Capítulo 32
— Já sabe quem vai entrevistar?
Magnus como combinado havia ido me buscar na faculdade. Deixamos Tom em casa, e estamos a caminho da minha, o que dou glória pois tudo o que eu mais desejo agora é banho e cama.
— Ainda não, primeiro estou fazendo minhas pesquisas em livros. Achei que a parte mais difícil da faculdade fosse entrar em uma, mas pelo visto o difícil é conseguir sair.
— Conheço alguns nutricionistas de algumas áreas aqui em Nova York, posso conseguir uma entrevista para você, caso queira.
— Sério? Isso vai me ajudar muito, você não tem ideia — sorri agradecida enquanto ele se contenta em me lançar uma piscadela.
— Você vai ser uma ótima profissional, não tenho a menor dúvida. Por mais que você saia da linhas as vezes — acabei rindo alto demais sobre esse fato.
— Para seguir uma vida saudável, você não precisa abrir mão dos prazeres da vida Magnus. Apenas manter uma alimentação equilibrada.
— Sim, nada de abrir mão dos prazeres da vida, concordo plenamente. — senti vergonha por seu tom de voz. Eu estava falando sobre comida...
Me mantive calada durante o percurso, mas havia algo que eu notei assim que entrei no carro, e estava curiosa sobre.
— Vai viajar? — aponto para a mochila no banco de trás.
— Quase isso. — franzi o cenho ao notar que não seguimos o caminho da minha casa.
— Não estamos indo para a minha casa — digo o óbvio até notar que estávamos saindo da cidade — Nem para a sua.
— Exatamente.
— Está me sequestrando?
— Estou.
— Vai me dizer para onde estamos indo?
— Se eu te disser, deixa de ser um sequestro. — ele agarra minha mão apoiando na sua coxa.
— Quero minha cama — resmungo fechando meus olhos.
— Você vai ter uma cama.
— Para dormir — soltei uma risada nasal.
— Isso eu já não garanto — perfeito, eu estava sendo sequestrada em uma sexta a noite, por um cozinheiro aspirante a sádico.
[...]
Deixei de tentar adivinhar aonde estávamos indo depois que entramos em uma estrada de terra. Mas sabia que já estávamos a mais de uma hora na estrada. Eu tentei manter meus olhos abertos durante todo o percurso, mas o cansaço havia me vencido na metade dele.
Abri apenas um dos olhos quando senti uma mão tocar meus cabelos. Magnus tinha um sorriso travesso não comum em seu rosto enquanto me tocava.
— Já chegamos?
— Respondendo a sua vigésima pergunta, sim, chegamos.
— Finalmente! — dei glória eu realmente estava ansiosa para tirar esse tênis e deitar.
Uma nova demanda de medicamentos chegou na farmácia, e o filho do meu chefe não estava para ajudar com as caixas. Ou seja, sobrou apenas para nós dois, mais para mim já que ele já tem uma idade um pouco avançada.
E as caixas não eram tão leves assim, além do constante sobe e descer na escada. Isso me levou a exaustão e me fez ser chamada atenção na aula, já que cochilei algumas vezes.
Abri a porta do carro ficando um pouco surpresa com o lugar. Se tratava de uma mansão de três andares. Porém o lugar todo aparentava ser uma fazenda, e a arquitetura rústica da fachada da casa lhe dava um ar bonito. O carro havia seguido um caminho de pedras e árvores, então eu não havia visto a entrada do local.
— Que lugar bonito — coloco minhas mãos no bolso traseiro da calça, apesar de ser verão, por o lugar ser aberto e sem construções estava frio.
— Minha mãe acha o mesmo, ela ama essa fazenda — o sigo quando ele sobe as pequenas escadarias da entrada da casa.
— É sua? — fico um pouco surpresa. Eu sei que o Magnus tem uma ótima condição financeira, boa até demais eu diria. Mas uma casa dessas não deve custar menos que um rim.
— Gosto de investir em imóveis — ele da de ombros abrindo a porta.
Tão humilde...
O hall enorme tinha um lustre preto de pedrinhas, e alguns quadros na parede. Nenhum com foto, eram todos pinturas, eu queria conhecer mais do local, mas meus olhos estavam pesando a uma medida que achei que cairia no chão.
Também poderá, na noite passada eu apenas achei que fosse dormir. Mas acordei de madrugada pensando no Enrico, ver ele naquele estado me deixou mal, um homem tão bonito, inteligente, com um amigo que faria tudo por ele, com um carreira profissional ótima. Não parecia o mesmo Enrico que conheci na farmácia, ele aparentava estar... perdido.
