Capítulo 41

— Não quero nem imaginar o que ele vai dizer quando souber — Sara murmura tirando seus óculos escuros.

— Eu ainda acho uma péssima ideia — ressalta Thomas.

— O Magnus nunca vai saber se vocês não contarem, e vai dá tudo certo Tom, vocês me esperem aqui. — digo saindo do carro, e Sara agarra minha mão através da janela aberta.

— Você não vai sozinha — ela me olha como se eu fosse louca.

— O lugar está cheio de polícias, não se preocupe, não vou demorar — afirmo colocando meus óculos.

Eu me sentia quase uma criminosa, uma ladra prestes a fazer algo fora da lei, a adrenalina deslizava no sangue em minhas veias fazendo meu coração saltar no peito. Talvez até minhas roupas entregasse esse meu pensamento, óculos e sobretudo preto.

Não sirvo nem para disfarçar.

Estava no horário do meu almoço, e invés de ir aproveitar na lanchonete com meus amigos estou subindo no elevador do hospital onde o Enrico está internado. Ele já deveria ter sido liberado, mas houve complicações além do tiro graças às drogas consumidas por ele. Sim, é esperado que eu tenha raiva, ódio, ou qualquer sentimento ruim pela pessoa que mirou uma arma na minha cabeça, mas infelizmente — ou felizmente — eu simplesmente não consigo.

A polícia ligou ontem, Magnus era o contato de emergência do Enrico, porém o homem foi bem direto "Eu não conheço essa pessoa, deve ter ocorrido um engano". Ele é bom em disfarçar, a bonita camada de neutralidade deve enganar os outros, mas não a mim, convivo com ele horas suficientes para saber o quanto aquilo o afetou. Enrico precisava de seus documentos e itens de higiene, já que passaria mais tempo do que o esperado no hospital, e o Magnus deveria ir pegar essas coisas em seu apartamento, o que ele não fez.

Mas eu sim.

Eu não sabia, mas ele tinha uma chave do apartamento, guardada em suas coisas, e sem pensar eu peguei e fui. E talvez tenha sido essa decisão insana que me fez tomar outra decisão ainda mais insana que foi vim visitá-lo. O apartamento de alto padrão no parque center estava muito bem organizado, mas foram as fotos presentes na sala e corredor que me chamaram atenção, um Enrico sorridente, aos abraços com o que imaginei ser sua família...e o Magnus.

— Posso ajudá-la, senhorita? — o policial encostado na porta me analisou, seus dedos roçando a arma em sua cintura.

Tirei meus óculos, e o sobretudo, me sentindo ridícula demais. Tive que mentir na recepção com a história de sermos grandes amigos, mas tinha medo de não conseguir mentir para a polícia.

— Vim visitar o Enrico, somos amigos — sorri nervosa apontando para o crachá em meu suéter bordado.

O homem me encarou pelo o que pareceu horas, e quase sai correndo com a certeza de que seria presa ali mesmo. Mas meus pulmões recebem ar novamente quando ele falou no rádio em seu colete com uma policial, para que ela viesse me revistar. Com minha liberação depois de meia hora, girei a maçaneta.

Minha garganta secou com a aparência nada agradável de se ver do homem deitado, ele estava com uma máscara de oxigênio em seu rosto, e uma de suas mãos estava algemada à cama. Até onde os meus olhos conseguiram enxergar a ossada em suas bochechas estava bastante visível, a pele maltratada e marcas bastante feias de olheiras abaixo de seus olhos. Seu cabelo que até quando o conheci possuía um corte muito baixo, agora estava maior. Seu corpo que antes com certeza deveria chamar bastante atenção pelos músculos muito bem distribuídos agora não passava de uma camada óssea que deixava a camisola de hospital mais larga.

Santo Deus...

— Eu esperava qualquer um, menos você — sua voz rouca e abafada pela máscara soou pelo quarto, e seus olhos se abriram.

— Precisava ver você — admiti pigarreando, apertando fortemente minha bolsa.

