🎶 39
Dakota Carter
Brian fez um chá para eu ficar mais calma, ele ficou comigo com medo de que eu passasse mal de novo como foi semanas atrás.
Nick quebrou a promessa que tinha feito. Por mais que eu sabia de que ele não iria aguentar por muito tempo, eu não imaginava que iria ser justamente hoje, no dia em que deveríamos estar comemorando o nosso casamento.
— O estranho é que todo mundo saiu e não sei pra onde foram. — Littrell disse olhando a rua pela janela da sala. — E olha, tem algumas gotas de sangue na calçada.
— Até agora me pergunto o motivo daquele cara não ter me deixado em paz! Ele sabe muito bem sobre nós e continua insistindo. — Digo terminando a bebida.
— Coisas de pessoas sem noção. — Afirmou e riu fracamente. — Mas olha, até quando vocês dois vão viver em paz, hein? Desde sempre aparece alguma coisa para atrapalhar.
— Olhe, nem me fale. — Sorri fracamente. — Sabe Brian, eu não sei se vou continuar com a festa. Eu tô tão mal com isso.
— Bem, todo mundo tentou. Acho melhor deixar isso pra lá, também, a turnê começa semana que vem e não vamos ter muito tempo para festinhas, o que é uma pena.
— ABREM AQUI! — Era o Howie e o Brian abriu a porta.
— Cara, você tá estranho. O que houve?
— Brian… Dak… vocês não vão acreditar no que acabou de acontecer! — Disse completamente ofegante. — Deixa eu respirar um pouquinho.
— Howie, o que houve? — Pergunto vendo o mesmo se recuperar.
— O Nick e o Leonardo… foram detidos, algum vizinho chamou a polícia e levaram os dois. Todo mundo foi pra lá e… — O mesmo foi até a mesa que montamos na sala e pegou uma lata de refrigerante, começando a beber de uma vez só. — Precisam da Dakota pra comprovar as versões e soltar o Nick. E tinham que ver o Leo surtando fazendo um monte de acusações e Nick assim: “eu tenho dinheiro da fiança!” todo tranquilo da vida.
— É a cara dele. — Brian gargalhou e olhou pra mim. — Vamos para a delegacia, Dak.
— Vamos. — Me levantei do sofá e fomos andando para o lado de fora e entreguei a chave do carro para o Howie que se ofereceu. — Ele ficou machucado, Howie?
— Um pouco no rosto e no braço, assim, aonde dá pra ver porque ele tá de pijama. — Disse e o latino começou a rir. — Sério, o Nico já saiu puto pra comprar cereal e ainda deu de cara com o DiCaprio que começou a provocar ele, era óbvio que iria resultar em porrada.
— O que eu não imaginava era que eles iriam parar na delegacia. — Brian disse no banco de trás. — Espero que não cause outra confusão lá.
— Amigo, já tá causando! — Dorough afirmou gargalhando. — Falta pouco para o Nick bater nele de novo.
— Se ele já não estiver batendo. — Digo ajeitando o meu cabelo que estava sendo puxado pelo cinto de segurança.
Nick Carter
A minha pressão começou a baixar até o policial entrar com outros que seguravam uma maleta de primeiros socorros.
— Consegui arranjar esses donuts pra você.
— Obrigado. — Digo começando a comer com medo de derrubar tudo no chão.
Começaram logo a cuidar do Leonardo, fazendo o maior drama com a dor dos machucados. Espero que fique algumas cicatrizes pra sempre nessa cara de pastel.
— A Dakota chegou. — Ouvi a voz da Jane lá do lado de fora e me virei para olhar e lá estava ela com o Brian e o Howie que provavelmente foi buscar ambos.
— Essa dama é a sua esposa, Nick? — O que estava interrogando perguntou e assenti de boca cheia. — Vou chamar ela pra cá.
— Vamos ver agora Carter, o que ela vai falar.
— Vocês podem colocar álcool no olho dele por mim? — Olhei para os caras que cuidavam dele e fizeram que não. — Que pena.
— Fazem ele ingerir ácido sulfúrico por mim!
