Simon sempre te encontra...>12

Sunghoon sentou-se em sua cama, observava Sunoo treinar o sorriso que o Park havia o "ensinado" enquanto o rabo dançava de um lado para o outro. Ele estava feliz. Feliz com a ideia de poder ver Sunghoon de novo, feliz com a ideia de poder ter o Park por perto por mais tempo.

- Sunoo...eu não posso ir com você... - foi o que o Park deixou escapar após um longo tempo refletindo sobre como seria a melhor maneira de revelar aquilo ao de cabelos vermelhos.

O sorriso quadrado de Sunoo desapareceu e a calda caiu em queda livre, descansava no chão, como um defunto. Ele estava triste.

- Sunghoon...você não gosta, Hoonie? Não gosta dos chifres? Tem...me...do? - Sunoo estava agitado, os chifres brilhavam e as sobrancelhas eram suspendidas em sua feição.

- Não, não, não! - o mais velho se apressou para negar, gesticulando com as mãos enquanto se aproximava de Sunoo. - Isso não tem nada a ver com eles Sunoo! Não tem nada a ver com você...

- Então...porque? Ele disse que vai ser divertido, ele disse que não vai me machucar mais quando você estiver com a gente... Ele disse que eu vou poder voltar a...cantar.

O coração de Sunghoon disparou. Então Simon estava comprando sua liberdade a preço da felicidade de Sunoo? O dono do circo era calculista, tinha tudo muito bem pensado dentro de si, mas Sunghoon não cederia... Sunghoon arranjaria uma saída mais segura para Sunoo.

- Eu não posso ir até lá, e você também não pode voltar Sunoo...é perigoso, Simon é perigoso. V-você tem que ficar aqui...é isso mamãe pode cuidar de você e..

- Mas o circo não é...minha casa? Aqui fora não tem espaço para alguém como eu... - Sunoo o interrompeu, fazendo com que Sunghoon se sentisse surpreso.

- Sunoo é claro que tem espaço pra você...! L-lá não é bom pra você, e-ele vai te machucar... Simon é um homem ruim que quer me separar da minha família. Aqui você vai ficar seguro, aqui você pode cantar o quanto quiser... Eu só tenho que falar com o Heeseung e a mamãe e...arranjar algum lugar onde podemos te esconder. - agitado, Sunghoon rodeava o quarto com olhos como se procurasse por um esconderijo para o mais novo.

- Sunghoon...ele vai me achar, Sunghoon ele sempre acha... Quando Taeil foi embora, eu fui atrás dele... Ele me cortou aqui... - Sunoo estava tremulo enquanto erguia a camiseta esfarrapada e apontava para uma cicatriz em sua barriga - Quando eu fui brincar muito longe com o Jungwoo e ele fugiu, ele me cortou aqui...e aqui. - Quando eu conversei com o Kun quando ele chegou ele me acorrentou e fez esse roxo aqui... E-ele disse que eu não poderia conversar com mais ninguém pois as pessoas não mereciam serem atormentadas pela minha cara feia... E aí machucou muito aqui...

Sunghoon não podia parar o aperto que sentia no peito ao observar o outro garoto apontando para o próprio coração relatando sobre onde Simon havia o ferido.

- Taeil...ele era seu amigo, não? -Sunghoon proferiu, tentando ganhar tempo para pensar no que deveria fazer, sem que alarmasse o mais novo.

Sunoo sorriu quadrado novamente, lembrando-se de como se sentia seguro junto ao mais velho.

- Taeil fazia show comigo... Sem Taeil não consigo mais cantar. Taeil me acalma... Depois que ele foi embora, apenas sou capaz de gritar... - Sunoo encarava o chão, sentia falta da presença do palhaço perto de si.

- Isso...não é verdade. Quando eu te encontrei você estava cantando Sunoo... - sentindo-se na obrigação de reanima-lo, Sunghoon fez questão de citar o episódio.

- Sim! - Sunoo exclamou em empolgação, o rabo dançando no ar. - Porque Sunghoon estava lá, pude cantar!

O Park estranhou. Do que Sunoo estava falando?

- Você acalma como Taeil, faz com que eu possa cantar... Ele disse que você é mágico pra mim como Taeil.

Sunghoon não podia entender... O que Simon pretendia manipulando Sunoo daquela forma? Por que ele o fazia acreditar que só era capaz de cantar quando havia alguém de que ele gostava por perto?

O Park estava tão pensativo que mal pode reparar no que estava acontecendo bem ali debaixo de seu nariz, entretanto, Sunoo, que já estava mais alheio a toda aquela problemática devido a sua inocência, não pode deixar de reparar que havia um papel sendo passado por debaixo da porta Park.

- Tem mensagem pra você, Hoonie!

O Park acompanhou a mão de Sunoo, a qual apontava para o chão, bem a frente da velha porta de madeira do quarto dos garotos. Descansando no piso de madeira, uma anotação a caneta esperava por Sunghoon ser entregue. O mais velho não demorou a apanhar, passando os olhos pela escrita de maneira apressada.

" Me desculpe pequeno por não ter acreditado em você, eu espero que possa me perdoar. Eu vou sempre cumprir com minha promessa de te proteger, não importa o que for. Vou com você até esse circo se for necessário, vamos resgatar seu amigo, chamarei o Jaehyun para conversar com o pai dele, ele é policial.

Fique calmo, vamos ajuda-los. Se Simon estiver os maltratando, será preso com certeza.

Do seu irmãozão Hee"

Sunghoon leu aquilo com um sorriso no rosto. Heeseung o ajudaria como sempre, o Lee faria tudo para ve-lo feliz. O irmão poderia acabar com Simon se quisesse, não sobraria um dente na boca deste para contar a história. Sunoo não haveria mais de temer que este o machucasse, ele poderia finalmente se ver livre.

Tamanha era a emoção que Sunghoon sentia, que este pretendia alcançar o mais velho e lhe dar um abraço para agrade-lo. Por ter voltado atrás em seu erro, por colocar a felicidade do mais novo em primeiro luvar, por tentar enfrentar Simon ao seu lado, Sunghoon sentia-se grato. E foi por isso que o Park abriu a porta do quarto sem pensar duas vezes.

O Park demorou a entender o que estava acontecendo quando viu o corpo do irmão desmaiado no chão. Ele não sabia que aquela seria a última vez que veria Heeseung.

XXX

Ouvindo seu primo reclamar em sua orelha, Lucas tentava inutilmente pensar em uma maneira de contar a Sunghoon sobre algo estranho que vinha sentido a respeito do amigo. Ele sabia bem que aquele não era o momento certo para isso, afinal, Sunghoon estava ocupado demais pensando em como poderia ajudar Sunoo, e o chinês jamais o julgaria por estar fazendo algo tão nobre.

Entretanto, por mais imerso que estivesse em seus pensamentos, e ainda que Hendery falasse extremamente alto, Xuxi jamais deixaria passar o que havia acabado de ver pela sua janela.

Um homem alto, trajado de um terno e cartola, caminhava despreocupadamente carregando algo em seus braços. Ao seu lado havia um garoto acorrentado, com chifres escarlate saindo pela cabeça.

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