Capítulo 22

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- Oi Chloe - Tom fala assim que abro a porta.

Eu estava arrumando as roupinhas dos bebês quando ele bateu. Fiquei surpresa ao vê-lo.

- Ah, oi Tom - sorrio e dou espaço para que ele entre - O-o que está fazendo aqui?

- Estou incomodando? - arregalo os olhos pensando se minha pergunta foi grosseira e ele ri com a minha reação - Relaxa eu estou brincando - ele se senta - Eu acabei vindo para Los Angeles hoje e resolvi dar uma.. Passada para ver como você - ele faz uma pausa breve - Para ver como vocês três estão.

- Estamos bem - sorrio e me sento ao lado dele - Fico feliz que você veio.

Ficamos alguns minutos em silêncio, ele apenas pega a minha mão e começa a brincar com meus dedos.

- Como estão as gravações?

- Está bem - ele responde - Até que está adiantado - assinto - Eu queria te pedir desculpa. - ele olha para mim - Por aquele dia na praia. Eu devia ter te entendido.

- Tudo bem - dou de ombros - Eu sei que eu tive minha parcela de culpa nisso tudo.

- Não - ele balança a cabeça - Chloe você está grávida. Isso não é culpa, é.. - ele hesita um pouco - É um privilégio. Eu acho, nunca engravidei - ele fala e não seguramos nossa gargalhada.

Apesar de tudo, parece que estamos bem. Eu estou feliz e preocupada com isso. Meses atrás não estaríamos nem nos falando. Sim, tudo mudou com o evento. Mas acho que serviu de lição para a gente. Isso me faz sorrir por dentro.

- Tom - ele olha para mim - Eu tenho que te falar uma coisa.

- Não - ele levanta a sobrancelha - Não fala. - olho para ele sem entender - Se você falar pode ter certeza que eu vou te sequestrar. - ele sorri.

- Não sabia que você lia pensamentos!

- É um dos meus talentos - ele ri fraco - Achei que você estava bem com o Jeremy.

- E estamos - suspiro - Mas..

- Mas?

- Nada. - coço a cabeça.

- Hum - ficamos em silêncio por alguns minutos - Posso ver o quarto dos bebês?

Concordo e vamos até o quarto. Tom entra e fica observando o quarto em todos os detalhes.

- Está ótimo - ele fala pegando um ursinho na mão - Não sabia que você tinha essa criatividade toda - ele ri.

- E não tenho - jogo uma almofada nele - Isso aqui, a maior parte foi tudo o Jason.

- Não sabia que ele gostava disso - ele fala surpreso.

- Nem eu - me sento no sofá que colocamos no quarto - Ai. - Coloco a mão na barriga.

- Tá tudo bem? - Tom vem rápido até mim.

- Está - concordo - É só uma dorzinha.

- Tem certeza? - ele fala colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Tenho - empurro a cara dele de leve e ele ri. - Aí.

- Não está bem não. - ele coloca a mão na minha barriga.

- É claro que está - massageio a barriga - Acho que são só chutes.

- Agora?

- Olha o tamanho da minha barriga - falo brincando - Provavelmente é.

- Sei - ele fala não acreditando - Vem eu te levo no médico - ele estica a mão para mim.

- Não precisa - falo - Aii.

- Sério que não precisa? - ele pega minha mão e me ajuda a levantar - Vem! Chloe você está suando muito - ele coloca a mão na minha testa. - Liga para o Jeremy..

- Ele está viajando - o interrompo.

- Então liga para o Jason. Vamos só ver porque você está com tanta dor.

Pego minha bolsa, tranco a casa e vamos até o carro. Tom me ajuda, mesmo eu dizendo que consigo andar.

- Acha que já pode estar entrando em trabalho de parto?

- Tá doido Tom? Eu ainda vou entrar no sexto mês.

- Sexto? - ele quase grita - Você está comendo o que para esses bebês crescerem tanto? - rimos.

Tom começa a dirigir. Por sorte o trânsito não está tão violento, mas ainda sim tem movimento. Pego o telefone e ligo para o Jason. Digo a ele para me encontrar no hospital. Fico quase 5 minutos explicando para ele que não tem nada acontecendo, mas que estou indo por insistência do Tom.

- Já pensou nos nomes? - Tom fala quando paramos no sinal.

- Sim. - falo guardando o telefone - Para meninos, pensamos em Brian e Dylan.

- Grande maré - ele fala.

- O que?

- Nada. Bom é o significado do nome Dylan. - ele sorri - E menina? - ele fala assim que o sinal abre.

- Bom.. TOM CUIDADO - grito assim que vejo uma caminhonete correndo na nossa direção. Essa é a única coisa que me lembro. 

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