— Se você quiser me ver morto, eu te assombro toda noite!
— Vocês dois podem parar de brigar por uns cinco minutos?! — O outro que veio cuidar de mim reclamou com a gente.
Caramba, eu cortei o meu supercílio e só estou sentindo agora. Que remédio é esse, gente?!
— Nick do céu, você tá bem? — Senti as mãos da Dakota pousarem sobre os meus ombros que a minha camisa cobria algumas pancadas.
— Melhor do que nunca, Dak. — Beijei a sua mão direita e senti a sua mão esquerda ir para o meu cabelo. — Ainda tá zangada comigo?
— Mais do que nunca. — Disse estapeando a minha nuca.
— Bem senhora Carter, ambos contaram versões diferentes e como você é a causa dessa… confusão, qual é a sua versão?
A mesma se afastou de mim e sentou na outra cadeira, olhando para nós dois e olhou para o encarregado da investigação.
— É… — Ela evitou de olhar pra mim. — É uma longa história, tem… seis anos mais ou menos, no início eu achei que só foi uma crise de ciúmes do Nick e agora, eu percebi de que ele tinha total razão. O senhor DiCaprio se aproveitava quando eu estava sozinha em alguns momentos me cantando, me olhando até se atrever em me beijar. Claro, eu contei para o Nick porque ele teria um motivo plausível de odiar o Leonardo, até que hoje esse desgraçado se preocupou em provocar o meu marido, inventando de que eu estava tendo um caso com ele. E aqui estamos todos nós dentro desta linda delegacia.
Ela sorriu no final e ficou olhando feio para o ator que ficou chocado, achando que ela iria me negar.
— Isso diz muita coisa, senhora Carter.
— Obrigada.
— Bem, agora vem a decisão do delegado se vai liberar o Nick agora sem a fiança…
— E EU?!
— Lá vem você berrar de novo. — Olhei feio para o mesmo e pisei em seu pé, que agora berrou de verdade. — Dão uma Maracugina pra esse cotoco parar de surtar, ele precisa urgente!
— Pare de insultar a minha altura, Carter!
Oxi, do nada parte pra cima de mim querendo me bater. Juro que tô tão estressado ao ponto de rir da cara arrebentada dele.
Sorte dele que o policial saiu na mesma hora, pois com certeza ele iria interferir de novo.
— Você para de bater nele! — Dakota jogou algum objeto da mesa em cima do ator.
— Nick tá liberado, Leonardo vai aguardar pelo seu responsável…
— Responsável?! Mas que absurdo, eu tenho trinta anos e meio pra ter um responsável!
— Responsável da fiança. — Coitado do policial, já tá ficando sem paciência também.
Ele tirou a algemas do meu pulso e me levantei sentindo o meu abdômen doer um pouco. Dakota foi até mim e me beijou de surpresa, senti o olhar do cotoco para o lado da gente. Daí ela se afastou me abraçando com cuidado e apontou pra ele dizendo:
— Você vai limpar a minha calçada e vai nos deixar em paz. Se não fizer isso, quem vai parar na delegacia sou eu.
— É assim que se fala, amor. — Sorri para a de cabelos castanhos que me deu um selinho. — Vamos, temos uma festa para comemorar.
Kevin veio para me ajudar e fomos andando para o lado de fora da delegacia, e dentro do meu carro, uma parte voltou para o condomínio.
Dakota Carter
— Ainda bem que vamos comer! — Tina disse entrando na correria para dentro de casa e Judy foi atrás com a pobre da Jessie em seus braços.
Eu e o Kevin deixamos o Nick no sofá e a Ally chegou com um prato de cereal pra ele que ficou contente só de ver.
— Eu já tinha me esquecido de que eu só queria comer cereal assistindo desenho em paz. — Disse e me sentei do seu lado, mexendo em seu cabelo. — Pensei que iríamos ficar sem se falar e eu iria dormir aqui no sofá de novo.
— Só relaxe, Nick. — Beijei o seu rosto.
— Todo mundo arrumado e ele usando pijama xadrez! — AJ tirou um Polaroid antes que o Nick pensasse em reagir. — Essa vai para o mural, Dak.