— Ele não veio — os olhos castanhos escuros não tinham mais o brilho que vi em suas fotos.

— Você não podia esperar que ele viesse, não depois de tudo o que você fez — tentei não soar rude. Sim, Magnus não era o errado da história por não querer ver o que um dia foi seu irmão de outra mãe, mas Enrico...

— Eu não esperava, mas imaginei que ele iria aparecer para no mínimo quebrar toda a minha cara — ele tentou sorrir, mas seu rosto se contorce em dor pelos lábios ressecados e um corte que inchou o lábio inferior.

— Oh, pode ter certeza que ele quis isso — deixei minha bolsa na cadeira de canto, e me aproximei de sua cama — Eu trouxe as suas coisas, espero que não se importe por eu ter invadido o seu apartamento. A polícia ligou ontem, ele era seu número de emergência.

— Eu — ele tentou afastar a máscara, mas a segurei no lugar o impedindo — Eu queria ter feito tudo diferente, é engraçado como a gente só percebe as coisas depois que quebra a cara, não é? Eu tinha tudo. — seus olhos brilharam em lágrimas, mas ele piscou, as afastando.

Abri minha bolsa, e tirei a bolsa menor com suas coisas, a deixando sobre a mesa de canto.

— Você pode recomeçar quando sair da cadeia, se tratar, vi todos os seus diplomas na parede profissionalmente, você tem mais que muitos da sua área. — tentei soar animada.

— Tenho — ele pareceu perdido em seus pensamentos, até que seu rosto se prendeu em mim — Eu sinto muito Corine, muito mesmo por ter puxado aquela arma para você. Ele me avisou sobre a Morgana, mas eu a amava, ela era tudo o que realmente importava para mim. Era como se tudo o que eu precisasse fosse ela, não importa o qual errado seus pedidos fossem, eu me sentia na obrigação de realizar. Até mesmo, matar você — ele tossiu forte com esforço em suas falas, e eu esperei a máscara voltar ao lugar quando ele a afastou pelo movimento.

— Você nunca a amou, tem dependência emocional nela, obsessão. E ela sabia disso, usou isso contra você e te pegou de jeito. Te usou em benefício próprio, não se preocupando com o seu bem estar, quem dirá para a sua vida.

— Ela era minha dona — ele respondeu, se apegando a essas palavras e senti vontade de acertar sua cabeça com a bandeja de água ao lado.

— Não é assim que funciona, ela usou você! Como pode ser tão cego? Ela se aproveitou do cachorrinho sem pensamento em que ela te transformou! Drogas? Armas? É assim que uma domme cuida de seu submisso?

Ele abaixou os olhos, como se eu tivesse o acertado com força. Ele teria que fazer bastante terapia, porque não é possível que alguém seja tão dependente assim.

— Eu não deveria ter voltado com ela, quando ela me procurou na volta para Nova York.

— Não, não deveria! Você pensou nos seus pais? No seu futuro? Na sua vida de procurado pela polícia? Veja só, você está aqui internado e onde a Morgana está!? Curtindo a vida livre sem você, porque é isso que você é para ela, descartável — Mordi minha língua me culpando pelas palavras usadas, mas ele tinha que cair na real.

Não éramos amigos, na verdade estávamos longe, mas tinha um conhecido em comum. Um conhecido que quase se ferrou por causa dessa obsessão do Enrico, alguém que estava com ele, e ele preferiu voltar com alguém que já havia mostrado quem realmente era, e o caráter sujo que possui.

— Corine — uma lágrima escorreu por sua bochecha, seguida de outras — Eu não quero ser mais assim.

Provavelmente ele se sentiria patético por estar sendo tão aberto com uma pessoa que não conhece tão bem, mas parecia quase perto de explodir com as coisas guardadas.

— E não precisa ser — segurei sua mão, temerosa é claro, afinal era a mão que havia apontado uma arma na minha cabeça. Mas apertei levemente.

— A Morgana vai ser presa, eu vou ajudar a polícia em tudo o que eu puder. Ela ultimamente só pensa em você.

