🎶 30

Dakota Tanner
8 de janeiro
faltam 50 minutos para o show

Eu e a Tina estávamos ansiosas para se despedir dos palcos e entrar de férias em algum lugar incrível. Mas eu nem preciso tanto ir para um lugar, o que importa é que eu voltar para os braços do Nick e não vou parar de abraçar ele.

Enquanto eu colocava a primeira roupa que vamos usar, o meu celular começou a tocar. Coloquei um robe caso alguém entrasse no meu camarim e peguei o objeto, olhando que era a Judith.

— Oi, Ju! Vocês já estão aqui?!

Óbvio que estamos bem e abra a porta. — A mesma desligou na minha cara e fui até a porta do camarim, vendo a mesma com a Jessie que já cresceu mais um pouco. — Enquanto as meninas e os rapazes guardam o meu lugar, eu vim aqui falar sobre o plano.

— Entre. — A mesma entrou e fechei a porta. — Okay, acho que tem haver do que eu vou fazer depois do show.

Fui terminar de colocar a minha roupa e comecei com a maquiagem. Judy foi contando tudo, até os mínimos detalhes e depois que eu fizer esse esquema, o resto fica nas mãos do Nick para concluir o plano.

— Vai conseguir fazer isso?

— Eu vou, Judy. — Sorri. — Sabia que eu ainda não tô acreditando de que está acontecendo?

— Dá pra perceber. Vou te dizer, o Nico tá muito ansioso em te ver dançando no palco. Com certeza ele vai ficar com aquela cara de tonto abestalhado como sempre.

— Ele mesmo disse à mim que ver eu dançando é o seu ponto fraco. — A morena riu e a menina também. — Jessie tá com cara de que vai aprender a falar logo logo.

— Amiga você não sabe! — Disse com ar de surto. — Essa coisinha maravilhosa já falou duas sílabas semana passada no café da manhã!

— O que ela falou? — Fiquei brincando com o bebê que já queria mexer na minha roupa.

— Ela chamou o Brian de papa. — Nós duas começamos a rir de surto. — Dak, o Brian ficou todo abestalhado com a Jessie e ela ficou repetindo olhando pra ele e sorrindo.

— Ai que orgulho! Judy, eu tenho quase certeza que ano que vem tá chamando todo mundo de tio e tia.

— Já é pra ter certeza, amiga. — Disse ajeitando a roupinha dela. — Enfim, eu vou voltar para o meu canto. Tenha uma boa apresentação e nos vemos amanhã, depende dos planos que você e o Nick vão ter pelo resto da noite.

— Só saberemos na hora.

— E eu não quero saber.

— Logo tu?! — Ri dela.

— Só porque não tenho vergonha na cara, não significa que eu tenho interesse em saber de todos os detalhes de como foi na última vez!

— Ah, me lembrei. — Continuei rindo de mesma que ficou balançando negativamente a sua cabeça.

— Eu vou voltar para as arquibancadas, antes que essa situação piore. — Olhou pra mim sorrindo. — Tenha um ótimo show, Dakota.

— Valeu, Judy.

Terminei de me arrumar e me encontrei com a Tina e o resto das dançarinas. Beyoncé passou pela gente, cumprimentou e fizemos o nosso ritual antes da mesma subir primeiro pelo palco. Pela lista das músicas vamos entrar quando a intro antes de Crazy in Love começar.

— Dakota! — Fingi que nem ouvi o Ashton. Espero que ele não me atrapalhe quando eu for embora. — Dakota, podemos conversar por um minuto?!

— Ela não vai falar com você, seu otário! — Tina olhou com a maior raiva para o ator. — Temos mais um show para arrasar nesse momento!

Quando a introdução começou a chegar no fim, eu e uma das dançarinas fomos para um lado, Tina e outra que substituiu a lerda da Elena no outro. Daí começou a contagem na bateria e a música começou, então entramos como fosse um desfile.

Nick Carter

Dakota e mais três dançarinas apareceram quando a música começou e ficaram de costas, cada uma usando um tipo de robe com o nome delas bem atrás. Quando elas tiraram, estavam usando roupas bem brilhantes, não quanto da Beyoncé, mas brilhava muito.

— Caramba, melhor do que a Victoria Secrets! — AJ comentou e Ally lhe deu um murro no braço. — Que foi?!

