Capítulo 19
— Como você está cheirosa minha princesa. — jogo Eva para cima a pegando e beijando todo seu rosto.
— Parece até que não vê-la a anos. A é você não tem mais casa. — Caio joga fazendo Sara me olhar divertida.
— Digo o mesmo, afinal você vive mais na casa da Sabina do que aqui. — Thomas se engasga com a pizza.
— Levo a Eva comigo. — ele sorrir.
— Eva não pode ir com a Corine, não é programa para menores de 18. — arregalo os olhos com a fala da Sara.
Thomas e Caio me olham surpresos, enquanto uso a pequena de escudo.
— Eu quis dizer gente que não tem crianças aonde a Corine vai, então seria estranho levar a Eva. — Sara se contradiz, enquanto planejo sua morte.
— Conversaremos sobre isso depois, e sobre esse tal de Magnus também. — Caio se irrita levantando.
Sara resolveu fazer a noite da pizza, apesar de morta de cansaço, concordei pois estava me sentindo afastada dos meus amigos, e Caio quis participar. Estávamos sentados no chão da sala da minha casa, Eva se lambuzava com uma fatia pequena, enquanto Thomas estava com a cabeça apoiada no colo da Sara.
— Você e Magnus estão namorando? — meu amigo pergunta.
— Não Tom, não estamos namorando. Que flores você acha que devemos levar para o velório da Sara? — passo a mão sobre os cabelos da pequena em meu colo.
— Preta.
— Foi sem querer, saiu. — ela se defende. — Mas Caio não tem direito nenhum de reclamar, quantas vezes já não se enfiou entre as pernas da noiva aqui no sofá dessa sala. — fico vermelha ao lembrar das diversas vezes que meus amigos vieram dormir aqui, e pegamos os pombinhos no flagra.
— Eu ouvi isso! — Caio grita do quarto dele.
— É para ouvir mesmo, está lhe faltando senso! Senso do ridículo! — Sara grita de volta.
— Parou os dois! — me intrometo.
— Soube que o restaurante do Magnus inaugura na terça? — Tom me mostra seu celular, aonde havia uma foto do Magnus, e uma matéria sobre em uma revista.
— Sabia que abririam outro, mas não sabia quando. — Eva suja minha perna de queijo, eu odiava da essas coisas a ela, mas por ser raras as vezes eu deixava passar.
— Acha que ele vai te convidar? Ou alguma modelo para ir com ele, sabe como é, ele tem que chegar acompanhado. — pego um guardanapo limpando minha perna, enquanto seguro Eva com o outro braço.
Será que ele vai levar alguma modelo?
— Para de ser chato Thomas!
— Eu não sei. — continuo a passar o guardanapo sobre o queijo, mas sem nem me dar conta acabo apertando o pobre material com força em meus dedos.
— Mas não seria estranho? Tipo vocês estão juntos.
— Não tem como eu saber, não vou com ele. — passo o guardanapo com força sobre minha perna, e o maldito queijo parece que não sairia nunca.
— Mas convenhamos que seria no mínimo estra...
— Eu não sei Tom! — me altero sem querer, os assustando. — Desculpe, mas Magnus leva quem ele quiser, não temos nenhum relacionamento amoroso. Até porque se quisesse que eu fosse, teria me dito. Agora vamos mudar de assunto? Ele não é o meu assunto principal. — levanto fazendo careta pela dor em minha bunda, e recolho os pratos sujo.
— Como foi o seu jantar com a instrutora Thomas? Você esqueceu de nos avisar. — Sara me salva, enquanto recolho as coisa para a cozinha.
Falar do Magnus era bom quando não envolvia terceiros ou situações futuras.
— Mulheres são cruéis. — Sara que começa a me ajudar a limpar a sala, para o olhando.
— Como é? — presto atenção na conversa pegando minha irmã nos braços para limpar a boca dela, estava quietinha hoje pois acordou sentida a tarde.
