Capítulo 11
— Que cena deplorável. — Olho para Caio jogado toda de mal jeito no sofá. Eu havia acabado de chegar do trabalho, e encontro meu irmão jogando.
— Deplorável está você. Você não saiu com essa roupa ontem a noite? — Agora sim tenho sua atenção, e não era o que eu queria.
Claro que não temos tantas condições para vestir uma peça de roupa apena uma vez. Mas ele sabe que meu "uniforme" de trabalho, se constitue na blusa branca com a logo da farmácia, calça jeans, jaqueta e tênis. Mas hoje tive sorte que o meu chefe não me demitiu por ter chegado com essa roupa.
Peguei ele de bom humor!
— Não, você está confundindo. — minto. — Volte para o seu joguinho sem graça. — ele me arremessa uma almofada, e eu revido com o tapete do chão.
— Idiota! — ele rir.
Passo pelo quarto da Eva, e ela estava sentadinha no tapete de tatame brincando com suas bonecas.
— Oi amor! — me aproximo, e ela sorrir abrindo os bracinhos.
— Cor! — ela já começa a me mostrar suas bonecas, principal uma coleção colorida que lhe dei a dois meses atrás. Elas tem cheirinho de fruta, e são os brinquedos preferido da menina.
Admito que vou sentir tanta falta dessa pestinha. Óbvio que ela não vai morar em outro país, mas vai ser mais difícil de vê-lá. Mas fico feliz que Caio tenha uma noiva tão incrível quanto a Sabina, e principalmente pelos dois quererem adotar a Eva. Ela merece crescer em uma família feliz, assim como eu e o Caio tivemos essa oportunidade por um tempo.
— Quer vim se arrumar comigo? — ela rapidinho deixa as bonecas de lado.
A pego nos braços caminhando até o meu quarto.
— Fica quietinha que eu vou tomar banho, não mexa nas coisas, para elas não cair, tá bom? — a sento na cama, e ela assenti. A espertinha adorava mexer na minha cômoda de cremes. Além do fato de ser o único móvel que ela alcança.
Caminho até o banheiro, mas tenho que voltar quando meu celular toca. Me apoio na parede quando vejo o nome brilhar na tela.
— Gute Nacht, was verdanke ich die Ehre? — digo em Alemão, ela odeia quando faço isso.
— Quando eu cortar sua língua, quero só ver como você vai fazer essas gracinhas! — Sara se irrita, quase me deixando surda.
— Que violência!
— Mudando de assunto. Já está pronta? — Sara sabia que eu iria a casa do Magnus hoje a noite.
— Cheguei agora em casa! — meu celular vibra indicando uma mensagem, mas ignoro.
— Eu e Thomas iremos ao cinema junto com o irmão dele. — Massageio minha testa com essa informação.
— Por favor Sara, se comporta, não quero ter que ir te tirar da prisão de novo! — Da última vez que os três saíram juntos, foram parar na delegacia porque o irmão do Thomas, e a Sara bateram o carro, ninguém se machucou, mas os dois se odeiam.
— Me respeita que eu sou um anjo! — Lúcifer também era. — Vou deixar você se arrumar para aquele homão. Vamos almoçar juntas amanhã? Preciso dos detalhes! Claro, isso se você ainda estiver andando.
— Sara! — olho para os lados como se estivesse cercada de gente e todos pudessem ouvir o que ela disse.
— Boa noite Corine. Te amo, e divirta-se amiga, qualquer coisa você me liga na hora que eu passo em casa rapidinho e pego minha serra elétrica! — ela desliga.
Essa garota tem sérios problemas!
Vejo a mensagem que havia chegado para mim, era do Magnus. Dizia que queria que eu me arrumasse na casa dele, e que ainda estava com a mãe, mas logo chegaria.
A vontade de dizer que não, eu tenho casa, é grande. Mas a de saber o porque devo me arrumar na casa dele é maior.
Não o respondo, ele vai ficar furioso com isso. Pelo o que noto do Magnus, ele gosta de estar no controle, não gosta de receber, e sim da ordens. Porém o buraco é mais embaixo.
