Chapitre six

23 mars 2020; lundi

HOJE É o meu primeiro dia na Assouline, eu já fiz muitos estágios durante a faculdade, trabalhei em muitas Editoras, a maioria sempre eram Editoras iniciantes e ainda estavam entrando no mercado.

Mas a Assouline é diferente, ela é renomada e a maior de Paris, o fato de estar lá dentro, fazendo o meu último estágio, estando prestes a terminar a minha faculdade, faz toda e qualquer parte do meu corpo se arrepiar.

Acordo bem cedo, não são nem cinco horas, observo Nate dormindo ao meu lado. Ele parece um anjo, ou melhor, um deus. Dou um beijo em sua bochecha e saio da cama.

Vou até o guarda-roupa, pego uma legging e um blusa de manga longa pretas. Pego um par de meias e o meu tênis de corrida. Prendo o cabelo em um rabo de cavalo alto e noto que a minha raiz está por fazer. Finalmente saio de casa.

Corro em um parque aqui perto, por cerca de quarenta e cinco minutos, até chegar em casa são mais cinco minutos correndo.

Eu sempre gosto se fazer essas corridas matinais em dias que eu me sinto muito ansiosa, ou em dias muito importantes. Normalmente essas situações andam lado a lado.

Chego no apartamento e vou tomar banho, tenho aula e depois o estágio, mas não vou ter tempo entre os dois, então já vou me arrumar agora.

Tomo um banho bem quente e tento relaxar, e a melhor maneira que eu encontro é me masturbando. Não, o fato de que eu e o Nate estamos sérios e que o sexo com ele é a coisa mais excitante do mundo, não anula o fato de que às vezes eu só quero gozar sozinha.

Deixo todas as minhas preocupações de lado, pego o meu bullet de dentro da gaveta da pia do banheiro, eu nunca precisei de muito para me masturbar, a minha imaginação me basta, as memórias recentes das transar com Nate vem à tona e o meu corpo recebe descargas elétricas que me fazer gozar em pouco tempo — isso exige prática.

Saio do banheiro depois de um tempo, me seco e vou escolher a minha roupa.

— Bom dia — Nate diz, me observando.

— Bom dia. — Sorrio para ele.

— Nervosa?

— Um pouco. — Paro para observar as minhas roupas. — Você tem aula hoje?

— Hoje eu só tenho uma cirurgia, mas é à tarde — ele lembra, logo sinto sua presença atrás de mim.

— Entendi.

— Você vai se sair bem — ele incentiva.

— Obrigada.

Ele afasta os meus fios que estão no ombro e beija a região.

— Eu vou fazer um café da manhã de rainha para você — ele diz, assinto e ele sai do quarto.

Termino de me arrumar e fico sentada na cama mexendo no celular e checando as minhas mensagens.

Delphine: Oi, amor. Me desculpa pelo final de semana, você sabe como eu sou. Que tal marcarmos outra janta essa semana? Prometo ser menos intrometida! Ah, boa sorte com o seu novo estágio hoje. Eu te amo, sweetie.

Genevieve: Amiga, eu não vou para a faculdade hoje, mandei o trabalho de inglês no seu e-mail, pode imprimir e entregar para a Teacher, por favor? xoxo 

Desconhecido: Bom dia, senhorita Brunet. Sou a Camille, sou assistente e secretária da Assouline, gostaria de te lembrar do seu horário de estágio: de segunda à sexta os seus horários são: das 15h às 19h, com uma pausa de 30 minuto para janta ou resolver algo que você precise, retornando das 19:30h às 21:30h. Aos sábados o seu horário será das 9h às 13h. Qualquer dúvida poderá ser tirada na nossa primeira reunião hoje quando você chegar. Tenha uma boa manhã, até mais tarde.

Respondo todos como precisam e olho no relógio, são oito horas já. Vou para a cozinha. dito e feito, Nate fez um café da manhã digno de novela. 

— Uau, você caprichou mesmo! — digo, me sentando à mesa e observando o banquete.

Tem suco de uva pronto, mas também tem café passado. Várias torradas e manteiga ao lado. Ele também preparou algumas frutas picadas — manga, mamão, melão, melancia e alguns morangos. Me sirvo e ele também.

— Tudo para você se sentir melhor. — Ele sorri e o meu coração aquece.