— Acredita que tudo que ela queria era se aproveitar do meu corpinho? Segundo ela sou muito bebê para ter um relacionamento com ela. — Ele se joga no sofá de forma dramática.
— Então você é novo para ter um relacionamento, mas não é novo para dormir com ela? — ergo uma sobrancelha, sentando Eva no sofá, e pego sua boneca que estava no chão lhe entregando.
— Segundo ela sim, estou me sentindo usado.
— Quer que eu toque fogo na casa dela?
— Não! Nada de fogo Sara! — me antecipo, pois ela era bem capaz de fazer isso mesmo.
— Sabe, eu acho que devo ter jogado pedra na c...
Thomas é interrompido pelo barulho da porta se abrindo em um rompante. Meu "pai" entra por ela e está claramente embriagado.
— Boa noite senhor Mc'Dan. — Thomas educado lhe estende a mão, mas leva um empurrão no peito que o faz cair sentado no chão.
— Que boa noite? Saiam da minha casa! — apesar das palavras saírem emboladas, é possível entender tudo o que diz enquanto cambaleia bêbado.
— Caio! — chamo meu irmão que é o único que consegue resolver essas situações.
— O que? Não consegue lidar com seu pai filhinha? — os olhos semelhantes aos de Eva me encaram animados, e ele joga um dos jarros da mesa de canto na parede.
— Pare com isso! — eu não gostava de ter que lidar com isso.
— Por que bonitinha!? — ele sorri malicioso jogando mais um jarro, dessa vez na mesa de centro que faz um enorme barulho com o vidro quebrado.
O Caio morreu no quarto?
— Senhor, acho melhor você parar. — Sara intervém quando ele se aproxima de mim, e leva um empurrão tão forte que senti dor no ombro ao ver. O fato dele ser quase uma muralha não ajudava em nada.
Thomas tenta segurar ele, o que faz ele desequilibrar e cair. Porém os dois corpos esbarram com força em mim, e a perna do Thomas me acerta me fazendo cair sobre os cacos quebrados, e é justo nessa hora que o Caio aparece.
— Mais que porra está acontecendo aqui!? — Podia ver uma veia se destacar em sua testa de tanto que foi seu ódio ao ver com quem Thomas caia no soco. — Eu já disse que não quero você aqui seu verme! — ele puxa o homem de cima do Thomas. — Se voltar de novo eu chamarei a polícia. — Caio o empurra porta a fora, a fechando.
— Corine! — Sara levanta do chão, se aproximando de mim, enquanto Thomas me ergue pelos braços.
— Eu tô bem! — resmungo.
— Isso é estar bem!? — ela aponta para meu braço sangrando.
Mais que...
— Por que deixaram ele en... — Caio se detém quando me ver sentada no sofá com o braço encharcado de sangue. — Oh merda, vamos ao hospital! — ele tenta me levantar, mas me agarro ao sofá.
— Eu estou bem, não foi fundo, só está sangrando. — os tranquilizo. — Pessoal eu não quero ser grossa, mas será que vocês poderiam ir? É que a noite já deu para mim. — me envergonhava por mandar eles embora.
— Entendemos amiga, qualquer coisa você liga? — assinto e eles me abraçam saindo.
— A Eva. — digo quando Caio faz menção de se aproximar. E aponto para a pequena encolhida no sofá abraçada a boneca, seus olhos estavam molhados e ela estava claramente assustada.
— Já volto! — ele diz a pegando nos braços em direção ao quarto da pequena.
Quando me vejo sozinha encaro os cacos de vidros espalhados pela sala, e volto meu olhar para meu braço. Eu sentia uma enorme vontade de chorar, e me juntar aos meus irmãos, porém eu havia prometido ao Caio que nunca mais esse homem me afetaria.
Respiro fundo passando a mão com força por minhas bochechas secando as lágrimas teimosas. Quando me encaminho para a cozinha para limpar o sangue, alguém bate na porta. Primeiro penso em gritar por Caio, mas aquele homem não bate, ele simplesmente invade, então caminho até a entrada.
