fora do quarto.

— Sim

— Sim? — a voz autoritária e sugestiva fez meu centro pulsar quente e necessitado.

— Sim senhor — ele puxou o zíper do meu macaquinho azul, sua boca deslizou por meu corpo junto a peça de roupa, uma mordida foi plantada no meio entre minhas omoplatas, minha bunda, seguida de minhas panturrilhas então a roupa estava fora do meu corpo e eu estava apenas de lingerie sobre meu tênis. Arfei quando sua mão deslizou por entre minhas pernas, friccionando o tecido da calcinha a minha carne molhada e necessitada.

— Essa era a real sobremesa que eu queria provar — sua boca mordeu novamente a minha bunda, de joelhos seus braços afastaram as minhas pernas, sua boca se fechou ao redor do meu sexo me fazendo esbalmar a mão sobre o vidro.

— Eu vou acabar — não consegui terminar a frase, um gemido suplicante ficou preso em minha garganta quando ele bateu em minha bunda, a ardência, a sua língua quente e seus dedos afastando minha calcinha me fizeram tremer — Eu vou acabar quebrando esse vidro.

Só eu para pensar em algo assim enquanto estou sendo chupada.

— Eu nunca vou deixar você cair — a intensidade de sua voz me fez gemer, sua língua deslizou por entre minha fenda e minhas pernas tremeram, minha bunda instintivamente se empinou ainda mais, eu estava literalmente com a bunda em seu rosto.

— A sua mãe — meu rosto ficou vermelho e tentei me afastar do vidro sendo impedida por suas mãos apertando minhas coxas.

— Ela não vai ouvir.

— Não, a sua mãe está nos vendo da piscina — ele se ergueu, pressionando meu corpo contra o vidro invés de me libertar, fiquei ainda mais constrangida por sentir a protuberância saliente e latejante do seu sexo nas minhas costas.

Dona Luna estava sentada na espreguiçadeira, seu rosto estava virado para a janela do quarto onde eu tinha a plena certeza que ela nos via. Um quase rosnado saiu da garganta do homem atrás, e eu teria dado risada se não estivesse roxa de vergonha.

— Isso não vai me impedir de provar você — fiquei sem entender, até meu corpo ser girado, ele agarrou minha bunda me puxando para si e eu abracei sua cintura, ele fechou a cortina e me apertou contra a parede ao lado da janela.

— Não sei como vou conseguir dá as caras lá fora — assumi e seus dedos subiram por minha lateral, até se encontrar com a minha nuca, onde ele me puxou para sua boca, seus lábios roçaram os meus e eu ri. Ele não tinha a menor noção de que a mãe dele estava o vendo entre as minhas pernas.

— Pensamos nisso depois.

Primeiro pegos ao beijos, agora isso, esse almoço não poderia ter sido mais vergonhoso.

Capítulo para vocês ficarem cientes de que estou viva e não abandonei a história ♥️.

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