— Idiota. — Disse e voltou a assistir a apresentação.

— E… o Nick tá com o queixo no chão babando mares e rios. — Quando olhei para o Howie ele estava me filmando.

— Apaga essa merda!

— Não mesmo! A Dak vai querer ver isso. — Sorriu e guardou a sua câmera.

Voltei a dar atenção para ela que dançava tão extraordinária, que parecia que eu estava em outro lugar. Dakota é o conceito da perfeição com todos esses movimentos que me hipnotizam.

O show estava sendo maravilhoso, até as integrantes do Destiny's Child subiu ao palco e cantaram várias músicas. Quando a cantora começou a cantar Me, Myself and I, as dançarinas se despediram do palco e a Knowles fez o sinal que combinamos.

— Sua hora de brilhar, Nick. — Jane disse e sorri me levantando.

— Traz a nossa Dakota de volta. — Judith afirmou e assenti.

Saí correndo para a direção dos camarins e vi com o nome dela. Respirei fundo e entrei, vendo o que eu menos esperava. Ashton Kutcher.

Aquele vagabundo estava de joelhos de frente à ela com uma caixa. Só ela me viu, pois o mesmo está de costas.

— Dakota, devemos recomeçar as coisas e de um jeito muito bom: com a convivência. — Deu uma vontade tão grande de vomitar. — Então, como um pedido de perdão, casa comigo?

Eu não consegui segurar a crise de riso que tentei manter presa na minha garganta. O ator se levantou e ficou olhando feio pra mim, me insultando mentalmente.

— Ai ai, Kutcher. — Balancei a cabeça e fiquei olhando pra ele. — Nem aqui nem no inferno, se quer saber.

— Você me conhece tão bem, Nick. — Dakota sorria pra mim e pegou a sua bolsa. — Por isso que eu te amo tanto.

— E vou te conhecer cada vez mais se ficar comigo. — Estendi a minha mão e ela veio, entrelaçando a sua mão na minha. — Porque serei eternamente seu, Dakota Tanner.

— Dakota! — Ashton chamou ela e a aliança era feia que doía. — E quanto a mim?!

— Você é um ator totalmente egocêntrico que não lava esse cabelo seboso e que já gritou com a minha bebê. Se você brotar de novo pra cima dela com essa declaração merda sua, você se vê comigo. E tô falando bem sério, porque ninguém mexe com a minha amiga de trabalho! Passar bem.

A loira sorriu e saímos do camarim. Eu levei ela para uma certa distância da residência de shows e para a Torre Eifell.

— Vamos pra onde? — Perguntou e fiquei pensando.

— O que acha de ficarmos isolados lá em Malta? — Sorri e a mesma ficou pensativa, mas eu via de que estava prestes a ter um surto. — Eu não falei direito. O que acha de passarmos a lua de mel lá em Malta?

— O quê?! Lua de mel?! Nick, não somos casados! — Disse ficando eufórica, mais do que eu. — Nick, o que tá passando nessa sua cabeça?!

— Já imaginou casarmos ao som de Elvis? — A mesma fez que não. — A capela é logo ali.

— Eu pensava que aqui seria o último lugar de que iríamos casar! Você sempre disse que a ideia de casar aqui sempre dá ruim!

— Dakota, eu colocaria vinte e quatro quilates na sua mão até debaixo de um viaduto se possível. Eu sei que você prefere uma organização, fazer uma festa depois da cerimônia e depois seguir com o nosso plano nupcial. Mas eu tô falando de você, meu anjo. Eu não me importo de estar em um lugar bonito, eu me importo de estar com você. Eu fiquei insano, perdido, deprimido e vazio quando você deixou de morar na nossa casa depois daquela briga que tivemos. Aí quando eu reformei o sótão e refiz aquele mural lindo que você tinha feito e aquela lagartixa sebosa jogou fora, eu percebi de que… você é o meu lar, o meu aconchego, o meu lugar dos sonhos. Eu vou fazer de tudo para não deixar você ir embora de novo, porque eu não faço a mínima ideia do que aconteceria comigo e provavelmente, eu iria ficar pior do que eu estive antes. Dakota, você é a razão de quem eu me tornei agora e nunca, quero dizer nunca mesmo, vou deixar de te amar e muito menos deixar ou ferir você. Então, você aceita a se juntar comigo para uma nova jornada onde podemos lutar contra o mundo e dançar como existisse só nós dois nele?

