Capítulo 09

Sara já havia sumido no meio das pessoas. Mas uma vez me deixando sozinha, e caminho até o bar dando de cara com o barman da última noite em que estive aqui.

— Deixe-me adivinhar, "não temos suco"? — faço aspas com os dedos, e ele revira os olhos me empurrando um copo de suco de morango. — Que maravilha. — aço um joinha com o dedo.

Otário

— Você só bebe isso? — Magnus surge do meu lado.

— Como nutricionista, nem isso eu deveria beber, porque tenho certeza absoluta que isso não é natural. — dou risada. — mas sim, só isso!— não é que eu não possa, é que realmente não é indicado afinal isso tem tudo, menos algo "saudável".

— Admito, pensei seriamente que você não viria. — ele segura minha mão, me forçando a levantar.

Comedor de fermento!

— Admito, eu não viria. — bebo meu copo de suco como se ali estivesse minha "coragem"—  mas quis ver o que você tem a oferecer. — ergo uma sobrancelha o fazendo sorrir.

Ele da um passo para frente, seus dedos tocam o meu pescoço, e ele aproxima os lábios da minha orelha.

— Prometo que não vai se arrepender. — ele se afasta me oferecendo um olhar confidente.

É o que eu também espero!

— Então? Vai ficar me olhando ou vai me mostrar como isso funciona? — brinco.

— É claro, promete que não vai sair correndo para a delegacia para me acusar de abrir uma casa de tortura? — coro, talvez eu tenha exagerado um pouco, mas não é como se eu estivesse acostumada a sair vendo gente amarrada.

Assinto e ele apoia a mão nas minhas costas me forçando a andar até as portas duplas. E novamente vejo pessoas amarradas, com fantasia, com marcas, faço uma expressão de careta vendo aquilo.

Isso deve doer muito!

— Bondage. — quase esqueço do homem ao meu lado.

— Já vi isso em um filme, mas era só as mãos. — explico, porém parece que eu disse a coisa mais engraçada do mundo, pois ele da risada.

— Imagino. — ele puxa a minha mão até uma mesa aonde tinha uma mulher de lingerie, ela estava amarrada. E fico surpresa com os nós, eu mal consigo amarrar meu tênis direito, quem dirá fazer uma coisa como aquela. — Shibari, tudo conceitual, lembre. — olho a mulher.

— Será que não está doendo? Principalmente com esse negócio na boca. — parecia uma mordaça, só que com uma bolinha.

— Ela e o seu dom tem um contrato. — contrato para ficar amarrada? — não me olhe assim. — ele volta a rir. — Não tem nenhum valor jurídico, é apenas para ambas as partes colocarem até onde pode irem, entende? — assinto ainda olhando a mulher, ela não parecia achar ruim todas essas pessoas a olhando, porém seus olhos estavam em um homem todo tatuado encostado na parede.

O homem me nota o olhando, e se aproxima.

— É nova aqui? — ele me analisa o que me faz fechar a cara.

— Só conhecendo.

— Seja bem vinda! — ele olha de mim para o Magnus_sua submissa? — ele questiona ao gigante do meu lado.

— Não! — digo antes que ele abra a boca. — Magnus só está me mostrando o lugar. — me afasto um pouco olhando as outras coisas.

Sim, fiquei incomoda com a menção de me tornar uma dessas mulheres. Não julgo, afinal se é como o Magnus disse, é uma escolha delas, e que deve ser respeitada, mas não me vejo ficando exposta dessa maneira.

Não mesmo!

Muito menos andando como um cachorrinho atrás do rabo do dono.

— Tudo bem? — Magnus me vira para si para poder me encarar e eu forço um sorriso.

— Sim, eu só lembrei que tenho umas coisas pendentes amanhã cedo, então preciso dormir né? — dou dois tapinhas no seu ombro, porém ele agarra a minha mão.

— Não faça isso Corine. — ele suspira. — por que é tão medrosa?

— O que?. — o olho incrédula. — Eu não estou com medo de nada.

— Corine, eu não pedi que você fosse a minha submissa, pedi? — nego. — mas eu quero. — ele agarra minha mão antes que eu possa dá um passo para trás_mas por enquanto eu só quero lhe ensinar, mas a partir do momento que você não quiser, as portas que se abriram para você entrar, também vão estar abertas para sair.

Apenas encaro o homem a minha frente e assinto.

— Se elas não estiverem abertas para eu sair, eu vou arromba- lás. — pisco.

[...]

— Vocês usam tudo isso? — se eu não estava vermelha, estava próxima a isso.

— Isso? São objetos leves — ele rir.

Pelo que parece minha inexperiência o estava divertindo demais.

— O que é isso? — aponto para a mesma tira de couro que vi na boca da mulher, porém até onde sei essas coisas não tem bolas.

— Isso é um gag, ficou curiosa com a submissa lá embaixo? — ele me encara avaliativo.

— Um pouco — assumo dando de ombros como se não fosse nada.

— Que testar? — ele se aproxima, o homem tinha a porra de um olhar quente, era como se te hipnotiza-se, o que me faz piscar atordoada.

