35

|y u m a l a y|

Não sei o porquê de eu me importa com o que aquele cara disse, mas isso apenas me afeta. Ele conseguiu me fazer terminar com Tom e conseguiu colocar na minha cabeça que sou uma completa incompetente. E ele tem completa razão.

Como eu poderia começar a trabalhar, se não consigo nem terminar meu TCC? Como eu poderia conseguir algo mais que um estágio na Marvel, se não consigo me controlar com um comentário do babaca?

Ultimamente, tudo que mais queria era costurar a boca de Robert, denunciar ele por chantagem, agressão. Denunciar por ser o cara mais escroto que conheço. Mas é claro que não tenho coragem para fazer isso.

Dou um sorriso fechado quando o garçom da lanchonete me entrega o milk shake junto com um papel fechado, o homem loiro dá uma piscadela e sai. Suspiro e abro o papel, vejo um número de telefone, reviro os olhos e rasgo o papel.

Tomo o primeiro gole do milk shake de chocolate. Foi uma péssima escolha vim para a lanchonete onde eu vinha com Tom. Sorriu com as lembranças que tenho junto com Tom. Imagino como vai ser difícil trabalhar no mesmo filme que ele, mesmo em áreas diferentes. Ver ele todo dia vai horrível.

- Eu sabia que você ia estar aqui! - exclama uma voz feminina. - E o Tom também, mas foi melhor eu vir.

- Obrigada por não deixar, Daya. - agradeço.

- Ir para o lugar onde convivia com ele, não deixa as coisas mais fáceis. - diz Zendaya e tomo o gole da minha bebida, dou uma tapa na sua mão.

- Era o lugar mais perto. - minto.

- Tem uma lanchonete na esquina da sua rua. - diz, reviro os olhos e Zendaya ri. - Eu sei que você sente falta dele.

- Mais ou menos, eu não parei de falar com ele, ainda. - digo brincando com o canudo. - Ele não para de mandar mensagens.

- Meu shipp não morreu. - diz e faz uma dancinha. - Ok, por que você sumiu e não tá falando com ninguém?

- Ah, é besteira. - digo e Daya me repreende com um olhar. - Robert. Você sabe. Ele só fala besteira.

- Besteiras que não se deve dar ouvidos.

- E se as besteiras forem verdadeiras? - pergunta dando um sorriso amarelo.

- Vou fingir que não escutei isso. - diz Daya chamando o garçom com a mão.

×××

Pego meu telefone e fico olhando ele por um bom tempo, indecisa no que eu iria fazer. Suspiro e entro na conversar de Tom, começando a lê-la. Eu não podia simplesmente mandar mensagem para ele dizendo que estou com saudades e além do mais, não quero ver minha mãe machucada.

Tecnicamente, quando Tom me chama não sou eu indo atrás dele e sim ele, então eu apenas o respondo. Eu estou odiando essa merda toda, mas eu só preciso de uma três meses para isso acabar, em três meses vou conseguir dinheiro suficiente para ter uma grana guardada e conseguir sair dessa casa junto com minha mãe.

Sim, eu sei, três meses é muito. Já criei várias hipóteses na minha cabeça, se Tom encontrar alguém, se eu não conseguir convencer tirar minha mãe de perto de Robert, se eu simplesmente não conseguir fazer o que planejo. Mas não importa, eu preciso ter pensamentos positivos, como se eles pudessem mudar algo.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top