— Porquê tenho a impressão de que não é o tipo de pensar que me faz ruborizar de vergonha?

— O Magnus ter te protegido, ele ter tentado me abrir os olhos para ela. A algum tempo eu venho notando que ela tem todas as características de uma psicopata, e eu...— ele tossiu e eu esperei novamente — Eu quero que ela seja presa, que não machuque mais ninguém. Eu vou contar tudo, sobre o tráfico, os assassinatos, seus ex serviços para a máfia, tudo, tudo!

— Assassinato? — não era bem surpresa, afinal ela havia tentado me matar duas vezes. Mas ouvir isso da boca de alguém que estava com ela me causou um tremor — Não quero saber — forcei um sorriso — Agora eu preciso ir, meu horário de almoço vai acabar. — levantei e ele agarrou a minha mão.

— Pode parecer melancólico demais, mas obrigada. Obrigada por ter vindo, mesmo que tenha todos os motivos para querer que eu me foda — analisei seus machucados visíveis e engoli em seco.

— Não há nada o que agradecer Enrico, suas coisas estão na mesa. Prometo que virei te ver mais vezes, e eu vou tentar trazer o Magnus comigo — era uma missão impossível, e eu nem ao menos podia culpá-lo, mas a esperança é a última que morre, certo?

Só espero que ela morra antes de mim.

— Obrigada — ele agradeceu novamente como uma criança que havia acabado de ganhar o maior dos presentes — E se puder, diga a ele que sinto muito.

Me apoiei nas paredes do elevador sentindo a adrenalina abandonar meu corpo. Eu não deveria me importar com alguém como Enrico, mas ele era alguém importante para o homem que eu amo, mesmo que o próprio negue a todo custo.

[...]

Ajudei meu chefe a etiquetar os medicamentos que chegaram, e essa simples tarefa ocupou metade da tarde na farmácia. Eu ainda tinha minha maquete 3D para dar continuidade e tinha aula. Prendi meus cabelos no topo da cabeça quando o suor começou a deslizar pela minha nuca, o dia estava extremamente quente e mesmo com a proximidade da noite o sol parecia ter se instalado em cima da minha cabeça.

— Está tudo bem Corine? — meu chefe perguntou quando bufei.

— Sim senhor, é apenas o calor, estou derretendo — peguei a caixa de aspirina adicionando o preço.

— Realmente — ele me encarou através dos óculos, e fingi não notar — Você faz faculdade de que mesmo?

— Nutrição — não podia culpá-lo, eu estou a mais de 3 anos trabalhando aqui, mas ele já é um senhor, não posso exigir que sua memória preste.

— Nutrição — ele assentiu — Se forma esse ano não é?

— Sim — digitei os produtos e preços no sistema, mas a bendita pulga estava fazendo a festa atrás da minha orelha — Por que a pergunta?

— Imagino que irá procurar um trabalho no seu ramo, já estou me preocupando se vou conseguir arrumar uma funcionária tão boa quanto você.

Sorri apoiando minhas mãos no balcão, meu chefe não era de elogiar ninguém. Pelo contrário, ele só faltava tirar meu sangue com suas exigências. Mas me senti emotiva com a "declaração".

— Isso ainda vai demorar bastante, isso eu garanto. Foi se o tempo em que arrumar emprego na área de formação foi fácil, além do mais, não penso em abandonar a farmácia tão cedo, fique tranquilo.

— Oh Deus, você não tem noção do quanto isso agrada esse velho aqui — foi a primeira vez que vi meu chefe rir.

Só dá valor quando vai perder né?

Tinha quase certeza que era medo de deixar o filho no meu lugar, apesar dos músculos, o garoto não faz bom aproveito do cérebro.

[...]

Dois dias haviam se passado desde que fui visitar o Enrico no hospital. Já era tarde e eu estava esperando o Magnus na porta da Universidade, ainda não tive coragem de falar com ele sobre minha visita, apesar de que tenho a impressão de que ele já sabe, só está esperando que eu conte.

