🎶 33
Dakota Tanner
Com os dias da semana acompanhando o Nick e ensaiando o meu roteiro, ainda sem saber como serão os vestidos, o dia da gravação chegou.
E estou muito nervosa.
Assim que cheguei no prédio empresarial no centro de Malibu, fui bem recebida e me apresentaram os vestidos que são belíssimos, um mais bonito que o outro.
— Oi Dakota, tudo bem? — Uma funcionária apareceu e sorria pra mim.
— Oi, tudo bem. Como você se chama?
— Eu me chamo Chloe. — Afirmou organizando algumas coisas. — Eu vou te ajudar com a maquiagem, cabelo e a fechar o zíper de alguns vestidos, okay?
— Okay, Chloe. — Sorri. — Sabe, é o meu primeiro comercial e eu queria tirar uma dúvida.
— Pode falar, senhorita.
— Eles vão me orientar em qual câmera olhar, essas coisas?
— Claro que sim, não se preocupe. Você vai está linda o suficiente para brilhar nos intervalos comerciais.
— Que bom saber disso, obrigada.
— Que isso, Dakota. Vou iniciar a sua preparação.
Chloe começou com a maquiagem e caramba, era incrível. Nunca me senti tão linda como hoje, espero que eu não fique convencida quando começar a passar na televisão.
O meu primeiro vestido era prateado, com abertura na perna esquerda, decote na frente e atrás. O meu cabelo estava com o penteado valorizando as ondas.
— Dakota, está divina! — O diretor de fotografia disse ao me ver entrar no estúdio. — Eu não quero te deixar mais nervosa, mas… houve uma pequena alteração no roteiro. Posso te dizer?
— Claro que sim. — Assenti.
— A marca resolveu de última hora incluir mais uma celebridade para divulgar os ternos e vai participar das fotos e do comercial. Tem algum problema com isso?
— Não, claro que não.
— Podem chamar ele para cá.
A minha mente estava querendo fazer travessuras comigo, ela me fez imaginar que poderia ter sido o Nick insistido à participar da propaganda do meu lado, isso seria muito coisa dele, com certeza.
Mas por puro azar, sorte ou sei lá… não era o Nickolas. É nada mais e nada menos que o…
— Dakota, quanto tempo!
— Olá, Leonardo. — Sorri e o ator se aproximou de mim, dando um beijo em minha mão.
Isso vai terminar em soco e delegacia.
— Você está bem elegante, Dakota. — Ele afirmou olhando pra mim. — O Nick Carter é um homem de sorte.
Mal sabe ele que o Nick é capaz de queimar um DVD de qualquer filme dele por causa daquela maldita festa de ano novo.
— E eu uma mulher de sorte por ser esposa dele. — Digo e DiCaprio assentiu.
— Estão prontos? Vamos com as fotos primeiro e depois a primeira parte do comercial, depois trocam pela segunda roupa e assim sucessivamente. — O diretor afirmou e fomos até o cenário.
Depois do ensaio, praticamente no fim da tarde fomos liberados, pois tudo o que tinha a fazer foi feito. Coloquei a roupa que eu vim de volta e deixei os meus cabelos soltos.
Quando eu estava saindo do elevador, a mão do Leonardo segurou a minha e a porta se fechou novamente.
— Alguma coisa de errado? — Perguntei já elaborando um golpe baixo.
— É que eu queria te dizer que foi maravilhosa lá em cima, Dakota. — Disse olhando em meus olhos e baixou para os meus lábios. — Você mudou nada desde daquela festa lá em Manhattan.
— O que cuidado com a pele não faz, não é? — Ri de nervoso. — Era só isso que iria dizer? Eu tenho que voltar pra casa.
— Eu sei, querida. Eu queria saber se eu posso te acompanhar até lá.
Quer morrer, infeliz?! Dessa vez não vai ser congelado, vai ser por perca de sangue.
— Parece preocupada. O Nick é gente boa, ele vai ficar okay por saber que eu te acompanhei pra casa em segurança. — Isso soou tão arrogante.