— Valeu, Alex. — Começamos a rir e o loiro olhou incrédulo pra mim.
— Até quando vocês vão continuar tirando foto minha zuado?! — Indagou.
— Até nunca! — McLean respondeu indo amostrar a foto para o Howie que começou a rir bem alto.
Nick se arrumou logo depois dizendo que já estava cansado de passar vergonha e começou a curtir a festinha com todo mundo. Mais tarde, ficamos conversando sobre a turnê e eu havia me esquecido de que faltava pouco tempo para começar, começando a me sentir ansiosa por isso.
Essa turnê vai dar no que falar.
Um mês depois
“Foi revelado o motivo das hematomas que estavam bem nítidas no rosto e nos braços do Nick Carter em alguns shows da turnê de Never Gone. O cantor afirmou de que foi de uma série de acidentes domésticos causado pela mudança de sua residência em Malibu para Miami. A sua esposa e também parceira de trabalho Dakota Carter, reafirmou de que ele caiu da escada do porão em cima de várias mobílias que estavam guardadas no local. Na minha opinião, é uma pena de que deixaram de serem os vizinhos do ator Leonardo DiCaprio, que anda sumido há um tempo e isso vem a questão: férias ou muito trabalho?”
— Muito trabalho para que as manchas somem daquele corpo. — Nick comentou e começamos a rir. — Essa foi a melhor desculpa esfarrapada que eu já dei em toda a minha vida.
— Pelo menos vão parar de fazer essas perguntas. — Digo vendo que só tem a cicatriz no seu supercílio esquerdo. — Briga de novo que você apanha.
— Eu prometo que não vou mais fazer isso.
— Promete mesmo? — Olhei incrédula pra ele que olhou bem nos meus olhos.
— Eu prometo, Dak. Eu não quero mais te deixar zangada comigo.
— Assim espero. — O abracei.
— Vamos gente, faltam segundos para subir no palco! — Ally brotou na nossa frente e pegou nas nossas mãos, nos levando até atrás do palco, onde todo mundo estavam reunidos. — Vocês não param de assistir o canal da fofoca.
— Ainda falam que eu sou o fofoqueiro! — Howie reclamou.
— Estavam falando de mim, se quer saber.
— Ah, o lance dos “acidentes domésticos”. — Kevin disse colocando os seus fones. — Devia ter dito a verdade, que caiu de punhos na cara do DiCaprio.
— Pra ficarem em cima de mim de novo?! Não, melhor não. Por mais que todo mundo mereça saber da verdade, eu não digo não.
— Rapazes, está na hora. — Jane apareceu olhando para o seu relógio de pulso. — Meninas, já podem ir entrando, a música vai começar em cinco, quatro…
Nem deixamos a Jane terminar a contagem e já subimos logo, com os rapazes logo atrás. A sensação de ser recebida de volta pela platéia depois de anos é indescritível, é como eu tivesse subindo ao palco pela primeira vez a cada show.
E sabe, fazia tempo que eu não me divertia com o meu trabalho e quando eu estava com a Beyoncé, eu adorava as minhas coreografias, mas o problema era que a minha mente e o meu corpo estavam exaustos de muita coisa acontecendo a cada dia. E como já faz um mês que retornei a turnê com os rapazes, eu juro que me sinto como ainda tivesse dezenove anos, sabe? Como um brilho aqui dentro estivesse ficando bem forte e vem com um excesso de felicidade por tudo ter dado certo no final, após vários problemas.
E sobre essa felicidade, eu sinto há algumas semanas e não sei dizer o porquê. É como estivéssemos entrando em mais um jornada, onde todas as coisas podem melhorar e eu mal posso esperar. O Nick não entendeu nada quando eu lhe falei isso e claro, eu também não entendi e nem comecei a entender ainda. Deve ser porque mudamos de casa, o meu investimento com a marca começou a dar certo e já fiz vários desenhos de algumas peças. Eu não sei, eu só me sinto ótima.