Então apenas passei a madrugada admirando Magnus dormir, e constatei que esse homem não possui nenhuma versão feia.
— E por que não trás a dona Luna para morar aqui? — encaro o teto de madeira. A parede que seguia as escadas também de madeira, eram feitas de tijolinhos.
Seja lá quem decorou e construiu essa casa, está de parabéns.
— Ela adora essa casa, mas ama o seu lar em Nova Jersey — ele da um pequeno sorriso.
— Faz sentido. Onde é o quarto? — questiono olhando para os lados, havia uma estátua de cabeça de cervo que servia como aparador perto da porta.
Espero que não seja empalhado.
Olho para Magnus que tinha a mão sobre o peito e me olhava espantado.
— Que foi?
— Corine, mal chegamos e você já que ir para o quarto? — seu falso olhar inocente me deixa vermelha de vergonha.
— Por Deus, não! Não é para isso — mexo minhas mãos nervosa — Eu só estou cansada.
Ele rir se aproximando de mim e segurando meu rosto entre suas mãos.
— Eu sei, você está cheia de olheiras — ele beija minhas pálpebras — Venha.
Revirei os olhos ainda me sentindo envergonhada, quando ele queria conseguia ser mais palhaço que o Caio. Seguimos pelas escadas e gostei dos quadros que havia nas paredes, no fim do corredor do terceiro andar havia uma varanda com a janela aberta e fiquei impressionado com a vista.
— Aqui — Magnus me tira do meu vislumbre abrindo a porta do último quarto.
— Você só pode tá de brincadeira — apertei minhas mãos uma na outra.
O quarto também tinha um revestimento de madeira no teto e chão, mas as paredes tinha um acabamento mais natural, não sei explicar, parecia um enorme quadro pintado. Apenas os móveis eram mais modernos, uma porta dupla de vidro escuro levava ao closet, mais uma porta de madeira, e outra porta de vidro que dava a varanda.
Mas não era esse o motivo do meu "pânico" eram as coisas espalhadas pelo quarto, a mesma cruz de madeira que possui na casa do Magnus, um balanço suspenso, e objetos espalhados sobre a cama. A cama enorme possuía um dossel com um tecido branco, e sobre os pés da cama haviam correntes.
— Você me trouxe aqui para me punir? Não estou acreditando que ainda não esqueceu o que houve no casamento — o olho com a sobrancelha erguida.
Na verdade eu estava com vontade de rir, eu realmente achava que tinha sido salva pela Eva. Mas pelo que parece Magnus não faz o tipo que esquece ou deixa pra lá.
Vontade de rir e chorar ao mesmo tempo, da última vez que ele ficou irritado quase me deixou alejada, na verdade ainda tenho marcas que já estão sumindo na minha bunda.
— Não foi só para isso — ele segura meu queixo, o erguendo — Tenho uma surpresa pra você, mas antes eu preciso punir você da forma que merece, não acha?
— Não, não acho, acho que devíamos esquecer isso e partir logo para a surpresa. — ele aperta meu queixo mais forte, e se aproxima de mim.
— Vamos lá, vai ser divertido — ele se abaixa, aproximando sua boca da minha orelha — Para mim é claro.
— Não ach...
— Shh — ele coloca seu dedo entre meus lábios — Vai ser pior para você ir contra minhas ordens não acha? — assinto — Então pronto, vou deixar você dormir. Essa mochila tem coisas suas, pedi para a sua cunhada separar, apesar que você não vai usar quase nada da ir.
— Não vai dormir?
— Tenho que terminar de arrumar algumas coisas para mais tarde — aproxima seus lábios do meu — Durma, porquê talvez não consiga mais esse final de semana — arregalo meus olhos o que faz ele rir.
— No contrato dizia que eu tenho que dormir no mínimo 8 horas por dia — provoco e ele morde meu lábio devagar enquanto aperta meu quadril.
— E você vai dormir 8 horas, até mais se desejar. Mas quando acordar vamos brincar, só que talvez você não goste da brincadeira. — ele me beija, e quando se afasta eu caminho até a cama sentando.
— Talvez eu não acorde mais esse final de semana — digo fazendo ele rir e apanhar uma chibata sobre a cômoda.
— Eu no seu lugar acordaria — ele acerta a própria mão com o chicote, e sai porta a fora.
Me jogo na cama encarando o teto, ele era espelhado e parecia se abrir.
— É isso que dar você provocar um sádico — murmuro.
[...]
— Ele não brinca em serviço — digo vendo a mesa da cozinha. Ele havia feito os mesmos pãezinhos que provei na sua casa da última vez que entrei em sua cozinha.
