Jisung acordou tarde. Fez sua higiene pessoal, sua refeição e saiu de casa para passear um pouco, pôr os pensamentos no lugar. Ligou para Jeno o acompanhar e o mesmo o encontrou na pracinha em que estava sentado.

— Hey, Jisung! O que se passa? — o amigo sentou-se ao seu lado.

— Eu sou uma boa pessoa? — perguntou Jisung.

Jeno olhou-o confuso, mas não deixou de sorrir.

— Claro que sim! Por quê?

— Nada.

— Estou desconfiando de algo... — Jeno coçou o queixo. — Será o meu Jisung apaixonadinho por alguém?

Jisung quase teve uma ataque cardíaco. Como Jeno pôde pensar aquilo? Bem, talvez fosse verdade, mas aquilo tinha que estar em uma forma discreta.

— Por que acha isso? — Jisung perguntou, após engolir em seco.

— Você está agindo diferente...

— Diferente como? — inclinou a cabeça para o lado.

— Está relacionado à Mark?

— Mark? O que tem Mark? — exaltou-se.

— Bem... — Jeno se recostou no banco e virou-se para frente. — Ele me ligou hoje de madrugada, perguntando sobre você. Acho que ouvi o que não deveria...

— E o que você ouviu?

Jeno riu.

— Muitas coisas, Ji Ji. — tentou imitar Mark. — Relaxa, não vou contar para Jae Min e nem para Chen Le, os fofoqueiros.

— Oh, céus... — pôs as mãos na cabeça, preocupado.

— Está tudo bem. Entretanto...

— Lá vem merda... — Jisung balançou a cabeça.

— Eu só quero ser o cupido de vocês, qual é! — Jeno sacudiu o amigo pelos ombros.

— Não precisamos de um cupido. — falou Jisung, dando de ombros e afastando as mãos do amigo.

— Precisam, sim. Que rolo vocês dois! Vai me dizer que é mentira?

— É que ele me deixou na friendzone, e no meu aniversário, do nada, ele mostrou algum interesse por mim...

Dizendo aquilo, Jisung finalmente compreendeu. Compreendeu tudo e quis bater no primeiro que aparecesse. Ou talvez ele pudesse gritar, gritar com o nada ou ligar para Mark e fazê-lo ouvir. Não, ele não teria coragem. O melhor que podia fazer era se afastar, para não ficar mais machucado por conta disso tudo.

Se estava mal, Jisung passou para péssimo. Deprimido pela sua descoberta, abaixou a cabeça e ficou observando a sua sombra no chão.

— O que foi? — Jeno perguntou, passando a mão em suas costas.

"Ele só me beijou naquele dia porque foi o meu aniversário, porque ele quis me agradar no meu dia. Não foi porque sente algo por mim ou simplesmente deu vontade, ele simplesmente me beijou por... Pena?! Ele não gosta de mim de verdade, quer dizer, não do jeito que gosto dele. E isso está me sufocando, Jeno!", ele quis responder, mas apenas se levantou e virou-se para Jeno.

Com os olhos estreitos, por causa da forte luminosidade do Sol, Jisung abriu o melhor sorriso que pôde fingir.

— Eu estou bem. — girou os calcanhares e saiu correndo dali, pois sabia que precisava daquilo e Jeno não o seguiria, pois sabia também.

Em um certo ponto, Jisung parou de correr e escorou-se na parede exterior de uma loja.

— Você está bem? — uma lojista apareceu, preocupada, e só aí Jisung percebeu que estava chorando. — Quer ajuda?

— Não, obrigado. — fungou.

— Quer um pouco de água?

— Seria um incômodo? — o garoto se aproximou da moça.

— De modo algum, entre. — a lojista entrou na loja e levou Jisung para os fundos. — Ei, Dahyun, pega uma garrafa de água para o nosso convidado! — ela chamou a atenção de uma garota que estava no canto escutando música.

A garota entrou em um local e logo voltou com a água. Entregou para Jisung.

— Obrigado. — Park Ji Sung inclinou a cabeça rapidamente para frente e abriu a garrafa.

Quando terminou de beber, agradeceu a bondade da moça e da garota e saiu da loja. E então seu celular tocou, e o nome "Mark" veio à tela. Após um longo suspiro, Jisung rejeitou a chamada. Era o melhor a se fazer.

--- Notinhas ---

Oie, convido-o à ler "Park Motel" e "Anonymous", minhas histórias de BTS. Por favor ❤️❤️

Ah, e obrigada pelos mais de 100 votos, isso me estimula muito. Obrigada ❤️❤️