— Para que serve? — pergunto apenas para ter certeza, mas era óbvio para que aquilo servia.

Ele caminha até mim em pé no meio do quarto, e puxa meus cabelos para trás, devagar, e os prende em um coque. Amarrando aquilo atrás da minha cabeça, tenho vontade de rir com a bolinha na minha boca. Eu estava parecendo um porco com uma maçã pronta para o abate.

Porém meu corpo é empurrado para frente, e caio de cara na cama, o que me assusta, mas meu grito é contido pela mordaça. Sinto algo passar pelo meu braço e estremeço. Era uma situação estranha e excitante, excitante por eu não ter a menor ideia do que aconteceria. Logo sinto a dor, e minha pele queimar com a chicotada que acabei de levar no braço.

Meu corpo é puxado para trás, firmando meus pés no chão, e Magnus tira o gag da minha boca.

— Viu? Não foi tão ruim! — seus olhos brilham excitados, e o desconforto da umidade entre minhas pernas me faz apenas arfar.

Não gosto disso, normalmente e cientificamente mulheres não se excitam assim tão rápido, não é mesmo?

— Pensei que você iria me açoitar. — mordo o lábio com força morrendo de vergonha, porque no fundo eu desejei isso.

— Você não me deu permissão para tal. — ele senta na cama. — Poderia parar de morder o lábio? Vai acabar se machucando! — o olho. — ou corre o risco de eu te prender ali. — ele aponta para o X de madeira. — E só te soltar quando todo meu desejo passar.

Filho da mãe sincero.

Me recomponho, piscando atordoada.

— Foi para isso que me chamou? Para me dar uma chicotada no braço? — se ele soubesse o estrago que esse tapinha me causou.

— Não. — ele da risada, e é estranho.

Que risada grossa!

— Então? — cruzo os braços.

— Quero que seja minha submissa Corine! — arregalo meus olhos. — Também não me olhe como se eu fosse o demônio te arrastando para o inferno. — Sente-se aqui. — ele aponta para o seu lado da cama e eu me sento.

— Não vou ser sua cadelinha adestrada. — solto.

Minha vida sempre esteve em uma bola de monótonia. Então de repente cai esse homem e minha cabeça parece da uma volta de 360°, sim é um homem bonito, porém tem algo nele que me atrai, e é bizarro.

Até porque não o conheço, tirando o nome e o trabalho, não sei nada dele, e mesmo assim estou aqui no quarto de um clube de lapadas.

Mais um apelido carinhoso!

— Não é desse jeito que funciona Corine, não vou te impedir de trabalhar, de ver seus amigos, de ver sua família, de escolher o que quer comer, eu não vou. — ergo uma sobrancelha. — mas você vai ter que ser minha!— o tom que ele usa nunca fez tanta menção a "Chorei, só não disse por onde".

Apenas encaro seus olhos azuis. Durante 23 anos eu achava que para tal feito era preciso namorar, nunca simplesmente "peguei" alguém. E ainda saia como "frigida", sendo que aqueles putos que eram moles demais, nunca nenhum deles me deu prazer.

O estranho é que só agora noto isso.

— Quero um teste drive. — levanto pondo as mãos na cintura.

— Como? — ele sorrir confuso. — Tenho cara de carro?

— Teste drive do que você tem a me oferecer. Duas semanas, se eu gostar, viro sua submissa.

— E se não gostar?

— Você me paga um lanche bem gorduroso pelo tempo perdido. — pisco. — Fechado?— estiro minha mão.

Ele me encara e agarra minha mão.

— Nutricionismo não é para você. — ele se ergue me puxando para si. — Podemos começar? Tenho muito o que lhe ensinar. — tenho certeza que corei, acho que minha coragem foi pelo ralo, mas assinto.

Ele se afasta, e pega algemas dentro de uma gaveta.

— Tire a roupa. — ele me encara e por nossa senhora só a forma que ele está me olhando já me sinto nua.

— Ago..

— Não me questione! Apenas faça! — a autoridade em sua voz me faz revirar os olhos. — Se eu fosse você não reviraria esses olhos de novo! — porra!

Respiro fundo tirando a blusa, seguido da meia calça e do short. Fico feliz que vesti uma lingerie nova.

Ele apenas me olha, e se aproxima, agarrando meu queixo.

— Pelo que eu saiba, você ainda está vestida!— primeiro homem ágil que conheço que em um piscar de olhos tira meu sutiã. — Quando eu mandar você tirar tudo. — meus olhos não desviam do seu e isso me faz tentar roçar uma perna na outra, para conter a excitação que esse estranho está me causando. — Entendeu?— seus dedos descem pela minha barriga até adentrar minha calcinha, e isso me faz agarrar seu braço. — Entendeu Corine? — ele massageia minha vulva adentrando mais e mais seu dedo, e isso me faz fechar os olhos. — fale.

— Sim, sim eu entendi! — minha voz sai em um fino gemido que me faz morrer de vergonha.

— Ótimo! — ele sorrir parando de me massagear, e por sorte não o xingo.