— Nate... — chamo ele, que imediatamente me olha. — Eu... Eu te amo — digo, ele parece assustado com a minha revelação.

Será que eu deveria realmente ter dito isso? — penso, e me arrependo na hora. Mas somos namorados, isso deveria ser normal... — completo o meu pensamento.

— Eu também te amo, Cher — ele diz, voltando a sorrir.

— Me desculpa, eu não sou muito boa com isso — desabafo. — Eu deveria ter dito antes? 

— Não, que isso. Você disse no seu tempo, e eu aprecio isso.

— Você é incrível. — Me inclino na cadeira e me aproximo dele, depositando um selinho em seus lábios. — Eu te amo!

É tão bom pode falar isso depois de tanto tempo. Quer dizer, eu digo eu te amo para algumas pessoas, não com muita frequência, mas digo. Para os meus pais, para os meus irmãos e para a Genevieve, mas em questão de relação amorosa, Nate foi a única pessoa que ouviu isso.

Desde o meu primeiro e último namoro no último ano do Ensino Médio, eu me dediquei total e completamente para a faculdade. Não teve absolutamente nada a ver com traições, corações partidos ou o fato de ele ser quatro anos mais velho do que eu. Muito pelo contrário, foi um término até bem amigável, mas sem dúvida teve toda a parte de lágrimas e a vontade de querer voltar depois de duas semanas.

Pelo fato de ele ser quatro anos mais velho, vocês podem pensar que foi ele quem terminou, mas não, eu, há dois meses de completar meus tão sonhados dezoito anos, terminei com ele. 

Eu sempre fui muito centrada e dedicada a todo tipo de estudo. Sempre fui a melhor aluna da turma no Ensino Fundamental, sempre tirei as melhores notas no Ensino Médio e fui bem na maioria das minhas aplicações para das Universidades. E isso fazia eu mesma pensar que um namorado arruinaria absolutamente tudo. Eu não estava cem por cento enganada, mas não vou ser hipócrita de dizer que agora eu penso que eu poderia ter dado uma chance, ver se realmente iria ou não dar certo.

Mas agora tudo isso é passado, há quatro anos não sei de mais nada dele, isso é bom. Não que eu ainda o ame, definitivamente não o amo. Porém não posso desconsiderar tudo o que nós tivemos. Foi um ano incrível, o último ano do Ensino Médio, eu estava saindo com um cara mais velho, melhor amigo do meu irmão. Eu vivia o meu próprio clichê, nós íamos para festas juntos, ele ia acampar com a nossa família, pensávamos em tudo juntos. Eu descobri que sexo era muito mais do que transar com alguém, nós realmente nos amávamos. Ele foi o meu primeiro amor, foi tudo lindo e eu decidi estragar tudo.

Observo Nate comer a última torrada, penso que talvez eu possa arruinar tudo de novo. Eu quero viver um amor clichê como o da minha adolescência de novo, mas eu não tenho mais dezessete anos. Já tenho vinte e um, Nate tem vinte e seis. Não podemos fingir que somos dois adolescentes. 

Em três meses eu me formo em Letras e pretendo lecionar Francês ou Inglês em alguma escola. Nate também se forma em alguns meses, eles já tem praticamente uma vida de médico, nos vemos consideravelmente pouco, ele vive no hospital sessenta horas por semana, e ainda mais vinte e quatro horas de plantão. Ele tem seis horas obrigatórias de descanso depois dos plantões, mas geralmente eu prefiro que ele descanse, algumas vezes ele insiste e nós saímos, mesmo ele morrendo de cansaço.

— No que pensa tanto? — Nate me tira dos meus pensamentos.

— No quanto eu te amo. — Eu me levanto da cadeira. — Eu te amo muito e por isso vou te deixar sozinha com isso para guardar. Tenho que ir para a faculdade mais cedo imprimir um trabalho para a Vieve — falo rápido.

— Respira — ele pede.

— Claro. — Faço uma pausa dramática. — Tchau, nos vemos à noite... Quer dizer, você vem para cá quando eu sair da Editora?

— Claro.

Me despeço dele com um selinho, pego as minhas coisas e saio do apartamento. Pego o meu carro e vou direto para a faculdade, tenho muito o que fazer ainda hoje.

Eu amo uma Cher toda apaixonadinha!

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