Capítulo 04

— Sua histeria não me comove em absolutamente nada! — cruzo os braços encarando a mulher loira de traços finos.

— Ele agora se recusa a ser meu submisso. Por sua causa. — ela tenta apontar o dedo no meu peito, mas seu seguro sua mão.

— Isso é bom, mostra que ele é um homem inteligente. E eu não tenho nada a ver com isso Morgana, agora por favor, der o fora da minha casa. — abro a porta.

— Você vai se arrepender Magnus, você não podia ter se intrometido no meu relacionamento com o Enrico, não podia! — ela esperneia, e seguro seu braço.

— Agora sou eu que digo Morgana. Não me ameace de novo, para o seu bem. — sorri de canto. — afinal nós dois sabemos muito bem porque você voltou atrás do Enrico, não é mesmo? — seus olhos arregalam ao mesmo tempo que queimam de ódio. — será que devo ligar para o seu ex-russo? — ela se afasta caminhando até a porta — foi o que eu pensei, bata a porta quando sair! — digo voltando a cozinha.

Eu sabia, que se envolvendo ou não, a relação do Enrico acabaria vindo para cima de mim. De uma forma ruim é claro, normalmente quando se quer ser um submisso, você sabe os seus deveres. Assim como claro sabe os seus direitos.

Mas parece que a Morgana sugou tudo do homem. Ele não parecia mais um submisso, e sim uma marionete nas mãos da loira. Não havia nada, absolutamente nada que fosse pedido a ele que ele não faria. Independente der sua ordem da sua domme ou da Morgana.

— Pois é, prevejo merda! — como a salada de frutas que antes parecia maravilhosa. Mas com os problemas que se acarretavam, parece que as frutas haviam apodrecido.

O que me faz rir, lembrando da situação de ontem. Uma garota jogada ao lixo, foi a primeira vez que aquilo me ocorreu.

E espero que seja a última.

Se bem que eu não me importaria nenhum pouco em ensinar bons modos aquela menina. Ok, a situação realmente foi embaraçosa, e constrangedora, mas com um pouco de diálogo civilizado, teria ficado tudo bem.

Maldita afrontosa.

Olho o relógio em cima do balcão da cozinha e gemo frustrado. Nem aos sábados eu tenho paz.

Apesar de reclamar tanto. O que acho que faz parte do ser humano, eu não me arrependo de nada, eu sempre tive o sonho de trabalhar com a culinária, e abrir um restaurante. A única questão é que esse sonho ampliou um pouco, e abri cinco restaurantes, indo para o sexto. Todos bem divididos. Um em cada região de Nova York, que dizer, em alguns foi apenas um.

O primeiro foi um restaurante no Brooklyn, seguido do Queens, Manhattan, Bronx e Staten Island, hoje se encontra mais um no Brooklin, e o último está sendo construído em Manhattan.

O qual será o último.

E tenho meus negócios extremamente particulares. Uma casa de BDSM, localizada em um bairro de Manhattan, eu não considero um negócio ilegal, as pessoas vão lar porque querem, não existe prostituição, ninguém paga para tal coisa.

Talvez essa ideia tenha me surgido depois da relação do meu amigo com a loira. Necessariamente as pessoas vão lá por curiosidade, ou se você é experiente, e busca apenas a experiência sexual, vai lá atrás de um submisso ou dominador. Algo de uma noite, claro, se quiserem levar a outro patamar, não sou eu que vou impedir.

Não mesmo!

[...]

Minha cabeça lateja com o barulho alto de música. Não era tão exagerada, porém para quem está uma pilha de estresse, estou a um segundo de ver meus miolos explodirem.

— Está ouvindo? — uma garota que não faço a menor idéia de quem seja, de como ela foi parar ali sentada ao meu lado, e sobre o que falava, estrala seus dedos na frente do meu rosto.

— Quem é você mesmo? — ergo uma sobrancelha.