Ele se ajoelha a minha frente, e segura os dois lados do meu quadril, puxando a calcinha para baixo, mantendo seu rosto próximo a minha intimidade.

Olho para o teto tendo a certeza que estou corando, e agradeço por estar com a depilação em dia.

Foi impossível conter o gemido que me assalta quando ele desliza a língua pela minha barriga descendo. Seus dedos apertam minhas nádegas, me mantendo firme, quando um de seus dedos deslizam por entre meus lábios.

— Oh meu Deus! — me apoio em seus ombros quando sinto um dedo me invandindo, seguido de sua língua que me estimula.

— Deus não Corine, Magnus, você tem que gemer o meu nome. — com certeza nada nunca foi tão sexy ao ponto de me fazer gemer baixinho, quanto olhar para baixo, e ver Magnus de joelhos, inclinado sobre minha intimidade, e o pior é que seus olhos estão fixos em mim, e isso só me deixa mais quente, mais confusa, e com menos certezas.

Suas mãos apertam minhas coxas, afastando minhas pernas. Um segundo dedo é introduzido dentro de minha carne molhada, e sua língua úmida e áspera desliza pelo meu clitóris, me fazendo morder a mão para não gritar. Sinto minhas pernas fraquejarem, e meu ventre contrair, me fazendo se curvar para agarrar os ombros do homem.

Ele acelera a velocidade da língua, seguido do movimento frenético dos seus dedos, meu peito sobe e desce acelerado, quando me sinto explodir em pedacinhos, tentando recuperar a respiração. Minha boca está entre aberta em busca de ar, e Magnus é rápido quando se ergue, beijando minha boca, sinto meu gosto salgado através de seus lábios, e meu gemido é engolido pelo seu beijo, quando ele massageia meu clitóris sensível.

— Este teste drive foi o suficiente para você?— ele questiona, e não o respondo, meu coração estava acelerado. — Acho que não.

Ele me carrega até a cama, e sou deitada de bruços. O fato da cama ser alta, faz com que minhas pernas se mantenham retas no chão, enquanto meu corpo está em cima e reto. O fato de estar nua dessa forma, claramente, toda minha intimidade está exposta para esse homem, e apesar da vergonha, isso me excita, ao ponto de eu arfar ansiosa.

Principalmente quando meus braços são puxados para trás.

— Posso? — Magnus põe diante dos meus olhos algemas, para que eu veja o que ele planeja e eu assinto.

Minhas mãos são postas para trás, e sinto o metal frio aprisionar meus pulsos. Não nego minha surpresa quando recebo um tapa com força na bunda, e suas mãos deslizarem pelas minhas pernas. Sinto outro metal frio agarrarem meus tornozelos, mantendo minhas pernas afastadas e presas.

O fato de estar imobilizada, se eu parecesse para pensar, normalmente me deixaria com medo, e apavorada. Porém nesse momento meu corpo vibrava em êxtase.

— Se quiser que eu pare, é só dizer. — ele diz quando algo aparentando couro, desliza pelas minhas costas, me arrepiando, me fazendo remexer.

Não o respondo, apenas assinto. O que parece que não lhe agrada, pois sinto uma ardência repentina na minha intimidade quando ele acerta o objeto em mim.

— É para falar Corine! — ele mostra o objeto que está usando. — Vou usar essa chibata em você, entendeu? — assinto, e levo uma chibata na nádega esquerda — Fale Corine! — tenho vontade de rir da sua irritação.

— Eu entendi. — cada célula do meu corpo vibrava pelo fato de estar imobilizada.

Ele desliza o objeto revestido em couro pela minha nádega esquerda, e gemo sendo abafada pelo lençol da cama, quando Magnus acerta minha intimidade novamente. A dor, e sentir a pele quente, me excitam ao ponto de eu querer fechar as pernas, mas não poder, graças ao fato de minhas pernas estarem presas.

Minha nádega esquerda é acertada, seguido da direita, e virse e versa. Quando estou perto de gozar. Sinto o corpo de Magnus cobrir o meu, sinto seu membro roçar minha intimidade, e tento empurrar minha bunda para que ele termine com a tortura.

— Você não pode ser tão apressada! — suas mãos deslizam pelas minhas costas, e descem até agarrar meus seios entre suas mãos, e sinto seu membro me invadir, duro.

— Oh porra! — praguejo gemendo e ele belisca meu mamilo, enquanto mantém um ritmo frenético dentro de mim.

— Se antes eu já tinha certeza que estava perdido com você, agora tenho certeza! — uma de suas mãos largam o meu seio, e deslizam por entre minhas pernas, e esse é o ápice para eu chegar ao meu clímax, gemendo alto, enquanto meu corpo treme levemente.

Magnus segura meu pescoço, e se enterra novamente em mim, sinto seu membro pulsar, e ele retira seu membro, me fazendo sentir algo quente nas minhas costas.

— Teste drive aprovado? — ele questiona, e tento olha-ló sobre os ombros ainda amarrada.

— Mais que aprovado! — sei que minhas bochechas estão vermelhas, mas meu corpo está tão saciado e quente, que até a vergonha na cara parece que estou perdendo.

E que eu não me arrependa!

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