Sem duplo sentido!
[...]
Casa? Magnus tem que realmente rever os conceitos dele sobre o que é uma casa.
Pago o táxi, descendo e parando em frente ao enorme portão preto. O homem mora em uma mansão, e me vem com "casa".
Meu constrangimento é tanto que dou dois passos para sair daquele lugar, porém uma senhora com uma roupa formal aparece abrindo o portão, e sorrindo ao me ver.
— Senhorita Corine?
— Só Corine! — estendo minha mão para cumprimentá-la.
— Senhor Magnus avisou que a senhorita já estava chegando. Vamos entrar? Lhe passarei as instruções.
Ainda cogitando a idéia de sair correndo, assinto. Atravessamos por um caminho de pedras, aos lados havia o jardim. E ela abre a porta de entrada. Me senti humilhada passando pela aquela porta com meus 1,65 de altura.
Tampo minha boca notando a sala. Em tons neutros bem masculinos, e objetos de decoração que não nego, estava louca para tocar. Ela sobe as escadas, e me apoio no corrimão, vendo fotos do Magnus, e algumas foto dele com a mãe.
Acho bonito a relação que ele possui com a mãe. Nem todos são assim, normalmente depois que crescem, e saiem de casa é como se os país deixassem de existir, ou de ter sua importância.
Claro que vai de caso para caso. No meu por exemplo, não é que eu não sinta falta de ter pais, uma família estruturada, eu só já entendi que isso não é para mim.
— A senhorita pode se arrumar aqui nesse quarto. — a senhora abre uma porta, e fico tensa ao ver que o quarto é quase do tamanho da minha casa. — Tem tudo o que precisa em cima do cama, e o senhor Magnus deixou uma carta para a senhorita. — ela me entrega um envelope preto. — Caso precise de algo a senhorita pode ligar para ele. O senhor Magnus dispensou todos os empregados, tenha uma boa noite senhorita. — ela sorrir, e fecha a porta atrás de mim, saindo.
É você! Pode me chamar de você!
Todos os empregados? Acho que toda a Nova York conhece os restaurantes do Magnus. Os restaurantes Venturine sempre aparecem em revistas de gastronomia, e em matérias de jornais. Mas Magnus tem uma simplicidade incomum, o que me deixou surpresa ver essa casa enorme e "todos os empregados".
Noto a parede azul escuro, alguns quadros bem bonitos, e caminho até a cama. Brincando cabia eu, Sara, Thomas, e Caio deitados ali.
Me aproximo, e tenho certeza que meu rosto está vermelho. Vermelho não, já deve estar como o sangue. Olho para todos os cantos do quarto, esperando que alguém pule e diga "te peguei". Mas isso não acontece.
Sobre os lençóis em tons de azul e branco tem uma lingerie preta. O problema não é ser uma lingerie, o problema é ser "a lingerie".
Abro apressada a carta nas minhas mãos, e me envergonho ao ver que a caligrafia do Magnus é mais bonita que a minha.
"É bem provável que você chegue antes de mim a minha casa, então faça o seguinte: tome banho, e vista a lingerie que comprei especialmente para você. Quando estiver pronta, me espere ajoelhada ao lado da porta de entrada. Prometo não demorar"
Ajoelhada? Ao lado da porta?
— Mas o que esse cozinheiro de meia tigela está pensando que eu sou ? — me irrito sozinha dentro do quarto e pego meu celular.
Ele havia me dado seu número quando me deixou no trabalho mais cedo. O que me faz olhar para meu corpo, um dia inteiro sem banho...
Balanço a cabeça negativamente, e disco seu número. No segundo toque ele atende.
— Já está na minha casa? — Odeio o fato de sentir vibrações ansiosas em meu corpo ao ouvir sua voz.
— Sim, e adivinha o que tem sobre a cama? — olho para a peça extremamente sexy.
— Uma lingerie?
— Exato! E adivinha como eu devo estar quando você chegar.