Meu dia havia corrido em um fluxo feroz. Sem me dar se quer um segundo para respirar, porém eu ainda me mantinha tranquilo, na medida do possível é claro. Afinal ainda me "acalmava" saber que amanhã logo pela manhã eu estaria em Nova Jersey com a minha mãe.

— Mary, lembra? Eu estou aqui sentada a horas poxa! — a garota se irrita do nada, como se eu tivesse culpa dela sentar ao lado de alguém que não conhece, e ele ainda ser obrigado a lhe dar atenção.

— Pois é Mary, você está aí sentada a horas. — apenas repito e levanto.

Caminho até o bar do clube bebendo qualquer coisa que o Barman me serve e que não faço a menor questão de descobrir o que seja. E dali analiso o local, não a um dia se quer, que o clube não lote, é claro, com o maior fluxo de pessoas, também existe um maior fluxo de seguranças, afinal é totalmente proibido a entrada de menores, além de que tem sempre um engraçadinho bêbado.

Os quartos ficam no andar de cima, claro, para pessoas que vem apenas em busca do lado sexual do BDSM. Os famosos baunilha. Para os experientes e a demais, existe alguns objetos do outro lado do salão, com mesas para bondage, entre outros.

Gritos animados me tiram de meus pensamentos, e olho para o outro lado do balcão, e demoro a reconhecer a garota loira, era a que estava acompanhando a moça em que "joguei no lixo" na sexta-feira.

E não sei porque, mas me vejo procurando aquela boca suja, mas não vejo a menina em nenhum lugar, o que me faz me repudiar, com certeza era menor de idade.

Foco Magnus.

Apesar de ser um lugar que eu gosto de estar, eu raramente subo com alguma submissa, a maioria são baunilha, e eu quero uma inteira, completa, não só para o sexo. Porém é óbvio não vou obrigar ninguém a se submeter a tal feito.

— Ei! — alguém cutuca o meu braço, e olho para baixo vendo a garota loira escandalosa.

— Posso lhe ajudar em algo? — ergo uma sobrancelha, ela tinha um olhar mais atrevido e quente do que a amiga, eu acho que são amigas, a morena tinha um jeito inocente e desbocado de ser.

Pois é, sou bem analítico.

— Sim, pode, primeiro queria me desculpar pela Corine. Ela ficou muito puta com você por a ter derrubado. — um garoto de óculos se aproxima da menina.

— Imagino. — Corine, um nome diferente.

— Então, como é que as coisas funcionam por aqui? — ela sorrir olhando para os lados.

— Você é maior de idade? — questiono.

— Ela? Essa idosa tem 25 anos! — o garoto responde por ela levando um olhar carrancudo da menina.

— E a sua amiga? Corine? — me amaldiçoou por as palavras não terem sido mantidas dentro da boca.

— Ela tem 23, é a mais nova do grupo. — o garoto parecia já estar bêbado, pois nem estranha um desconhecido estar perguntando a idade de uma garota que nem no local estar.

— Se interessou por ela, não foi? — a menina loira sorrir maliciosa dando um soco no meu ombro.

Os dois estão bêbados.

— Não se preocupe, próximo domingo ela vem, nem que eu tenha que arrasta-lá pelos cabelos. Garota não se diverte rapaz! — ela bebe o líquido de seu copo.

— Não acho que isso seja lugar para ela, nem para vocês! — lhes dou as costas, subindo para o pequeno cômodo aonde fica a administração da casa, e que por acaso, é minha sala.

— Corine. — apoio minha mão no queixo, nome de gente encrenqueira.

Do tipo que devemos manter distância!

Me surpreendo quando uma mulher morena invade a sala.

— Ouvi dizer que é dominador. — ela tira o vestido sentando no meu colo.

Ela é rápida.

E se eu for? — agarro seu queixo notando seus olhos brilharem. — faça-me um favor? — ela assenti afoita levando as mãos aos botões do meu terno — vista sua roupa, e volte lá para baixo. — pisco a fazendo me olhar horrorizada, e sair bufando.

Como eu já disse, preciso de alguém completa.

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