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Ally Robinson
Duas semanas depois

Dentro de alguns dias começa novembro e Nick não deu mais sinal sobre o seu plano, então eu e o AJ fomos saber disso pessoalmente o motivo dele estar sumido de novo.

— A gente toca a campainha? — Alex perguntou e fiz que não. — Batemos na porta?

— Não. — Me agachei e tirei uma chave debaixo de um vaso de narcisos. — A gente entra mesmo.

— Ah tá.

Destranquei a porta e entrei primeiro, vendo tudo da reforma já pronta e de fato, o ambiente e o conceito da casa mudou bastante. Chega ficou mais alegre.

— Nickizinho! Cadê você, meu filho? — Digo olhando pelos arredores da casa e o outro olhou incrédulo pra mim. — Que foi?

— Não é assim que chama ele.

— E como é?

— Desafiando, é? Okay. — McLean foi para o centro da sala e se preparou pra chamar o Nick. — BEZERRO DESNUTRIDO DESCE AQUI!

— VÃO EMBORA!

— Vish… — Comecei a rir, cobrindo o meu rosto. — Era pra gente ter invadido o quarto dele.

— Eu nunca mais faço isso na minha vida. E nem me pergunte o por quê!

— Por que? — Sorri para o mesmo que já foi subindo as escadas. — Ah você viu ele pelado, né?

— O que você acha que eu uso óculos? Foi uma visão do inferno! — Eu gargalhei alto e cobri a minha boca. — Vamos ver ele.

— É por causa disso que você é míope…

— Cala a boca, Ally. — Retrucou com ar de riso e subimos as escadas até o quarto dele. — Nick, aconteceu alguma coisa?

— Me deixem sozinho. — Eu e AJ nos olhamos então, eu abri a porta e vimos o mesmo sentado na cama com os cabelos arrepiados, a barba mal feita e os olhos vermelhos e inchados. — Vocês são teimosos, né?

— Cara, o que aconteceu contigo? — Me aproximei dele e fiquei na beirada da cama. — Nós ficamos preocupados e achamos que algo ruim tinha acontecido com você.

— E aconteceu, Ally. — Nick olhou pra mim. — Eu a vi com o Ashton e… eu desisto. Não vai ter mais o plano, e nem vou mais para Las Vegas.

— Nick…

— Eu não tenho nada a fazer lá, Alex. Ela… disse aquilo no telefone e uns três dias depois simplesmente estava beijando aquele ator. Ela mentiu. Da pior forma. — Ficou um silêncio e o mesmo olhou pra gente.

— O que ela te disse? — Perguntei e algumas lágrimas deslizaram em seu rosto.

— Que ainda me amava.

Eu senti o AJ prender o riso, pois quando o Nick chora, a voz dele fica aguda e engraçada. Mas nessa situação não tem graça. Então eu o abracei e o mesmo afagou entre os meus braços.

— Olha Nico, não precisa ficar assim. Talvez tenha sido outro mal entendido. A Dakota deve ter dito a verdade e o Ashton acabou roubando um beijo dela no mesmo momento que você apareceu. Aliás… eles viram você? Como foi?

— AJ! — Joguei uma almofada no mesmo que estava entretido e ficou sem entender. — É melhor ficar calado. Nick, eu sei que você deve estar sentindo uma mágoa muito grande, mas ficar aqui trancado não é a melhor opção.

— Quer que eu vá pra onde, Ally? — Disse se afastando.

— Ver o Brian, o Kevin… eles esperam a sua visita há meses. E eles sabem como te ajudar, disso eu tenho certeza. — Sorri fracamente e limpei o seu rosto. — Se você quer ficar sozinho, tudo bem. Mas dê notícias, okay?

— Okay. — Sorriu começando a se acalmar.

— Vê se pare de chorar antes que inunda essa casa. — Alex brincou e o mais novo riu. — Vamos Ally, a criança tá precisando de um banho de duas horas.

— Até quando você vai continuar me chamando de criança?

— Até o dia trinta e dois de fevereiro. Vamos embora, Ally, ele tá fedendo! — Ri do mesmo e me despedi do Nick. — Pode ser contagioso.

— Vai se ferrar, AJ. — Essa é uma das frases que eu mais escutei desde que fui contratada.

— Vê se liga mesmo, senão broto de novo aqui na sua casa e deixo a sua cara inchada de tapa! — Digo indo descer as escadas.

Brian Littrell

Enquanto a Judy dormia lá em casa, eu e a Jessie fomos para o supermercado fazer as compras do mês. Daí o meu celular começou a tocar e quase tomei um susto, era o Nick.