— De joelhos ao lado da porta, sem se tocar, porque eu saberei. É dessa forma que você deve estar!
Não entendo a parte de me tocar.
— Mas não vou!
— Vai! Vai sim, ou receberá outra punição, ainda mais severa dessa vez, é isso que quer? — meu sexo pulsa. Eu não entendia, Magnus realmente é um homem bonito, mas não era isso.
Quando estava com ele é como se me derretesse em seus braços. É como se quando eu estivesse ao seu lado, eu realmente me sentia uma mulher, e principalmente...
Uma mulher desejada!
— Não espere me encontrar assim! — me irrito desligando.
Olho a peça em cima da cama. A lingerie era preta, e de couro. Seguido de um espartilho bem trabalhado, cintas ligas, e saltos também pretos.
Era tão estranho meu corpo já estar tão entregue a um homem que mal conheço. Já estive com outros homens, e nenhum neles nunca me fez sentir tão viva em anos de relacionamento, como Magnus fez em uma noite.
Ignoro minhas inseguranças caminhando até o banheiro.
— Meu Deus! — coloco a mão sobre a boca.
Aquele banheiro brincando deveria custar mais que os meus órgãos.
— Não seja deslumbrada Corine! — me repreendo me livrando das minha roupas. Sobre a cama havia alguns itens de higiene novos que peguei.
[...]
Sabe quando as pessoas falam sobre se sentir bem consigo mesma? Com certeza está acontecendo isso comigo, não nego minha vergonha em estar em trajes tão sexy, mas me sinto... poderosa!
Agora vem a parte difícil!
Desço as escadas, e agora entendo porque Magnus dispensou todas as pessoas que trabalham para ele. Ao lado da porta, perto ao carpete me ajoelho. Passam-se segundos, e me incomodo com a dor em meus joelhos.
Mas havia uma certa excitação espalhada por meu corpo. Meus mamilos estavam instumecidos doloridos contra o material de couro. O fato de saber que aquele homem me tomaria novamente para si, me deixava ansiosa, ao ponto de esquecer a dor sobre meus joelhos.
Minutos depois apoio minhas mãos no chão, contraindo meu corpo. Uma vibração na minha buceta me faz gemer, encolho minhas unhas sobre o piso de madeira quando a pressão em meu sexo aumenta. Gemo me sentindo molhada.
Que diabos está acontecendo?
A pressão aumenta novamente, e estou quase de quatro no chão quando gozo. Porém a pressão não diminuí, muito pelo contrário, ela aumenta. O que me faz grunhir de prazer, mesmo sem entender o que estava acontecendo comigo.
Me assusto quando a porta se abre, e Magnus aparece. Meu rosto pega fogo por tê-lo me vendo nessa situação, mas me surpreendo ao ver um pequeno controle em sua mão.
— De joelhos Corine! — sua voz me faz gemer. Mas não o obedeço, minhas pernas pareciam gelatinas, a pressão imposta perto ao meu clitóris me deixava subindo pelas paredes.
Sua língua desliza pelos lábios, os umedecendo, e tenho certeza que ele sabe o que está acontecendo comigo. E tenho ainda mais certeza quando sinto a vibração ainda mais acelerada.
Até que velocidade esse negócio vai?
— De joelhos! — ele avisa novamente. E não o obedeço, o que faz ele erguer o pequeno controle.
Eu sentia minha excitação escorrer por minhas pernas, meus seios pressionados contra o tecido, e minha vulva muito sensível. Apoio minhas mãos, sentando sobre as pernas. O que parece satisfaze-ló, lágrimas de prazer se formam em meus olhos, e ele se aproxima. Sua mão grande massageia minha bochecha, enquanto meu ventre se contorce. Seu dedo desliza por meus lábios, e meu queixo é erguido. Sinto minhas paredes vaginais se contrairem novamente, seus olhos safiras me analisam descaradamente.
— Gostou da surpresa?
Gozo
Um segundo que eu vou pegar um extintor de incêndio. Alguém precisa de um copo de água?
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