DESESPERADO E FRUSTRADO
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Eu não desisti da ideia de fazer lives, eu comprei uma câmera e to esperando chegar, mas assim que ela chegar, eu começarei a gravar. Então não desistam de mim.
Capítulo 3 — Desesperado e frustrado
Eu não era um perseguidor maluco, não mesmo, mas nossos horários pareciam coincidir na maioria dos dias.
Ele ficava até tarde no atelier e eu ficava até tarde treinando, e nos dias em que ele saia mais cedo, eu o encontrava de bobeira em casa, com Jay, mas quando saímos no mesmo horário, eu o encontrava perto do ponto de ônibus ou no pátio central da faculdade.
Ele não esperava por mim, na verdade, na maioria das vezes ele reclamava quando eu me aproximava. Sempre impaciente e irritado, como se odiasse ter minha companhia, mas ele nunca me evitava para valer, e eu quase podia afirmar que ele estava se acostumando comigo.
Eu e Taehyung estávamos almoçando todos os dias com eles, mas eu evitava me meter ou falar com Jay e Tae, porque era claro que aquele momento era importante para eles, então eu perdia meu tempo tentando conquistar os outros amigos de Jay, e casualmente me aproximar de Jimin.
Mas naquele dia, quando o vi desfilando pelo pátio, despreocupadamente, enquanto equilibrava alguns materiais de arte nos braços, senti minhas mãos coçando de vontade, e sem conseguir negar aquilo para mim mesmo, me aproximei dele.
Ele se assustou ao sentir minhas mãos em sua cintura, o segurando no lugar, mas relaxou ao me reconhecer.
— O que você quer agora? — Perguntou falsamente mau humorado, o que eu já sabia reconhecer.
— Tá com seu celular aí? O meu descarregou. — Ele ponderou por um segundo, observando os braços cheios, antes de suspirar.
— Tá no meu bolso. — Explicou desanimado.
— Você... quer que eu pegue? — Perguntei atrevido, sentindo meu estômago revirar em excitação, mas ele me encarou com desgosto.
— Não. — Seu olhar revoltado não me enganava em absoluto, eu conseguia ver por trás da energia caótica que ele esbanjava. — No carro eu te entrego.
Eu sorri ao notar que ele já havia se acostumado com as caronas, e que eu não tinha mais que lutar por aquilo. As coisas estavam melhorando.
— Quer ajuda? — Ofereci, tirando algumas coisas da sua mão, e ajudando a levar durante o curto caminho até o meu carro, cumprimentando de leve alguns conhecidos pelo caminho.
— E então? — Ele me questionou, o que sempre me questionava quando ficávamos sozinhos, e eu sorri antes de responder.
— Eu que deveria perguntar. — Brinquei me jogando de leve em cima dele. — Você viu? Jay me mostrou a música dele e pediu minha opinião. — Contei animado, porque eu fiquei verdadeiramente feliz quando Jay veio por vontade própria me mostrar.
— Eu vi. Ele ficou todo feliz que você gostou. — Eu dei de ombros.
— Ele canta bem. Mesmo que seja uma tortura quando ele tenta aprender algo novo. — Jimin riu, parando perto do carro. — Minha chave ta no bolso, consegue pegar? — Perguntei com uma cara atrevida e ele revirou os olhos, sacando minha provocação.
— Devolve minhas coisas. — Ele mandou, tentando tirar as bugigangas da minha mão, mas eu dei um passo para trás, o impedindo. — Jungkook. — Me repreendeu, em um tom baixo que me arrepiou, porque minha imaginação era muito, muito boa.
— Pegue a chave, Jimmy. — Instrui, vendo suas bochechas corarem e ele bufar, contrariado. — Bolso da frente.
Ele se aproximou, sem desviar os olhos dos meus, enquanto enfiava a mão no bolso da minha calça Jeans, ele puxou a chave sem demorar ou enrolar, eu teria feito melhor, mas ele ainda estava na fase de negação.
Ele abriu o carro e eu coloquei suas coisas e minha mochila no banco de trás. Ele subiu no carona e me entregou a chave quando eu entrei no motorista, em seguida puxando o próprio telefone.