— Eu me esqueci qual é a próxima música. — Howie afirmou no meio do palco e como ensaiado, olhamos feio para ele. — Qual é gente, me esqueci de checar novamente a setlist.
— Eu não acredito nisso, Howie! — Brian reclamou e olhou para o Nick. — Diga a ele qual é a próxima música.
— Cê jura que eu me esqueci também? — Ouvimos algumas risadas lá da platéia. — Dakota querida, qual é a música que vamos dançar?
O loiro se aproximou e sorri me lembrando do dia da audiência. O mesmo apontou o seu microfone pra mim, com um doce sorriso em seu rosto.
— Se chama Don't Want You Back.
A platéia veio a loucura ao me ouvir. Esse pessoal mal tem ideia do quanto isso significa pra mim. Eu não teria conhecido as melhores pessoas do mundo se não fosse essa música, se não fosse a nota oito do Nick, se não fosse a Judy me motivando a não desistir porque eles iriam me chamar de alguma forma. E isso aconteceu quando eu menos esperei.
E o que eu menos esperava era que esse cara abestalhado que usava aquele corte de cabelo horroroso com tanta implicância mútua se tornaria o amor da minha vida.
Entramos em posição e a música começou, essa é a última que eu e as garotas vamos dançar neste show. Pior que essa opção é certa, ainda tenho uma pequena discordância, mas eles tinham razão sobre isso o tempo todo.
Não tem como, eu sou teimosa por vida.
Em alguns passos do refrão, senti a mão do Nick na minha cintura e olhei pra ele que foi para o meu ouvido e disse:
— Você tá ficando longe de mim de novo, Dakota!
— Desculpa! — Digo e me aproximei mais do mesmo que acenou positivamente.
Já estávamos no último refrão quando esse meu pequeno desastre aconteceu e é muito estranho, às vezes fico me distraindo nos meus pensamentos e só vou deixando o corpo seguir os passos muito bem ensaiados. Como estava chegando ao fim, é a parte do giro e encerra com pose. Presta atenção na sincronia, Dakota!
— I, I don't want you back! — Os rapazes encerraram e deu tudo certo.
Mas esse giro me deixou um pouco tonta depois de feito.
Eu e as meninas nos despedimos do palco e fomos andando até o nosso camarim. Eu comecei a ouvir tudo distante quando estávamos andando até lá.
— Dakota, hoje foi espetacular! — Lucy disse me abraçando e me deixou entrar.
— Dakota, e essa cara? — Tina olhou torto pra mim e me sentei no sofá começando a respirar fundo.
— Acho que girei rápido demais. — Digo pondo as mãos na minha cabeça, esperando a tontura passar.
— Toma um pouco de água. — Ally me entregou uma garrafa e fui bebendo, começando a dar um certo alívio.
As meninas foram indo trocar de roupa para voltar e assistir o resto do show enquanto eu estava voltando ao normal.
— Você não vai não, amiga? — Judy apareceu com a Jessie dormindo em seus braços.
— Eu vou ficar, Ju. — Digo e a morena já fez aquele olhar estranho.
— Comesse alguma coisa que fez mal?
— Não, só algumas besterinhas.
— Ah… que estranho, você nunca ficou tonta com nenhuma coreografia. Quer que eu avise o Nick?
— Não precisa, Judy. Eu vou ficar bem.
— Como quiser então, Dakota. — Sorriu fracamente e saiu da sala, me deixando completamente sozinha.
Quando senti essa agonia começar passar, peguei as minhas roupas e tomei um banho frio que ajudou muito no alívio. Quando saí, a Jane estava lá com um prato de frutas pra mim. Ela sorriu e apontou para o sofá e fiquei lá de volta.
— Foi a Judy, não foi? — Perguntei e ela assentiu me entregando o prato. — Por favor, me diga que ela não avisou ao Nick.
— Não, ela não disse. Ele ainda está lá no palco. — Afirmou olhando pra mim. — Se sente melhor?
— O bastante. — Peguei alguns mirtilos e joguei na minha boca. — Foi estranho, eu nunca tinha ficado assim.