Vai esperar muito então.

Ultimamente eu me sentia mais segura em sair com a arma na bolsa, com exceção da faculdade é claro, logo seria barrada pelo detector de metais na entrada. Era totalmente errado eu me sentir segura em andar armada, mas que culpa eu tinha?

Acenei para algumas meninas da minha turma que saiam da lanchonete em frente a faculdade. Esfreguei minhas mãos uma na outra planejando ir a pé mesmo até o ponto de ônibus, ou pedir um Uber, se tinha uma coisa que eu odiava nessa vida é esperar.

— Ótimo Magnus, ótimo — murmurei.

— Falando sozinha senhorita Mc'Dan? — me assustei com a voz grave que soou atrás de mim, e me virei encarando meu professor.

— Impaciente na verdade. — sorri sem humor para o senhor Erick.

— Sua carona está atrasada? — ele arrumou a bolsa de couro preto no ombro. Seu olhar sobre mim pareceu congelar o sangue em minhas veias, mas ele era assim... intimidante.

— E como — cruzei os braços não gostando de estar sozinha. O dono da lanchonete estava fechando, e os ônibus já haviam ido embora.

— Se a senhorita quiser, eu posso lhe oferecer uma carona. Moro perto do metrô do Brooklyn, imagino que não seja tão longe da sua casa.

— Não — me apressei em dizer, logo oferecendo um pequeno sorriso — Não é necessário, prefiro esperar.

— Eu insisto — ele tentou tocar meu ombro e eu recuei não gostando da proximidade, pronta para negar novamente o carro preto estacionou a minha frente. Os vidros se abaixaram, e os olhos azuis deslizaram em mim enquanto saia do carro, logo se fixando no senhor Erick como uma Águia.

— Desculpe o atraso amor, problemas no restaurante — Magnus me beijou rapidamente, me abraçando pela cintura. — Estou atrapalhando algo? — sua pergunta não foi dirigida a mim.

— Imagine, é claro que não. Apenas estava oferecendo uma carona a senhorita Mc'Dan, já que a carona dela não chegava nunca.

— Estou aqui agora, sua presença não é mais requisitada, professor...

— Erick — ele respondeu ao questionamento silencioso, oferecendo sua mão ao Magnus, que apenas encarou o braço estendido.

— Foi bom conhecê-lo professor, vamos querida — ele apoiou uma de suas mãos em minhas costas, me forçando a andar.

O que eu mentalmente agradeci, já que minhas pernas estavam bambas com a tensão repentina que pairava sobre o ar. Quando me sentei no banco acolchoado um pequeno suspiro escapou por meus lábios, atraindo a atenção do homem que dava partida.

— Você está bem? Está um pouco pálida — ele tirou uma de suas mãos do volante, tocando minha bochecha enquanto dirigia.

— Eu estou bem, só — procurei as palavras certas — O que foi aquilo?

— A quanto tempo esse homem é seu professor?

— Desde o início das aulas, por que?

— Não sei, tenho a sensação de já tê-lo visto, mas não consigo me lembrar de onde.

— Talvez aqui, você sempre vem me buscar, talvez já tenha visto ele na entrada — sugeri e ele tirou a mão da minha pele, deixando um pequeno formigamento no lugar.

— Talvez — ele me ofereceu um pequeno sorriso — Talvez seja isso mesmo, só não tive boas sensações.

— Você faz o tipo intuitivo agora? — brinquei tentando me livrar da bola de tensão que havia se formado.

— Você não tem noção do quanto.

— Você está se preocupando à toa, ele é um bom professor, só é um pouco intimidante.

— Mais que eu?

Ri alto apoiando minha cabeça na janela fechada, tirei meus tênis que apertavam meus dedinhos e toquei seu braço, apertando os bíceps escondidos pela camisa social azul.

— Acho que nunca vou conseguir conhecer alguém mais intimidante que você, senhor Venturine. Fique despreocupado que esse título você não perde.