Se passava das 10:00 quando acordei, e após o banho sai para procurar o Magnus, o que foi um fracasso. Mas encontrei um segurança enquanto rolava na grama, o que foi a coisa mais constrangedora de toda minha vida.
Ele não está, mas a comida sim.
Me sento já me servindo, gostei da paz que esse lugar tem. Na verdade tudo nesse lugar é bom na medida certa.
Gostaria que a Eva estivesse aqui, ela ama a natureza, é difícil conseguir segurar ela quando vamos no parque.
— Rolando na grama? — por sorte não me engasgo com a voz vinda de trás de mim.
Que segurança fofoqueiro.
— Vi no filme uma vez — dou de ombros como se fosse a coisa mais natural do mundo. Na verdade nem sei o que me deu na cabeça, por sorte não fiquei me coçando.
— Você é inacreditável — ele rir e eu por pouco não me queimei com o café quando ele apoio suas mãos nos meus ombros.
— Você dormiu? — coloco minha torrada com ovos de volta no prato quando as mãos grandes do homem deslizam por meus braços — Magnus — ri retirando suas mãos de mim.
— Dormi, mas acordei antes de você — ele beija o meu pescoço me fazendo se curvar para frente.
— Eu estou comendo. — encolho meus ombros.
— É o que eu estou tentando fazer também — me calei sentindo minha bochechas queimarem.
Como alguém consegue dizer isso com tanta naturalidade?
— Mas, me contento com o café — posso ouvir sua risada antes dele sentar ao meu lado. Ele estava sem camisa, e isso me deixou incomodada.— Por hora.
Qual a dificuldade em não me provocar?
— Seu celular está comigo — ele diz com uma calmaria surreal.
— Ah, então já pode me devolver — estendo minha mão para ele.
— Amanhã a noite — seu olhar cortante não me faz recuar.
— Não, agora, agora mesmo. Caio pode precisar de mim com a Eva, o Tom ou a Sara podem precisar e o meu chefe, sabia que eu trabalho?
— Esse final de semana é nosso, só nós dois. E não vou perder um segundo com o mundo lá fora, e você também não. — ele enfia um morango na minha boca, o qual mordo na força do ódio — Não precisa ficar bravinha, o mundo não vai se acabar porquê você não atendeu o celular.
— Dona Luna pode precisar de você — jogo.
— Pode, por isso caso seja preciso, o casal que cuida dela irá ligar para o segurança lá fora. Não vou usar meu celular.
— Não estou entendendo esse seu joguinho — fico confusa — Por que quer se isolar do mundo?
— Eu não quero me isolar do mundo, quero aproveitar os segundos com você
— Magnus — ergo uma sobrancelha o que faz ele sorrir.
— Fiquei com medo de perder você, talvez se eu tivesse ficado em Nova York, você não tivesse passado pela aquela situação. Afinal o que aconteceu foi culpa minha, a Morgana sente ódio de mim, e sabe o quanto você é importante. E usou o bonequinho dela para me atingir. — seus olhos não desviaram um segundo de mim, o que era constrangedor de uma maneira agradável.
Vai entender os dons desse homem.
Levantei da cadeira em que estava sentada e me aproximei dele, o que o fez se afastar um pouco da mesa. E me sentei de pernas abertas em seu colo, abraçando seu pescoço.
— Isso não vai mais acontecer. Além do mais a dona Luna precisava de você, sabe disso — sorri.
As coisas que eu disse na casa dele realmente foi uma babaquice atrás da outra. Mas eu nunca havia passado por uma situação dessas, e espero que não volte a acontecer. Mas metade de tudo que eu disse é verdade, metade das coisas loucas que estão acontecendo na minha vida, se deve porque eu conheci o Magnus.
Mas é óbvio que ele não tem culpa por uma psicopata sadomasoquista resolver se livrar de mim.
— Eu sei — ele segura meu rosto entre suas mãos, o que me faz sorrir por dentro, tenho certeza que ele não havia notado que adquiriu essa mania — Eu vou sempre proteger você, sempre. Custe o que custar, eu vou sempre estar aqui — assenti e sorri quando seus lábios tomaram os meus.
— Magnus — sorri entre o beijo tirando suas mãos de dentro da minha blusa.
Se existe ser humano mais rápido com a mão do que ele, eu desconheço.
— Eu preciso de você, e preciso agora — ele me agarra me deitando sobre a mesa, eu escutei o barulho de algumas louças caindo, mas se o dono não estava se importando, por que eu faria isso?