— Valeu. — Resmunguei digitando o número, notei que ele não tinha o contato salvo, o que era meio óbvio, mas um pouco humilhante, ele poderia ter pedido pro Jay se ele quisesse.
Salvei como "Meu Jun 💜" e antes de devolver disquei o número, ouvindo meu celular tocar no banco de trás.
Ele que até então estava distraído escolhendo uma música no display da caminhonete, me encarou em uma mistura de raiva e descrença, tirando o celular da minha mão.
— Não acredito que fez isso. — Disse irritado, editando o número. — Poderia ter me pedido.
— E você teria me dado? — Perguntei atrevidamente, vendo ele mudar meu nome para "Idiota 😠".
— Não, mas teria sido mais educado.
— Eu queria seu número, não ser educado. — Ele me encarou, parecendo uma mistura confusa e caótica de raiva e tensão, ele ofegou, sem me responder. — Qual é, estamos superando a raiva, não estamos? — Perguntei um pouco inseguro, mas ele não me respondeu. — Eu tô me esforçando.
— Não vou te parabenizar pelo mínimo.
— O que você quer que eu faça? — Perguntei um pouco estressado, porque Porra, era tão difícil assim abaixar as armas comigo? Ele era todo sorrisos para todos, mas não conseguia passar um segundo sequer ao meu lado sem parecer hostil.
— Converse com ele. — Gritou frustrado, como se fosse óbvio. — Tente entender como ele se sente e o que ele precisa. Saia da sua zona de conforto.
Eu rangi os dentes, me arrastando pelo banco para ficar a centímetros dele, me inclinando em sua direção, o pressionando contra a porta do carro.
— Eu pareço estar na minha zona de conforto? — Rosnei em um tom baixo, e notei sua respiração vacilar ao me ver tão perto. — Tudo o que tenho feito nas últimas semanas, está totalmente fora do meu conforto.
— Jun...
— Ao menos reconheça meu esforço. — O interrompi, ainda perto demais, sentindo sua respiração na minha. — Porque to fazendo o meu melhor aqui, mesmo que isso não seja o suficiente para ninguém. — Seu olhar passeou pelo meu rosto, e por um segundo, eu quase me derreti nele, mas ainda estava bravo e ele não se safaria tão fácil.
— Tem razão. — Ele sussurrou, sua mão tocando meu peito lentamente, em uma tentativa de me afastar, ou de se sustentar. — Tenho sido injusto com você. Tem feito um bom trabalho.
Eu suspirei, me sentindo ridículo por ficar tão feliz com tão pouco, mas eu estava e isso era inegável. Meu coração estava acelerado e seu olhar me deixava desnorteado para falar o mínimo.
— Vai me responder quando eu te mandar mensagem? — Perguntei ainda em um tom baixo e rouco, e ele concordou com a cabeça, incapaz de responder.
Quando vi ele entrar no próprio apartamento naquele dia, apressado e nervoso, suspirei, porque as coisas estavam saindo do meu controle.
No caminho pro apartamento dos gêmeos, mandei uma mensagem pra Taehyung o chamando para ver um filme, e ele logo me respondeu concordando.
Quando entrei em casa, eu sabia que Jay estava no quarto pelo barulho da guitarra ecoando pela casa.
— Hey, otário. — Chamei ao entrar no quarto, tentando parecer indiferente. — Chamei o Taehy para dormir aqui hoje.
— Chamou? — Questionou surpreso.
— É. Pensei em assistir um filme e pedir uma pizza. — Contei dando de ombros. — Ele deve tá para chegar.
— É um convite? — Questionou com humor, me fazendo revirar os olhos, porque Deus, como ele era burro.
— É um aviso prévio. Faça o que quiser com a informação. — Respondi com o mesmo tom de humor, mas logo meus ombros caíram e o humor desapareceu, dando um ar cansado e frustrado. Porque era frustrante esperar ele me contar sobre aquilo. — Escuta, sei que... — Suspirei, entrando de vez no quarto. — Sei que concordamos que não precisamos conversar sobre tudo, mas... se quiser falar sobre algo comigo. Eu meio que to aqui.