— Algo que você não sabe, Leonardo. Eu convivo com o Nick há cinco anos e ele vai pensar em muita besteira ao me ver chegar com um homem que não seja ele mesmo ou um dos rapazes. Você não quer confusão e eu muito menos, então, me deixe voltar sozinha e em paz.
— Como quiser então. — Sorriu. — Vai ser uma pena não ter que passar mais tempo conversando com você.
Apertei o botão para descer e não estava acontecendo nada. Apertei de novo e de novo, alguns botões que poderiam ajudar e nada. Daí ficou tudo escuro.
— Tudo, menos isso de novo. — Digo respirando fundo e sinto as minhas costas esquentarem com o olhar do ator que ainda nem ganhou um Oscar.
— Acho que faltou energia no prédio. — Ele disse e revirei os meus olhos, pedindo por paciência.
— Nossa, descobriu o Brasil!
— Calma, não precisa ficar nervosa com isso. Você é claustrofóbica?
— Não, eu só tenho medo de que esse elevador caia comigo aqui dentro! — Retruquei e peguei o meu celular vendo uma ligação perdida do Nick, então tentei ligar pra ele.
— Dakota, eu liguei mais cedo e você não atendeu… aí achei que poderia ainda estar ocupada.
— Não, eu já terminei a gravação.
— Ah bom. Olha eu estou fazendo compras, quer que eu venha te buscar? — Fiquei imaginando várias gotas de sangue caindo no chão lá na recepção.
— Não! Não precisa, meu amor. Daqui a pouco estou chegando em casa. — Se Deus quiser.
— Tudo bem, meu anjo. Vou preparar um jantar delicioso para nós dois com direito a sobremesa e um bom filme dos anos oitenta para a gente assistir.
— Mal posso esperar, Nick. — Sorri.
— E eu muito menos, se os planos aumentar daqui pra lá…
— Nick! — O mesmo começou a gargalhar no outro lado da linha. — Pare de pensar nisso o tempo todo.
— Quem mandou ser tão maravilhosa?! Olha, não se atrase…
— Eu não vou, chego logo logo…
— Dakota? Eu não tô te ouvindo.
— Nick?! — Quando fui olhar a ligação, o sinal caiu. — Merda.
— Por que você não contou que está presa aqui comigo? — Ainda bem que não dava pra ver a cara dele cem porcento por falta de luz.
— Porque ele detesta você, infeliz.
— Pelo o quê?! Nunca fiz nada com esse cara, eu hein. Cada uma que me aparece.
— Quer calar a boca por um minuto?! Obrigada.
— Ah, entendi. — Senti ele perto de mim e parecia sorrir. — Você tem algo por mim, não é? Uma simples atração.
— Deixa de ser convencido, Leo!
— Eu não sou convencido, você tem atração por mim.
— Eu tinha e faz muitos anos, antes de você aparecer pessoalmente pela primeira vez.
— Ah, agora isso explica muita coisa. Não vou mentir, você sempre foi atraente, Dakota.
— Eu mereço.
Acho que eu vou querer ver o nariz dele sangrando.
Nick Carter
Cheguei do supermercado e comecei a preparar o jantar. Eu tentei várias vezes ligar novamente para a Dakota, só que não tinha respostas dizendo que estava fora de área ou desligado. Quando coloquei a refeição no forno, eu senti uma sensação um pouco ruim, mas dispensei.
Me sentei na sala e liguei a TV pra ver se tinha algumas novidades, e tinha. Era uma transmissão ao vivo lá na avenida onde tem o prédio em que a Dakota está.
Aumentei o volume do aparelho para ouvir melhor a repórter.
“O transformador de energia desta avenida teve um curto circuito e afetou a energia de vários prédios, principalmente deste empresarial aqui bem atrás de mim.”
— É onde tá a Dakota. — Digo boquiaberto e fico procurando pela sombra dela atrás da câmera.