— De fato foi bem estranho, Dakota. — Disse tirando algumas mechas cacheadas do seu rosto. — Eu pensei que você iria passar mal como foi na última vez, por causa da sua pressão que baixou. Poderia ter sido isso.
— Tem razão, a minha pressão. — Ri fracamente. — Eu não tô comendo tanta coisa salgada ultimamente.
Ouvimos os agradecimentos dos rapazes e as meninas voltaram para o camarim comentando sobre o show.
Terminei de comer e fomos andando até o ônibus, deixando as nossas coisas. A tontura voltou do nada no meio do caminho que acabei soltando a minha bolsa involuntariamente. Senti duas enormes mãos segurando os meus ombros e quando eu olhei era o Nick, com a maior cara de preocupação.
— Dakota, o que sente? — Eu me segurei nele, o abraçando apertado. — Dakota…
A minha visão escureceu de uma vez e só senti ele me segurar com mais força. Quando eu acordei, estava na cama do hotel e Nick na ponta esperando alguma manifestação minha.
— Nick? — O loiro levantou a sua cabeça e sorriu levemente, brincando com o meu dedão do pé. — O que aconteceu?
— Você desmaiou. — Disse olhando pra mim. — Andou sentindo isso hoje mesmo ou aguentou calada, hein?
— Eu senti hoje. — Respondi e vi que ele vai fazer mais uma pergunta.
— Semana passada, você comeu alguma coisa que te fez mal. — Isso foi longe de ser uma pergunta.
— Como soube?!
— Você passou a madrugada inteira no banheiro, Dakota. — Afirmou e ficou do meu lado. — Eu ouvi você vomitando.
— Acho que foi aquele patê que deram no almoço que não caiu bem em mim. Pode ter sido uma coincidência com o que aconteceu hoje. — Toquei em seu rosto e ele me abraçou beijando o topo da minha cabeça. — Não se preocupe, eu tô bem.
— Eu não quero ficar no seu pé, mas se cuida. Tem alguma coisa estranha no seu organismo. — Gene afirmou ainda me abraçando. — E talvez tenha nada a ver, mas você tá optando em comer coisa doce demais ultimamente, deve ser por isso que a sua pressão fica baixando o tempo todo.
A porta bateu e ele se levantou, indo abrir. Era a Judy.
— Ah, ela acordou! — A mesma disse ao me ver e olhou para o Nick. — Saia do quarto.
— O quê?! Por quê?!
— Vaza daqui! — Judy deu um puxão nele e o empurrou, entrando no quarto e fechando a porta, trancando com a chave.
— Judy, que palhaçada! Abre aqui! — Ouvimos o Nick no lado de fora e a mesma foi se aproximando de mim.
— Por que expulsou ele? — Perguntei e ela gargalhou.
— Porque o negócio é particular só entre você e eu.
— E o que é tão particular?
— O seu corpo. — Olhei torto para a mesma que gargalhou. — Você não percebeu de que há algumas semanas está sentindo tudo mudar?!
— Bem, eu achei que poderia ser reação…
— De quê, Dakota do céu?! — Judith cruzou os seus braços e riu logo depois. — Dakota, eu só vi você comendo muito doce e frituras, vai virar uma Tina desse jeito!
— Tô comendo tanto assim?
— Duh! — Ela deu um tapa na minha testa. — Por mais que isso soa estranho, quando foi a última vez que você e o Nick…
— Não é da sua conta!
— Só o tempo, doida!
— Quase um mês eu acho. Não me lembro bem.
— Isso já respondeu todas as dúvidas! Eu e as meninas fizemos uma aposta e pelo visto só eu e a Jane ganhamos.
— Que aposta, Judith?! — Essa doida ria mais ainda.
— De que alguém engravidou você!
— O QUÊ?! VOCÊ TÁ MALUCA?! — Ela tampou a minha boca e havia um enorme sorriso no rosto dela. — Judith!
— Dakota, eu sou mãe caso você não se lembra. Você não sente não de que há um tipo de luz dentro do você?! De que atrasou?! De que tem um mês que… né?! Eu não queria falar isso na sua cara, mas você foi lerda o bastante pra não perceber todos esses sintomas!