Jimin não tava de todo errado. Eu tinha que escutar ele, falar de verdade, entender porque ele se afastou.
— Eu sei, Jun. — Ele afirmou, mas não disse nada, o que deixou óbvio que ele não sabia.
— Certo. — Endireitei a postura, olhando ao redor, antes de voltar para ele. — Então, quer me falar algo?
— Sobre o que?
— Eu não sei. Sobre qualquer coisa. — Dei a deixa, esperando que ele me contasse sobre seus sentimentos e Taehyung. E eu sabia que era uma grande coisa porque não costumávamos nos abrir sempre, e isso talvez fosse culpa minha, que sempre fui reservado sobre meus próprios sentimentos. — Existe... hum, não sei. Alguém que tenha mexido com você ou alguém de quem você possa estar gostando?
Tipo, eu não sei... o Taehyung?
Ele pareceu pensar por um segundo, e eu queria acreditar que ele estava pensando em uma forma de me contar, mas quando seus olhos caíram no meu, percebi que ele estava tentando pensar em uma desculpa.
— Eu... Eu gosto do Jimin. — Aquilo era mentira. E eu sabia disso. Tinha que ser.
A simples ideia de Jay ter sentimentos por Jimin me fez querer vomitar e socar algo. Um sentimento feio se instalando no meu peito.
— Jimin? — Questionei impaciente e irritado. — Sério?
— É. Quer dizer, sei que não vai dar em nada, porque somos só amigos, mas... — Eu neguei com a cabeça, o interrompendo, porque eu não queria ouvir ou pensar naquilo.
Jay não gostava de Jimin.
— Jimin não é o cara certo para você. — Neguei novamente, sentindo o sangue fervendo.
A ideia de Jay segurando Jimin, dele o encarando com aqueles olhos doces e suaves enquanto sussurrava o nome do meu irmão e... Não. Jimin não gostava de Jay assim. Ele se preocupava com Jay e o amava, é claro, mas não daquele jeito.
Ele estava ajudando Jay a ficar com Taehy, era ridículo pensar que ele gostasse de Jay assim.
— Você pode até achar que ele é um bom amigo, mas nunca... — As palavras não saiam, insegurança tomando conta de mim, como uma dúvida que não se calava. — Ele sabe? — Perguntei sem conseguir evitar, porque se fosse verdade, eu precisava saber se Jimin sentia o mesmo e se ele estava se machucando com toda aquela história.
Eu parecia Jayoung, sem dúvidas, e se ele estivesse frustrado com tudo e descontando em mim a raiva que não podia descontar no Jay? Isso fazia sentido.
Ele não gostava de atletas porque Taehyung era atleta, e eu era a junção dos dois. E por isso ele era tão hostil comigo.
— Não. Ele não faz ideia. — Jay resmungou sem emoção.
— Ótimo. — Confirmei me levantando, tentando dar um fim naquilo. — Taehy está vindo. — Repeti, porque isso era importante.
Eu deixaria Jay e Tae o mais sozinhos e próximos possíveis e observaria os dois com cuidado, para ter a certeza de que Jay estava com Taehy e mentindo sobre Jimin.
Porque se aquilo fosse verdade, todos sairiam magoados. Taehyung sairia magoado quando descobrisse sobre os sentimentos do Jay. Jimin estava magoado ao pensar que Tae e Jay estavam tendo algo. E eu ficaria magoado com tudo.
— Esqueça Jimin por enquanto. Vamos aproveitar a noite, tá bom? — Ofereci, tentando me acalmar.
— Claro. — Respondeu um pouco atônito. — Jun. — Me Chamou antes que eu pudesse sair do quarto. — Pensei que você não gostasse que eu fosse uma "Bichinha"
Eu senti meu peito apertar e relaxei ao encarar Jay. Ele era meu irmão acima de tudo, e eu me importava com ele. Não queria que ele pensasse o contrário.
— Você é meu irmão. Sendo uma bichinha ou não. — Impliquei, tentando descontrair o aperto do meu peito. E sem dar chance para mais nada, sai do quarto.
| CHAOS |
hehehe
tão gostando?
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