“Exatamente hoje, a dançarina Dakota Tanner está neste prédio por causa de uns ensaios fotográficos ao lado do ator de Hollywood Leonardo DiCaprio…”
— O QUÊ?! NÃO IRIA SER ELA SOZINHA?! ELA MENTIU PRA MIM?! — O meu coração já tava a mil.
“Ambos estavam descendo no elevador quando a energia caiu na empresarial e fazem vinte minutos que ambos estão presos e só tem eles no prédio. E… acabou de chegar um corpo de bombeiros para resgatar as celebridades! Nós vamos ficar aqui no aguardo de notícias e quem sabe, perguntar sobre a situação para a dançarina ou para o ator.”
Daí voltou para o estúdio. Eu não consigo acreditar nisso, ela tá presa no elevador com aquele ator idiota e ainda corre risco de se acidentar. Caramba, o sinal do celular dela caiu quando eu estava conversando e… não, não posso pensar nessa barbaridade.
Uns dez minutos depois esperando alguma notícia, a campainha tocou e fui correndo para a porta e era o resto da família.
— Nick, você viu?! — Brian indagou e via que todo mundo estava preocupado demais. — Até agora nada!
— Estão falando nas rádios e… — Tina disse olhando para a televisão. — Meu Deus, espero que não aconteça nada com a nossa Dakota.
Eu não sabia o que falar e voltei para o sofá, esperando alguma coisa nesse maldito jornal.
Os minutos foram passando, eu continuei ligando pra ela e nada do sinal. Estou sentindo um aperto tão grande no coração que parece que estão apertando com a maior força. Jane me ajudou a tirar o jantar e deixou em cima da mesa.
— Nick, beba um pouco de água.
— Não, Jane. Eu só quero saber dela, só isso. — Digo respirando fundo várias vezes.
— Os bombeiros saíram! — Howie disse e fui correndo até na frente da tela, procurando por ela.
“Como eles estão?” — A repórter perguntou para um dos profissionais que parecia exausto.
“Um saiu ileso e outro está em estado de choque, perguntando por várias pessoas e demos um calmante para ir estabilizando aos poucos.”
“Como foi para tirar eles do fosso do elevador, senhor?”
“Não foi difícil porque estava bem na porta, então forçamos e conseguimos tirar as vítimas com segurança. E os brigadistas vão deixar ambos em suas residências dentro de alguns minutos.”
“A energia do prédio está comprometida?”
“Claro que não, o gerador não foi comprometido pelo curto circuito do transformador. A manutenção será feita na madrugada e amanhã tudo estará normal.”
“Muito obrigada pela entrevista, senhor. Os artistas estão seguros e estão retornando para as suas residências se recuperarem do susto e desejamos uma boa recuperação. De volta para o estúdio.”
— Graças a Deus. — Kevin disse e respirei aliviado.
As garotas conseguiram me deixar calmo até a hora dela chegar e estava calma, até me ver e foi correndo me abraçar bem apertado. Eu já tava chorando.
— Eu deveria ter ido te buscar. — Digo a abraçando bem apertado, beijando o topo de sua cabeça.
— Tá tudo bem agora. — Dakota disse sorrindo pra mim, enxugando o meu rosto. — Foi só um grande susto, Nick. Eu tô aqui.
— Eu sei, Dakota. Mas você não sabe o que eu estava começando a sentir quando ainda estavam te resgatando. Era um medo horrível.
— Ah, meu amor. — Ela me beijou e me abraçou novamente. — Eu também senti muito medo, mas eu sabia que no fim tudo iria dar certo. Pessoal.
— Oi, Dakota. — Todo mundo falou em uníssono.
— Nós viemos correndo pra cá para acalmar o Nick e esperar por você. — Howie afirmou e a mesma balançou a cabeça. — Não querendo ser incômodo, a gente pode jantar com vocês?
— Howie! — Brian o repreendeu. — Já jantamos e nós vamos pra casa.
— Que pena. — Judy reclamou e a que está me abraçando começou a rir. — Nós podemos ficar? Só pra conversar?
