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|y u m a l a y|
Coço minha sombrancelha com o meu dedo indicador, estou quase desistindo da ideia quando a porta é aberta. Viro de costas e fecho os olhos, como se isso me deixasse invisível. Não vi quem foi que abriu, mas estou torcendo que seja o Harrison. Suspiro e abro meus olhos devagar, quando dou meu primeiro passo a pessoa atrás de mim, fala.
- Yumalay? - era a voz dele. - O que você está fazendo aqui?
Viro com só um dos olhos abertos e com um sorriso torto no rosto. Tom está com um sorriso no rosto e com uma de suas sombrancelhas levantada, olho para sua mão onde ele segura uma mala. merda. Abro a boca várias vezes, mas suspiro sem saber ao certo o que falar.
- Eu queria falar contigo, mas você vai viajar. Tchau. - digo. Começo a andar rápido, mas sinto meu pulso ser agarrado. - Eu não quero atrapalhar sua viagem, Tom. - me viro para ele.
- É uma viagem de lazer, eu posso remarcar. - diz observando todo o meu rosto. - O que você quer falar?
- Podemos entrar? - pergunto e ele concorda com a cabeça. - Não quero que alguém veja nossa conversa. - digo o seguido para dentro da casa.
- Vai ser tão ruim assim? - pergunta em tom de brincadeira enquanto fecha a porta.
- Depende do seu ponto de vista. - digo e dou uma piscadela.
Ficamos nos encarando esperando eu falar, mas simplesmente não sai nada. Esse segundos em silêncio me fez o observar por mais tempo. Ele tem uma expressão cansada, apesar do seu sorriso no rosto, usa uma blusa polo e uma calça jeans, com um chinelo no pé. Sua mala está no corredor, onde vai em direção a saída da enorme casa.
Engulo seco antes de ir na direção do Tom. Eu abraço a cintura dele mais forte do que posso, como se ele pudesse sumir dali a qualquer momento. Alguns segundos se passam até ele me abraçar também, a minha altura é quase a mesma que a dele, então deito no seu ombro fazendo minha respiração bater na sua nuca e o fazendo arrepiar. Sorriu.
Após algum tempo, nós nos separamos, mas nossos rostos ainda estão perto um do outro, minha resposta fica pesada. O olhar do Tom intercala entre minha boca e meus olhos e o meu olhar também. Nossos lábios se juntam, foi um beijo ingênuo, um selinho demorado. Quando nos separamos, sinto meu rosto queimar e me afasto mais dele.
- Desculpa... - suspiro. - Desculpa pelo o que disse naquele sábado, eu não fiquei com você por pena. - olho para os meus pés. - O que você sente é recíproco, ou o que você sentia. Eu vou entender se não quiser mais nada comigo. - olho para Tom. - Mas o que eu disse sobre não querer machucar você era verdade e ainda tenho medo que isso aconteça. - digo.
Sento no sofá e coloco meu rosto sobre minhas mãos. Eu pensava que dizer o que não iria ser tão doloroso, mas está sendo. Lembrar do dia que eu apanhei de um homem sem amor, sem humanidade em si. Me deixa mal, me deixa muito mal.
- Na madrugada que você mandou aquelas mensagens, eu fiquei muito feliz, nem sei como dizer a intensidade daquilo. - sorriu ao lembrar. - Mas no sábado de manhã, quando acordei, escutei uma discussão no andar de baixo, então fui lá, mas acho que só acabei piorando. - Tom senta ao meu lado. - Robert acabou falando mal de você, falando de que nosso relacionamento não ia para frente, claro que eu rebati e ele meio que não gostou. Em meio da discussão ele acabou batendo na minha mãe e eu fui para cima, acabei apanhando também, mas ele não ficou ileso. - suspiro. - Ele disse que eu teria que terminar com você, senão você e minha mãe pagaria pela minha escolha.
Tom pega minha mão de cima do meu colo e começa a acaricia-la, depois a beijando. Ele cruza nossas mãos e apertando a minha em seguida. Aquele gesto me fez sentir tão bem, acabou fazendo que eu soltasse um sorriso.
- Eu tive que fazer isso para o seu bem e o da minha mãe. - digo olhando para nossas mãos. - Felizmente, minha mãe decidiu dá um basta nisso, terminou com ele e agora estamos morando com Amara temporariamente. Mas eu não acho que ele vá desistir tão fácil assim.
- Vamos viver dia por dia, se for muito vamos viver minuto por minuto, ou segundo por segundo. - diz olhando para mim. - Se por acaso, ele aparecer novamente, vamos dá um jeito, juntos.
O beijo, um beijo intenso, me fazendo sentir as borboletas no meu estômago. Um de seus braços vai para minha cintura e outra para minha nuca, intensificando o beijo. Minha mão toca nos seu cabelo, o puxando fracamente. Tom se afasta.
- Te amo. - diz Tom e volta a me beijar com o meu coração a mil.
•∆•
próximo capítulo vai ser um hot(vai sair horrível), então se você não gosta é só pular :)
(não tenha expectativa alta)
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