— Magnus? — me surpreendo com o homem alto na minha porta.
Primeiro ele sorrir, mas logo seus olhos descem para o meu braço, o qual tento esconder.
— O que foi isso? — ele nem ao menos pergunta se pode entrar, apenas invade a casa segurando meu braço. — Que caralho foi isso? — ele se exalta quando puxo meu braço.
— Nada! — caminho até a cozinha, colocando meu braço debaixo da torneira limpando o sangue.
Quando ver apenas o corte próximo ao meu cotovelo, Magnus se apoia na porta da cozinha me encarando, e eu o ignoro. A louça suja não se limparia sozinha, e ainda estou muito afim de saber o porquê dele estar na minha casa a essas horas.
— Se meteu em briga? — ele não parecia mais irritado, estava o velho Magnus de sempre, me avaliando para pegar na mentira.
— Foi um acidente.
— Um acidente bem prejudicial a sua sala. — lembro dos cacos de vidros quebrados.
— O que faz aqui a essa hora? — me apoio na pia, para olha-ló com o copo e a esponja na mão.
— Talvez eu tenha me acostumado mal. — ele se aproxima.
— Talvez? — sorri erguendo uma sobrancelha. — Ah, você sentiu saudade! — brinco.
— E se foi isso? — paro de sorrir me voltando a torneira. — E se for? E se eu tivesse sentido saudade de ter você para dormir comigo? — encaro a janela que dá para o quintal.
— Ah, nada demais não é? — odeio ficar nervosa. E só piora quando suas mãos agarram minha cintura, me virando para si.
— Está tudo bem mesmo? Você está estranha. — os olhos azuis não deixam de me encarar um único segundo.
— Não sabia que seu restaurante abriria na terça. — digo como não quer nada. Maldito Thomas que me deixou paranóica com algo nada a ver.
— Como sabe? — ele aperta minha cintura ao ponto de eu ficar completamente encurralada entre a pia, e ele. — É óbvio, imprensa. Eu iria te comunicar isso no sábado, para você se planejar.
— Me planejar? — Me assusto quando ele me ergue, me sentando na pia.
— Quem você acha que vai comigo? — ele morde meu queixo, se mantendo entre minhas pernas.
— Alguma modelo? — sim, eu tinha que parar de ouvir o Thomas em relação ao Magnus, eu estou parecendo uma esposa ciumenta e paranóica.
— Não sabia que você trabalhava em alguma agência. — suas mãos vão para o botão do meu short, e eu seguro seus braços o impedindo de continuar.
— O Caio está em casa. — ele grunhi me fazendo rir, e me desce da pia.
[...]
Depois de finalmente explicar ao Caio que Magnus dormiria hoje aqui. E conter todo o seu drama de irmão protetor, me jogo na cama de solteira encarando Magnus sentado no meu puff.
— Admita, você não pensou muito antes de vim parar aqui, pensou? — dou risada de um homem desse tamanho sentado no puff.
— Eu estava pensando em muitas coisas, nem uma descente admito. Mas em nenhum segundo parei para lembrar dessa cama. — ele levanta tirando a camisa. — Nunca cogitou comprar uma cama maior?
— Nem todo mundo é um mutante alto igual a você Magnus. — ele senta na cama me fazendo levantar, e apoiar minha cabeça no seu peito. Eu estava praticamente deitada sobre ele. — Mas se quiser, tem a cama do Caio. — olho para cima para ver sua expressão, e ele acerta minha bunda, me fazendo resmungar pela dor.
— Estava quase tendo compaixão e desistindo do final de semana que planejei. — agora sim ele tem toda minha atenção. — Mas você está merecendo.
— O que? Como assim? — ele fecha os olhos. — Magnus! — bato no seu peito.
— Estou dormindo, e mais um tapa e iremos fazer tudo, menos dormir. — me encolho, me mantendo calada.
O que esse homem pretende no final de semana?
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