— Não é, por assuntos em dia. — Tina disse.
— Gente, o Brian tem razão. — Dakota respondeu. — Eu e o Nick precisamos nos acalmar sozinhos.
— Acalmar, sei. — AJ resmungou. — Vamos galera, não foi dessa vez.
— Mas na próxima ficamos para jantar, viu?! — Ally disse e cada um foi saindo de cada vez.
Dakota se afastou de mim e fechou a porta. Ela olhou pra mim e me levou para o sofá, provavelmente ela quer contar algo pra mim.
— Ele deu em cima de mim.
— AH EU SABIA QUE AQUELE “QUERIDA” DELE ERA ALGUMA COISA! — Sim, eu surtei. Que bipolaridade da minha parte. — Ele te beijou?!
— Não, eu jamais deixaria. Cê acredita que ele queria me deixar aqui em casa?! — Disse ela indignada. — Na hora dos ensaios, ele disse que você é um homem de sorte e eu respondi que sou sortuda por ter você.
— Que vagabundo! Sabendo que nós somos muita coisa e ele teve a audácia de azarar a minha esposa?! Eu deveria ter insistido em participar dessa porcaria.
— Foi de última hora. — Ela riu.
— Você gosta de me ver com ciúmes, não é?!
— Quem te disse isso?! — Eu via nesses olhos esverdeados dela que estava curtindo isso. — Você fica engraçado assim.
— Assim fica complicado, né?! Você me provoca de propósito pra rir! — Pronto, ela começou a chorar de rir. — Dakota, não tem graça. Você não faz ideia do quanto é horrível pensar de que aquele loiro seboso quer roubar você de mim.
— E você acha que vai ser assim tão fácil?! — Disse pondo a sua mão sobre o meu rosto e foi descendo lentamente até o meu peito. — Você rouba o meu coração todo dia, de várias formas. Se eu te trocasse, eu estaria completamente louca e me internaria em um hospício.
— Dakota… tô sem palavras dessa vez. — Sorri e lhe dei um selinho.
— Eu percebi que vocês acharam que era eu que estava em choque. Fui eu quem saiu ilesa do elevador.
— Bem que eu estava imaginando, você é corajosa. — Sorri e a abracei. — Vamos jantar?
— Vamos, estou morrendo de fome!
Levantamos e fomos até a cozinha. Só tinha um pedaço da lasanha.
— Encolheu? — Dakota perguntou e olhou pra mim. — Nick, que marca foi essa que você comprou pra sobrar somente a parte do meio?
— FOI O HOWIE, AQUELE LADRÃO DE PADARIA!
— Garoto, para de berrar. — Disse com calma e foi pegando algumas coisas. — Lembra do pão-pizza?
— Lembro com certeza. Foi quando você quebrou o meu nariz depois daquela discussão. — Digo e a mesma se sentiu culpada. — Eu tô respirando melhor e já percebeu que a minha voz mudou depois disso?
— Não foi por causa da porta, Nick. — Ela disse começando a fazer.
— Foi pelo o quê, então?
— Lerdo, foi a sua puberdade que chegou ao fim.
— Ah… tinha me esquecido desse detalhe. — A mesma prendeu o riso. — Por que você acha graça em tudo o que eu falo?!
— Porque você sempre será uma criança. — Afirmou sorrindo pra mim.
— Eu não entendo. Tem dia que me chamam de homem e tem dia que me chamam de pirralho.
— Você só tem amadurecimento em algumas coisas e a maioria você age completamente infantil. É por isso.
— Dá pra dividir a lasanha. Tipo, cada um fica com uma metade e come um pão-pizza. — Digo olhando para a comida.
— Escolheu o filme?
— Você quer mesmo ver um filme depois do jantar? — Sorri para a mesma que ficou com o rosto corado.
— E a sobremesa?
— Você escolhe. — Pisquei o olho para a mesma.
— Criança. — Retrucou colocando o seu preparo no forno.
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