— Mas tínhamos planejado pra ser daqui a alguns anos e…
— Ah, é sempre assim. Eu e o Bee planejamos também, mas eu já estava grávida. Olha, fica tranquila, okay? Acredite, tudo vai se tornar incrível. Agora, você vai contar ao Nick e eu vou contar para as meninas.
— Você vai espalhar assim, Judy?!
— Vou. — Riu. — Tenha uma ótima noite, Dakota. Parabéns.
Ela saiu do quarto e o Nick apareceu de cara emburrada.
— DOIDA!
— NÃO GRITA COM ELA NÃO! — Ouvi o Brian do corredor e a risada da Judy logo depois.
— O que foi que ela disse pra ter me expulsado desse jeito?! — Indagou voltando ao lugar que estava. — Dakota, tô falando com você.
Agora eu entendi tudo. Esse brilho que estou sentindo, essa felicidade… eu tô com uma vida se formando no meu ventre. Isso é extraordinário!
— Nick… — Olhei pra ele fazendo de tudo para não demonstrar o meu surto.
— Ih, o que foi? — O coitado ficou com medo. — Dak, por que tá sorrindo?
— Lembra quando eu te falei de que tudo estava começando a melhorar?
— Sim, eu me lembro. Apareceu uma novidade pra ter feito a Judy brotar e me expulsar do quarto?
— Bem… é uma grande novidade e… eu não sei como falar ou como descrever o que estou sentindo. Não era de se imaginar de que iria acontecer tão rápido e…
— Tem haver com a marca de roupas? — Sorriu e fiz que não. — Hum… eu não sei, tá vindo mais nada na minha cabeça. Ah, já sei. O DiCaprio ou o Kutcher se ferraram.
— Não, Nick! É sobre nós. — Peguei em suas mãos e o loiro entrelaçou.
— Eu não tô entendendo mais nada.
— Okay, eu vou ser direta. Mas antes disso, por favor, não saia desse quarto depois de saber…
— Não tá indo bem entre a gente?
— Não, tá maravilhoso! E vai ficar perfeito porque…
— Porque…
— Porque vamos ter um bebê.
Nick paralisou no mesmo segundo que eu falei. Ele não olhava pra mim e não me soltava, estava digerindo o fato em que acabou de saber e o seu silêncio me deixava tensa, pensando nas suas piores reações.
Mas…
Ele começou a chorar e me abraçou falando tudo embolado, o que me fez entender bolhufas. Depois foi me beijando no rosto inteiro e me abraçou novamente, estava mais surtado do que eu.
— Isso é fantástico, Dak! — Disse limpando o seu rosto. — Eu juro que sou o homem mais feliz do universo inteiro por saber de que vou ser pai e essa criança vai ser muito feliz e você será a mãe mais linda do mundo inteirinho e eu posso provar! Caramba, eu estou… nossa, sei nem o que falar. Saiba que eu amo muito vocês.
— E nós também te amamos, mesmo o bebê ainda sendo bem pequeno pra entender o motivo da nossa euforia. — Sorri e nem senti de que eu também estava chorando. — Nós estamos prontos, Nick.
— Com muita certeza. — Ele me beijou. — Vou contar aos rapazes, aliás… as meninas sabem?
— A Judy provavelmente acabou de contar.
— Cortou o meu barato aquela doida! — Ri do mesmo que saiu do quarto e agora sim, eu me sinto aliviada de tudo.
Assim que o Nick foi contar para todos mundo, todos eles vieram me ver e desejar tudo o que há de bom e claro, havia algo que não podia faltar:
— Eu vou ser a madrinha! — Judy se ofereceu ficando do meu lado e a Ally fez que não.
— Sou eu quem vai ser a madrinha da criança! — Ally disse e ambas começaram com a discussão.
— Meninas… — Tento interromper elas e fico olhando feio para ambas. — Querem parar de show?! O bebê nem se desenvolveu ainda e já estão pensando em quem vai ser os padrinhos?!
— Óbvio! — Ambas responderam.