Ela começou a chorar porque eu já tava chorando. Caramba, eu nem pensei em como falar isso tudo pra ela, eu apenas deixei o meu coração dar conta das palavras. E pelo visto, deu muito certo.

— Até mesmo debaixo de um viaduto, seu idiota! — Dakota me puxou para um beijo e caramba, eu tô soltando fogos internamente como fosse ano novo. — Vamos para a capela.

Se um sorriso rasgasse o rosto, teria acabado de acontecer comigo. Nós fomos pra lá e o cara já reconheceu a gente, também, tanta fofoca. Eu nem sabia o que falar nos votos, pois aquilo o que eu falei foi muito mais do que o suficiente e estou feliz por ter conseguido. A Dakota não demorou muito para aparecer com um simples vestido branco e ela está uma deusa. Eu nunca vou cansar de olhar pra ela e admirar toda a sua beleza interna e externa. Os meus olhos vão brilhar, o meu rosto vai esquentar e meu coração vai acelerar para sempre, como fosse a primeira vez que eu estivesse vendo ela.

— Para de chorar. — Ela falou baixinho, limpando o meu rosto e algumas lágrimas desceram de seus lindos olhos esverdeados. — Senão eu choro também.

— É inevitável. — Beijei a sua mão e apoiei a minha testa na sua.

A cerimônia foi rápida, eu nem estava prestando atenção. Eu só queria olhar pra ela e acreditar de que isso não é um sonho.

— Nickolas Gene Carter… — Olhei para o Elvis que esperava pela minha atenção. — Você aceita a Dakota como a sua legítima esposa?

— Eu aceito. — Digo colocando a aliança que comprei antes de chegar em Vegas, em seu dedo anelar. — Para todo o sempre.

— Dakota Tanner, você aceita o Nick como o seu marido?

— É impossível dizer não pra ele. — Quase passei mal quando ela falou “impossível”. Daí a mesma colocou a aliança no meu dedo. — Eu serei permanente sua, Nick.

— Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva, Carter.

— Finalmente. — Digo e beijo os seus lábios com a maior calma que tinha. Senti as suas mãos em meu braço e subiam para a minha nuca, o que me deixa completamente arrepiado.

Assim que saímos da capela, havia alguns paparazzis e assim que chegamos no hall do hotel, a turma jogou confetes e serpentinas em cima da gente.

— Nick é um loiro infeliz! — AJ reclamou e me deu um murro. — Você não disse pra mim naquele dia de que ninguém tivesse a brilhante ideia de se casar lá na capela?!

— Como soube?! — Olhei para o mesmo que apontou para a televisão e tava no canal de fofoca falando de nós dois. — Bem… acabou que aconteceu.

— E nem chamou a gente, tô triste! — Tina disse limpando o seu rosto.

— Bem… poderemos comemorar um dia. — Dakota falou me abraçando de lado.

— Bem, ainda é cedo. — Kevin sugeriu.

— E estamos em Las Vegas! — Judy disse toda animada.

Eu e a Dakota nos olhamos e pelo visto tivemos o mesmo pensamento.

— Não, hoje não. — Falamos ao mesmo tempo e fomos até o elevador.

— Lembra daquele dia em que ficamos presos no elevador? — Pergunto apertando o botão do décimo quarto andar. — Que eu te beijei pela primeira vez?

— Sim, eu me lembro. Foi quando você revelou que tem medo de gatos. — Começou a rir de mim.

— Eu não tenho medo de gatos, eu só me assustei com um. — Me justifiquei e a mesma ficou rindo. — Agora de uma gata, eu tenho medo.

— Faça besteira de novo, que tu perde o olho. — Disse mexendo no meu cabelo. — Tá bom de cortar.

— De novo?! Já cortei na semana passada!

— Tô zoando contigo. — Beijou o meu rosto. — Ai Nick, a ficha ainda não caiu.

— Eu digo o mesmo.

— Sabe, deveríamos ir para a lua de mel no dia do nosso aniversário.

— Tem razão, vai ser inesquecível. — A abracei e a porta se abriu. — Vamos, temos muito o que fazer amanhã… ou depois de manhã.

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