Meu corpo está deitado sobre a mesa, enquanto ele está inclinado sobre mim. Seu membro duro roçando em mim, enquanto uma de suas mãos aperta a minha bunda.
Apoio minhas mãos em seus ombros não querendo que ele se afaste, minhas pernas abraçam sua cintura mantendo uma distância indecente entre meu sexo e o seu.
— Vim o caminho inteiro desejando provar o seu gosto — sua boca abandona a minha deslizando por minha bochecha, e descendo pelo pescoço, uma mordida é deixada em meu ombro e isso me faz arfar — Desejando parar aquele carro em qualquer lugar em que eu pudesse colocar as minhas mãos em você.
— Magnus — gemi quando minha blusa foi retirada, fazendo eu sentir a pele do seu busto nu me tocar. Tão quente e maravilhoso.
— Retirar aquela sua roupa que me fez ter pensamentos pecaminosos, e chupar você dos pés a cabeça até sentir o seu gosto maravilhoso invadir a minha língua. — minhas unhas descem por suas costas.
— Minhas roupas? — não sei como consegui pronunciar. Não havia nada demais nas minhas roupas.
Que diabos a de atraente em calça e jaqueta?
— Oh sim — seus lábios continuam uma trilha de beijos e mordidas até os meus seios nus e eriçados — Eu nunca lhe disse? Tudo em você me faz deseja-lá — sua língua brinca com o bico estumecido dos meus seios antes de puxar um deles, seus dentes me fazem gemer alto segurando seus fios castanhos — Absolutamente tudo! — sua mão adentra meu short.
Suas palavras sujas me causam uma sensação de que tudo em mim estava quente. Eu queria mais que tudo que ele acabasse logo com essa tortura.
Um de seus dedos deslizam por entre meus lábios enquanto ele continua descendo com mordidas pela minha barriga.
Oh Deus!
— Senhor — o segurança que eu havia visto mais cedo aparece, e Magnus se põe na minha frente cobrindo minha nudez — Oh, desculpe, eu não sabia que a senhora já tinha acordado.
Olho sobre os ombros do Magnus o homem ficar de costas.
Senhor! Pode me levar, agora e rápido por favor.
Eu queria me enfiar em um buraco e morar lá para sempre. Magnus parece ter ficado mais puto do que com vergonha, e se ajoelhando pegou minha blusa que estava no chão, e me desceu da mesa, agarrando minha mão.
— Pode dizer — não havia nenhum traço de bom humor na voz do Magnus.
— Os cavalos que o senhor pediu para o caseiro selar. — o homem parecia compartilhar da mesma vergonha que eu, pois ele conversava com o Magnus olhando para o armário atrás de nós.
— Ok, pode se retirar — o homem apenas assenti saindo.
— Podemos ir embora? — questiono e o homem sem camisa se vira me encurralando contra a mesa.
— Não mesmo, não precisa de vergonha, ele nem lembra mais do que viu. — ele pisca.
— Como sabe disso?
— Porquê você é minha, e se eu ao menos imaginar que ele está pensando em você nua, eu vou lá e quebro a cara dele inteira.
— Você não faria isso.
— Que apostar? — nego.
— Ciúmes? — provoco.
— Eu não sinto ciúmes baby, eu sinto incomodo por alguém ver a minha mulher nessa situação. E se eu sinto incomodo, eu vou querer ir lá resolver as coisas, e se eu for de duas uma, ou ele vai parar no hospital, ou em um cemitério — ele beija meus lábios.
— Magnus! — o olho espantada mais com vontade de rir.
— Eu nunca disse que era um anjo — ele sai me puxando pela mão — Fiquei sabendo que gosta de andar a cavalo — ele diz enquanto caminhamos por entre os estábulos próximos a casa.
— Quem não? Eu e Caio íamos todo final de semana na fazenda do nosso tio para andarmos a cavalos quando éramos pequenos. Mas depois que ele morreu, enfim — dou de ombros.
— Esses estão ao seu agrado? — ele aponta para trás de mim, e me viro vendo um homem baixinho trazer dois cavalos de pelagem escura, um dele tinha uma mancha branca na testa.
— Meu Deus! Eles são lindos — me aproximo cumprimentando o homem que segurava as rédeas — Oi bonitão — toco a cabeça do animal com uma mancha na testa.
— Acha que ainda sabe montar? — Magnus me provoca pegando as rédeas do outro animal.
— Eu monto como ninguém Magnus — sorri sem mostrar os dentes e notei um brilho diferente nos seus olhos.
— É o que veremos mais tarde.
Tudo com esse homem tem um duplo sentido!
3/4
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