— É melhor ficar na nossa escolha. — Nick disse e todo mundo se olhou.
Vão aprontar para serem escolhidos até o bebê nascer. E isso nem é uma desconfiança, é o que vai acontecer nos próximos meses.
— Eu sei que o AJ não pode porque já é o padrinho da Jessie. — Howie disse e olhou pra mim. — Vai Dak, me escolha!
— Mas de todos nós aqui, o mais próximo da Dakota depois do Nick é o Brian, ele merece. — Judy protestou. — E a mais próxima sou eu, então…
— Eu posso ser a madrinha também! Porque a madrinha da sua filha já é a Dakota! — Tina disse bocejando de sono.
— Pra quê?! Pra você influenciar a menina a comer McLanche Feliz no café da manhã?! É óbvio que não vai ser você! — Ally disse apoiada na parede.
— E o Kevin? Todo mundo se esquece do pobre do Kevin! — AJ apontou para o mais velho que só observava a situação.
— Eu não posso ser o tio que leva pro parquinho tomar sorvete e o Howie ser o padrinho?
— Kevin, eu te amo! — Howie abraçou o mesmo. — Então vamos fazer uma votação. Eu ou o Brian como padrinhos… e… a Lucy poderia ser a madrinha! Ela é calma, boa influência, criativa…
— Qual é o problema com influência?! — Ally fez uma pose de indignação.
— Vocês três são loucas demais para a criança. — O latino afirmou e percebeu de que estava prestes a apanhar das três. — Sério, vocês já viram como a Ju carrega a Jessie quando sai correndo?!
— Me respeita e respeita a Jessie! — Judy jogou a sua pantufa em cima do mesmo. — Eu sou a melhor influência!
— Que mentira, sou eu! — Ally disse se aproximando da morena.
— Invadir casas, causar tumulto e fofocas é influência?! Não sabia não!
— Gente, parem de discutir! — Brian pôs ordem e todo mundo se calou. — A Dakota e o Nick descobriram que vão ser pais há uns dez minutos e vão ter nove meses para saber o nome do bebê, a cor do quarto, as roupas, a rotina que vai mudar e os padrinhos! Nove meses e vocês estão preocupados nisso agora?! Pelo amor, deixem isso no critério deles.
— Muito obrigado, Brian! — Nick disse indo abrir a porta. — Caso não se importam, a Dakota está cansada e passou mal mais cedo. E amanhã já vamos pegar estrada para outro estado, então somem do quarto agora. Obrigado, boa noite.
— Boa noite. — Cada um foi dizendo aleatoriamente até sobrar nós dois, tendo um silêncio confortável.
— Espero que isso não tenha agitado vocês.
— Tá tudo bem, Nick. — Ri. — Eles vão discutir sobre isso até a criança nascer.
— Espero que não fiquem no nosso pé. — Nick deitou do meu lado e senti a sua mão sobre a minha barriga. — Eu sei que vai demorar um pouco pra sentir crescer, mas saber de que está aí é incrível. Eu vou cuidar de você e do nosso bebê o tempo todo e nunca vou ficar longe. E isso não é uma promessa, é um dever.
— Se não estivéssemos casados, tenha certeza de que eu pediria a sua mão nesse exato momento. — Gene gargalhou e beijou o meu rosto. — Eu te amo.
— Eu também te amo, Dakota. — Disse me olhando bem de perto, com um certo brilho em seus olhos e me abracei nele, começando a relaxar.
Comecei a ouvi-lo cantar enquanto tocava no meu cabelo que está preso. Ele cantava o mais suave e calmo possível que dava pra ouvir como um leve murmuro e é bem encantador. É de tamanha certeza de que sempre vou acabar me apaixonando por ele e esse mínimo detalhe dele, é o que me faz se sentir grata com tudo o que eu tenho e farei de tudo para não perder o consegui em todos esses anos, principalmente o seu amor.
.•♫•♬•♬•♫•.
oi gente, tudo bem?
só avisando que semana que vem, especificamente na sexta-feira sairá o epílogo
dois beijos ❤️
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top