Ele sorriu de canto, mas parecia menos tenso diferente de quando entramos no carro. Sua mão agarrou a minha, brincando com o anel que ele me deu sobre sua coxa. Não pude deixar de notar isso, sempre que estávamos em um lugar público, ou em qualquer outro lugar ele parecia ter a necessidade de está com suas mãos sobre mim, talvez fosse uma mania pega, não saberia dizer, mas eu gostava.

— A tempos você não vai ao clube — ele mencionou quando estávamos próximos a sua casa.

Eu?

— E você ainda vai? — tentei não bancar a namorada ciumenta, afinal ele é o dono. Mas a simples menção de tê-lo em um antro sexual não posso negar, me incomodou.

— Eu sou o dono Corine, não vou lá para usufruir de nada que o clube proporciona, a não ser o dinheiro, é claro. — ele abriu a porta para mim quando estacionou na garagem.

— É claro — forcei um sorriso.

Não seja insegura.

— Você está com ciúmes — não havia nenhum traço de humor em sua voz, mas também não havia irritação. Ele só parecia não acreditar em minhas novas emoções em relação a ele.

— Não seja bobo, é claro que não — pisquei muito rápido, e sabia que havia sido pega na mentira. Afinal ele sempre teve razão, mas só vim notar agora que tenho um tique quando estou mentindo.

— Sim, você está. Só não entendo o motivo, não somos namorados?

Ele me seguiu pela casa até a cozinha, minha barriga estava se contraindo em fome. Joguei minha mochila sobre o balcão pegando algumas coisas para o meu jantar, eu ainda me sentia uma invasora em está mexendo nas coisas dele, mas eu estava com fome, e com isso não se brinca.

— Você sabe muito bem que sempre deixo seu jantar pronto — ele caminhou até o microondas de onde tirou um prato com mais uma de suas receitas do dia, ele preferia não deixar na geladeira — Agora responda minha pergunta.

— Sim, somos namorados — me sentei na banqueta sentindo o rubor subir por meu pescoço, ele fazia minhas inseguranças parecerem algo bobo quando colocadas do seu ponto de vista. E não, isso não era algo ruim.

— Então imagino que você saiba que é minha, assim como eu sou inteiramente seu — ele se curvou sobre a ilha, deixando seu rosto bastante próximo do meu, fazendo sua loção pós barba chegar às minhas narinas.

— Em que momento você arruma tempo para ir lá? Está sempre comigo durante a noite. — empurrei o pensamento ridículo de que ele me esperava dormir para poder sair.

— Quando você está na faculdade, procuro ir duas vezes na semana para ver o funcionamento, quando se é proprietário não se pode dá as costas por muito tempo. — ele se aproximou mais até sua testa está tocando a minha — Queria que você fosse comigo no sábado, como eu disse, a tempos você não pisa lá. Seria bom tê-la novamente, dessa vez com mais experiência e sem ameaças de policiais.

Quase me engasguei com a comida com a lembrança da primeira vez que pisei naquele lugar. Minha risada saiu mais alta do que o normal, o máximo que eu já havia chegado a um masoquismo foi um tapa na bunda, o que ele esperava que eu fosse achar ao ver uma mulher amarrada?

— Uma baita experiência — sorri cessando a risada — Podemos ir no sábado, mas não quero ser exposta, não daquela maneira que as mulheres estavam por cima das mesas.

— Elas estavam sendo oferecidas a outros dominadores, uma troca, por isso o exibicionismo, elas gostam disso. Mas você não vai ser, meu desejo em ver você sendo desejada tem um limite do qual nunca vai passar. E você é minha, eu arrancaria as mãos de qualquer um que pensasse em tocar você.

— Arrancaria? — seus lábios tocaram os meus com uma leve carícia, fazendo meu corpo ansiar por mais de seu toque, muito mais.

— Oh, sim — ele sorriu sobre meus lábios, me provocando antes de agarrar minha nuca, me puxando para si, devorando minha boca com a sua.

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