— Que milagre é esse, hein?! — Atendi e ouvi uma breve risada dele.

Pelo menos deveria começar com um "oi, Nick. Quanto tempo!" Mas esse soou bem melhor. — Respondeu e fui checando a lista. — Está ocupado?

— Mais ou menos, tô no supermercado com a Jessie…

Espera, a Ju terminou contigo?!

— Seu lerdo, é a minha filha! — Digo vendo a mesma colocando o seu brinquedo na boca. — Não faz isso, princesa. Então você precisa de mim, não é?

Acertou bem na mosca, Bee. Então, eu queria a sua opinião sobre algo.

— Pode ir falando, cara. — Digo indo pegar os molhos.

Nick começou a contar toda a história. Da briga com a Cora, do plano de reatar com a Dak, de ter ligado pra ela e por fim ter visto ela com o ator.

Resultado: Nick começou a chorar na ligação.

— Nick, se acalme. — Digo empurrando o carrinho para o corredor vizinho e a bebê ria com o movimento. — Olha, muita coisa anda acontecendo com a Dakota e você… a espera a cada dia, não é assim. Imagine o quanto ela deve estar estressada, cara. O trabalho, a mídia atrás dela e a saúde em si. Compreenda que nada orbita em torno de você, porque já tá na hora de tomar vergonha na cara e ver o lado dela também. Caramba, você fica o tempo todo dentro de casa sofrendo, faça uma caminhada ou adote um cachorro, sei lá! Viva a sua vida, seu idiota.

Vi um cliente olhando torto pra mim e sorri como não tivesse acabado de falar alto.

— Tu mora perto da praia e nem ir pra lá relaxar você vai, misericórdia.

Brian, eu só preciso de um conselho.

— E acha que o que eu te falei era o quê?! Tem que descansar essa sua cabeça de vento, Nick, senão a tendência é só piorar. Tudo tem o seu tempo e é para esperar.

E se não for pra esperar, Brian? O que eu faço? Porque se eu ficar esperando à toa e quando vê ela se apaixona por aquele cara?!

— Nick. — Respiro fundo e sinto uma mãozinha pequena segurar o meu polegar. — Está sendo muito egoísta. Você só faz o que é pra fazer e deixa ela em paz pra pensar se realmente quer voltar pra você ou não. Se a Dak se apaixonar por Ashton, você vai ter que aceitar de algum jeito, porque foi a escolha dela e você vai seguir a sua vida. Entendeu?

Eu entendi. — Disse mais calmo. — Mas aqui entre nós, Brian… eu sempre vou amar ela, eu vi que não vai existir alguém que vai me fazer sentir melhor, me fazer sorrir, ser uma pessoa melhor. A Dakota me ensinou muita coisa por esses anos e… se eu me apaixonar por outra pessoa, vai ser de mentira. E eu não quero fazer isso.

— É bom ouvir isso. — Sorri fracamente e a bebê já tava ficando com fome. — Nick, foi bom conversar com você, mas tenho o que cuidar aqui.

Tudo bem, foi pouco mas foi o suficiente. Até logo.

— Até. — Desligo o celular e guardo, pegando a garrafinha de suco que fiz pra ela. — Meu dedo não é comida, sua danadinha.

Jessie ri com qualquer coisa que eu falo pra ela e talvez em pouco tempo ela vai começar a morder por causa dos dentinhos que estão dando sintomas de nascimento. Já consigo enxergar as marcas que vão ficar na minha mão.

Depois que cheguei do supermercado, a Judy estava acordada conversando com alguém pelo telefone, então fiquei com a menina na sala.

— Era o Howie. Ele quer fazer uma festa de halloween. — A morena disse se sentando ao meu lado e pegou o bebê. — Na casa do Nick.

— É muito longe.

— Você ficou tão preguiçoso assim? — Ela riu de mim. — Olha, vai ser legal. Ele disse que era pra comemorar o aniversário dele e do Kev.

— Howie fez aniversário há dois meses. — Ri olhando pra ela. — Vai ser um dia ou dois dias de estrada.

— E a festa é daqui a três dias. Aí poderíamos levar a Jessie ver o mar pela primeira vez, ver a Dakota…

— Mas a Dakota pode ter algum show à fazer. E acho que ela não estaria lá na casa do Nick.

— Não entendeu, querido? Isso é um plano do Howie. Vai ter surpresas.

— Ai meu Deus, isso vai dar muito ruim. — Nós dois começamos a rir. — Mas acho que vai ser divertido. O Kevin dirige. Nós vamos para Malibu.

— Barraqueiro. — Ju beijou o meu rosto. — E também, estamos muito desbotados! Vou até ver se tem algum bronzeador.

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